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domingo, 30 de janeiro de 2011

Djokovic e o rugby!

Foi uma final com cara de semifinal. Fato! No início, parecia que iria para uns 4 a 5 disputadíssimos sets, mas não foi o que aconteceu. O sérvio e piadista (vejam o vídeo dele no Youtube) Novak Djokovic não deu chance para o escocês Andy Murray respirar e a vitória foi mais do que merecida. Ainda mais depois de ter atropelado o Federer na semi.



Mas o ponto principal, para nós, que estamos acompanhando o esporte neste verão australiano, e vendo a humilhação que a Austrália vem sofrendo para a Inglaterra/Grã Betrenha, principalmente após a Ashes Series de cricket, é saber que finalmente os bretões/pomes/whatever não comemoraram mais um título por aqui.

É verdade! Andy Murray, discípulo da Rainha e grande tenista - em breve estará entre os dois primeiros do mundo -, felizmente perdeu em solo australiano. Vendo o Djokovic vencendo no Channel 7 e a seleção australiana de cricket finalmente vencendo a Inglaterra no Channel 9, tudo o que tenho a dizer é... ufa! Um respiro nesse verão britânico de humilhação.

Quarta-feira estarei no Sydney Cricket Ground, mas o principal agora é que, findados o tênis e o cricket, que venha o rugby...

sábado, 29 de janeiro de 2011

Obrigado, Kim!!!



Após três anos estudando em Chinatown; desde quinta ouvindo as entrevistas da tenista chinesa, Na Li; e vendo as atitudes dela a partir do momento em que começou a perder a partida de hoje - incluindo a patética reclamação sobre o flash -, só tenho uma coisa a dizer: parabéns e obrigado, Kim Clijster, grande tenista, mãe e a cara da minha amiga Denise - sem contar que a Austrália te ama!

Amanhã? Go Djokovic!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Australian Open em Bondi e Forró de luxo

Essa derrota doeu! Após vencer o primeiro set e dominar quase por inteiro o segundo, Caroline Wozniacki, a dinamarquesa número 2 do mundo, acaba de tomar uma incrível virada da chinesinha da SBTA, Li, e está fora da final. Uma pena!



Mas fica o convite para a Carol vir à Bondi Beach entre hoje à noite e domingo para acompanhar os capítulos finais do Australian Open 2011 no telão 6 x 4 instalado na praia. Sim! Sapecaram uma tela grande na altura da Hall Street, montaram um bar patrocinado pela Jacob's Creek e pela Heineken e é o que chamamos de paraíso. Não precisa nem pagar! Basta chegar, sentar, torcer, beber e assistir.


Foto da Fabi Almeida, miss Skate-Bondi 2008/09

Eu, um xavante-dinamarco, faço o convite diretamente: Caroline Wozniacki, hvis du ønsker at se finalen ved siden af mig, er mere end velkommen (vantagens de ter uma flatmate finlandesa).



Neste exato momento, começa a segunda semifinal feminina, envolvendo a belga que não está grávida Kim Clijster e a russa dos olhos biônicos Vera Zvonareva. Jogo pra 3 sets também. Sou Clijster!

A partir das 19h30, Djokovic e Federer fazem a primeira semifinal masculina. Federer é franco favorito, mas algo me diz que o sérvio vai aprontar pra cima dele. Independentemente, jogo para mínimo de 4 sets.

Aos que não estão nem aí para o tênis, além do meu pesar, deixo também duas dicas.



A primeira, conforme falei na semana passada, é o forró de luxo que rola hoje à noite no Hugo's. A coisa é simples: entrada grátis, cerveja a $5, pizza a $5 (é uma das melhores pizzas da cidade) e uma das maiores concentrações de gatas do planeta. Mas para curtir tudo isso, você precisará deixar o boné, a regata, a corrente de prata, a bermuda irada, a camiseta também irada e o chinelo no armário, caso contrário, não entra, mesmo sendo amigo da banda Faiscada, que tocará ao vivo, do Jarbas, do Guilherme, do Rafa...

Caso o forró não seja a sua praia, bem-vindo ao meu mundo. Ops, não era isso o que eu queria dizer. O fato é, também hoje, das 20h às 23h30, o músico Oscar Jimenez, nosso brother colombiano da banda Watussi, toca no Venue 505 (280 Cleveland St.), em Surry Hills, acompanhado de um quarteto com baixo, percussão, batera e piano. Jazzeira latina da melhor qualidade! Entrada $15.

