Bem, agora que eu falei, já não é tão secreto assim. Mas ainda é!
O negócio é o seguinte, nesta quinta-feira, 24 de março de 2011 (neste caso, é importante frisar o dois mil e onze), assim que o sol se pôr, o Foo Fighters, uma das maores bandas de rock do planeta, se apresentará na Sydney Harbour.
Sabendo que a referida baía é grande e inclui lugares como Opera House, Harbour Bridge, Luna Park e até mesmo ferries para Manly, a pergunta que não quer se calar é onde extamente será o show.
E é aí que mora o segredo, já que só sabe quem tem o convite - o que nos leva a inevitável indagação onde eu compro. Sem pestanejar, respondo que você não compra, pois não está à venda, o que não significa que você não tenha 1.2% de chance de ir. Como?
No melhor estilo não dou o peixe, mas ensino a pescar, segue o caminho das pedras (hummm pedras, será que é em The Rocks?): clique neste link, dê um like onde deve ser dado, faça o seu comentário onde deve ser feito e torça para que você seja o escolhido entre centezas de pessoas.
Importante: o prazo termina hoje, às 17h, portanto corra!
Toda essa algazarra deve-se ao fato de ser a apresentação mundial do material de Wasting Light, o novo álbum da banda. Quem não puder ir, terá a oportunidade de assistir ao show no Channel V, em 2 de abril. Wasting Light chega às lojas em 8 de abril.
Boa sorte!
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quarta-feira, 23 de março de 2011
domingo, 2 de janeiro de 2011
domingo, 28 de março de 2010
Wine Fair no Overseas Passenger Terminal
São quase 9 horas da manhã e daqui a pouco vou abrir o bar. Na verdade, a adega! Mas antes que liguem para o AAA, explico.
A partir das 11 horas, no Overseas Passenger Terminal, lá na Circular Quay, lado oeste (The Rocks), vai começar o segundo e último dia da International Wine Fair, feira de vinho promovida pela Vintage Cellars, um dos meus "suppliers" oficiais.
International Fair porque em vez de vinhos australianos, nesta feira eles reúnem a grande maioria dos produtores estrangeiros que representam e mostram as novas safras, além de alguns canhõezinhos mais antigos que já estão na hora de serem abertos.
A Vintage Cellars está espalhada por todos os estados e territórios da Austrália, portanto, aonde você estiver, haverá uma loja por perto. E esse é justamente o bacana da feira, pois por apenas $25 (isso mesmo, vinte e cinco doletas), você experimenta praticamente todos os vinhos importados que estarão à venda este ano, podendo marcar o que gosta, o que não gosta, qual não é tão bom mas vale pelo preço, qual jamais comprará etc.
E na pior das hipóteses, mesmo que não saiba absolutamente nada de vinho e chame todo espumante de champagne, no mínimo, você tomará quantidade e diversidade que jamais tomou na vida, além de conhecer o Overseas Passenger Terminal, que tem bela vista para a harbour, para a ponte e Opera House. Ainda mais neste domingão ensolarado!
A feira vai das 11h às 17h e os ingressos podem ser comprados na porta. Veja os principais produtores:
França
Cattier
Chablisienne
Gratien & Meyer
Les Nuages
Maison Champy
Pommery
Saint Cosme
Vidal Fleury
Itália
Cusumano
Musella
Portone
Romitorio
Ruffino
Tramin
Espanha
Bodegas y Vindos Tabula
Martin Codax
Segura Viudas
Tandem Navarra
Portugal
Casa Santos Lima
Chile
Casillero del Diablo
Cono Sur
Nova Zelândia
Blind River
Murdoch James
New Yealands
Peregrine
Selaks
Vavasour
Wairau River
A partir das 11 horas, no Overseas Passenger Terminal, lá na Circular Quay, lado oeste (The Rocks), vai começar o segundo e último dia da International Wine Fair, feira de vinho promovida pela Vintage Cellars, um dos meus "suppliers" oficiais.
International Fair porque em vez de vinhos australianos, nesta feira eles reúnem a grande maioria dos produtores estrangeiros que representam e mostram as novas safras, além de alguns canhõezinhos mais antigos que já estão na hora de serem abertos.
