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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Goa Hippy Tribe - Mais uma da SBS

Enquanto a rádio 2GB, mencionada no post anterior, juntamente com canais de TV como o 7 e o 9, especialmente seus telejornais, entre outros veículos, representam o que há de mais arcaico e reacionário na mídia australiana, a SBS, cada vez mais, está em compasso com o presente.

Não digo isso porque tenho bons amigos lá, ou por ter coberto os jogos do Brasil na última Copa do Mundo, e sim porque sou realmente fã da emissora, que acaba de lançar mais um produto maravilhoso.


Em junho, durante a Semana dos Refugiados, eles vieram com o tapa na cara Go Back To Where You Came From, épico; no início deste mês foi a vez de Goa Hippy Tribe, documentário feito para a internet e nascido no Facebook (isso mesmo, FB) que pode ser descrito como "Movimento Hippy - Ascenção e Queda".

Na virada dos anos 1960/70, auge do movimento, pessoas de várias partes do mundo foram para Goa, na Índia, atrás das máximas sexo, drogas, rock n' roll, paz, amor e um guru pra cultuar. Encontraram tudo, experimentaram tudo e os excessos fizeram a maioria desandar.


Em Goa, dois hippies geraram Darius Devas, hoje um cineasta australiano independente que viveu seus três primeiros anos na Índia e depois cresceu em Byron Bay - reduto do movimento na Austrália.

Em 2009, alguém teve a ideia de fazer uma página no Facebook para tentar encontrar os, digamos, sobreviventes desse grupo. Informações foram chegando, pessoas aparecendo, até que a comunidade virtual decidiu reunir, após 30 anos, a comunidade original, novamente em Goa. E Darius, com a possibilidade de descobrir um pouco de sua história, também viu o reencontro como uma oportunidade para produzir um documentário.


Não um documentário tradicional, para TV ou cinema, com começo, meio e fim, e sim para a internet, com as entrevistas e os encontros sendo publicados semanalmente no Facebook e disponibilizados no website juntamente com diversos outros conteúdos produzidos exclusivamente.

O projeto foi apresentado para a SBS, que entrou de cabeça, e o resultado pode ser visto no espetacular site criado pelo craque Matt Smith, que reúne 13 entrevistas e 78 itens entre música, vídeo, mapas e artigos que são carregados em um mochilão conforme o usuário navega.

Está realmente fantástico e conta com produção da brasileira Fernanda de Paula Macedo. Já o projeto traz a essência hippy com um grau de auto-crítica que acaba com qualquer glamourização barata.

Assistam ao trailer, naveguem no site e vejam a página no Facebook, que conta com mais de 23 mil likes.


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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Questionário CRBE - Comunidade Brasileira na Austrália?

Mantendo a linha cívica do último post, voltemos para duas semanas antes de eu embarcar para o Brasil, quando participei de uma happy hour com a Eliane da Silva, da Brazil WA (Brazilian Association of Western Australia ), a Lucia, da ABCD (Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Criança Bilíngüe), e a Beatriz Wagner, da SBS Radio.

O tema principal foi o Conselho dos Reprentantes dos Brasileiros no Exterior, aquele mesmo que escrevi algumas vezes no blog, primeiro informando sobre a eleição, e depois criticando o fato de não termos nos organizado e, consequentemente, eleito nenhum representante.

A Eliane, que representou a Austrália no evento a convite dos organizadores e fechava o relatório para enviar ao Itamaraty, colocou a gente a par e, mais importante, tentou entender porque não elegemos ninguém.

Desta conversa, ficou claro que mais do que nunca, é hora de todas as pessoas e associações envolvidas com brasileiros na Austrália esquecerem as diferenças e juntarem-se em torno de um interesse maior para, quem sabe, termos uma comunidade forte e organizada, e um representante eleito na próxima eleição.

Também ficou claro a necessidade de termos um meio de comunicação voltado especificamente para isso, para que todos possam, abertamente, trocar informações, atualizar sobre o que está acontecendo, expor problemas e dar sugestões referentes à vida comunitária.

Mas é imprescindível que seja um canal neutro, horizontal e aberto a todos, não pertecente à associação A ou instituição B. E o Facebook, com as facilidades de se criar uma página, administrá-la e, mais importante, permitir a participação de quem se interessar, é o primeiro passo. Lá na frente, quem sabe, passaríamos para um blog ou site.

A página no Facebook (provavelmente "CRBE-Austrália") ainda será aberta, mas antes, pela urgência do prazo, uma vez que a IV Conferência acontecerá nos dias 5, 6 e 7 de outubro, as associações ABCD, ABRISA, BraCCA e BrazilWA, com o apoio do SBSC Canarinhos, entre outros, estão coletando as reivindicações dos brasileiros através de um questionário disponibilizado na internet para serem apresentadas no encontro. O questionário fica no ar até 31 de agosto e você pode dar a sua contribuição clicando aqui.

Esta é uma ótima iniciativa para agilizar o processo, porém, é preciso que, passada a conferência, a página no Facebook seja criada para ampliar a participação. Por aqui, vou ajudar no que for preciso para fazer a coisa acontecer, seja através de sugestões, disponibilizando o blog para divulgar e, claro, acompanhando o que está sendo feito.


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quinta-feira, 23 de junho de 2011

SBS e a Semana dos Refugiados

Em plena Semana Mundial dos Refugiados, SBS escancara a ferida com o que provavelmente será o turning point não só na discussão, como também na política em relação aos refugiados.

Mais do que isso, através da ignorância da moreninha da suástica, Go Back To Where You Came From expõe o preconceito inserido em parte do DNA australiano.

A Austrália é um país maravilhoso, o povo é sensacional, mas que há preconceito, como em praticamente todo canto do planeta, há!

Números fresquinhos divulgados hoje pela Australian Bureau of Statistics (ABS):

- O crescimento populacional em 2010 foi de somente 1.5% (em 2008, quando bateu recorde, foi de 2.2%).
- Desse 1.5%, mais da metade deve-se aos imigrantes (53%), enquanto que os 47% referem-se à diferença entre nascimento e morte.

Simplificando: em 2009, a diferença entre o número de imigrantes que chegou e o número que partiu foi de 264,200, enquanto que em 2010 ficou em apenas 171,100.

Agora números divulgados pela própria SBS.

Em 2010, a Austrália recebeu 8.250 pedidos de asilo em terra, apenas 2.2% dos 358,840 pedidos solicitados em 44 nações industrializadas no referido ano.

Para efeito de comparação, a Alemanha (aquela mesma!) possui cerca de 590,000 refugiados, enquanto que na Austrália não passam de 22,500.

Ou seja, os refugiados, "a grande ameaça ao Australian way of life", representam apenas 1% da população do país (22 477.4 em dezembro do ano passado).

Fechando: segundo o ABS, a contribuição dos imigrantes para o total da população na Austrália atingiu pico de 66% no ano fiscal de 2008/09, enquanto que o mais baixo foi registrado em 1992/93, quando ficou em apenas 17%. Coincidência ou não, o início dos anos 1990 foi marcado na Austrália por uma das piores crises econômicas enfrentadas pelo país.

