Mostrando postagens com marcador Perth. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Perth. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Princesão do Tumulto de Vancouver

Semana passada, postei no Facebook (aquela página do Zuckerberg) foto que está correndo o mundo do casal deitado na rua durante tumulto nas ruas de Vancouver.


Quando vi pela primeira vez, achei que fosse montagem. Photoshop barato. Mas ao ver o crédito da chapa e onde havia sido publicada, acreditei na veracidade e passei para frente.

Os dois principais motivos da desconfiança foram:

1. A impertinência do ato, afinal, ninguém em sã consciência aproveita um momento de calmaria durante um tumulto envolvendo policiais armados para dar uns amassos.

2. A exposição das pernas da moça, afinal, ninguém em sã consciência aproveita um momento de calmaria durante um tumulto envolvendo policiais armados para dar uns amassos e chegar a tal clímax que meia nádega fica de fora.

Mas a foto é realmente verídica e o melhor de tudo é o fato do princesão do tumulto de Vancouver ser um australiano. É verdade! Um aussie aussie aussie oi oi oi natural de Perth, Western Australia, aspirante a comediante e ator de 29 anos.


A história é a seguinte. Em 15 de junho, Scott Jones e a namorada canadense Alexandra Thomas foram à finalíssima da Stanley Cup, o principal campeonato de hóquei do planeta, envolvendo Vancouver Canucks e Boston Bruins. A série estava 3 a 3 e quem ganhasse faturaria o cobiçado caneco.

Jogando em casa, o Vancouver Canucks era o favorito, porém, com grande atuação do goleiro Tim Thomas e dos centers Patrice Bergeron e Brad Marchand, os Bruins sapecaram 4 a 0 no placar e conquistaram a Stanley Cup após 39 anos.


Festa no gelo da Rogers Arena e tumulto generalizado na saída, pois os torcedores não se conformaram com a derrota que manteve a sina do Vancouver de jamais ter ganho uma Stanley Cup.

Conhecendo torcedor australiano, sei que o princeso não estava nem aí para o resultado, primeiro porque nem deveria ser o time dele, e segundo porque torcedor australiano, uma vez que o jogo acaba, toca a vida sem descontar as frustrações nos adversários ou na primeira pessoa que passa na frente.

Sendo assim, ele caminhava tranquilamente pelos arredores da Rogers Arena, quando se deparou com o tumulto. Os policiais distribuíam porrada para todo lado, e com o casal não foi diferente. Tomaram "escudadas". A namorada, claro, em pânico, caiu no chão e não teve forças para se levantar. Já o princeso, instintivamente, debruçou-se sobre a moça para protegê-la, confortando-a com um carinhoso beijo.

Foi o momento exato capturado pelo fotógrafo da Getty Images que, em 2099, quando estiverem fazendo a retrospectiva do que sobrou do século XXI, será um dos destaques mostrando "como os bisavós combatiam a violência com atos de amor e não guerra" (alguma distorção assim).

Um viva aos Bruins e ao princesão de Perth!


Curtiu o post? Dê um like no Facebook!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Racismo ou Realismo?

Kema Rajandran, esta simpática cidadã australiana de origem indiana, está causando frisson (para usar um termo da indústria) no mundo da moda australiana. Não por ar-ra-sar (para usar outro termo da indústria) na passarela, mas em virtude da uma polêmica.



Após 2 anos trabalhando como modelo no Reino Unido, Kema decidiu tentar a sorte em Perth, capital de Western Australia, um estado muito muito distante de qualquer outro lugar do planeta (incluindo os estados vizinhos).

Pausa para congratulações em Perth: Roberta Toneto, Anderson e, por tabela, dona Elisa e seu Luiz Carlos, parabéns pela ótima notícia. Xixão, a pressão só aumenta no senhor, meu caro, welcome to my world!

Voltando: na segunda-feira passada, Kema enviou uma pequena biografia e fotos para a agência de modelos Chadwick Models, que respondeu dizendo que ela é muito fotogênica e serviria para um dos quadros da agência, porém com a ressalva de que pelo fato dela não ser de origem caucasiana, as oportunidades de trabalho em Perth seriam extremamente limitadas. A morena está possessa!

O mundo da moda, com raríssimas exceções (Naomi Campbell é uma delas), é dominado por loiras, loiras, loiras pintadas de ruivo, modelos com cabelos castanho claro, morenas com olhos verdes ou azuis, morenas exóticas e... mais loiras. Seja em Paris, Milão, São Paulo, Nova York ou Sydney. E Perth, apesar de muito muito distante de qualquer um destes centros, não foge à regra.

A Chadwick Models, claro, já está sendo alvo de uma avalanche de críticas, mas antes de pregá-los na cruz, pergunto: foram eles racistas ou realistas?