A Vintage Cellars está espalhada por todos os estados e territórios da Austrália, portanto, aonde você estiver, haverá uma loja por perto. E esse é justamente o bacana da feira, pois por apenas $25 (isso mesmo, vinte e cinco doletas), você experimenta praticamente todos os vinhos importados que estarão à venda este ano, podendo marcar o que gosta, o que não gosta, qual não é tão bom mas vale pelo preço, qual jamais comprará etc.
E na pior das hipóteses, mesmo que não saiba absolutamente nada de vinho e chame todo espumante de champagne, no mínimo, você tomará quantidade e diversidade que jamais tomou na vida, além de conhecer o Overseas Passenger Terminal, que tem bela vista para a harbour, para a ponte e Opera House. Ainda mais neste domingão ensolarado!
A feira vai das 11h às 17h e os ingressos podem ser comprados na porta. Veja os principais produtores:
França
Cattier
Chablisienne
Gratien & Meyer
Les Nuages
Maison Champy
Pommery
Saint Cosme
Vidal Fleury
Itália
Cusumano
Musella
Portone
Romitorio
Ruffino
Tramin
Espanha
Bodegas y Vindos Tabula
Martin Codax
Segura Viudas
Tandem Navarra
Portugal
Casa Santos Lima
Chile
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domingo, 18 de outubro de 2009
A cara de Sydney
Ontem passamos a tarde tomando vinho em Paddindgton, sentados na grama e ouvindo jazz ao vivo. Era o East Village Jazz Festival, organizado pela ótima rádio comunitária East Side FM (aquela mesma onde participei de um programa em homenagem ao Tim Maia).
O festival é parte do Art & About Festival, que acontece em vários pontos da cidade durante algumas semanas e é quase tudo ao ar livre - a cara de Sydney.
Mas nada é mais emblemático do que um evento novo que acontecerá na próxima semana, na Harbour Bridge. Aproveitando os embalos da primavera, no domingão, 25 de outubro, fecharão a ponte para o Breakfast on the Bridge.
Isso mesmo! O asfalto será coberto com placas de grama e, entre 6h30 e 8h30, 6 mil pessoas tomarão café da manhã em cima da ponte. Simplesmente sensacional e a cara da cidade.
E no mesmo dia, o Australia Hotel, em The Rocks, fará o seu tradicional Australian Beer Festival, que reunirá mais de 120 produtores. Nesse caso, a cara do australiano.
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quinta-feira, 9 de julho de 2009
O cara e as cinzas
Se tem um esporte que o australiano ama é o cricket. E se tem uma competição que ele quer vencer de qualquer maneira é a série The Ashes, que acontece desde 1882 e envolve somente Austrália e Inglaterra.
Como ocorre apenas de dois em dois anos, cada vez em um dos países durante o verão no respectivo hemisfério (sim, o cricket é um esporte de veraneio), a ansiedade nos meses que antecedem é descomunal.
E ontem, pouco antes de iniciar a primeira partida em Cardiff, na Grã-Bretanha, Richard Branson, o bilionário inglês dono da Virgin, fez uma iluminada aparição na torre sul da Harbour Bridge, em Sydney.
Através de uma projeção de 25 metros, ele provocou nosso capitão Ricky Pontin e, consequentemente, o resto do país ao desejar sorte e dizer que ele precisará. Mais! Vai doar mil libras para cada rebatedor inglês que fizer 50 pontos.
O cara, além de gênio, excêntrico e chapa do Rubinho, é um tremendo de um marketeiro!
Como ocorre apenas de dois em dois anos, cada vez em um dos países durante o verão no respectivo hemisfério (sim, o cricket é um esporte de veraneio), a ansiedade nos meses que antecedem é descomunal.
E ontem, pouco antes de iniciar a primeira partida em Cardiff, na Grã-Bretanha, Richard Branson, o bilionário inglês dono da Virgin, fez uma iluminada aparição na torre sul da Harbour Bridge, em Sydney.