PS: Se você passar por Bondi, por favor, tira uma foto da área do tênis e envia para eu publicar no blog (com os devidos créditos, claro). Grato (pablonacer@terra.com.br)!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Rafael Nadal e o espírito esportivo

Quando era moleque, eu amava esporte. Hoje adoro, gosto muito, tenho o esporte como algo fundamental para as nossas vidas, mas o esporte que praticamos.

O profissional, aquele de alto nível que vemos na tv, pagamos para ir ao estádio e envolve bilhões de dólares, gosto, acompanho como torcedor-espectador, como jornalista, porém, há anos não acredito no "espírito esportivo".

Esse, pra mim, foi exorcizado na medida em que o profissionalismo/dinheiro foi dominando a partir dos, digamos, anos 1980. Não estou dizendo que é errado, longe disso, esporte é um produto e, como tal, empresas, atletas, jornalistas e tantos outros precisam faturar, e bilhões querem consumir. Este é o mundo em que vivemos.

Mas agora a pouco, vendo o Rafael Nadal perder para o compatriota David Ferrer, foi simplesmente sensacional. Dizer que ele lutou até o fim é exagero, mas que ele jogou até o final respeitando o adversário, o público na arena, em casa, os patrocinadores, a televisão, o país dele e o esporte, é a mais pura verdade.

Nadal deixou o Australian Open nas quartas, mas com a cabeça erguida. Que sirva de exemplo para tantos afinões e melindrosos que têm por aí, e é torcer para a lesão não ser tão grave!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Rafael Nadal vs Bernard Tomic - Cornetagem Xavante

Hoje é o dia! A partir das 19h, na Rod Laver Arena, a australiana Samantha Stosur enfrenta a tcheca Petra Kvitova, mas depois...



Rafael Nadal, o mais xavante dos espanhóis, enfrenta Bernard Tomic, o segundo mais mala entre os australianos, uma espécie de Lleyton Hewitt em ano de vestibular.



Tomic é o jogador mais jovem da história a vencer uma partida no Australian Open, como podem conferir neste link (neste link), e o cara é uma tremenda máscara.

O problema é que está jogando muito, tem uma técnica apurada e, por jogar em casa, existe aquela pequena possibilidade de aprontar pra cima do Nadal. Mas, sinceramente, acho que não será desta vez.



Antes de começar o torneio, pensei que o nosso apache de Majorca estava com os joelhos baleados. Ledo engano! O cara está em forma e voando, o que me leva a crer (e, principalmente, a torcer) que ele vai atropelar o Tomic. Independentemente, tenho certeza de que vai ser um jogaço, com grandes pontos dos dois lados. Palpite? 3 a 0 parciais de 6-4, 7-6(7-3), 6-1 (claro que foi piada, por favor, não levem isso a sério).

Como neste final de semana estou aqui na Central Coast, vai ser aquela coisa: churasqueira ligada, quantidades industriais de Tooheys New, tv virada pro quintal e eu torcendo contra o australiano - não só porque sou um entusiasta do Nadal, como também pra irritar a maioria - cornetagem hispano-xavanate!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A melhor de todas - Kim Clijster e Todd Woodbridge

Combinações que não dão certo na era digital:

- Drinks e mensagens de texto para ex-namoradas (os)
- Drinks e redes sociais
- Celebridades após drinks escrevendo nas redes sociais
- No caso de um amigo diretor de arte, muitos drinks e Submarino: ele acordou com um iMac zero entregue em casa (obviamente não lembrava que comprara na madrugada)
- Namorada (o) e câmeras digitais
- Imagens da última orgia salva no laptop esquecido no carro - que coincidentemente foi roubado

E assim por diante...