Sinceramente, acho que a Chadwick Models é apenas a ponta do iceberg. Eles deixaram de lado a comumente hipocrisia e falaram a verdade - verdade essa que reflete a real face de uma indústria que segue padrões absolutamente específicos de beleza - padrões essses que são, no mínimo, excludentes, e que talvez sejam o reflexo de algo ainda maior: o racismo inerente à sociedade ocidental.

E vocês, o que acham?

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Problemas e algumas esperanças

Como sabem, uma área do tamanho do estado de New South Wales está inundada em Queensland. O ponto central são os sistemas dos rios Condamine, Burnett e Fitzroy, que já deixaram 40 cidades isoladas ou parcialmente debaixo d'água, cerca de 1.200 casas inundadas e 10.700 tocadas pela água. No total, 200 mil pessoas foram atingidas pelas inundações, sendo que 4 mil estão desabrigadas e vivendo provisoriamente em um dos 17 centros de evacuação espalhados por 10 cidades. Três pessoas morreram.



Esperava-se que o Fitzroy River, na cidade de Rockhampton, chegasse a 9.4 metros acima de seu nível, o que seria o maior pico desde 1954, mas ele ficou em 9.2m e está assim desde ontem, o que evitará a inundação de 200 novas casas e o contato de outras 2 mil com a água.



Já o Balonne River, que passa por St George, cidade a 550km de Rockhampton, pode atingir o recorde histórico de 14 metros no domingo, o que inundaria cerca de 80% da cidade.

Em Condamine, sudoeste do estado, o rio de mesmo nome atingiu 14.25 metros, inundando 42 das 60 casas e obrigando todos os 150 moradores a deixarem a cidade na quinta-feira passada. Existia a possibilidade deles retornaram hoje, mas em virtude das fortes tempestades de ontem, rodovias foram fechadas e a volta talvez seja adiada.



Estima-se que o prejuízo esteja na casa dos 5 bilhões de dólares australianos - lembrando que o nosso dólar está mais valorizado do que o norte-americano. Os governos federal e estadual já abriram os cofres, mas toda ajuda é extremamente bem-vinda.

Para quem está na Austrália, no domingo, a partir das 19h30, o Channel 9 fará o Nine's Flood Relief Appeal - Australia Unites, programa de duas horas do tipo teletom com artistas e celebridades atendendo as ligações para arrecadar dinheiro.



Quem quiser ajudar neste exato momento, pode doar através do site www.qld.gov.au/floods, com cartão de crédito ligando para 1800 219 028 (estes servem para qualquer pessoa do planeta) ou mesmo pessoalmente nos bancos Commonwealth Bank, NAB, Westpac, ANZ, Bank Of Queensland, Suncorp e no supermercado Coles.



Também no domingo, acontecerá mais uma festa para arrecadar dinheiro para o Leandro Barata, o capoeirista brasileiro que em seu terceiro mês de Austrália sofreu acidente na praia de Bondi e ficou tetraplégico. O evento será no Empire Hotel (32 Darlinghurst Rd, Kings Cross), das 20h30 às 3h. Entrada mediante doação.

E já que o assunto é ajudar, não posso deixar de citar a Hyundai, principal patrocinadora do Hopman Cup, torneio de tênis que acontece em Perth. A empresa está doando 100 doletas por cada ace.

Ontem, vendo o Andy Murray vencer o francês Nicolas Mahut, o dinheiro arrecadado já estava em 22 mil dólares. Haja ace! O valor deve ter aumentado, pois eles ainda disputariam um set inteiro e depois partida de duplas.

O Hopman Cup vai até sábado, a Sérvia será campeã e imagino que deve chegar fácil fácil na casa do $40 mil!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

I Mostra Virtual de Brasileiros (e entusiastas) na Austrália

Atenção para o prazo de entrega dos trabalhos, que foi adiado para 31 de outubro, uma vez que a Mostra Virtual vai para o Real. Isso mesmo! Saiba mais.



Finalmente o inverno mais frio dos últimos 25 anos terminou. Bem, pelo menos em tese, já que na Austrália a primavera começa em primeiro de setembro, e não lá pelo dia 23, como ocorre no Brasil. Melhor para nós que, ao menos psicologicamente, já começamos a viver a nova estação.

Para celebrar que daqui pra frente o clima só vai melhorar, nada como juntar um monte de brasileiros e alguns estrangeiros entusiastas da nossa cultura e entrarmos com tudo na nova estação. Eis o plano:


Primavera Australia by Júlio Araujo

Temos brasileiros de muito talento aqui na Austrália, em diferentes áreas culturais, e sei da luta que é para cada um mostrar o seu trabalho e tentar viver disso, já que o apoio é praticamente zero.