Através de uma projeção de 25 metros, ele provocou nosso capitão Ricky Pontin e, consequentemente, o resto do país ao desejar sorte e dizer que ele precisará. Mais! Vai doar mil libras para cada rebatedor inglês que fizer 50 pontos.
O cara, além de gênio, excêntrico e chapa do Rubinho, é um tremendo de um marketeiro!
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quinta-feira, 11 de junho de 2009
Sábado em Manly - Dica de Vinho
Sábado passado, em Manly - linda praia do outro lado da Harbour Bridge, tomada por brasileiros - aconteceu a 23ª edição do Manly Food and Wine Festival. Aqui na Austrália, essas feiras de vinho e comidas ao ar livre rolam durante o ano inteiro, aos montes, e são muito boas (principalmente esta, à beira-mar e com a lua quase cheia surgindo sobre o oceano). A atmosfera é sempre bacana, em geral tem som ao vivo e, a 5 dólares a taça, é possível tomar e descobrir alguns ótimos vinhos que passam despercebidos no dia-a-dia.
Como este 2005 Cold Soaked Cabernet Sauvignon, da Briar Ridge, um canhãozinho que passou 12 meses descansando em tonéis de carvalho francês e está prontinho pra ser tomado. O vinho apresenta ótima estrutura, taninos devidamente amaciados por conta do estágio nos tonéis, frutas negras e notas de canela. É a cara deste frio que está chegando de maneira rascante e cruel E a 23 doletas está excelente!
Aliás, ele é tão bom que fui tomando, tomando, depois, quando a feira acabou, entrei no Steyne, pub ali de frente pra praia, lareira acesa, cervejinha escura, banda ao vivo e, quando me dei conta, já não havia mais ferry boat pra voltar. Culpa do canhãozinho!
Ressacas às parte, ainda não sei onde está sendo vendido por aqui, mas assim que descobrir, aviso. Pra quem for visitar o Hunter Valley, a região vinícola aqui do lado, a Briar Ridge fica na Mount View Road, em Cessnock. Fácil, perto e deve ter lareira!
Obs: fotos roubadas do Facebook da Ana Duarte (a popular Aninha).
Como este 2005 Cold Soaked Cabernet Sauvignon, da Briar Ridge, um canhãozinho que passou 12 meses descansando em tonéis de carvalho francês e está prontinho pra ser tomado. O vinho apresenta ótima estrutura, taninos devidamente amaciados por conta do estágio nos tonéis, frutas negras e notas de canela. É a cara deste frio que está chegando de maneira rascante e cruel E a 23 doletas está excelente!
Aliás, ele é tão bom que fui tomando, tomando, depois, quando a feira acabou, entrei no Steyne, pub ali de frente pra praia, lareira acesa, cervejinha escura, banda ao vivo e, quando me dei conta, já não havia mais ferry boat pra voltar. Culpa do canhãozinho!
Ressacas às parte, ainda não sei onde está sendo vendido por aqui, mas assim que descobrir, aviso. Pra quem for visitar o Hunter Valley, a região vinícola aqui do lado, a Briar Ridge fica na Mount View Road, em Cessnock. Fácil, perto e deve ter lareira!
Obs: fotos roubadas do Facebook da Ana Duarte (a popular Aninha).
domingo, 29 de março de 2009
Apagão de 1 bilhão
Ontem à noite, ficamos no escuro. Das 20h30 às 21h30 (horário local), até mesmo nossa gloriosa Harbour Bridge e a emblemática Opera House apagaram as luzes. Mas ao contrário do que aconteceu no Brasil há uns doze anos, quando tivemos aquele vergonhoso apagão, este foi por uma boa causa.
Participamos do Earth Hour, evento que começou aqui mesmo em Sydney, em 2007, com cerca de 2.2 milhões de pessoas apagando as luzes durante uma hora. Hoje, na terceira edição, a iniciativa se tornou um evento global com participação de 1 bilhão de pessoas em mais de 80 países (tipo Tang).
Para se ter uma idéia, ícones como a Torre Eiffel, o Vaticano, o estádio olímpico de Beijin e as pirâmides de Giza também ficaram no escuro. Não sei se no Brasil grandes monumentos como o Borba Gato – o nosso Colosso de Rodes – por exemplo, aderiu, mas deveriam. A idéia do Earth Hour não é economizar energia, mas conscientizar as pessoas sobre as mudanças climáticas do planeta.