No caso abaixo, a coisa foi muito mais leve, apenas uma mensagem de texto e um comentário sobre alguns quilinhos a mais (incluindo seios maiores). O problema é que ela é uma das maiores tenistas da atualidade, ele um ex-bom tenista e atualmente comentarista, e uma das partes resolveu acertar, agora a pouco, as contas diante de um estádio lotado, ao vivo para todo o planeta e na era digital, ou seja, até os tataranetos dos tataranetos dos meus sobrinhos vão ver.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Últimas e curtas da "redação"

Em clima de redação, já que agora estou com cafeteira nova e rádio-relógio no quarto, o que promoveu o recinto de escritório para redação, vamos às últimas:



Em partida disputada no estádio Jassim Bin Hamad, o popular Hamadão, em Doha, a Austrália venceu nessa madrugada o Bahrain por 1 a 0, gol do volante Mile Jedinak (de novo), e terminou a primeira fase do grupo C da Asian Cup na liderança. Coreia do Sul ficou em segundo. No domingo, os Socceroos enfrentam o segundo colocado do grupo D, que poderá ser Iraque, Emirados Árabes ou Coreia do Norte. Meu palpite? Iraque!

Também na madrugada, o tenista argentino Aracy Nalbandian, ops, David Nalbandian, venceu o australiano mais mala do terceiro continente à sua escolha, Lleyton Hewitt, por 3 sets a 2, num jogo fantástico que terminou com um lobby épico após um ponto mesopotâmico. Ufa! Resultado: minha manhã de trabalho foi arruinada, uma vez que para me manter acordado após a meia-noite, passei a transitar entre o resto de um Merlot da geladeira, duas Tooheys New e um cafezinho.



A decepção de ontem ficou por conta do nosso glorioso Marcos Daniel, o tenista brasileiro com nome de cantor sertanejo que foi a grande piada do dia ao abandonar o jogo contra o apache Rafael Nadal. Parciais de 6 a 0 no primeiro set, 5 a 0 no segundo e provavelmente 10 a 0 se permanecesse no terceiro. Ver-go-nha!

Neste exato momento, Fernando Verdasco, que perdia por 2 sets a 1 e chegou a ter match point contra, conseguiu defendê-lo, venceu o set igualando em 2 a 2 e agora vai com tudo pra cima do sérvio Tipsarevic. Sou Verdáco, como nós, espanhois, pronunciamos.

Hoje à noite, a partir das 19h, a australiana nascida na Sérvia de pai maluco, Jelena Dokic, enfrenta a tcheca Barbora Zahlavova Strycova. Jogo difícil pra ela e muito mais complicado para o locutor, que precisará pronunciar Barbora Zahlavova Strycova pelo menos 978 vezes.

Na sequência, Roger Federer enfrenta o francês Gilles Simon. Jogaço que, para compensar a ausência do Merlot e das Tooheys geladas de ontem, espero que o Federer liquide a fatura até às 22h.

Por último e absolutamente menos importante, hoje o Channel 10 começa a exibir Oprah's Ultimate Australian Adventure, série de cinco programas que vai até domingo. A pergunta que não se cala, é:

Quantas vezes ouviremos "Ai lóv Óuustrélia!!!"?




E só para não perder as últimas do Brasil, vamos a três notícias do Terra:

Primeira eliminada, Ariadna revela que é transexual

Ariadna? Pelo jeito, a troca de sexo não foi a única decisão difícil na vida da moça/moço. Fico imaginando no cartório: Adriana, Ariana, Andrea, Adria... hummm

**

Comparado a Maradona, Neymar se diz lisonjeado e espera assédio

Até o Daniel Ortega já foi comparado ao Maradona, portanto, "menas".

**

Meia diz que rejeitou Vasco por não ser "das maiores equipes"

Qual é o nome do meia, Ricky Gervais? Gênio!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Boa notícia (free tv)

É sempre bom começar a semana com boas novas. Portanto, vamos lá!

No início dos anos 1990, foi introduzido na Austrália o sistema de tv a cabo. À época, foi assinado documento assegurando que a transmissão dos principais eventos esportivos australianos como Melbourne Cup, Rugby League, AFL, Tests de cricket, Australian Open de tênis, entre tantos outros, ficariam com a tv aberta.

Pois bem, quase 20 anos se passaram e a expectativa e o receio do que poderia acontecer no início do próximo ano vinha aumentando. Principalmente por conta de um bicho-papão chamado Fox Sports, que quer comprar absolutamente tudo e revender via Foxtel.

Não sei se vocês repararam, mas aquelas propagandas com celebridades esportivas em prol da free tv que vinham sendo veiculadas nos últimos meses eram parte disso, pressionavam o governo, que controla o setor, a manter os direitos dos principais eventos com as tvs abertas.