Há pouco mais de um mês, fizemos uma exposição de fotos no blog sobre o tema "Inverno em Sydney" e o retorno foi fantástico (veja aqui). Agora a ideia é ir além das fotos e, talvez, do virtual.

Vamos fazer a I Mostra Virtual de Brasileiros (e entusiastas da nossa cultura) na Austrália. O nome pode parecer pretencioso, mas é o que melhor resume. O tema será Primavera na Austrália e, dentro disso, cada um, de qualquer lugar do país, poderá fazer o que bem entender para publicarmos num grande post aqui no blog.

Por ora, já temos confirmados:

- Música-tema
- Fotos
- Vídeo
- Receita gastronômica
- Indicação de vinhos
- Um programa inteiro da Vibez Brazil (Eastside FM) dedicado ao tema
- Cartoon

Também gostaríamos que tivessem:

- Textos
- Poemas
- Pinturas
- Ilustrações
- Artes gráficas e digitais
- Além, é claro, de mais fotos, vídeos, músicas, receitas e o que mais queiserem fazer relacionados ao tema.

Após a publicação no blog, existe a possibilidade de levarmos tudo para um lugar e fazermos uma espécie de "coletiva" com música, exposição, exibição, degustação de vinho e o que mais tiver. Seria o embrião de um projeto um pouco mais ambicioso, que ainda estamos trabalhando para que realmente possa acontecer.

Mas por ora, focaremos no que é possível para publicarmos no blog. Portanto, é preciso ter isso em mente na hora de criar a sua peça, arte ou seja lá o que for.

O novo prazo para enviarem é 31 de outubro. E, por favor, ao anexar, escreva algo no corpo do email, caso contrário vou achar que é vírus e não abrirei. Trabalhos para pablonacer@terra.com.br.

E para vocês verem que a coisa é realmente pra valer, a foto de cima são flores comestíveis que usamos para uma receita especialmente desenvolvida para o projeto, enquanto a música Primavera Australia, também acima, foi composta e gravada por Júlio Araujo com participação de Armando Manduka (ambos do Vote For Mary) no violão, também para o projeto!

Quem está dentro?

**
The new deadline is October 17.

ENGLISH VERSION

There are many, extremely talented Brazilians in Australia, who manifest themselves in different cultural arenas, and we are fully aware of the hardships of trying to get your work seen and making a living from it, since the support is practically null.

About a month ago, we had a photo expo about Winter in Sydney here on the blog, and the amount of contributions was fantastic. Now, the idea is to go beyond the pictures, and possibly, the virtual realm.

We’re going to organize the First Virtual Expo of Brazilians (and Brazilian culture enthusiasts) in Australia. The theme: Spring in Australia. Within that concept, anyone, from any part of the country, can enter their works to be published on a big post here on the blog.

For now, we have the following confirmed:
- Theme song
- Photos
- Video
- Gastronomical recipes
- Wine recommendations
- A whole Vibez Brazil show (Eastside Radio) dedicated to the theme
- Comics
- Fashion

We’d also like to add:
- Short stories
- Poems
- Paintings
- Illustrations
- Graphic and digital art
- And of course, more photos, videos, songs, recipes, and anything else related to Spring in Australia.

After all these works get put up on the blog, there is the possibility of taking it all to a “real” location, and holding a sort of multimedia expo, including music, exhibitions, wine-tasting and whatever else comes our way. It would be the embryo of a much bigger project, which we’re working hard to make happen.

But for now, we’ll focus on whatever can be posted to the blog. That’s, actually, the first thing to keep in mind when creating whatever artwork you’re considering.

The new deadline for submissions is October 31. When submitting please write something relevant in the title, otherwise I’ll think it’s a virus, and will delete it. Send submissions to pablonacer@terra.com.br.

And just to make sure you all understand this is for real, the photo above is of edible flowers, made from a recipe specifically developed for this project, and the above song: Primavera Australia was composed and recorded by Julio Araújo with Armando Manduka on guitar (both from the band: Vote for Mary).

So, who’s in?

domingo, 22 de agosto de 2010

U2 na Austrália - Confirmado!



Se a eleição que definirá quem vai governar a Austrália pelos próximos três anos continua indefinida (e deverá ficar assim por dias ou talvez semanas), trago uma definição diretamente do Cock n' Bull, o meu number one irish local pub: U2 vem aí!

É verdade! Conforme antecipado aqui em 4 de julho, a banda irlandesa desembarca no terceiro continente à sua escolha com a turnê U2360° no final do ano, quando fará shows na Nova Zelândia e Austrália.