A única coisa que me preocupa é o fato de Melbourne ter participado. Como todos sabem, daqui a pouco será aberta a temporada 2009 da Fórmula 1, com o Rubinho largando na segunda posição, e o Massa na sétima. Conhecendo as duas feras, a chance de um apagão brasileiro no circuito de Albert Park, é muito grande. Principalmente se estiverem na frente.
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domingo, 14 de setembro de 2008
Sou um The Rocker
Domingo passado só não foi perfeito porque a Nicole Kidman não apareceu, pois caso desse o ar da graça...
Quem mora em Sydney e nunca fez a dobradinha Lord Nelson / The Hero of Waterloo em The Rocks não vai para o céu. É sério (em tom de ameaça)!
The Rocks, para o homem branco ocidental, é o bairro mais antigo da Austrália. Habitado originalmente pelos aborígenes conhecidos como Cardigal, a partir de 1788 passou a ser dominado pelos primeiros europeus (leia-se prisioneiros ingleses) que desembarcaram por aqui.
As ruas seculares e as construções em pedra, mais a proximidade com a Harbour Bridge e a Baía de Sydney, criam uma atmosfera colonial com ares boêmios e interioranos à beira-mar que é apaixonante. Não por acaso sou um the rocker.
The Lord Nelson Brewery Hotel é um dos pubs/hotéis mais antigos da cidade. Fundado em 1836, ele não só serve uma das melhores cervejas de Sydney, como também a produz lá mesmo, artesanalmente. A Old Admiral é simplesmente sen-sa-cio-nal. É praticamente uma bomba escura com 6.1% de álcool, toques de caramelo e um fundo cítrico. Pra quem gosta de cerveja escura, é incrível.
De lá andamos uns dois quarteirões e entramos no The Hero of Waterloo, outro clássico e antigo pub, todo de pedra, que aos sábados e domingos oferece um serviço exclusivo: “alimento pra alma”. É verdade! No pequeno palco escondido no final do balcão, 4 músicos com idades que, somadas, têm bem mais do que a Austrália branca ocidental, simplesmente arrebentam no jazz.
Destaque para uma simpática senhora que canta muito, toca sax e trompete, e não tem menos de 78 anos. Gênia!!! O melhor foi ver, em um dos intervalos, um guitarrista mais jovem, que estava de passagem, dedilhar Californication do Red Hot e ela se interessar. Vai ter cabeça aberta assim lá na... Austrália.
Em uma das entradas, das cinco músicas, duas eram do Tom Jobim. Como ninguém da banda sabia que éramos brasileiros (não usávamos boné, regata e corrente de prata no pescoço), e pensando que era domingão e que estávamos em algum lugar próximo ao Oceano Pacífico - com no máximo 30 pessoas na casa - a conclusão foi uma só: Tom Jobim é, disparado, o cara!
No final, após interagir com o baterista (essa é pra você, Fafau) e ter uma das tardes de domingo mais e-p-e-t-a-c-u-l-a-r-e-s dos últimos anos, saímos com a alma lavada e devidamente alimentada com jazz da melhor qualidade.
Seguimos para mais alguns drinks que nos levaram, sem querer (e claro, sem convite), para a festa de encerramento da Bienal de Artes de Sydney. Por favor, não me perguntem como chegamos lá e nem como entramos, mas o fato é que fechamos a noite cercado por “sydneysiders” absolutamente “cool” - que na real não damos a mínima - tomando mais algumas cervejotas e apenas aguardando o que viria na quarta-feira: a grande festa dos 50 anos da Bossa Nova na Opera House. E dá-lhe mais Tom!
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quarta-feira, 21 de maio de 2008
A Festa na Mansão de Bellevue Hill– Parte 1
A geografia da mansão é a seguinte. Olhando de frente, uma enorme torre de cada lado. No meio, um simpático terraço no andar de cima e uma porta com ares marroquino em baixo. Tudo de pedra, no melhor estilo “sempre quis ter um castelo”. No topo, uma nababesca e ecologicamente correta cúpula transparente permite que o astro-rei ilumine o interior da casa.
