Agora sim é janeiro. Mesmo nublado, calor insuportável, cricket e tênis na tv, filas loiras nos mercados de Bondi e, claro, os bichanos chegando.
A foto é de ontem, segunda-feira, em Matarangi Beach, na ilha norte da Nova Zelândia. Na parte de cima, surfistas, na parte de baixo, três simpáticos tubarões de três metros.
Daqui a pouco as aparições começam na Austrália.
E já que o assunto é janeiro, hoje à noite acontece o primeiro grande embate do tênis 2011 por estas bandas. Pela Hopman Cup, disputada em Perth, o sérvio Novak Djokovic, número 3 do mundo e em grande forma, enfrenta o australiano Lleyton Hewitt, ex-número 1 do mundo, atualmente 54 e grande mala.
Vai ser um jogaço (às 21h30 AEDT no Channel Ten)!
E, claro, janeiro, verão e terça-feira são sinônimos de reggae nos Eastern Suburbs. Hoje à noite, o Tropical Heat estreia a temporada 2011 com Errol e Caribbean Soul no Cock n' Bull, a partir das 19h, em Bondi Junction. Entrada grátis!
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terça-feira, 4 de janeiro de 2011
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
A Espantadora de Tubarão
Se a Nova Zelândia já tinha a Encantadora de Baleias (Whale Rider), ótimo filme de 2003, ontem à noite descobriu a Espantadora de Tubarões.
Lydia Ward, neozelandesa de 14 anos, surfava com sua prancinha de boogie board em Oreti Beach, extremo sul do país, quando pisou em algo escorregadio. A princípio não imaginou que fosse um tubarão, até que o irmão, que nadava ao lado, soltou um sonoro Whoooaaa!!!
Ao ver que se tratava de um tubarão, Lydia ficou parada e levou uma dentada que rasgou a roupa de borracha, causando ferimentos na perna.
Se virar filme, Julianne Moore interpretará a mãe.
Com a adrenalina lá em cima, a jovem kiwi pegou a prancha e não pensou duas vezes: começou a dar na cabeça do bicho sem parar, até que ele se mandou.
O danado tinha aproximadamente um metro e meio, segundo o irmão. Lydia Ward, a espantadora de tubarões, voltou a pé pro carro, onde a mãe esperava os pimpolhos. Ela passa bem e deve ir pra escola, afinal, terça é dia de estudos sociais e ciências, e o ano letivo está apenas começando.
Lydia Ward, neozelandesa de 14 anos, surfava com sua prancinha de boogie board em Oreti Beach, extremo sul do país, quando pisou em algo escorregadio. A princípio não imaginou que fosse um tubarão, até que o irmão, que nadava ao lado, soltou um sonoro Whoooaaa!!!
Ao ver que se tratava de um tubarão, Lydia ficou parada e levou uma dentada que rasgou a roupa de borracha, causando ferimentos na perna.
Se virar filme, Julianne Moore interpretará a mãe.
Com a adrenalina lá em cima, a jovem kiwi pegou a prancha e não pensou duas vezes: começou a dar na cabeça do bicho sem parar, até que ele se mandou.
O danado tinha aproximadamente um metro e meio, segundo o irmão. Lydia Ward, a espantadora de tubarões, voltou a pé pro carro, onde a mãe esperava os pimpolhos. Ela passa bem e deve ir pra escola, afinal, terça é dia de estudos sociais e ciências, e o ano letivo está apenas começando.
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sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Pássaro gigante "robert" - Coisa da Austrália
Num post não muito distante, comentei sobre a fauna australiana, que além de ter alguns dos animais mais perigosos do mundo, abriga uns bastante bizarros (para terem uma idéia, aqui coelho mata cobra).
Com o verão se aproximando, animais como tubarão entram na moda, enquanto moscas passam a conviver diariamente com a gente, já que para fugirem do calor desértico do Outback, elas invadem o litoral e infernizam a nosso vida.
Estamos acostumados com o dilema: entra na água para fugir das moscas, mas corre o risco de virar aperitivo de tubarão; ou não entra na água para evitar os tubarões, mas fica suando e atraindo as moscas?