Vejam as datas:

25/11 Auckland, NZ Mt. Smart Stadium
01/12 Melbourne, AU Etihad Stadium
08/12 Brisbane, AU Suncorp Stadium
13/12 Sydney, AU ANZ Stadium
18/12 Perth, AU Subiaco Oval
25/12 Lapônia, Pólo Norte (brincadeira!)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Pra não dizer que não falei de... Perth (A Cruzada Jazzística)

Roberta Toneto, filha da futura prefeita de Perth, sempre reclama que só falo de Sydney e, mais recentemente, de Melbourne, mas nunca de Perth. Pior! Nas poucas vezes que escrevo sobre a cidade, refiro-me como a capital mais distante de outra capital do planeta.

Para não me tornar persona non-grata por aquelas bandas, aqui vai uma dica para os perthianos (ou perthsiders, como provavelmente dizem lá).


Perth, a capital mais distante de outra capital do planeta.

Ontem à noite, iniciei a minha cruzada jazzística por Sydney. É verdade! Não me conformo com o fato da noite musical de Melbourne ser infinitamente superior a daqui. Por ora, parece ser, mas quero acreditar que não. E a melhor maneira de descobrir isso é através das casas e bandas de jazz (ou "jáixxzz" - como os entusiastas pronunciam no Brasil).

Seguindo dica do meu amigo Julio Araujo Albuquerque Figueroa Mattarazzo Diniz da Cunha, batera do Vote For Mary, fiquei sabendo da Jazzgroove Association, associação de músicos de jazz que lança álbuns, organiza shows, eventos, enfim, gente do meio espalhando a palavra. E ao me cadastrar no site, vi que realizam apresentações às terças (ainda não sei a frequência) numa casa em Surry Hills chamada 505. Fui!

A casa é simplesmente perfeita: acústica, localização (portinha pequena numa biboca) e ótima visão para o palco. A primeira banda de ontem, Jackson Jive, era formada por músicos dessa associação que estudam ou ensinam em um dos conservatórios mais renomados de Sydney. Fizeram um jazz tradicional, com sax alto, trombone, piano, contrabaixo acústico e batera. Sonzeira e já valera os $10 da porta! Mas na sequência...

Confesso que não esperava muito da segunda banda. Quando vi que era um trio de guitarra, baixo e batera que fazia um jazz bem moderno, já imaginei 3 doidos eletronicamente ensandecidos desfilando notas pra eles mesmo. De fato, foi mais ou menos isso, mas os caras, naturais da minha Perth, eram fantásticos.



O nome da banda é the grid (perthianos, quando verem esse nome, vão!). O batera era simplesmente o melhor que vi ao vivo desde que cheguei na Austrália. Na verdade, o segundo melhor, já que fui ao show do Stevie Wonder, mas o cara era um monstro. Técnico, ligeiro, alterava várias vezes a afinação dos ton-tons durante a música, tinha um estilo totalmente próprio e fazia ótimas piadinhas nos intervalos. Craque! O baixista, outro monstro. Tocava como se fosse guitarra e grande parte das músicas saíam das melodias criadas para o baixo. Já o guitarra também era grande músico mas não tão absurdo quanto os outros dois. O som partia do jazz moderno, ia na direção do Radiohead (isso mesmo), trilhando uma pegada oitentista, bem na onda daqueles beats marcados pela batida contínua da batera e dos sintetizadores que se fazia no início dos 80, e depois retornava ao modern jazz. Noite para sair com o ouvido feliz e a alma lavada.

E foi somente a primeira noite da cruzada jazzística. Melbourne, se cuida!

sábado, 16 de janeiro de 2010

Update pré-Australian Open e Hit fo Haiti

Acabou nesse instante o último torneio de aquecimento para o Australian Open 2010. Na verdade, o penúltimo, pois Roger Federer, o cara, juntou alguns dos melhores tenistas do mundo para realizarem um evento beneficente, amanhã, em prol do Haiti. Mas falo sobre isso depois.



Marcos Baghdatis, tenista do Chipre que é um misto de Serginho Malandro com Nandão (da rua), acaba de vencer o francês Richard Gasquet por 2 sets a 0, parciais de 6/4, 7/6 (3), conquistando o Medibank Sydney International. E ontem, a sempre elegante Elena Dementieva atropelou a número um do planeta Serena Williams por 2 a 0 (6/3, 6/2), faturando o feminino.



No domingo passado, dia 10, o norte-americano Andy Roddick venceu por 2 a 0 o tcheco Radek Stepanek num jogo que mais parecia xadrez, parciais de 7/6 (2), 7/6 (7). E no feminino, no duelo épico das belgas, Kim Clijsters levou a melhor sobre a ex-número 1 do mundo Justine Henin, ao vencer por 2 a 1. De quebra, Clijsters doou os $37,000 de prêmio para o Brisbane’s Royal Children’s Hospital. Sem comentários!