Entrando, um grande salão seguido de uma luxuosa sala de jantar. Do lado direito, uma sala de tv com lareira (na qual chamaremos de “top room”), e a cozinha hi-tech. Do lado esquerdo, outra bela sala com lareira (na qual chamaremos de “smoked room”). Atrás desta, uma espécie de lounge ao ar livre e um impecável gramado. A vista é simplesmente cinematográfica: a Baía de Sydney inteira, com direito a Harbour Bridge, Opera House e Manly (sim, ia até lá). Não por acaso o bairro chama-se Bellevue Hill, que numa tradução livre para o português seria o nosso popular Morro da Bela Vista.
Obviamente eu estava lá a trabalho. Há aproximadamente um mês, caí (de pára-quedas) nas graças de uma mulher que faz eventos. Nunca trabalhei com isso e não é a minha praia, mas por 30 dólares a hora, sou uma espécie de Maria Clara Diniz (no caso, Mario Claro Diniz, o Malu Mader de Celebridades). Até agora não sei exatamente qual foi o meu trabalho. Eu era uma espécie de papagaio de pirata da produtora da festa.
Ela estava encarregada de realizar o aniversário de 40 anos da mulher de um milionário (o homem é dono de uma construtora). A coroa, uma portentosa ex-modelo, convidou 78 pessoas. Para a festa, ela abriu a mansão e contratou uma empresa de function para cuidar da cozinha e do bar, uma banda de jazz para tocar clássicos dos anos 40, um trio (também de jazz) para receber os convidados, um DJ, uma floricultura, um cassino, uma decoradora, meia-dúzia de sei lá o quê e a minha chefa. Tremendo staff!
Como a festa seria no sábado, sexta, 10 da manhã, eu já estava lá. Não fazia idéia do que faria, mas percebi que seria, no mínimo, divertido, uma vez que trabalharia diretamente com a manager house da mansão (no Brasil a chamaríamos de “caseiro”), e com a decoradora e sua assistente (uma estudante de moda). E, para a minha surpresa, assim que recebi o cronograma de trabalho, notei que no dia da festa, a partir das 17 horas, haveria um núcleo chamado “Pablo’s Team”. Ou seja, mesmo sem fazer a menor idéia do que faria e o que estava fazendo lá, eu seria o primeiro papagaio de pirata da história a ter um time próprio (Mario Claro Dinz em estado bruto).
O trabalho na sexta não foi fácil. De carregar abajour de 3 mil dólares a dar palpite na decoração (leia-se cornetar), passando por falar “one, two, three testando” no microfone, colocar velas nos candelabrados e coordenar o tráfego de fornecedores na entrada da mansão (com direito a deter o controle remoto do portão da garagem que abrigava uma Maserati V8), fiz um pouco de tudo. E olha que ainda estava sem o “meu time”!
Alguns momentos foram tensos. Num deles, ao transportar um quadro de meio milhão de dólares para o andar de cima, só pensava em como fugiria de lá caso algo acontecesse com a obra. E de fato, quase fugi no momento em que deixei o meu “autógrafo” numa das paredes de mármore enquanto carregava uma poltrona vitoriana.
Mas o que realmente me impressionou não foi o valor de que estava ao redor, nem mesmo o número de pessoas trabalhando para um aniversário de 40 anos, mas a quantidade de vezes que se mudou móveis e objetos de lugar. Só o “top room” alteramos 16 vezes. Isso mesmo! Era um tal de “trás o espelho da garagem”, “leva essa poltrona para a escada”, “precisamos de dois candelabros para compor um mosaico”, “quero um pouco mais de dourado neste canto”, “cadê as minhas almofadas vitorianas?” (rico anglo-saxão adora a Rainha Victoria) e por aí vai. Frescura total! E no dia seguinte, quando voltei para a referida sala, não acreditei ao ver que ela estava completamente diferente em relação à décima sexta tentativa do dia anterior. “Optamos por uma outra proposta”, explicou a decoradora. Achei o máximo! Falou pouco e não disse nada.