Sem contar na temporada de baleias, que ocorre entre o inverno e a primavera. Anteontem mesmo, durante uma corridinha em Coogee, duas baleias davam um show no mar. Todo mundo parou para vê-las, claro, e foi simplesmente sensacional!
E ontem, enquanto o nosso glorioso Peter Hitchener, âncora do jornal das 6 do Channel Nine, lia sobre um assassinato, um pássaro gigante, o popular seagull, no melhor estilo "robert" do Pânico, passou atrás dele. Vejam o tamanho do pássaro, que aberração!
É por isso que eu amo a Austrália, aqui a gente tem mais medo de bicho do que de gente.
sábado, 27 de junho de 2009
Bit it!
O péssimo trocadilho acima, em clima de Michael Jackson, foi para avisar que, após longo e tenebroso outono, acabamos de ter mais um ataque de tubarão. O primeiro do inverno 2009.
O ataque ocorreu agora a pouco, às 8h45 da manhã, na Seven Mile Beach, em Gerroa, sul de New South Wales. Pelo que tudo indica, a mordida foi "leve", dilacerando apenas a parte de baixo da perna.
A questão que não quer se calar, é:
O que o cara fazia na água, neste frio, às 8h45 da manhã de um sábado?
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quarta-feira, 11 de março de 2009
Quiksilver Pro (sem tubarão)
A final do Quiksilver "Shark"Pro, a primeira etapa do circuito mundial de 2009, terminou agora a pouco. Disputada na praia de Kirra, na Gold Coast (QLD), o surfista brasileiro Adriano de Souza foi derrotado pelo australiano Joel Parkinson, que somou 18.83 pontos e recebeu um cheque gordo de US$ 40 mil.
Já Adriano, que fechou com 11.30 pontos, só tem motivos para comemorar:
- O homem começou a temporada com um ótimo segundo lugar.
- Faturou US$ 24 mil.
- Saiu da água sem interagir com nenhum tubarão – o que no verão 2008/09 da Austrália é uma proeza.
Good on ya Adriano e demais sobreviventes!
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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Sydney Harbour Swim Classic – Quem se habilita?
Está chegando a hora! Em 1º de março, mais de 850 iscas de tubarão, ou melhor, 850 competidores disputarão a 8ª edição da Sydney Harbour Swim Classic, desafio de natação de 1 e 2 km com largada no Fort Denison e chegada na Opera House.
Até a semana passada, fazia parte das minhas resoluções de ano-novo vestir a velha sunga verão Itacaré 2006, o meu Speedo zero bala e participar da prova. Mas, por razões óbvias, desisti!
É ali do lado, nas águas de Woolloomooloo Bay, que Paul Degelder, mergulhador da marinha, perdeu a perna ao ser atacado pelo tubarão Botanic no último dia 11. E eu não quero pagar o meu karma por todas as sequências de camarão que comi em Florianópolis, virando café da manhã de tubarão australiano.
Aproveitando a deixa da Sydney Harbour Swim Classic, ali mesmo começará oficialmente o Clean Up Australia Day, evento anual em que milhares de pessoas, em todo o país, se unem para limpar praias, mares, rios, parques, ruas e florestas. É um belo exemplo que poderia ser seguido no Brasil. Só espero que os tubarões não entrem no clima e fazem o Clean Up Australian on the Water Day.
Até a semana passada, fazia parte das minhas resoluções de ano-novo vestir a velha sunga verão Itacaré 2006, o meu Speedo zero bala e participar da prova. Mas, por razões óbvias, desisti!
É ali do lado, nas águas de Woolloomooloo Bay, que Paul Degelder, mergulhador da marinha, perdeu a perna ao ser atacado pelo tubarão Botanic no último dia 11. E eu não quero pagar o meu karma por todas as sequências de camarão que comi em Florianópolis, virando café da manhã de tubarão australiano.
Aproveitando a deixa da Sydney Harbour Swim Classic, ali mesmo começará oficialmente o Clean Up Australia Day, evento anual em que milhares de pessoas, em todo o país, se unem para limpar praias, mares, rios, parques, ruas e florestas. É um belo exemplo que poderia ser seguido no Brasil. Só espero que os tubarões não entrem no clima e fazem o Clean Up Australian on the Water Day.