Também no final de semana passado, acabou, em Perth, o Hyundai Hopman Cup. A Espanha, dos tenistas Maria Jose Martinez Sanchez e Tommy Robredo, venceu a Grã-Bretanha da sensação Laura Robson, 15 anos, e do eterna promessa Andy Murray.



E amanhã, dia em que os tenistas estariam finalizando a preparação para o Australian Open, Roger Federer levará para o Rod Laver Arena, em Melbourne, ninguém menos do que Novak Djokovic, Rafael Nadal, Andy Roddick, Kim Clijsters, Serena Williams e Sam Stosur. É o Hit for Haiti, evento beneficente com 100% da renda revertida para o país. O Hit for Haiti começa às 14h e quem estiver em Melbourne e não for, simplesmente não vai para o Céu. É sério! Compareçam!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Ilha dos caranguejos (e do cemitério indígena)



Conforme escrevi no item "risco e segurança" do post anterior, na Austrália tenho mais medo de bicho do que de gente. E olha que não é aquele meeeedo, é, digamos, receio e respeito. Estão aí esses simpáticos monstrinhos vermelhos que não me deixam mentir.

Dão medo? Não! Receio? Sim! E são a cara da Austrália, país que abriga 21 das 25 cobras mais letais do planeta.

A questão é a seguinte. Todo ano, os caranguejos deixam as florestas tropicais da famigerada Christmas Island e seguem para o oceano, onde vão se reproduzir. É o que chamamos de summer love (ou amor de verão).



Famigerada porque a ilha provavelmente guarda um cemitério indígena, tamanho karma. Explico!



Christmas Island está localizada a 2.600 km a noroeste de Perth, que é considerada a cidade grande mais distante de outra cidade grande do mundo. Para terem uma idéia, Perth fica a 4.110 km a oeste de Sydney, na cara do Oceano Índico. Agora imaginem uma ilha a 2.600 km a noroeste de Perth. Se pensaram em Marte, chegaram perto!



Aproveitando o isolamento quase cósmico da ilha, o governo australiano a transformou numa espécie de colônia penal de férias, construindo um centro de detenção para asylum seekers. Não sei a tradução literal, mas asylum seekers são espécie de refugiados que tentam entrar ilegalmente no país, via barco. Como são persona non grata, xilindró!



A Austrália possui 2.500 asylum seekers, sendo que 1.156 estão presos no centro de detenção da ilha, cuja população é de 1.200 moradores. Ou seja, Christmas Island tem praticamente um pirata pra cada habitante.

E pra piorar o karma ilhéu por conta do cemitério indígena, por lá vivem de 50 a 120 milhões de caranguejos. Destes, no melhor estilo paulistano na Rodovia do Imigrantes em 23 de dezembro, cerca de 500 mil cruzam a ilha para passar o verão no mar (sim, os bandeirantes e jesuítas tambéms construíram um imenso cemitério indígena em São Paulo).

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Austrália e a qualidade de vida (é vice!)



A revista norte-americana International Living acaba de divulgar o seu tradicional ranking de qualidade de vida. O trabalho envolve 194 países e leva em consideração os seguintes critérios: custo de vida, diversão e cultura, economia, meio ambiente, liberdade, saúde, infra-estrutura, risco e segurança e clima.

A Austrália aparece na vice-liderança, atrás somente da França, enquanto a nossa simpática Nova Zelândia surge na quinta colocação. Ou seja, não optei em morar no terceiro continente à sua escolha por acaso.



Pra mim, viver bem, respirando, contemplando e com qualidade de vida, é muito mais importante do que ter duas contas bancárias transbordando dinheiro, carro do ano, status ou qualquer outra coisa que traz úlcera, entope as artérias ou acelera o envelhecimento.

E a Austrália, Sydney no meu caso, me proporciona respirar, contemplar e desfrutar a vida.

A seguir, no melhor estilo Twitter (máximo de 140 caracteres), comentarei item por item da Austrália/Sydney:

Custo de vida - o que pesa é o aluguel. Mas isso tem nome: Eastern Suburbs! É o preço pra morar com vista pro mar, ao lado da praia e cercado por parques.



Diversão e cultura - no sábado assistirei ao show do grande Al Green, de graça e em praça pública. E é só o começo do Sydney Festival 2010.



Economia - em abril do ano passado, pouco antes do ápice da crise mundial, Kevin Rudd, o meu primeiro-ministro, depositou $900 na minha conta.

Meio ambiente - aqui você se sente constrangido quando o caixa pergunta se vai precisar de sacola plástica. Cada um leva a sua própria, ecologicamente correta.



Liberdade - cada um é o que é e se veste como quer, sem dar a mínima para os outros. Só quem repara e comenta é o brasileiro, que ainda vive na "cultura do vizinho".



Saúde - Atchim! Saúde! Talvez um dos pontos fracos. Eu nunca tive problema nas poucas vezes que precisei ser atendido. Mas essa cultura do Panadol...