Go Back To Where You Came From é uma chance de ouro para a Austrália começar a ver a entrada dos refugiados como saída para eles. Mais! Imigrante trabalhando legalmente, como acontece com a grande maioria dos estudantes internacionais, a quarta maior indústria do país, significa mais força de trabalho, mais gente impulsionando a economia.

E espaço para crescer é o que não falta, afinal, ainda é uma imensa ilha com um gigantesco deserto no meio isolada de boa parte dos restante do planeta.

Mas vai precisar deixar o preconceito de lado, encarar a questão de frente e mudar a política.

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terça-feira, 21 de junho de 2011

Semana dos Refugiados - Entrevista Mestre Roxinho e Projeto Bantu

Finalmente chegou o dia!

Estamos em plena Semana Mundial dos Refugiados e hoje, às 20h30, vai ao ar na SBS o primeiro episódio do documentário Go Back To Where You Come, saga de seis australianos comuns que são levados a viver entre (e como) refugiados. Imperdível! Os outros dois episódios serão exibidos amanhã e quinta, no mesmo bat-horário, no mesmo bat-canal.


Para falar sobre a questão dos refugiados, entrevistei o Mestre Roxinho, primeiro mestre de Capoeira Angola a se estabelecer na Austrália. Baiano da Ilha de Veracruz, Roxinho faz um trabalho fantástico com crianças refugiadas e aborígenes através do Projeto Bantu, de sua própria autoria.

O que é o Projeto Bantu?
O Projeto Bantu é um programa social e cultural com crianças e adolescentes que utiliza a tradição da Capoeira Angola para um caminho educacional, social e cultural. Hoje em dia, o formato educacional só contribui para os jovens com um conhecimento formal através dos estudos, e não com outros valores que eram muito comuns na minha época, quando o respeito que se tinha pela professora não vinha apenas pelo poder de penalizar na sala de aula por um erro. Existia uma relação muito próxima entre meus pais e minha professora de uma forma que não é comum hoje. E sem isso a referência fica perdida.

Como funciona o trabalho junto ao Service for the Treatment and Rehabilitation of Torture and Trauma Survivors (STARTTS)?
A parceria com o STARTTS começou em 2006, através de uma aluna minha que trabalhava na organização, a Jeannie. Pra mim foi ótimo porque unia tudo o que era necessário e a proposta de trabalho deles casou com a do projeto. A parceria vem sendo ótima e, sem dúvida, abriu várias portas para o projeto.

Quantas crianças vocês atendem?
Hoje, atendemos em torno de 175 crianças entre 7 escolas e 3 espaços fixos como os STARTTS Carramar e Liverpool, e o Guildford Community Centre.

Qual é a condição física e emocional dessas crianças quando ingressam no projeto?
Olha, na verdade, mesmo eu sabendo do problema que elas têm devido às suas histórias de vida, procuro olhar sempre para elas como um indivíduo normal, mas não ingnorando os seus problemas, já que é fácil percebê-los em suas reações com as outras pessoas.

O que o projeto, através da capoeira, proporciona para a criança em termos de transformação?
O projeto, como já citei, utiliza a tradição da Capoeira Angola como a principal ferramenta, portanto, traz consigo o respeito pelos princípios da tradição na prática dos movimentos, o que faz com que ela aprenda a ocupar o espaço dela sem pisar nos outros. Podemos chamar isso de respeito e educação. Um outro ponto é que trabalho a música, retratamos ali a importância dos instrumentos e com isso elas passam a perceber que a cultura é importante, ou seja, ela passa a se importar mais com a sua própria cultura, sua indentidade. E pra finalizar, a prática do jogo requer calma, respeito e equilíbio emocional e físico. Podemos chamar isso de confiança e controle. Juntando tudo que citei, dá um resumo que chamamos de disciplina, que é o que acredito que proporcionamos a elas.


Parece que o projeto já existia no Brasil com outro nome, é isso mesmo?
O Projeto Bantu nasceu em Salvador, Bahia, em 1998, com o mesmo intuito, trabalhando com crianças e adolescentes em situação de risco, com o nome "Projeto Êre Menino vem Gingar", que significa "Projeto Criança vem Gingar". Êre na língua ioruba quer dizer criança. Em 1999, recebi um convite para levar o projeto para a cidade de Caculé, interior da Bahia, onde fiquei por um ano. Logo depois, segui para a cidade de Lins-SP, onde o projeto realmente se desenvolveu atendendo em torno de 269 crianças nas escolas municipais, chegando a ser incluído na grade curricular do município. Hoje, dois alunos oriundos do projeto trabalham desenvolvendo esta atividade. No período de 1994 a 2000, fiz uma pesquisa sobre minha árvore genealógica para saber de qual parte da África eu vinha, e acabei descobrindo que vinha da região de Luanda, na Angola, oriundo dos povos bantos, que também falam a língua Bantu. Assim, decidi utilizar o nome da minha origem linguística no meu projeto, que já chegou na Austrália com o nome Projeto Bantu.

Por que você escolheu trabalhar com refugiados?
Escolhi na verdade trabalhar com aborígenes e refugiados, porque entendi que eles tinham os mesmos problemas que temos com os jovens no Brasil. Só muda o país e a língua, pois os refugiados possuem traumas por terem sofrido violência física, mental ou sexual, por vários motivos, guerra etc. Os aborígenes têm o mesmo trauma por terem sofrido violência doméstica, física e mental, como também sexual, pelo excesso de uso de álcool e drogas dos seus pais etc. As crianças brasileiras têm traumas por abandono, violência física, mental e sexual, por motivos de álcool e drogas, portanto, trata-se dos mesmos problemas, mas com jovens que moram em outros países e falam outras línguas.

Como vê a questão dos refugiados na Austrália?
Vejo como um problema da desigualdade racial, no Brasil e no mundo. Primeiro, é extremamente necessário passar a entender a questão de uma formas mais governamental, e não pessoal, conservadora, embora os partidos sejam criados por indivíduos. Acredito que necessitamos de um caminho educacional para que o cidadão australiano passe a entender melhor a questão e com isso o governo possa também ver estas pessoas como seres humanos em desvantagem, dando-lhes melhores condicões de vida e direitos. fim


Para conhecer a fundo o projeto e os problemas relacionados, leiam o excelente artigo publicado hoje no On Line Opinion assinado pelo Raphael Brasil (Vibez Brazil e Radio SBS) e pela advogada especializada em direitos humanos Kali Goldstone. Os dois mergulharam de cabeça e trazem vários aspectos. Parabéns para a dupla! Ir para o artigo>>>

Ainda hoje à noite, a partir das 21h30, o mesmo Rapha receberá na Vibez Brazil a DJ Juliana Cesso, o que significa programa especial de vinis. A Juliana tem uma das melhores coleções de LP's nacionais do terceiro continente à sua escolha e é sempre garantia de pérolas. A Vibez vai ao ar às 21h30, na Eastside Jazz (89.7 FM ou clique aqui) e, obviamente, também abordarão a questão.