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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Ataque em Bondi Beach
Okay, acho que a coisa é pessoal. Depois de atacar dentro da cidade na última quarta-feira, agora o cara veio até a praia de casa. Ontem à noite, por volta das 20h, um tubarão atacou um surfista em pleno sul de Bondi Beach, a mais famosa e movimentada praia da Austrália, há 200 metros do meu château. Desde 1929 não ocorria um ataque em Bondi. Mas tratando-se do verão 2008/09...
Campbell, o tubarão, arrancou a mão e deixou o braço do surfista Glen, 33 anos, gravemente ferido. O primeiro socorro foi feito por um surfista francês, que amarrou o leash no que restou do braço da vítima para amenizar a perda de sangue. O alarme de tubarão, enferrujado por desuso, soou, e a água foi imediatamente evacuada. Glen foi levado para o mesmo hospital onde está o mergulhador da marinha Paul Degelder, atacado na última quarta-feira.
Agora cedo, ao descer para comprar um pãozinho e dar um beijo na minha amiga Jé, a situação era a seguinte: no ar, o helicóptero amarelo do Westpac monitorava a praia. No mar, dois salva-vidas/celebridades do programa Bondi Rescue patrulhavam a parte sul da água num jet-ski, enquanto no centro dois surfistas desavisados remavam para tentar virar estatística. Na areia, 3 meninas de biquini faziam sei lá o quê, uma vez que hoje está garoando a 19ºC, e ao lado delas, um cara segurava uma vara de pescar, provavelmente na esperança de pegar o bichano e virar herói nacional. Ah! E estacionado na Campbell Parade, a avenida da praia, uma van do Channel 7 aguardava as cenas do próximo capítulo.
Acho que aposentarei o meu Speedo.
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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Eles voltaram (e estão dentro da cidade)!
Há dois sábados, vesti a minha velha sunga verão Itacaré 2006, o meu Speedo zero-bala e fui com alguns amigos nadar em uma piscina pública de Sydney. Ela fica em um deck construído sobre a Woolloomooloo Bay, dentro do Royal Botanic Gardens, um parque imenso ao lado da Opera House, no coração da cidade.
Após uma tarde de calor insuportável e natação, fomos ao Harry´s, uma instituição de Sydney em forma de trailer que há mais de 70 anos serve a melhor pie da cidade. Celebridade que visita Sydney e não come a pie do Harry´s, não é celebridade.
Para vocês terem uma idéia, deusas como Brook Shields e Pamela Anderson já deram o ar de suas maravilhosas graças por lá, assim como o gênio Frank Sinatra, e os mestres Jerry Lewis, Billy Crystal e Anthony Bourdain.
O Harry´s fica a alguns metros da piscina, encostado nas águas da Woolloomooloo Bay, em frente a uma base da marinha australiana onde alguns navios verdes gigantes estão ancorados.
No referido sábado, compramos os clássicos The Tiger (Lean Beef Tiger pie with Peas, Mash & Gravy) e Hot Dog de Wheels, sentamos de frente para a baía – infelizmente sem a Brook e a Pamela – e comemos apreciando um belo e pacato final de tarde.
Pois bem, na manhã de ontem (quarta-feira, 11 de fevereiro), por volta das 7 horas, enquanto a marinha fazia um treinamento anti-terrorismo próximo a um dos navios verdes gigantes, Paul Degelder, mergulhador de 31 anos, foi atacado por um tubarão do tipo touro (ou cabeça-chata). Isso mesmo! Após algumas semanas de calmaria, os tubarões voltaram à ativa e desta vez dentro da cidade, no melhor estilo Hollywood.
Conforme escrevi em um dos posts anteriores, desde o último ataque comecei a dar nomes aos tubarões em ordem alfabética. Este, claro, foi batizado de Botanic. Segundo fontes da marinha (aquelas duas que ficam entre o trailer e os navios verdes gigantes), Paul Degelder precisou brigar com o tubarão, sofreu sérios ferimentos na mão e na perna direita, mas conseguiu ser socorrido a tempo e está em condição estável no St Vicent Hospital.
