Como já leram em posts anteriores, sou o primeiro a criticar o fato de não termos o que podemos chamar de comunidade brasileira por aqui.
Não temos nenhuma instituição que de fato reúna os brasileiros, os diferentes tipos de brasileiros - que vai do caboclo que acabou de chegar ao ex-boleiro que desembarcou por aqui em 1971 -, dando apoio, assistência e oferecendo atividades culturais e assistência.
O mais próximo é o Canarinhos, que há década se reúne todo domingo no Centennial Park em torno do futebol e da amizade, faz alguns eventos, mas atua até certo limite.
Porém, nessa difícil semana, ficou claro que se por um lado não temos uma comunidade organizada, por outro temos algumas milhares de pessoas com o coração e o espírito solidário do tamanho da distância entre o Brasil e a Austrália.
Desde o primeiro post sobre o acidente do Leandro, o meu telefone e a caixa de email não pararam de tocar e receber mensagens. Primeiro, queriam saber o que havia acontecido. Depois, queriam saber como ajudar. E, mais impressionante, ligavam para oferecer ajuda do tipo "minha banda está à disposição para tocar", dar sugestões como "entra em contato com a Qantas e explica a situação que eles provavelmente darão desconto para os pais do Leandro virem", ou simplesmente ligando para contar que doou $20, $50, e um amigo australiano doou $200.
A Austrália é provavelmente o último lugar do planeta adotado pelos brasileiros, descoberto muito depois de áreas como Estados Unidos, Europa e Japão. Talvez por isso e pela distância temos essa sensação de abondono, já que com apoio praticamente zero e nenhuma instituição organizada para dar apoio em momentos como esse, não sabemos muito o que fazer.
Claro, imagino que o Consulado e a Embaixada, os órgãos oficiais, estejam dando todo apoio à família, acompanhando o caso etc, mas a questão é aqui em baixo, onde temos grandes cabeças, enormes corações e pessoas fantásticas, mas com pouca condição de se articular para tentar ajudar e fazer o bem.
Sei que não é simples, mas está mais do que na hora de criarmos um Centro Cultural Brasileiro, um espaço físico que ofereça não somente uma programação cultural anual, mas também que seja reconhecida por algum órgão oficial brasileiro e possa dar apoio e suporte aos brasileiros em casos como o do Leandro e da Suellen, auxiliando familiares, concentrando informações, recolhendo sugestões, criando eventos e ações em prol da causa e por aí vai.
Acabamos de ter o maior exemplo de que quando a coisa aperta, somos incríveis. E precisamos aproveitar isso. Como faremos e por onde comecemos, não sei. Mas a ideia está lançada e sugestões são mais do que bem-vindas.
6 comentários:
JA existe o BRACCA que eh oficialmente reconhecido pelo governo Australiano e Brasileiro e presta assistencia a brasileiros. Se voce quiser mais informacoes pode me mandar um email milenaxmedeiros@gmail.com ou visitar o site do bracca. www.bracca.org
O BRACCA esta apoiando o Leandro tambem! Um abraco
Pablito, repassei o email para varios amigos meus que ja fizeram suas doacoes. Temos que nos unir sim e ajudar nossos conterraneos da forma que der.Concordo plenamente. E obrigada a voce por divulgar esse acontecimento em seu blog, possibilitando que mais e mais pessoas ajudem o Leandro a se recuperar.
Valeu, Mirella! Bom saber que estão ajudando também na Gold. Esse é o espírito que falei no post. Oi, Milena, legal que o Bracca está apoiando.
o BRACCA??? KKKKKKKKKKKKKKKKKKK
ta de brincadeira...
O BRACCA pensa em PROL dele somente viu...pois qdo precisa se realmente..nada se faz por caridade la e sim dinheiro..to cansado de escutar isso deles!!!
O Bracca está ajudando o Leandro. Maravilha. Mas cadê a mensagem de apoio ao Leandro na capa do site do Bracca? O que o Pablo está dizendo faz sentido. Precisamos de um centro que seja mobilizador da comunidade brasileira, que trabalhe na velocidade dos novos meios de comunicação. Menos burocrático e mais ágil
Pablito,
É exatamente como vc entendeu e mencionou...
Ele, o neurocirurgião – honestamente, como concidadão, me sinto ofendido ter q ficar mencionando este mostro, e como assim define um amigo do SBS, Blair Kavanagh, "a real rotter" – , o q ele tenta fazer é driblar o sistema mais uma vez, e vergonhosamente assim o fez...
Entrou num acordo com a promotoria, e acabou ("legalmente") "downgrading his charge" (reduzindo)... Ou seja, vamos colocar aí uns 6 anos... Com tdos os "approaches" do(s) advogado(s) de defesa, pode contar aí q em menos de 3 anos este desprezível vai estar nas ruas australianas novamente livre-leve-e-solto...
Gosto da frase do Banana, "a Austrália às vezes merece um pouquinho do Brasil, um bala na testa ou algo do tipo."
O q me entristece de real, aliás, me dá asco é saber q em outras comunidades (latinas mesmas), chilenas, uruguaias, argentinas (sim, os nossos "hermanos" rivais no futebol), se acontecesse algo do tipo, pode ter certeza q teríamos um "panelaço" nas ruas de Sydney, no entanto, bem como no nosso "Verdão", tudo aqui acaba em Samba!! (francamente...)
Se algo do tipo acontecesse dentre a comunidade libanesa, peloamordedeus... Advogado algum de defe$a teria p onde correr com o seu réu... Sim, só se fosse mesmo p o "hell".
Lembro perfeitamente de casos e mais casos no Centennial Park de brasileiros MAIS q necessitados q ficaram somente no "conto da carochinha", tanto do lado australiano (por não saberem onde ir/correr num simples "achego", acolho e auxílio qualquer...
Agora me vêm, como assim mencionado no teu Blog e perdão da palavra e do desabafo, com tdo respeito à Milane, estes tapados tentando argumentar algo contrário "de não termos o que podemos chamar de comunidade brasileira por aqui"... Parceiro, não temos MESMO e fim de papo!!
E se desejarem lavar-roupa-suja, por favor, vamos p guerra então, prq tô saturado dessa "assistência" falcatrua q temos de instituições q DEVERIAM ter tdo o backup possível do nosso governo brazuca e, no entanto não fazem "a f**ing O" p nada do q rola na nossa comunidade brasileira!!
No final, nessa m*** de politicagem sem fim, quem somente sinto muito, muitíssimo mesmo, é pela Dona Solange, a mãe da Suellen, de ter q ouvir e sofrer imensamente como mais essa.
O descaso continua até q alguém DE REAL mova uma palhinha.
(parabéns, Pablito mais uma vez, irmão)
Abs. Gel.
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