E antes, às 20h, o Foreign Correspondent, da ABC, exibe programa sobre o Brasil mostrando como o país, marcado por inúmeros problemas, está prestes a se tornar a quinta maior economia do mundo. A dica é do Erick Paixão, patrocinador e agora pauteiro do blog, que me ligou às pressas para eu dividir a dica. Valeu, Erick!

Fotos de Raphael Brasil

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terça-feira, 14 de junho de 2011

Redação aberta - Post/Poste

Sabem aqueles postes de rua que têm 34 cartazes colados anunciando de festivais e eventos a pais de santo que tiram mal olhado e unha encravada?

Então, este post é uma versão digital deles (mas sem o pai de santo, claro)!


Nesta semana, tem mini turnê do Ziggy. Na quarta, o Brazilian reggaeman faz show acústico no 4 Pines, excelente bar de Manly que fabrica a própria cerveja, na quinta ele toca acompanhado de sua Wild Drums no Shore Club, também no lado de lá da harbour, e na sexta Ziggy é a atração do Tropical Heat, o reggae que acontece toda semana no Cock n' Bull, em Bondi Junction. Os três são grátis!

Ziggy and Wild Drums
Quarta, 15/6, às19h - 4 Pines (Manly)
Quinta, 16/6 às 21h30 - Shore Club (Manly)
Sexta, 17/6, às 21h - Cock'n'Bull Hotel (Bondi Junction)


Também nesta quinta, o forró mais fancy do terceiro continente à sua escolha volta ao Hugos com a noite brasileira trazendo forró e samba ao vivo, entrada grátis e pizza e drinks a $5. Mais Brasil impossível!

Só fique ligado no figurino, pois se você for Brasil demais, não entra, já que o dress code da casa não tem nada de brasileiro (boné e tênis sujo devem ficar em casa, assim como a regata e a bermuda).

E tudo na conta do Jarbas, o dono da festa que faz aniversário (ops, brincadeira!).

Forró + Samba ao vivo no Hugos (Kings Cross)
Quinta, 16/6, às 20h



Na sexta, a banda de origem sulamericana de maior sucesso da Austrália, o Watussi, se apresenta no The Basement, a melhor casa de shows da cidade.

A noite marca o lançamento do single Cuando Sera e terá as participações especiais de Samba Frog e Nativo Soul. Parte da renda irá para a SERES, organização australiana que ajuda comunidades da América Latina.

Watussi no The Basement (29 Reiby Place)
Sexta, 17/6, às 20h
Ingressos: pré-venda a $20 + taxa (www.moshtix.com.au / 1300 438 849) ou $25 na porta (se ainda restarem)


No sábado, 18 de junho, o Samba Australia se apresenta no Seven-8 (ali no BB's), em Bondi Beach. O evento está marcado para às 18h, mas a banda deve começar a tocar lá pelas 20h30. Entrada grátis e fanfarra garantida!

Samba Australia no Seven-8
Sábado, 18/6, às 20h30


No mesmo sábado, às 15h, acontece a abertura oficial do Australian Refugee Film Festival, um dos eventos que marca o início da Semana Mundial dos Refugiados na Austrália, com exibição de 9 curtas-metragens.

A questão dos refugiados é uma das mais polêmicas por aqui. A Austrália possui programa para receber e conceder asilo para os refugiados, mas tem mostrado falhas graves no sistema e sofrido diversas críticas internas e externas.

O problema se agrava na forma deturpada e tendenciosa que a informação chega à população, já que os refugiados são todos colocados num mesmo pacote com rótulos de "bandidos", "inimigos", "invasores" e "imigrantes ilegais", entre outros, e vendidos assim.

O debate precisa ser mais abrangente, mais profundo, mas é justamente o que grande parte da imprensa evita. É por isso que um festival como esse é fundamental.

Australian Refugee Film Festival
De 18 a 24 de junho, na Uniting Church (264 Pitt Street), Sydney
Website


Também marcando a Semana Mundial dos Refugiados, a SBS apresenta o documentário Go Back To Where You Came From, que será exibido em três episodódios nos dias 21, 22 e 23 de junho, às 20h30, mostrando seis australianos comuns vivendo entre (e como) refugiados. Promete ser um tapa na cara. Imperdível!

Go Back To Where You Came From
De 21 a 23 de junho, às 20h30, na SBS One



No outro sábado, 25 de junho, acontece a Black Magic - Brazilian Costume Party, festa à fantasia do Balu no Coogee Bay Hotel que reunirá os melhores DJ's brasileiros de música eletrônica que tem por aqui, incluindo o Fabeta e uma DJ mais do que especial. Ingressos a $10 a partir desta quarta, na Ozzy Study Brazil e outros lugares.

Black Magic - Brazilian Costume Party
Sábado, 25/6, às 21h, no Coogee Bay Hotel



Já no domingo, 26 de junho, acontece a Festa Junina do BraCCA, no Sydney Portuguese Community Club Fraser Park (100 Marrickville Road, Marrickville), com participação do Sydney Brazilian Social Club, o popular Canarinhos. Entrada $5.

Festa Junina do Bracca
Domingo, 26/6, às 11h

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Ops, faltou que na segunda-feira, 20 de junho, o Bondi Jam, jam session de rock n' roll que rola segunda sim segunda não, no BB's, será em homenagem ao Júlio Araújo, grande batera, percussionista e músico que completa mais uma primavera. Entrada grátis e sonzeira da pesada!

Bondi Jam - Special Julio's Birthday
Segunda, 20/6, às 20h, no BB's (Bondi Beach)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Censo 2011 - Brasileiros na Austrália

Quantos brasileiros vivem na Austrália?

Sempre achei que fôssemos entre 16 e 20 mil, incluindo residentes permanentes, temporários, estudantes, turistas, engenheiros e ilegais, até que uma amiga das antigas garantiu que chegavávamos a 30 mil. Achei muito! Já me falaram também que residentes permanentes não passam de 5 mil.

Acredito que, no total, temos aproximadamente 17.892 (ops, 17.898, já que recentemente chegaram a Gabi, o Francisco, o Jan-Antônio, o Enzo, o Bambam e a Yana), mas o fato é que talvez nem o governo australiano saiba ao certo, no máximo tenha uma boa ideia com base na quantidade de pousos e decolagens aqui na ilha.

Mas isso pode mudar.

Em 9 de agosto, a Austrália fará o Censo 2011, que obrigatoriamente deverá ser respondido por todas as pessoas que se encontrarem no país nesta noite, incluindo quem estiver em hospitais, hotéis, acampando ou mesmo em viagem de negócios de apenas um dia.

Mas porque cargas d'água devemos participar do Censo?

Primeiro porque querendo ou não, somos estatística, vivemos aqui, trabalhamos, estudamos, enfim, independentemente do caso, estamos na Austrália.

Segundo porque pode ser uma boa oportunidade para começarmos a ter um pouco mais de reconhecimento e representatividade, pois comparados a outras nacionalidades, nossa força é pífia.