Pelo que li nos jornais, fevereiro e março, os últimos dois meses de sol, é o período em que há mais tubarões e peixes na superfície das águas de Sydney Harbour, o que inclui todas as ótimas prainhas que temos para nadar e mergulhar. Pior! Em virtude do ataque, o treinamento anti-terrorismo da marinha foi cancelado. Ou seja, Botanic e sua turma, além de atacar, ainda enfraqueceu a nossa defesa. Tubarão terrorista eu nunca tinha visto!
Ah! E mês que vem acontece a The Sydney Harbour Swim Classic, competição nas águas do Botanic Laden.
Após uma tarde de calor insuportável e natação, fomos ao Harry´s, uma instituição de Sydney em forma de trailer que há mais de 70 anos serve a melhor pie da cidade. Celebridade que visita Sydney e não come a pie do Harry´s, não é celebridade.
Para vocês terem uma idéia, deusas como Brook Shields e Pamela Anderson já deram o ar de suas maravilhosas graças por lá, assim como o gênio Frank Sinatra, e os mestres Jerry Lewis, Billy Crystal e Anthony Bourdain.
O Harry´s fica a alguns metros da piscina, encostado nas águas da Woolloomooloo Bay, em frente a uma base da marinha australiana onde alguns navios verdes gigantes estão ancorados.
No referido sábado, compramos os clássicos The Tiger (Lean Beef Tiger pie with Peas, Mash & Gravy) e Hot Dog de Wheels, sentamos de frente para a baía – infelizmente sem a Brook e a Pamela – e comemos apreciando um belo e pacato final de tarde.
Pois bem, na manhã de ontem (quarta-feira, 11 de fevereiro), por volta das 7 horas, enquanto a marinha fazia um treinamento anti-terrorismo próximo a um dos navios verdes gigantes, Paul Degelder, mergulhador de 31 anos, foi atacado por um tubarão do tipo touro (ou cabeça-chata). Isso mesmo! Após algumas semanas de calmaria, os tubarões voltaram à ativa e desta vez dentro da cidade, no melhor estilo Hollywood.
Conforme escrevi em um dos posts anteriores, desde o último ataque comecei a dar nomes aos tubarões em ordem alfabética. Este, claro, foi batizado de Botanic. Segundo fontes da marinha (aquelas duas que ficam entre o trailer e os navios verdes gigantes), Paul Degelder precisou brigar com o tubarão, sofreu sérios ferimentos na mão e na perna direita, mas conseguiu ser socorrido a tempo e está em condição estável no St Vicent Hospital.
Pelo que li nos jornais, fevereiro e março, os últimos dois meses de sol, é o período em que há mais tubarões e peixes na superfície das águas de Sydney Harbour, o que inclui todas as ótimas prainhas que temos para nadar e mergulhar. Pior! Em virtude do ataque, o treinamento anti-terrorismo da marinha foi cancelado. Ou seja, Botanic e sua turma, além de atacar, ainda enfraqueceu a nossa defesa. Tubarão terrorista eu nunca tinha visto!
Ah! E mês que vem acontece a The Sydney Harbour Swim Classic, competição nas águas do Botanic Laden.
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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Oferta de trabalho – Síndico de um Paraíso
Se você mora fora da Austrália, gosta de sol e praia, sabe mergulhar, nadar, não é tímido, comunica-se bem e fala e escreve em inglês fluentemente, Queensland quer você.
Na última terça-feira, o governo da costa mais ensolarada da Austrália ofereceu o que eles chamam de “o melhor trabalho do mundo”. O candidato escolhido receberá AU$ 150 mil (105.00 US dollars) para labutar durante 6 meses na paradisíaca Hamilton Island, localizada na Grande Barreira de Corais da Austrália, a maior do mundo. Função? Caseiro da ilha.