Infra-estrutura - é possível sair de Sydney, no Oceano Pacífico, e ir até Perth, no Oceano Índico, de trem, atravessando o país de costa a costa (4.352 km).



Risco e segurança -
como sempre digo, aqui tenho mais medo de bicho do que de gente. E olha que não é aquele meeeedo, é, digamos, receio e respeito.



Clima -
talvez a melhor coisa de Sydney. Clima temperado com dias ensolarados e céu azul ímpar, mas sem calor insuportável (com exceções, claro).

Os 10 primeiros colocados no ranking foram:
1. França
2. Austrália
3. Suíça
4. Alemanha
5. Nova Zelândia
6. Luxemburgo
7. Estados Unidos
8. Bélgica
9. Canadá
10. Itália


O melhor latino-americano, claro, foi o meu Uruguai, que aparece na 19a colocação. O Brasil ficou na 38a.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Afundando (e não são poucos)

No início de maio foi o ex-jogador de rugby e comentarista Matthew Johns. No começo de junho foi a vez do polêmico jogador de cricket Andrew Symonds. E hoje, mal iniciou julho e já tivemos 3 naufrágios.



O primeiro foi literal e aconteceu na cidade de Scarborough, em Perth, quando um motorista perdeu o controle do carro, invadiu a casa do simpático Don Robins e afundou na piscina do homem. Era só o começo.

No final da tarde, Lote Tuqiri, jogador de Rugby Union que por muitos anos foi o jaqueta 10 da seleção australiana, os famosos Wallabies, teve o seu lucrativo contrato encerrado pela Australian Rugby Union. Ao que tudo indica, a exemplo de Symonds, ele também quebrou o código de conduta dos jogadores em alguma fanfarra envolvendo álcool. Não foi a primeira dele.



E no time de Rugby League Cronulla Sharks, que há meses vem afundando no melhor estilo Titanic (sem uma intervenção divina vai desaparecer em breve), anunciou que o jogador Brett Seymour quebrou pela terceira vez este ano o código dos jogadores – problemas com álcool, claro – e teve o seu contrato de AU$150 mil anuais também cancelado. Já tomei alguns porres que me custaram caro, mas este...



Com tudo isso (e antes de abrir uma cerveja), preciso fazer a pergunta que não quer se calar:

Estaria o nosso motorista/náufrago de Perth, provavelmente mais um australiano fanfarrão, submergido em álcool no momento em que afundou na piscina?

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Sydney in the Top 10



Em termos de qualidade de vida, Sydney é a 10ª melhor cidade do mundo para se viver. Pelo menos é o que diz a consultoria de recursos humanos Mercer, através de seu rankig anual Worldwide Quality of Living. Das 215 cidades pesquisadas, Viena ficou em 1º e Bagdá em último – um oferecimento George W Bush. A pesquisa leva em conta 39 fatores, entre políticos, sociais, econômicos, ambientais, sexuais, espirituais, transcendentais e domenicais.


Bagdá às 13h41

Outras capitais australianas também foram bem ranqueadas. Melbourne, da minha amiga (e companheira de dança de barco) Audrey ficou em 18º, Perth, da minha amiga (e tecnicamente irmã) Roberta ficou em 21º e Adelaide (a cidade, não a anã paraguaia) ficou em 30º.

Já as cidades brasileiras... Bem, Brasília foi a melhor colocada, aparecendo na 105ª posição, seguida pelo Rio de Janeiro (117ª), São Paulo (118ª) e Manaus (130ª).

Entre as 10 primeiras do ranking, 7 cidades são européias, as outras 2 (além de Sydney, claro) são Vancouver e Auckland, da vizinha Nova Zelândia, ambas empatadas em 4º.


Copenhagen às 18h17

Sydney ficou na frente de cidades importantes como Copenhagen (11ª), Amsterdam (13ª), Oslo (24ª), Paris (33ª), Tóquio (35ª), Londres (38ª), Milão (41ª), Barcelona (42ª), Lisboa (44ª), Nova York (49ª) e Carapicuíba. Quer saber os motivos? Veja neste post que publiquei quando fui de férias para o Brasil.

sexta-feira, 6 de março de 2009

A prima mais famosa da cidade

Essa fez história. Entre os anos 1930 e 50, ela cultivou uma grande ficha criminal que incluiu condenações por associar-se a gangsters, por vadiagem, bebedeira e assalto. Conhecida como Dulcie Markham, também assinava outros pseudônimos inspirados no filme Murder (1930), de Alfred Hitchcock.

A moça nasceu em Newtown, bairro de Sydney com uma certa atmosfera de Vila Madalena (SP), e seu verdadeiro nome era Mary Eugene. Morreu em 1976.