A nova regulamentação será apresentada nos próximos dias, mas pelo que antecipou na semana passada o ministro das comunicações, Stephen Conroy, os principais eventos e torneios continuarão sendo exibidos na tv aberta, o que é um grande alívio, pois a exemplo do Brasil, aqui a programação das emissoras também é uma porcaria e, sem os esportes, não sobraria absolutamente nada!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Melbourne: Parte II - A Cidade



Três dias para conhecer uma cidade não é nada. Por outro lado, três dias, se bem aproveitados, é tempo de sobra para, ao menos, começar a ter uma idéia. Eu nunca havia visitado Melbourne até o final de semana passado, e achei sensacional. Mas claro, tem os seus problemas.



Sensacional porque é uma cidade cortada por um belo rio, o Yarra River, limpo (pelo menos parece ser), bem cuidado, sem mau cheiro e convidativo (não para nadar, mas para ficar nos arredores e até navegá-lo). Para quem viveu 26 dos primeiros 33 anos de vida em São Paulo (sendo 5 deles com vista para o Pinheiros), é algo sensacional ter um rio limpo dentro da cidade. Ainda mais tratando-se da segunda maior da Austrália.



Seria este o motivo pelo qual Melbourne é considerada a mais européia das cidades down under? Com certeza não, pois Perth, Brisbane e Hobart também são cortadas por rio.



A referência à Europa talvez seja pelas construções vitorianas, as mais fiéis e elaboradas ao estilo inglês de toda a Austrália, ou talvez pelo clima frio aliado aos bares e restaurantes, muitos deles à beira do próprio Yarra ou em ruelas estreitas e escondidas, todos muito charmosos e servindo boa comida e ótimos vinhos das regiões do Yarra Valley, Mornington Peninsula e Geelong, entre outras de Victoria. Passaria horas neles (aliás, passamos!).



Já St. Kilda é o bairro para se hospedar. Ou morar! A uns 20 minutos do centro, é onde está St. Kilda Beach, pedaço da costa que os moradores chamam de praia mas, na verdade, é uma baía.



A atmosfera do bairro é única. Acland Street, por exemplo, é uma espécie de Hall Street de Bondi, porém bem mais aculturada, com muito menos "artistas" e um contingente feminino mais interessante (incluindo a garçonete mais gata dos países não-nórdicos). A Acland, assim como a Fitzroy Street, merece uma caminhada a pé com parada em todo santo café, bar ou restaurante.



Já St. Kilda Beach é o local para praticar esportes, tomar sol, visitar a feirinha de artes e esquisitices que rola aos domingos e, claro, passar uma tarde tomando cerveja no beer garden dos hotéis ou nas varandas dos bares, enquanto ouve uma sonzeira ao vivo de frente para o mar (ops, pra baía).



Falando em som ao vivo, o grande barato de Melbourne é pegar todos os guias, tudo que se fala sobre a cidade - incluindo este blog - e deixar em casa. A cidade é repleta de bibocas, lugares pequenos onde você não dá nada ao passar pela porta, mas lá dentro rola uma música lascada ou uma comida incrível. O negócio é fuçar e descobrir.

Em off
Lembrem deste nome: Claypot.

Esporte é outra paixão e vocação da cidade. Todo mundo se lembra das Olimpíadas de Sydney 2000, mas não são todos que sabem que a primeira olimpíada no país foi disputada em 1956, em Melbourne.



Na semana que estávamos, além da final do futebol, tristemente relatada no post anterior, começaria o Australian Football Rules (AFL), modalidade número um do sul do país disputada em um campo oval e jogada com os pés e as mãos, cujo objetivo é fazer pontos chutando para um gol que é misto de trave de rugby com a do nosso futebol. Complicado? Nem tanto! O templo sagrado deste esporte e também do cricket em toda Austrália é o MCG (Melbourne Cricket Ground).

A cidade também já estava vivendo o clima da Fórmula 1, que começaria no final de semana seguinte (hoje). Mas, pra mim, o ápice esportivo é mesmo em janeiro, com o Australian Open de tênis que acontece no Melbourne Park, complexo que inclui a Rod Laver Arena, outro templo do esporte. Ainda assistirei umas partidas in loco.