Por que?

1. Somos em pouco número (será?).
2. Não temos uma comunidade organizada.

Mas como disse acima, isso pode mudar!

Uma vez que soubermos quantos somos e termos ideia do nosso tamanho, isso pode nos dar um impulso em termos de comunidade, ao mesmo tempo em que fortalece a nossa representatividade diante dos governos australiano e brasileiro. E a partir daí, quem sabe a gente possa ser uma comunidade de verdade, unida, coesa, com cada vez mais voz e recebendo mais serviços, fundos e programas.

Temos um núcleo em português na rádio SBS, um programa semanal de música brasileira na Eastside FM, um evento mensal cult de cinema em Melbourne, um festival anual de cinema, outro que marca o Brazilian Day, temos duas revistas, uma escola de capoeira que proporciona visto, outra que alfabetiza crianças em inglês-português, temos brasileiros fazendo gols todo domingo há quase 40 anos, temos um mega carnaval, nomes consagrados da música vindo todo ano, inúmeros talentos seja na música, nas artes em geral e em vários outros setores, já demostramos que somos solidários e fazemos a coisa acontecer quando brasileiros como o Leandro e o Dione precisam, mas ainda podemos muito mais!

Para participar do Censo

Basta preencher o formulário que os funcionários do Censo começarão a distribuir em todas as residências, a partir de 29 de julho. Se preferir, você pode preencher online através do eCensus com o número do seu formulário.

O sistema é fácil, seguro, rápido e mantém todas as informações confidenciais. Se usar o eCensus, os funcionários não voltarão à sua casa. Se preencher os formulários de papel, eles irão coletá-los a partir de 10 de agosto.

Mesmo quem estiver somente de passagem ou indo embora em definitivo, dê essa forcinha para os que ficam. Com raríssimas exceções, nossa imigração pra cá não tem mais de 40 anos, portanto, ainda somos jovens e temos tempo para nos organizarmos e nos tornarmos gente grande na sociedade australiana.

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sábado, 28 de maio de 2011

Luz no final do túnel para o futebol?

Na última quarta-feira, juntei-me ao Sydney Brazilian Social Club, o popular Canarinhos, em um jantar de gala da Johnny Warren Football Foundation, evento que reuniu os principais nomes do futebol na Austrália, entre eles o técnico da seleção australiana, Holger Osieck, o apresentador Les Murray e alguns ex-Socceroos, incluindo vários que disputaram a Copa de 1974.


Em seu discurso, Les Murray mencionou a presença dos Canarinhos, citando-os como "os representantes do futebol brasileiro na Austrália", e destacando dois ex-jogadores presentes, Nélio Borges e Agenor Muniz, este último ex-Vasco que defendeu a seleção australiana nos anos 1970.

De um figurão da Football Federation Australia, ouvimos que se a FIFA realmente tirar a Copa de 2022 do Catar e reabrir o processo de escolha da sede, a Austrália automaticamente reapresentará a candidatura, porém, sem gastar mais nenhum centavo do dinheiro do contribuinte (a mesma consideração que se tem no Brasil).


Na quinta-feira, no Footy Show, programa do Channel 9 100% Rugby League que foi ao ar um dia depois do State of Origin, o jogo de maior rivalidade desse esporte, esteve presente no estúdio ninguém menos do que Tim Cahill, o melhor jogador da seleção australiana de futebol.

Fizeram as piadinhas de praxe, mas levantaram demais a bola do esporte e do próprio Cahill, o que é absolutamente atípico em qualquer canal de televisão do país que não seja a SBS. Importante: sabendo que não tem virgem na zona e nenhuma emissora dá ponto sem nó, talvez seja um bom indicador.

Agora a pouco, sábado de manhã, lendo o Sydney Morning Herald, me deparei com a manchete que jamais imaginei ver na Austrália: The game God will be watching, referência à e-p-e-t-a-c-u-l-a-r final de amanhã cedo (4h10 na SBS) entre Barcelona e Manchester United (go Messi!).


Detalhe: era o terceiro artigo esportivo mais lido do dia, atrás somente da inesperada derrota da tenista australiana Samantha Stosur, em Roland Garros, e da nova medida do governo de proibir que comentaristas esportivos incentivem os telespectadores a apostarem no decorrer dos jogos (parece pouca coisa, mas o fato é que o jogo é um câncer na sociedade australiana que paga as contas de muita gente).

E sabendo que o interesse econômico da Austrália no Brasil, através do Ministério das Relações Exteriores, é cada vez maior, e deverá crescer muito nos próximos anos, incluindo aí os efeitos causados pela Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016 - e quem sabe a Copa aqui em 2022 -, não tenho dúvida em acreditar que, sim, há luz no final do túnel para o futebol na Austrália...



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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Entrevista Les Murray

Entrevista publicada na edição 15 (março/2011) da Radar Magazine.

“Garrincha é a alma do futebol”

A frase é do homem que é a cara e a voz do futebol na Austrália, Les Murray, apresentador e comentarista com sete Copas do Mundo na bagagem e três décadas de SBS Television. Nascido na Hungria e vivendo na Austrália desde 1957, Murray fala sobre o futebol no país, faz revelações e não tem dúvida de quem foi o melhor entre Pelé e Maradona.

Na Copa de 2010, os dois principais jogadores da Austrália foram expulsos nos dois primeiros jogos. Se eles estivessem vestindo a camisa do Brasil, da Argentina ou da Itália, a decisão do árbitro teria sido a mesma?
Não sei. A expulsão do Tim Cahill foi boba e a do Harry Kewell foi falta de sorte, pois para ser marcado mão na bola é preciso ter a intenção, não pode ser acidental, e além disso ele estava com o braço junto ao corpo. Portanto, é questionável. Mas não é possível perder Cahill e Kewell nos dois primeiros jogos e sobreviver.

Além das expulsões, quais foram os principais erros da Austrália no Mundial?
Más decisões do técnico Pim Verbeeck no primeiro jogo (contra a Alemanha). Pim Verbeeck não entendeu a mentalidade australiana, que é muito diferente da europeia, por exemplo. Você não pode falar para um jogador australiano que ele não é bom o suficiente para vencer a Alemanha, pois ele acredita que pode. Você tira a força mental dele. Gus Hiddink, o técnico anterior, compreendeu isso e foi pra cima do Brasil na Copa de 2006. Tudo bem, a Austrália perdeu por 2 a 0, mas dominou a maior parte do jogo. Eles não eram defensivos. Já Verbeeck armou o time com dez jogadores dentro da área e eles se revoltaram no vestiário, não queriam ir para o jogo, precisou um oficial da FIFA bater na porta e avisar que era hora de ir, senão perderiam a partida. Os jogadores estavam totalmente confusos.