Dulcie Markham foi a mais bela (e cara) prostituta de Sydney. Trabalhando com frequência em Melbourne, Brisbane e Perth, onde certamente também era a prostituta mais bela (e cara) das redondezas, Markham é um dos símbolos da chamada era da gang da navalha, época em que a periculosa prima ficou conhecida como Angel of Death.

Em uma de suas mais famosas passagens, Markham foi presa pela polícia usando apenas calcinha e carregando uma espécie de machado, enquanto corria atrás de um cliente, próximo ao St Kilda Hotel, em Melbourne:

“O bastardo me insultou por causa do preço”, ela disse.

A vida e fotos de Dulcie Markham, de suas colegas de profissão e de outras contemporâneas do crime poderão ser vistas a partir de amanhã na exposição Femme Fatale: the Female Criminal, no Justice & Police Museum.

Não tinha lugar mais adequado!

Onde: Justice & Police Museum - Albert St (Cnr Phillip St), Sydney
Quando: 7/3/09 a 15/2/10, nos finais de semana das 10h às 17h
Quanto: $4 a $8



Importantantíssimo:
esta senhora em primeiro plano no banner da exposição não é a nossa mais bela (e cara) prostituta, e sim, Leslie Rees, outra fora-da-lei, em foto de 1915.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

79 coisas que você precisa saber sobre a Austrália

Hoje faz 1 ano e meio que cheguei na Austrália. Não é muito tempo, mas vale uma comemoração. Como 1 ano e meio nada mais é do que 18 meses ou 79 semanas (o que perigosamente corresponde a 79 finais de semana), selecionei 79 coisas que você precisa saber sobre a Austrália:



1. A capital da Austrália não é Sydney.
2. Muito menos Melbourne.
3. A capital da Austrália é Canberra.
4. Atravessar a Austrália de trem, de costa a costa, saindo de Sydney e chegando em Perth, leva 3 dias, num total de 4 mil km.
5. Perth é a capital de estado mais distante de qualquer outra capital de estado do planeta.
6. O que não significa que Perth esteja mais no fim do mundo do que o autódramo de Eastern Creek, no oeste de Sydney.
7. A Austrália tem 6 estados e 2 territórios (além de outros territórios ultramarinos).
8. A Austrália é quase do tamanho do Brasil.
9. Já a população da Austrália é um pouco maior do que a da região metropolitana de São Paulo.
10. A taxa de alfabetização entre pessoas acima de 15 anos é 100%.



11. Carvão, bauxita, ferro e tungstênio são alguns dos principais recursos naturais.
12. 96.2% da população não sabe que o país possui tungstênio.
13. 99.2% da população não sabe o que é tungstênio.
14. Os primeiros habitantes do país foram os aborígenes.
15. “Kang-ooroo” é como os aborígenes chamavam o grande canguru negro.
16. Não há cangurus andando nas avenidas das grandes cidades.
17. Mas há cangurus atravessando as estradas que cortam as grandes cidades.
18. O nome daquele instrumento de sopro dos aborígenes é didgeridoo.
19. Ele é feito de tronco de eucalipto atacado por cupins.
20. Pronuncia-se “didgeridú”.
21. Sydney não é banhada pelo Oceano Pacífico.
22. Aquela água gelada que banha Bondi e Coogee Beach é o Mar da Tasmânia.
23. A origem do nome Austrália vem do latim terra australis incognita, que significa “terra desconhecida do sul” (o meu Uruguai até hoje poderia ser chamado de terra australis incognita).
24. Oficialmente, a Austrália foi descoberta pelo capitão inglês James Cook, em 28 de abril de 1770.
25. Mas os chineses estiveram por aqui bem antes, em 1422.
26. No início da colonização, a Austrália nada mais era do que uma colônia penal britânica.
27. A ilha era usada para aliviar as prisões britânicas.
28. Ou seja, um australiano que se diz 100% australiano, tem grande chance de ter tido um parente britânico condenado por algum crime.
29. O Australia Day, um dos feriados mais importantes, é comemorado em 26 de janeiro.
30. Anzac Day é o outro grande feriado da Austrália.
31. Comemorado em 25 de abril, o Anzac Day é o único dia na Austrália em que as pessoas podem jogar cara ou coroa, legalmente, apostando dinheiro.
32. Nos outros 364 dias do ano, quem jogar cara ou coroa apostando dinheiro pode ir para a cadeia.



33. A Austrália declarou independência em 1901.
34. Mas até hoje a rainha do Reino Unido é oficialmente rainha da Austrália.
35. O brasão australiano traz um canguru e um emu (primo local do avestruz) guardados por acácias douradas.
36. A acácia dourada é a flor oficial da Austrália.
37. O Cruzeiro do Sul na bandeira australiana representa a posição geográfico do país.
38. A bandeira da Grã-Bretanha na bandeira australiana representa a... Grã-Bretanha.
39. Apesar das cores da bandeira serem azul, vermelha e branca, as cores nacionais são verde e dourada.