Aliás, amo Sydney e por mim viveria aqui para sempre. Mas adoraria passar uma temporada "sabática" em Melbourne, chegando dia 1 de janeiro e ficando até 31 de dezembro. Neste período, iria em cada festival que rolasse na cidade, seja esportivo, artístico, gastronômico, enfim, viveria um ano em Melbourne conhecendo não só a cidade como o estado de Victoria inteiro, que por ser o segundo menor do país, não seria tão difícil.



Mas nem tudo é perfeito. Conforme dito no começo, a cidade tem alguns problemas.



O primeiro deles é a ausência de schooner. Sim! Uma cidade sem este copo pode se tornar inviável. Em Sydney, em qualquer pub que se vá, você sabe que pagará entre $4.50 e $6 num copo de cerveja de 425ml, a schooner. Lá só tem a pot, de 285ml, que seria a nossa middy, custa uns $4 e não dá nem para o cheiro; e a pint, o copão clássico de 568ml, mas que não sai por menos de $8. Só achamos schooner em um pub, num total de 147 que fomos. Ou seja, falência à vista!



O segundo problema é o clima. Não só por ser mais frio, o que não chegaria a ser um graaande problema, mas pela mudança constante de temperatura. Pô, meu, sou paulistano e sei bem o que é sair de manhã com vários casacos, ficar praticamente pelado na hora do almoço, começar a espirrar a partir das 17h e chegar em casa à noite querendo ir direto para o cobertor. Mas lá a alternância não pára. Em 4 horas sentado num pub ao ar livre, tirei e coloquei o casaco umas 14 vezes, sem exagero. As vezes eu não sabia se estava suando de calor ou se já era a febre por conta do frio.



E por último, mas não menos importante, temos os trams, os famosos bondinhos de Melbourne. Eu sei, fazem parte do DNA local, é a cara da cidade e tudo mais. Audrey e Ju, não se ofendam! Mas que eles são lentos demais, eles são, e que param a cada 15 metros, ah, eles param. Principalmente porque as ruas do centro são todas quadradas, e assim é esquina com farol demorado atrás de esquina com farol demorado, além de 4 paradas entre uma esquina demorada e outra. Perceberam a encrenca? Queria ver o que seria desses trams em Brasília, sem esquinas.



Parte III em breve com "O Jantar".

domingo, 31 de janeiro de 2010

O Campeão, a Promessa e o Promessinha

Alguém anotou a placa do caminhão que atropelou o Andy Murray?



Agora a pouco, o tenista escocês teve a oportunidade de começar a mudar a hegemonia do tênis. Pelo menos é o que os britânicos achavam. Mas, pra variar, Andy Murray, há 4 anos apontado como a grande promessa do tênis mundial, jogou mais um Grand Slam como nunca e perdeu mais um Grand Slam como sempre. Não por acaso é o eterno Promessinha.



Já Federer, segundo o próprio, jogou o melhor tênis de sua carreira. Ou seja, se o cara que conquistou tudo e bateu quase todos os recordes ainda está no auge da forma física e técnica, e levando em consideração que o único adversário que pode de fato ameaçá-lo, Rafal Nadal, está com 70% das juntas estouradas, eu arriscaria dizer que em 2010 o homem pode se tornar o primeiro da história a faturar os 4 Grand Slams no mesmo ano. Aí é pegar o boné e passar o resto da vida pescando em algum lago suíço.



E o Brasil, que teve 9 representantes este ano, 6 no principal e 3 no juvenil, alcançou a semifinal de duplas mistas com Marcelo Melo e a italiana Flavia Pennetta, e conseguiu um resultado histórico com o alagoano Tiago Fernandes.

Treinado por Larri Passos, ex-Guga, e tendo muito mais facilidade pra jogar no saibro, Tiago venceu o australiano Sean Berman, outro apontado como grande promessa do tênis, por 2 a 0, e se tornou o primeiro sul-americano a ganhar o juvenil do Australian Open e o primeiro brasileiro a faturar um Grand Slam juvenil de simples.



A partir de agora, que o tenista ficou famoso e vai sofrer pressão da mídia, assédio dos fãs e outras coisas que vêm no pacote, resta saber em qual categoria Tiago Fernandes vai se encaixar: campeão, promessa ou promessinha.