Entre as obrigações estão passear pelas areias brancas (tipo Caê), cuidar da fauna e da flora locais, mergulhar na Grande Barreira, fazer periódicas conferências com a mídia e manter um blog atualizado com fotos, vídeos e as últimas notícias da ilha (“Tartaruga faz 100 metros em 3 dias”, “Hoje fez sol e a previsão para os próximos 6 meses é de mais sol”, “Esta manhã o mar estava fraco, vi somente 74 tubarões” e assim por diante).
As inscrições estão abertas até 22 de fevereiro. Em maio, 11 pré-selecionados voarão para a ilha para o processo final de seleção. O escolhido começa a trabalhar em 1º de julho.
Isso, claro, faz parte de uma campanha de marketing. Em meio à crise financeira mundial, que obviamente afetou o turismo em todo o planeta, o Governo de Queensland criou esta vaga de trabalho internacional para promover e proteger a indústria do turismo do estado, que gira cerca de AU$ 18 bilhões por ano.
Tratando-se de uma ilha na Austrália, acho que entre os requisitos para ganhar a vaga, faltou dizer que o candidato deve ser graduado em Artes Marciais Aplicada com Tubarões, Jiu-jitsu no Fundo do Mar, Caça e Pesca de Tubarões, Inglês Nível: The Shark is on the Table e Primeiros-Socorros Marítmos para Si Próprio.
Mas o melhor de tudo é que o nosso Seu Antônio do paraíso não terá que carregar aquele tradicional e insuportável molho de chaves que todo zelador tem pendurado na calça.
Foto ilustrativa, princesão, não pense que esta gata estará o esperando na ilha!
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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Treino mais prático, impossível!
Desta vez ele estava apenas a passeio.
Foto tirada pelo fotógrafo Silvio Rodriguez no último domingo, em Blueys Beach, praia ao norte de Sydney (mais de 3 horas de carro). Ao fundo, um tubarão branco de 3 metros – disparado, a grande celebridade do verão 2009. No primeiro plano, a cerca de 30 metros, adolescentes tem ("tem" novo, seguindo a última revisão ortográfica) aula de surf. Isso que é aula prática!
Gary Hughes, 50 anos, ex-surfista profissional e professor, percebeu a presença do tubarão Albert (como são tantos, a partir deste começarei a batizá-los em ordem alfabética, como acontece com furacões).
Para não causar pânico na molecada, Hughes monitorou Albert mas não alertou a turma, pois percebeu que o tubarão estava apenas de passagem, não demonstrando comportamento de ataque.
Professor com 50 anos de praia é outra história!
Foto tirada pelo fotógrafo Silvio Rodriguez no último domingo, em Blueys Beach, praia ao norte de Sydney (mais de 3 horas de carro). Ao fundo, um tubarão branco de 3 metros – disparado, a grande celebridade do verão 2009. No primeiro plano, a cerca de 30 metros, adolescentes tem ("tem" novo, seguindo a última revisão ortográfica) aula de surf. Isso que é aula prática!
Gary Hughes, 50 anos, ex-surfista profissional e professor, percebeu a presença do tubarão Albert (como são tantos, a partir deste começarei a batizá-los em ordem alfabética, como acontece com furacões).
Para não causar pânico na molecada, Hughes monitorou Albert mas não alertou a turma, pois percebeu que o tubarão estava apenas de passagem, não demonstrando comportamento de ataque.
Professor com 50 anos de praia é outra história!
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Mais tubarões
Não sei se no horóscopo chinês este é o ano do tubarão, mas no australiano com certeza! Enquanto os cientistas neozelandeses dissecam um grande tubarão branco para conscientizar as pessoas sobre o perigo de extinção da espécie (post anterior), por aqui tivemos três ataques nos últimos dois dias.
Essa manhã, um rapaz de 24 anos mergulhava próximo a Windang Bridge, no Lake Illawarra (ao sul de Sydney), quando um tubarão que acredita-se ser o touro (bull shark) mordeu-lhe a perna. Ele nadava por volta das 10h50 e notou uma sombra marrom atrás. Quando foi ver, era tarde. O jovem ainda teve forças para nadar até uma área raza, onde se deitou em um barco. Chegando em terra, foi levado para o hospital em condições estáveis.