Qual é o estilo do futebol da Austrália e para onde deve olhar?
A Austrália é um país multicultural e isso é bom, pois você tem garotos que nascem na Austrália, crescem aqui mas são filhos de pais croatas, por exemplo, portanto, recebem influências dos dois países que, combinadas, podem ser muito fortes. O estilo australiano, de vez em quando, precisa de correções, e a melhor maneira é espelhando nos melhores da época. Por muitas décadas nós tivemos a influência britânica, mas não precisamos dela. Nós já temos a mentalidade britânica, somos fortes, durões, altos, por que precisamos da influência britânica? Não temos a técnica, nosso controle de bola é ruim, precisamos de coisas que não temos.

A audiência do futebol na Austrália, tanto na televisão quanto nos estádios, vem crescendo. Quais são as principais razões?
O interesse aumentou muito depois da Copa de 2006. Mas em 2002, quando a Austrália não disputou a Copa, 15 milhões de australianos assistiram ao Mundial. A principal razão é a globalização. Há 30 anos, não havia transmissão na tv, artigos nos jornais, nada, apenas os imigrantes seguiam. Com a globalização, nós tivemos que ficar por dentro do que o restante do mundo fazia e jogava. E os australianos, primeiramente na SBS e depois na tv paga e na internet, começaram a acompanhar o futebol assistindo o melhor do mundo através dos campeonatos inglês, espanhol, italiano e brasileiro. Eles passaram a apreciar e achar que deveriam ser bons também no futebol. Em 2005, quando a Austrália se classificou para a Copa de 2006 ao vencer o Uruguai (em Sydney, nos pênaltis), esse país simplesmente explodiu. Nunca tivemos nada parecido. Havia um sentimento de okay, somos bons no rugby, no críquete, no golf, mas quem se importa? Esse é o esporte que todo mundo realmente se interessa. Foi muito importante para os australianos terem voltado à Copa do Mundo. Agora, provavelmente se classificará para todas e o sonho passa a ser vencê-la um dia. Não será hoje, nem amanhã, mas esse deve ser o sonho.

Falando em sonho, para você, que é um entusiasta do futebol brasileiro, o que pensa sobre cobrir a Copa no “país do futebol”?
Acho que será a minha última Copa do Mundo como profissional de tv, portanto, seria um encerramento brilhante para uma carreira. É um dos meus países e culturas preferidas, seria perfeito.

O futebol na Austrália está no caminho certo?
Muitas coisas precisam ser acertadas. A principal é o desenvolvimento técnico, o que é devagar e leva tempo. O futebol organizado começa muito cedo, antes dos seis anos de idade. Os garotos são colocados em times e tratados como pequenos soldados, eles não têm o futebol de rua, onde simplesmente pegam a bola e jogam, como na América do Sul, na África e em outros lugares. O garoto é escalado de zagueiro e não lhe é permitido sair daquela posição, driblar, nada, isso é muito agressivo e essa cultura precisa mudar, começando nos subúrbios. Outra coisa, a Football Federation Australia investe muito dinheiro no futebol, mas apenas nos jogadores de elite. Se hoje cerca de um milhão de pessoas jogam futebol na Austrália, menos de mil são de elite. E o restante? E os garotos aborígenes, que não podem comprar um par de chuteiras e possuem talento nato? AFL e Rugby League pegam eles, o futebol não, e isso é um erro. Um dos meus sonhos é ver, antes de eu morrer, o primeiro jogador aborígene de futebol milionário, como Harry Kewell ou Tim Cahill.

Quem foi melhor, Pelé ou Maradona?
Pra mim, Maradona. Uma das razões é porque mal vi o Pelé jogar. Eu era muito novo e só pude vê-lo mesmo quando estava se aposentando, no Cosmos de Nova York. Não pude vê-lo no auge, jogando pelo Santos, acompanhando semanalmente. Já o Maradona assisti em quatro Mundiais e foi o melhor que vi. Outra diferença é que o Pelé sempre jogou com grandes jogadores, seja no Santos ou na Seleção Brasileira, Maradona raramente tinha bons atacantes ao lado, a maioria era fraco, e ele sempre liderava o time, era o capitão e obteve grandes conquistas sem ter os melhores ao lado.



Quem é o seu grande ídolo no futebol?
Meu grande ídolo, meu ídolo espiritual no futebol é o Mané Garrincha, que representava a verdadeira essência do futebol, o futebol de rua, aquele que ele jogou até a morte. Figura trágica, mas por isso é tão amado. Me disseram que no Brasil Pelé é admirado, enquanto Garrincha é amado. Acredito nisso. Quando estive no Rio, fui até Pau Grande, cidade onde nasceu, visitei a casa em que ele cresceu e o túmulo. Foi uma busca particular minha pela alma do futebol, e é isso o que ele significa pra mim, Garrincha é a alma do futebol.

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quinta-feira, 31 de março de 2011

Alemanha 1 x 2 Austrália - Covardia 0

Na edição da Radar Magazine que está nas ruas, entrevistei ninguém menos do que o grande Les Murray, também conhecido como Mr. Football, o homem que é a cara do futebol na Austrália. Trabalhando há 30 anos na SBS Television e com sete Copas do Mundo no currículo, perguntei a ele quais foram os principais erros da seleção australiana na Copa da África do Sul, disputada no ano passado, e ele respondeu:


Más decisões do técnico Pim Verbeeck no primeiro jogo (contra a Alemanha). Pim Verbeeck não entendeu a mentalidade australiana, que é muito diferente da europeia, por exemplo. Você não pode falar para um jogador australiano que ele não é bom o suficiente para vencer a Alemanha, pois ele acredita que pode. Você tira a força mental dele. Gus Hiddink, o técnico anterior, compreendeu isso e foi pra cima do Brasil na Copa de 2006. Tudo bem, a Austrália perdeu por 2 a 0, mas dominou a maior parte do jogo. Eles não eram defensivos. Já Verbeeck armou o time com dez jogadores dentro da área e eles se revoltaram no vestiário, não queriam ir para o jogo, precisou um oficial da FIFA bater na porta e avisar que era hora de ir, senão perderiam a partida. Os jogadores estavam totalmente confusos.

Ontem, Austrália e Alemanha se enfrentaram pela primeira vez desde o chocolate de 4 a 0 em Durban. Antes do plério, Holger Osieck, técnico da Austrália nascido na Alemanha, disse que os Socceroos entrariam em campo para vencer - postura totalmente diferente do covarde Verbeeck.


Jogando na Alemanha, os Socceroos sofreram gol de Mario Gómez (o jogador, não o ator) aos 26 minutos do primeiro tempo, empataram com um belíssimo gol de Carney aos 16 do segundo e viraram 3 minutos depois com um pênalti pessimamente batido pelo lateral Wilkshire, alcançando a primeira vitória australiana na história diante da Alemanha.

Les Murray, claro, matou a charada como poucos, enquanto Holger Osieck mostrou que está conduzindo os Socceroos no caminho certo. Com Brasil 2014 como objetivo principal, tudo o que tenho a dizer é "abaixo a covardia, vamos jogar futebol". E isso serve pra todo mundo!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Entrevista SBS - CarnaCoogee

Nesta sexta-feira, às 11h (19h de quinta no Brasil), vai ao ar na rádio SBS2 entrevista que concedi ao Rafael Aiolfi sobre o CarnaCoogee 2011 e o samba enredo que compus em parceria com o Andrezinho Souza. Em português. Para ouvir em Sydney, basta sintonizar em 97.7fm. Caso não consiga, clique aqui e ouça o podcast.