Continua em alguns dias...
Entrando, um grande salão seguido de uma luxuosa sala de jantar. Do lado direito, uma sala de tv com lareira (na qual chamaremos de “top room”), e a cozinha hi-tech. Do lado esquerdo, outra bela sala com lareira (na qual chamaremos de “smoked room”). Atrás desta, uma espécie de lounge ao ar livre e um impecável gramado. A vista é simplesmente cinematográfica: a Baía de Sydney inteira, com direito a Harbour Bridge, Opera House e Manly (sim, ia até lá). Não por acaso o bairro chama-se Bellevue Hill, que numa tradução livre para o português seria o nosso popular Morro da Bela Vista.
Obviamente eu estava lá a trabalho. Há aproximadamente um mês, caí (de pára-quedas) nas graças de uma mulher que faz eventos. Nunca trabalhei com isso e não é a minha praia, mas por 30 dólares a hora, sou uma espécie de Maria Clara Diniz (no caso, Mario Claro Diniz, o Malu Mader de Celebridades). Até agora não sei exatamente qual foi o meu trabalho. Eu era uma espécie de papagaio de pirata da produtora da festa.
Ela estava encarregada de realizar o aniversário de 40 anos da mulher de um milionário (o homem é dono de uma construtora). A coroa, uma portentosa ex-modelo, convidou 78 pessoas. Para a festa, ela abriu a mansão e contratou uma empresa de function para cuidar da cozinha e do bar, uma banda de jazz para tocar clássicos dos anos 40, um trio (também de jazz) para receber os convidados, um DJ, uma floricultura, um cassino, uma decoradora, meia-dúzia de sei lá o quê e a minha chefa. Tremendo staff!
Como a festa seria no sábado, sexta, 10 da manhã, eu já estava lá. Não fazia idéia do que faria, mas percebi que seria, no mínimo, divertido, uma vez que trabalharia diretamente com a manager house da mansão (no Brasil a chamaríamos de “caseiro”), e com a decoradora e sua assistente (uma estudante de moda). E, para a minha surpresa, assim que recebi o cronograma de trabalho, notei que no dia da festa, a partir das 17 horas, haveria um núcleo chamado “Pablo’s Team”. Ou seja, mesmo sem fazer a menor idéia do que faria e o que estava fazendo lá, eu seria o primeiro papagaio de pirata da história a ter um time próprio (Mario Claro Dinz em estado bruto).
O trabalho na sexta não foi fácil. De carregar abajour de 3 mil dólares a dar palpite na decoração (leia-se cornetar), passando por falar “one, two, three testando” no microfone, colocar velas nos candelabrados e coordenar o tráfego de fornecedores na entrada da mansão (com direito a deter o controle remoto do portão da garagem que abrigava uma Maserati V8), fiz um pouco de tudo. E olha que ainda estava sem o “meu time”!
Alguns momentos foram tensos. Num deles, ao transportar um quadro de meio milhão de dólares para o andar de cima, só pensava em como fugiria de lá caso algo acontecesse com a obra. E de fato, quase fugi no momento em que deixei o meu “autógrafo” numa das paredes de mármore enquanto carregava uma poltrona vitoriana.
Mas o que realmente me impressionou não foi o valor de que estava ao redor, nem mesmo o número de pessoas trabalhando para um aniversário de 40 anos, mas a quantidade de vezes que se mudou móveis e objetos de lugar. Só o “top room” alteramos 16 vezes. Isso mesmo! Era um tal de “trás o espelho da garagem”, “leva essa poltrona para a escada”, “precisamos de dois candelabros para compor um mosaico”, “quero um pouco mais de dourado neste canto”, “cadê as minhas almofadas vitorianas?” (rico anglo-saxão adora a Rainha Victoria) e por aí vai. Frescura total! E no dia seguinte, quando voltei para a referida sala, não acreditei ao ver que ela estava completamente diferente em relação à décima sexta tentativa do dia anterior. “Optamos por uma outra proposta”, explicou a decoradora. Achei o máximo! Falou pouco e não disse nada.
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