Ontem, por volta das 9h30, Jonathon Beard, surfista de 31 anos de Brisbane, pegava onda em Fingal Beach (ao norte de Sydney), quando foi mordido na coxa esquerda. Já Hannah Mighall, 13 anos, nadava no nordeste da Tasmania e foi salva de um branco de 5 metros por um primo que acertou o tubarão (não me perguntem onde, como e com o quê), levando-a para terra firme em sua prancha.
Não sei se em virtude da crise mundial, do El Niño ou por estarmos no terceiro continente à sua escolha, mas o fato é que os tubarões estão cada vez mais próximos e famintos. Look out!
Essa manhã, um rapaz de 24 anos mergulhava próximo a Windang Bridge, no Lake Illawarra (ao sul de Sydney), quando um tubarão que acredita-se ser o touro (bull shark) mordeu-lhe a perna. Ele nadava por volta das 10h50 e notou uma sombra marrom atrás. Quando foi ver, era tarde. O jovem ainda teve forças para nadar até uma área raza, onde se deitou em um barco. Chegando em terra, foi levado para o hospital em condições estáveis.
Ontem, por volta das 9h30, Jonathon Beard, surfista de 31 anos de Brisbane, pegava onda em Fingal Beach (ao norte de Sydney), quando foi mordido na coxa esquerda. Já Hannah Mighall, 13 anos, nadava no nordeste da Tasmania e foi salva de um branco de 5 metros por um primo que acertou o tubarão (não me perguntem onde, como e com o quê), levando-a para terra firme em sua prancha.
Não sei se em virtude da crise mundial, do El Niño ou por estarmos no terceiro continente à sua escolha, mas o fato é que os tubarões estão cada vez mais próximos e famintos. Look out!
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sábado, 10 de janeiro de 2009
Dissecaram o predador
Importante: não façam isso em casa.
Cássio, o vídeo completo está no site do museu.
Se a Austrália, ilha de proporções continentais com 7,741,220 km2 de área, vive cercada de tubarões e se preocupa com eles, imaginem a nossa simpática Nova Zelândia, país de apenas 268,680 km2 e ainda dividido em duas ilhas.
Na última quinta-feira (8/1), o Auckland Museum realizou uma concorrida dissecação pública de um grande tubarão branco, um dos principais predadores do país, para conscientizar as pessoas sobre o perigo de extinção da espécie. A necrópsia a céu aberto contou com a presença de 1.500 espectadores in loco (para usar um termo científico) e 30 mil ao redor do mundo acompanhando pela Internet - além de dezenas de moscas e insetos que sobrevoavam o local.
Sob sol forte, o público viu, inicialmente, o bicho ser virado de um lado para o outro, tomar esguichada, ser medido (3 m de comprimento), pesado (300 kg) e ter centenas de crustáceos removidos da pele. Enquanto isso, as pessoas podiam chegar perto, tirar fotos, passar a mão e fazer perguntas aos cientistas.
Terminado os preparativos, chegara a hora tão aguardada: a faca. Com um corte cirúrgico de açougueira do mar, nosso glorioso dr. Clinton Duffy, cientista marinho do Department of Conservation, iniciou a dissecação cortando a barriga, seguida pelo estômago.
O público tinha certeza de que veria bolas de golf, bonés do New York Yankees, galocha amarela de pescador, restos mortais de um guarda-chuva, além, é claro, de focas, pinguins, golfinhos e baleias. Mas o que se viu foi uma massa melequenta (tipo pirão) com músculos, ossos e outras partes de peixes não-identificáveis. No clássico do Spielberg de 1975, o dr. Richard Dreyfuss teve mais sorte.
O tubarão (na verdade, uma "tubarôa"), era uma jovem fêmea que fora encontrada morta em uma rede em Kaipara Harbour, na última segunda, por um pescador que notificou o Department of Conservation – como manda a lei. A fêmea, que ainda teve vários órgãos internos dissecados, ficará em exposição no museu, enquanto partes servião para estudos científicos e outras serão devolvidas ao mar.