Abaixo, trecho do ensaio.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Convocação Jamberoo, Doação Rio e Fanfarra Fiji

Johnny Warren foi um dos maiores jogadores de futebol da Austrália. Ex-capitão dos Socceroos, ele também se tornou um dos principais comentaristas, deixando sua marca na SBS. Polêmico e idealista, sempre lutou para o esporte ser chamado de football na Austrália, e não soccer, e foi um dos responsáveis pela criação da A-League.



Apaixonado pelo Brasil e pelo futebol brasileiro, Warren era frequentador do Brazilian Fields no Centennial Park, em Sydney, onde aos domingos os brasileiros dos Canarinhos se juntam para jogar uma pelada. O ex-capitão morreu em 2004, vítima de câncer, mas os laços entre ele, a família e os Canários continuam.

Todo ano, em Jamberoo (ao sul de Sydney, pouco depois de Wollongong), onde alguns familiares vivem, acontece o Johnny Warren Memorial Cup. Este ano a competição será nos dias 4, 5 e 6 de fevereiro, e os Canarinhos, claro, vão mandar um time, talvez dois. Além da competição e das homenagens, rola muita festa por lá.

Se você conhece os caras e quer participar, clique neste link para a página no Facebook e entre em contato.

Gel, Banana e cia, se não ganharem este ano, vai ter protesto da torcida na chegada no aeroporto (ops, na Central Station).



Mudando um pouco de assunto, para quem está no Brasil e deseja doar produtos de higiene e alimentos não-perecíveis para as vítimas das enxurradas do Rio, a Ozzy Study Brazil, empresa para qual trabalho, lançou a campanha Ozzy Rio - De Braços Abertos.

Em 12 de fevereiro a Ozzy abrirá a primeira agência no Rio e, por tratar-se de um momento delicado, todas as demais agências resolveram se mobilizar e estão recebendo doações para encaminharem ao Rio de Janeiro. Sendo assim, para quem deseja doar, basta ir a uma das 7 agências da Ozzy no país (São Paulo, Campinas, Brasília, Curitiba, Floripa, Porto Alegre e Santa Maria). Caso esteja na Austrália, avise seus amigos e familiares. Clique aqui para ver todos os endereços.



E graças à dedicação do amigo e irmão musical, Júlio Araújo, e da mulher, Amanda Xavier, a designer do meu cartão de visitas, na última semana o blog teve uma presença espiritual em Fiji, como podem ver neste esforço herculano e fanfarrônico do casal.





sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Top five 2010

Aproveitando que ninguém quer trabalhar e todo mundo só faz retrospectiva, também fiz a minha. O critério foi simples: os 5 grandes momentos do blog em 2010, seja em termos de audiência, de satisfação pelo trabalho, ou ambos. Para ser justo, separei cronologicamente.

No iníico de 2010, fui pela primeira vez à Melbourne. E amei aquela cidade. Fui com três amigos e quebramos absolutamente tudo. O ponto alto, claro, foi o jantar que o Alex Atala fez no restaurante do Jacques Raymon, durante o Melbourne Food and Wine Festival. Além disso, meses antes tive a oportunidade de entrevistá-lo para a Radar Magazine. A conclusão foi uma só: Alex Atala é o cara! Leiam aqui a entrevista e sobre o jantar.

Em maio, fui convidado pela Beatriz Wagner, produtora executiva da Rádio SBS em português, para ser comentarista dos jogos do Brasil durante a Copa da África do Sul. Esse foi o meu primeiro Mundial e simplesmente amei. Não só trabalhar na transmissão da Copa, mas fazer rádio. Bia, Raphas, Miltão, Lloyd e toda equipe, muito obrigado! Leiam aqui entrevista que fiz com um produtor de vinho português na véspera de Brasil x Portugal. Eno-vuvuzela em estado bruto!

Falando em vinho, em junho, eu e a minha eno-parceira Izabella Rodrigues lançamos o I Guia de Vinho para o brasileiro tomar no inverno australiano. A ideia era simples: vinhos de até $25 encontrados facilmente na Austrália. O Guia foi sucesso total e ano que vem tem mais!

Em julho, realizamos uma exposição de fotos no blog com o tema Inverno em Sydney que foi muito bacana. Convidei 4 fotógrafos e publicamos 25 chapas, 5 cada (eu também particpei), e o resultado pode ser visto aqui. Desta exposição surgiu a Primavera na Austrália, ideia mais abrangente que resultou em cerca de 60 trabalhos entre fotos, vídeos, quadros, música, escultura etc etc etc. A coisa ficou tão grande que adiamos para o final do ano, depois para janeiro e agora mais uma vez para abril ou maio. Difícil, mas sairá. E o evento já tomou forma e agora atende pelo nome de Octopus Garden (saiba mais aqui). A todos vocês que enviaram trabalho, muito obrigado. Em 2011 trago mais informações.

Agora em novembro, recebi a grande notícia de que Os Mutantes, a maior banda de rock da história do Brasil, vem para a Austrália. E com isso terei a oportunidade de rever o amigo Dinho Leme, baterista da formação clássica que vem com Sergio Dias e companhia. Obviamente irei não apenas em Sydney, como também em Melbourne, a minha Melba, onde eles também tocarão. Para saber tudo sobre a vinda dos Mutantes e a minha passagem com eles, clique aqui.

Não posso deixar de fazer uma menção honrosa ao nosso saudoso Geleia e ao fotógrafo Guilherme Infante. Fizemos um trabalho que gerou certa polêmica por aqui, mas no meu ponto de vista - sem falsa modéstia - ficou sensacional. Segue aqui a entrevista com o Geleia e o ensaio fotográfico.

A todos você que acompanharam o blog, apareceram no blog, divulgaram o blog, comentaram no blog, seguem o blog, se informaram no blog, riram no blog e choraram no blog (esse é pra minha mãe), muito obrigado. Ano que vem tem muito mais!

Tenham uma excelente noite hoje e que em 2011 vocês realizem tudo o que desejam.

Feliz 2011!!!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

I Les Murray Cup

A verdade é uma só: o australiano médio, aquele tomador de VB em RSL, está pouco se lixando para o futebol (ou soccer, como ainda chamam por aqui).

Independentemente do que rola na Fifa, o que mais contou contra a candidatura australiana foi o desinteresse da população em ver o país sediando a competição, e a oposição interna de diversos setores, incluindo meios de comunicação e entidades esportivas como NRL e, principalmente, AFL.

Afinal, eles sabem do perigo que o futebol representa para as diferentes ligas de rugby, para o Australian Football, cricket etc, pois uma vez que pegar, vai estourar e ficar pra sempre. Mas, por ora, o soccer não passa de esporte de imigrante e wog (filho de imigrante nascido na Austrália).