40. “Advance Australia Fair” é o nome do hino oficial do país.
41. A música "Down Under", lançada pelo Men at Work em 1983, é considerada o hino não-oficial da Austrália.
42. Colin Hay, vocalista, guitarrista e compositor do Men at Work, nasceu na Escócia.
43. A atriz australiana Nicole Kidman nasceu em Honolulu, Havaí (EUA).
44. O ator Mel Gibson, que todos acham que é australiano, é norte-americano.
45. Assim como o gladiador Russell Crowe, natural de Wellington, Nova Zelândia.
46. Russell Crowe foi convidado para ser o protagonista do filme Australia, mas recusou por causa do salário.
47. Já Heath Ledger recusou convite para integrar o elenco de Australia para atuar em Batman.
48. Foram usados cerca de 1500 cavalos durante as filmagens de Australia.



49. A banda australiana AC/DC vendeu mais de 200 milhões de álbuns em 35 anos de carreira.
50. Peter Garrett, o vocalista gigante e careca da banda Midnight Oil que parece um boneco de Olinda versão Outback, atualmente é ministro do meio ambiente.
51. O rugby é o esporte número 1 da Austrália.
52. O cricket é o esporte número 1 da Austrália.
53. Em 239 anos de história, o australiano ainda não decidiu qual é o seu esporte favorito.



54. A seleção australiana de futebol, conhecida como Socceroos, participou de apenas duas Copas do Mundo: em 1974, na então Alemanha Ocidental, e em 2006, na Alemanha.
55. Desde 2006, a Federação Australiana de Futebol (FFA) está filiada à Confederação Asiática de Futebol.
56. Em 26 edições dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, a Austrália conquistou 135 medalhas de ouro, 141 de prata e 169 de bronze, totalizando 445.
57. Já em 20 edições dos Jogos Olímpicos de Inverno, a Austrália faturou 3 medalhas de ouro e 3 de bronze, num total de 6 medalhas.
58. A temperatura mais alta registrada na Austrália foi em 2 de janeiro de 1960, em Oodnadatta, pequena comunidade do Outback (o deserto australiano). Aquele dia fez 50,7°C.
59. A cadeia de restaurantes Outback Steakhouse, presente em 23 países e conhecida pela temática inspirada no deserto australiano, é norte-americana.
60. A Opera House, idealizada pelo arquiteto dinamarquês Jorn Oberg Utzon, começou a ser contruída em 1957 e terminou em 1973.
61. Dane Utzon abandonou o projeto em 1966.
62. A Harbour Bridge, ali pertinho da Opera House, tem 503 m de comprimento, 49 m de largura e 134 m altura.



63. Dos Doze Apóstolos localizados na Great Ocean Road, em Victoria, só restaram sete.
64. Os Doze Apóstolos são pedras gigantes esculpidas pelo vento e pela água que ficam em pleno mar. Elas atingiam até 70 metros.
65. O Ayers Rock, segundo maior monolito do mundo, é chamado de “Uluru” pelos aborígenes.
66. A Austrália possui a fauna mais perigosa do mundo.
67. O ser mais temido é o box jellyfish, uma água viva com 15 tentáculos que mata uma pessoa em segundos.
68. Os crocodilos das águas salgadas do norte da Austrália chegam a medir 7 metros e pesar uma tonelada.
69. Existem cerca de 120 espécies de marsupiais na Austrália, que vão de cangurus a pequenos ratos do deserto.
70. Tem coala que dorme até 18 horas por dia.



71. As primeiras uvas plantadas em solo australiano vieram do Brasil e da África do Sul.
72. Syraz, uva de origem francesa que faz os melhores vinhos australianos, na Austrália chama-se Shiraz.
73. Enquanto nação, a Austrália é o 16º maior consumidor de vinho do mundo.
74. Per capita, a Austrália é o número 1 do mundo
75. Foster´s, a cerveja australiana mais vendida no mundo, é praticamente inexistente por aqui (em 79 semanas, não tomei um único gole).
76. Tooheys, Carlton, VB, Coopers, Pure Blonde, Hahn, Cascade, James Boags e Crown são algumas das mais populares.
77. O Vegemite, pasta feita com levedura de cerveja que os australianos adoram, deve ser passada no pão torrado e com um pouco de manteiga.
78. Penfolds Grange e Hill of Grace são os dois melhores vinhos já produzidos na Austrália.
79. Hero of The Waterloo é o melhor e mais antigo pub da Austrália, lugar perfeito para comemorar 79 semanas por estas bandas.