Na última quinta-feira (8/1), o Auckland Museum realizou uma concorrida dissecação pública de um grande tubarão branco, um dos principais predadores do país, para conscientizar as pessoas sobre o perigo de extinção da espécie. A necrópsia a céu aberto contou com a presença de 1.500 espectadores in loco (para usar um termo científico) e 30 mil ao redor do mundo acompanhando pela Internet - além de dezenas de moscas e insetos que sobrevoavam o local.
Sob sol forte, o público viu, inicialmente, o bicho ser virado de um lado para o outro, tomar esguichada, ser medido (3 m de comprimento), pesado (300 kg) e ter centenas de crustáceos removidos da pele. Enquanto isso, as pessoas podiam chegar perto, tirar fotos, passar a mão e fazer perguntas aos cientistas.
Terminado os preparativos, chegara a hora tão aguardada: a faca. Com um corte cirúrgico de açougueira do mar, nosso glorioso dr. Clinton Duffy, cientista marinho do Department of Conservation, iniciou a dissecação cortando a barriga, seguida pelo estômago.
O público tinha certeza de que veria bolas de golf, bonés do New York Yankees, galocha amarela de pescador, restos mortais de um guarda-chuva, além, é claro, de focas, pinguins, golfinhos e baleias. Mas o que se viu foi uma massa melequenta (tipo pirão) com músculos, ossos e outras partes de peixes não-identificáveis. No clássico do Spielberg de 1975, o dr. Richard Dreyfuss teve mais sorte.
O tubarão (na verdade, uma "tubarôa"), era uma jovem fêmea que fora encontrada morta em uma rede em Kaipara Harbour, na última segunda, por um pescador que notificou o Department of Conservation – como manda a lei. A fêmea, que ainda teve vários órgãos internos dissecados, ficará em exposição no museu, enquanto partes servião para estudos científicos e outras serão devolvidas ao mar.
Cássio, o vídeo completo está no site do museu.
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domingo, 4 de janeiro de 2009
Swim between the flags (and far away from the australian water)
E não é que as sirenes tocaram aqui nas praias do leste? Parecia filme, mas foi real. Um tubarão martelo de 6 pés e outro de 2 (provavelmente sobrinho) deram o ar da graça na manhã deste domingo em Coogee Beach, seguindo para Maroubra. Resultado: os banhistas e surfistas que estavam nestas duas praias e nas vizinhas Bronte e Tamarama tiveram que deixar a água no melhor estilo Tubarão – O Filme.
Bronte esta manhã.
Eu, felizmente, estava em Bondi Beach, a praia seguinte, e parece que a dupla de martelos evitou o local. Provavelmente para não concorrer com Paris Hilton, que esteve por aqui nos últimos dias. Ou então eles vieram, mas os salva-vidas-celebridades não esvaziaram a água pois estavam gravando o reality show Bondi Rescue (no programa, eles são as grandes estrelas ao lado de japonesas indefesas e europeus beberrões que diariamente tentam se afogar).
Mas voltemos aos peixes da super-ordem Selachimorpha. Ontem (sábado), a aproximadamente 1 km do Long Reef de Sydney, um tubarão branco de 4 metros jogou dois australianos para fora de seus caiaques. Durante uns 10 minutos, o peixão circulou em volta dos dois e, graças à intervenção do glorioso Glenn Morgan, o pescador, ambos foram salvos e a história teve um final feliz (um dos sobreviventes prometeu uma caixa de cerveja para o herói - mais Austrália impossível).
O suspeito de Rockingham.
Já na costa oeste do país, em uma praia próxima de Rockingham (30 km ao sul de Perth), Brian Guest, amante do mar e defensor dos tubarões, não teve a mesma sorte. Na última semana de 2008, enquanto mergulhava com o filho, foi atacado e continua desaparecido. Pelo que tudo indica, também trata-se de um grande branco de aproximadamente 4 metros (obviamente não é o mesmo).
O fato é que os tubarões estão e sempre estiveram por aqui (não por acaso a maioria das praias e baías tem redes de proteção) e o conselho que posso dar, é: nade entre as bandeiras, não brinque no fundo, leve casaco e não aceite bala de estranhos.
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