A única emissora que realmente apoia o futebol no país é a SBS, que transmite alguns jogos internacionais ao vivo, possui programas especializados, abre espaço em seus noticiários e, acima de tudo, transmite a Copa do Mundo desde 1986 (só não mostra mais porque a Fox Sports compra tudo e o governo não protege a transmissão em tv aberta de futebol como de outros esportes nacionais). E ninguém simboliza melhor o futebol na emissora e na própria Austrália do que o lendário Les Murray, australiano nascido na Hungria apaixonado pelo esporte que esteve presente na transmissão de todas as Copas exibidas pela SBS.

Com esse perfil e trabalhando há décadas na única emissora realmente multicultural do país, não é de se estranhar que o cara é um entusiasta do futebol brasileiro e, infelizmente, vascaíno. Mas tem explicação. E matemática!



Les Murray está para o futebol australiano assim como os Canarinhos estão para o futebol brasileiro em Sydney. Ou seja, pensou em jogar uma pelada com brasileiros na cidade, o primeiro pensamento que vem à cabeça é o Sydney Brazilian Social Club, o popular Canarinhos, que desde 1972 joga religiosamente todo santo domingo, sendo que há pelo menos 20 anos no campo 7 do Centennial Park, oficialmente batizado de Brazilian Fields.

Pois bem, há tempos Les Murray é, digamos, patrono dos Canários, não em termos financeiros, mas no sentido de apoiar e dar força ao clube, já que o nome do homem pesa. Em 2004, por exemplo, juntamente com o atual presidente, Gel Freire, e o grande Dinamite, o maior artilheiro do Centennial Park caso o gol fosse 2 metros mais alto, Murray esteve no Brasil e acabou se convertendo ao time de São Januário.

E agora, para homenageá-lo e retribuir o apoio, os Canários criaram a I Les Murray Cup, competição que acontece neste domingo, no... Centennial Park, a partir das 9h30. A copa será disputada por 12 times formados por jogadores de diferentes nacionalidades e localidades. Serão 13 partidas no total, incluindo a grande final. Além do futebol, claro, vai rolar muita festa nos arredores, com participação especial do próprio Les Murray, que fará o discurso de abertura. Entrada grátis!



E para celebrar a primeira edição, às 17h, todos seguem para o Selina's, no Coogee Bay Hotel, onde rola mais uma edição do Beach Samba, festa da Baluart com batucada de esquenta e Samba Groove até às 22h. A entrada é grátis até às 19h - tanto pra mulher quanto pra homem. Depois é $10.



Enfim, se o australiano não gosta de futebol, o problema é dele. Nós gostamos! Se a Rússia e o Catar tem quantidades intercontinentais de petro-dólares, bom para a Fifa. Por aqui, um viva ao Les Murray e aos Canários (clique aqui para ler a história dos Canarinhos na íntegra)!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Fotos Radio SBS_Coogee Bay

Beatriz Wagner


Já estão no ar as chapas da nossa transmissão da Copa do Mundo nos estúdios da SBS, além das galerias com as principais festas que rolaram - incluindo Brasil no Coogee Bay Hotel. Dêem uma olhada.

Fotos de Thiago Siqueira e Beatriz Wagner.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

No descanso das vuvuzelas

Finalmente uma noite de sono profundo, dormida como um verdadeiro princeso. O que chamam de sono dos justos, sem precisar ir para a cama no intervalo do primeiro jogo, por volta da 0h46, muito menos tendo que acordar às 4h26, a tempo de ouvir algum hino nacional. Sim! Adoro ver os semblantes e reações quando a câmera passeia pelos 11 jogadores.



Em geral temos: o primeiro canta alta e olhando para cima, o segundo canta com a mão no peito, o terceiro, mais baixinho, está concentrado com os olhos fechados, o quarto, provavelmente um brasileiro naturalizado, não faz ideia do que está sendo cantado, o quinto está muito abraçado com o sexto, que canta constrangido olhando para baixo, o sétimo olha para a câmera e pisca, o oitava canta alto e quase chora, o nono finge que canta mas não sabe a letra, o décimo, que é o goleiro, canta com seriedade, e o décimo primeiro, o craque invocado, não está nem aí pra nada.

O sono só não foi perfeito porque após liderar o bolão das Havaianas durante a maior parte do tempo, caí para quarto, a apenas 4 pontos da líder (sim, temos uma líder), graças a um pênalti holandês cometido aos 47 minutos do segundo tempo. Mas tudo bem, a partir de amanhã recupero os pontos perdidos.



E aproveitando a parada na Copa, o repouso das vuvuzelas e o sono em dia, é hora de um rápido balanço. Na verdade, uma olhada nos Tambores da África, texto que publiquei há dois dias do início da Copa e vem se confirmando.

Vejamos este parágrafo:

"Com os tambores da África apenas esquentando, descarto de cara França, Inglaterra, Alemanha, Holanda, Itália, Portugal e Espanha devido ao histórico colonizador no continente. Acho que o título ficará no hemisfério sul, mas não na África. Alguns times do continente podem surpreender, ir longe, mas favorito mesmo, levando em consideração os fatores jogadores, time, camisa, estrela, tabela e tambores da África, são dois: Brasil e Argentina (não necessariamente nesta ordem)."

França e Itália nem da primeira fase passaram. Inglaterra e Portugal ficaram nas quartas. Ainda restam Alemaha, Holanda e Espanha, sendo que a única que realmente tem jogado bola para ganhar é a Alemanha, do glorioso e flamboyant técnico Joachim Low (tenho certeza de que ele tem um estúdio capilar em algum bairro transado de Munique).

Com Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai nas quartas, mais Gana, continuemos firmes e fortes com os tambores da África, tendo ainda mais duas vuvuzeladas certeiras pré-Copa:

"Correndo por fora, coloco o meu Uruguai, seleção que tem uma ótima defesa com o grande Lugano de capitão, e reaprendeu a fazer gols com Forlán, Abreu e Suarez. Pouca gente sabe, mas a influência do candombe (isso mesmo, da mesma origem do candomble) na cultura popular uruguaia é muito forte, o que pode nos impulsionar. Também tem os Estados Unidos, que apesar de não terem um grande time, conta com o fator Obama. Porém, a dívida ainda é muito maior do que os dividendos e não passam das oitavas, caso supere a fase de grupo."



Com tudo isso, resta dizer que a Copa está absolutamente aberta e não faço a menor ideia de quem vai ganhá-la. Mais! Depois de uma parada hermana, amanhã é dia de TV Down Radio Up! Isso mesmo, se você está em Sydney (97.7 FM), Melbourne (93.1) ou Canberra (105.5 FM), às 23h30, abaixe o volume da sua tv e sintonize na Radio SBS, pois entraremos ao vivo. Durante o jogo, narração incomparável do grande José Silvério na Rede Bandeirantes e no intervalo e ao término do plério voltamos com absolutamente tudo. Se preferirem, ouçam pela internet.

terça-feira, 22 de junho de 2010

How Far We've Come



Em 26 de janeiro deste ano, Australia Day e férias escolares, eu estava atolado em trabalho. Mal conseguia sair de casa. Paola, amiga que entre suas funções no planeta está a de colocar pessoas em contato, me ligou dizendo que comemoraria o feriado pátrio em Tamarama Beach, pertinho de casa. Falei que dificilmente iria. Passados 5 minutos, fui.