Mas de qualquer maneira, parabéns!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O adeus australiano na véspera do Australia day

Na véspera do Australia Day, o dia em que o país comemora a chegada da primeira esquadra de colonizadores, que incluía, entre outros, prisioneiros, condenados e desenganados da justiça britânica, a Austrália deu adeus ao Australian Open.



A penúltima a cair foi a simpática Samantha Stosur, 13 do mundo, que perdeu por 2 a 0 para a atual campeã e favorita ao título Serena Williams, conhecida aqui no Château como a deusa negra de Michigan.

Já o mala do Lleyton "Come on" Hewitt entrou mudo e saiu calado. Com Roger Federer passeando em quadra, ele só ousou soltar o irritante "Come on" uma vez, no terceiro set, quando a vaca já estava bem encaminhada em direção ao brejo. Mas o gritinho foi tão tímido que ninguém ouviu. Um retumbante (pra usar um termo pátrio em homenagem ao feriado) 3 a 0 - fora o baile!



As quartas-de-finais começam daqui a pouco com Roddick (7) x Cilic (14) e Nadal (2) x Murray (5). Na quarta será a vez de Djokovic (3) x Tsonga (10) e Federer (1) x Davydenko (6).

Vamos aos palpites:

Roddick atropela o croata e decide vaga na final contra o grande apache espanhol, que vencerá Murray em duelo épico de 5 sets. Na outra chave, Djokovic repete o que fez na final do Australian Open de 2008 e bate o francês, enquanto Federer se vinga do falastrão russo em outro jogo épico de 5 sets.



No feminino, por ora, prefiro não fazer previsões, mas sei contra quem torcerei: Justine Henin (a moça acima). Nada pessoal, ela é muito simpática, joga muito, parece ser uma ótima pessoa (aliás, parece o Juninho Paulista), mas fez o desfavor de tirar duas das minhas deusas do torneio.



Primeiro eliminou ninguém menos do que Elena Dementieva, a deusa russa de Moscow. Tremenda afronta. E depois despachou a compatriota Yanina Wickmayer, a deusa belga de Lier. Outro absurdo!



Mas como a vingança é um prato que se come frio (acho que é isso), daqui a pouco Justine será eliminada pela nada bela Nadia Petrova, a russa prima de segundo grau do nosso glorioso Shrek!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Hit for Haiti



Ontem, oito e meio dos melhores jogadores de tênis do mundo dividiram a mesma quadra em prol do Haiti. "Meio" porque Bernard Tomic, a maior promessa australiana, só tem 17 anos e jogou somente os minutos finais.

Roger Federer, Rafael Nadal, Novak Djokovic, Andy Roddick, Lleyton Hewitt, Serena Williams, Kim Clijsters e Samantha Stosur - mais Bernard Tomic - atraíram uma multidão para o Rod Laver Arena, em Melbourne, que viram 90 minutos de show.



A russa (e deusa) Maria Sharapova, que não pôde jogar, doou $10,000, $20,000 foram arrecadados só de latinhas recolhidas nas proximidades do Melbourne Park e $159,000 em ingressos e doações do público.

Daqui a pouco começa o Australian Open pra valer, mas esse Hit for Haiti organizado em menos de 24 horas pelo Federer, já valeu por toda a temporada!

sábado, 16 de janeiro de 2010

Update pré-Australian Open e Hit fo Haiti

Acabou nesse instante o último torneio de aquecimento para o Australian Open 2010. Na verdade, o penúltimo, pois Roger Federer, o cara, juntou alguns dos melhores tenistas do mundo para realizarem um evento beneficente, amanhã, em prol do Haiti. Mas falo sobre isso depois.



Marcos Baghdatis, tenista do Chipre que é um misto de Serginho Malandro com Nandão (da rua), acaba de vencer o francês Richard Gasquet por 2 sets a 0, parciais de 6/4, 7/6 (3), conquistando o Medibank Sydney International. E ontem, a sempre elegante Elena Dementieva atropelou a número um do planeta Serena Williams por 2 a 0 (6/3, 6/2), faturando o feminino.