Mesmo com a fanfarra armada no parque da praia, com direito a lona molhada com cerveja para os australianos deslizarem e se arrebentarem, consegui conversar com um casal muito bacana recém-apresentado pela... Paola.

Os dois são mineiros e moram há anos aqui. Eduardo, designer, trabalha com arquitetura, teatro, cinema, ópera e televisão, e vive na Austrália há 15 anos. Fernanda, jornalista e coordenadora de produção da SBS Online, mora há 6. Falamos bastante, trocamos emails, telefones e não perdemos mais contato.


No The Pitanga Project I, conversando com o chef.

Seis meses se passaram e hoje o post é da Fernanda, que ontem lançou um importante e maravilhoso projeto online, desses que mudam paradigmas.

O nome é How Far We've Come e traz histórias de refugiados que vieram para a Austrália nas últimas décadas. De pintor chinês que se sentia um refugiado mental diante do regime político de seu país a habitante de Kosovo fugindo da guerra civil do final dos anos 1990, tem um pouco de tudo.

Este é o primeiro trabalho produzido pela Fernanda na SBS. Ela concebeu a ideia, viabilizou o projeto, orquestrou uma grande equipe e trabalhou na finalização, passando boa parte do tempo abrindo caixas de arquivos da emissora, revirando gavetas empoeiradas e conversando com os funcionários mais antigos na tentativa de localizar os arquivos certos sobre o tema produzidos nos últimos 25 anos pela emissora.



Quando encontrava alguma pista, precisava achar a pessoa. Aí era ligar para o clube uruguaio e perguntar se eles sabiam de algum tal de Juan. Obviamente, eles conheciam 874 Juans, mas até chegar no que estavam procurando, haja portunhol e spanglish.

Na universidade, uma das razões que a motivou a escolher o jornalismo foi a possibilidade de trabalhar com questões humanitárias e lidar com direitos humanos, o que ela acaba de fazer em How Far We've Come.

A questão dos refugiados é muito séria em todo o mundo. O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado trouxe o problema no início dos anos 2000 com o impactante The Children: Refugees and Migrants. Lembro que vi a exposição em São Paulo e saí atordoado.



Por aqui, o tema é polêmico e muitas vezes abordado de maneira distorcida, já que o governo australiano oferece proteção para refugiados através de programas humanitários. Os termos asylum seekers, refugees e illegal immigrant muitas vezes são colocados no mesmo saco, o que é um grande erro. Esta página do projeto é bastante esclarecedora: http://www.sbs.com.au/refugees/myths.html

Estamos na Semana do Refugiado (20 a 26 de junho), portanto, hora certa para tomarmos conhecimento do assunto. Ainda mais com How FarWe've Come, que está lindo e trazendo histórias de cortar o coração. Segundo a própria Fernanda:

"Ninguém é refugiado, a pessoa passa a ser."

Well done Fê!


Ir para o Guia de Vinhos

sábado, 19 de junho de 2010

Brasil x Ivory Coast - Fan-farra verde e amarela

Este, sem dúvida, será o maior esquenta de todos os tempos da próxima semana. Antes de mais nada, domingão, 20 de junho, é aniversário da minha irmã Paloma, a mãe dos gêmeos. Parabéns, Pá!

Bem, mas a fanfarra em verde e amarelo (no caso desta, green and gold) começa daqui a pouco, à meia-noite, com Austrália x Gana. É ganhar, ganhar ou, na pior das hipóteses, golear. Se empatar ou perder, aí somente em 2022, em casa.



Passado o aperitivo da madrugada, o esquenta deste domingo começa com a Festa Junina do BraCCA, a mais tradicional destas bandas. A exemplo de 2009, este ano também será no Fraser Park, das 11 às 18h, na sede do clube português (100 Marrickville Road - próximo à Sydenham Station). Vai ser bem bacana, a entrada custa somente $5 e terá muita comida típica (além de drinks e Canarinhos, é claro).



De lá é seguir para o meu novo local pub número 1, o Beach Road, onde o Cultura Bondi trará Samba Groove das 18h às 22h com entrada grátis. Mas é só o começo! O próximo destino? Darling Harbour, onde vocês podem escolher entre as opções fan outdoor ou fan-farra indoor.

A opção fan outdoor é o International Fifa Fun Fest, que desde às 21h30 estará mostrando Eslováquia x Paraguai, à 0h passa para Itália x Nova Zelândia e à 4h30 Brasil-sil-sil x Costa do Marfim (ou Ivory Coast - como eles dizem aqui). Ontem fui lá e vi Alemanha 0 x 1 Sérvia. Está simplesmente sen-sa-cio-nal. Méritos de Joseph Blatter e Flávia Fontes.



Aliás, uma pausa: vocês lembram o que escrevi sobre os "Tambores da África"? Vocês acham que as chances perdidas pela Alemanha e o pênalti pessimamente batido foram coincidências? E o frango do goleiro inglês seguido pelo empate com a Argélia? O que falar de Suíça 1 x 0 Espanha - a favorita? E Itália, França, Portugal... os colonizadores e quem tem acertos de contas históricos estão perdidos!



Voltando: a opção fan-farra indoor será na Home, onde acontece a festa oficial dos brasileiros em Sydney com direito a samba ao vivo, telão, DJ's, enfim, a partir das 23h a festa vai rolar solta e só terminará por volta das 6h30 da segunda-feira, com o apito final seguido de um heróico e retumbante call sick. Um oferecimento Baluart, Fibra e Dunga. Entrada 20 doletas.



Já para os conservadores, a dica é: Pablito na SBS. Isso mesmo! O jogo começa às 4h30, mas a partir das 4h, na Rádio SBS 2, estarei nos estúdios comentando a partida ao lado de Milton Rocha e Rafael Aiolfi, além de Raphael Brasil-sil-sil, que estará congelando em Darling Harbour entrevistando a galera.

A coisa é simples: entramos no ar às 4h, depois passamos para a Rádio Bandeirantes com o grande José Silvério, que transmitirá direto da África, voltamos no intervalo, Silvério narra mais 45 minutos com comentários de Mauro Beting, e retornemos no pós-jogo até às 7 da manhã, ouvindo as coletivas, comentando e tomando quantidades industriais de cafezinho da SBS.

De lá, como bom estudante internacional, sigo para a escola, onde às 9h15 apresentarei um plano de marketing de 15 minutos para uma banca examinadora e, se sobreviver, entro de férias escolares até meados de julho, aumentando a cota de Copa do Mundo e fanfarra. Brasil-sil-sil!


Como o assunto é fan-farra, Vlad ao fundo.

Rádio SBS 2
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