No domingo passado, dia 10, o norte-americano Andy Roddick venceu por 2 a 0 o tcheco Radek Stepanek num jogo que mais parecia xadrez, parciais de 7/6 (2), 7/6 (7). E no feminino, no duelo épico das belgas, Kim Clijsters levou a melhor sobre a ex-número 1 do mundo Justine Henin, ao vencer por 2 a 1. De quebra, Clijsters doou os $37,000 de prêmio para o Brisbane’s Royal Children’s Hospital. Sem comentários!



Também no final de semana passado, acabou, em Perth, o Hyundai Hopman Cup. A Espanha, dos tenistas Maria Jose Martinez Sanchez e Tommy Robredo, venceu a Grã-Bretanha da sensação Laura Robson, 15 anos, e do eterna promessa Andy Murray.



E amanhã, dia em que os tenistas estariam finalizando a preparação para o Australian Open, Roger Federer levará para o Rod Laver Arena, em Melbourne, ninguém menos do que Novak Djokovic, Rafael Nadal, Andy Roddick, Kim Clijsters, Serena Williams e Sam Stosur. É o Hit for Haiti, evento beneficente com 100% da renda revertida para o país. O Hit for Haiti começa às 14h e quem estiver em Melbourne e não for, simplesmente não vai para o Céu. É sério! Compareçam!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Tênis, tennis, tênis, tennis...



Esse post foi especialmente feito para o brasileiro que está na Austrália ou em qualquer outro país do mundo (como se os outros não fossem).

O fato é que o brasileiro que está em qualquer outro país do mundo, ao abrir a internet, vê um monte de tenistas avançando em torneios na Austrália, e não faz idéia do que está acontecendo. Afinal, o Australian Open nem começou.

Já o brasileiro que está na Austrália, ao ver um monte de tenistas avançando todo santo dia, acha que o Australian Open já começou e liga para o pai avisando que esse ano o torneio está acontecendo na cidade onde ele mora.

Pra evitar confusões, explico!



O Australian Open, que tem sede em Melbourne (pelo menos até 2016), reúne os principais tenistas do planeta e é estrategicamente chamado de o Grand Slam da Ásia/Pacífico, só começa no dia 18 de janeiro.

Até lá, como Austrália, Ásia, Pacífico, enfim, tudo aqui é longe pra caramba e ninguém gosta de perder viagem - muito menos dinheiro -, os atletas vão disputando torneios na Índia, no Catar e, claro, nas maiores cidades australianas.

O primeiro é o Hyundai Hopman Cup, que tem uma fórmula bem peculiar e acontece em Perth entre os dias 2 e 9 de janeiro. Nele, só entram convidados. Na verdade, apenas tenistas de 8 países que são divididos em 2 grupos. Todos jogam contra todos do mesmo grupo, em partidas de simples no masculino e no feminino, e de duplas mistas. O país campeão de cada grupo se classifica para disputar a grande final (parece complicado, tipo regulamento do campeonato carioca com octagonal decisivo com 7 times, mas não é).


Dupla britânica: Murray e Laura Robson.

O segundo torneio, que também já começou, é o Brisbane International, que vai de 3 a 10 de janeiro. Nessa manhã, Bernard Tomic, australiano de 17 anos que despontou no Australian Open do ano passado e é o xodozinho da torcida, foi eliminado. Quem se deu bem foi o brasileiro Thomaz Bellucci, que venceu o argentino Juan Chela mas, infelizmente, deverá cair na próxima rodada pois a chave dele é bem complicada.


Bernard Tomic, o teenager que é a cara do Alexandre Pato.

No domingo é a vez de recebermos o Medibank International Sydney, e eu não perderei por nada. O torneio vai de 10 a 16 de janeiro e já tem confirmados nomes como Serena Williams, Jelena Jankovic, Elena Dementieva, Gael Monfils, o mala do Lleyton "come on" Hewitt, Marcos Baghdatis e Richard Gasquet.

E, claro, fechando a overdose de top spin, backhand e match point, de 18 a 31 de janeiro, Rafael Nadal e Serena Williams defenderão o título do Australian Open, enquanto Federer e a deusa Sharapova, por quem sou russo desde pequenininho, vão tentar reconquistá-lo.



Dica: em todos os torneios há ingressos bem baratos, a partir de $10 ou coisa do tipo. Vale a pena!

E não esqueçam deste nome: Mia Lines