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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Carta aberta a população do Rio

Entre os Bombeiros do Rio de Janeiro e o Governo do Estado? Deixa eu pensar de que lado fico...


CARTA ABERTA A POPULAÇÃO DO RIO DE JANEIRO

Povo Fluminense,

Os Bombeiros do Rio de Janeiro, profissionais trabalhadores, ordeiros e competentes, em respeito à população que sempre defenderam, por vezes com o sacrifício da própria vida, vem a público esclarecer o que tem ocorrido na Corporação e no Governo do Estado e o que levou companheiros e seus familiares a desafiarem os desmandos do Comandante Geral Cel Pedro Marco e do Governador Sérgio Cabral.

Como sabemos, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro é uma corporação voltada para a preservação de vidas e proteção de Bens da população do Estado do Rio de Janeiro.

Ao longo da sua existência, o CBMERJ sempre se pautou pela hierarquia e disciplina e também pela credibilidade de seus serviços, estando ao lado da população Fluminense em todas as suas aflições e enfrentando com bravura as calamidades naturais que atingem o Estado. São inúmeras as vidas salvas e os bens preservados pelos profissionais do Corpo de Bombeiros, que a população chama carinhosamente de Heróis. Ao nos formarmos, juramos defender a população com o Sacrifício da nossa própria vida e assim temos feito ao longo desses 155 anos de existência.

A Corporação recolhe cadáveres, combate os mosquitos da dengue, atua nas UPAS, guarnece o sambódromo no carnaval e atua no Rock in Rio (sem remuneração extra, embora o evento seja cobrado ao público), além de exercer as suas funções de salvamentos e combate à incêndio, recebendo um dos PIORES SALÁRIOS pagos pela categoria no Brasil (tabela ao Final).

O reequipamento da Corporação não é mérito do Governador, mas sim da população do Estado do Rio de Janeiro que paga a taxa de incêndio e que, ainda assim, não sabe que os recursos não são totalmente destinados à Corporação.

A Ira do Sr. Sérgio Cabral, com os Bombeiros, vem de 2009, quando foi vaiado pela Corporação durante o lançamento da Campanha “Cultura Antidengue” no ginásio do Maracanãzinho e desde então tem discriminado os Bombeiros militares, sejam nas gratificações (usando seu poder de discricionariedade) seja nas condições de trabalho (vocês viram alguma homenagem aos heróis que morreram na calamidade da Região Serrana?)

Agora, a população do Estado do Rio de Janeiro, assiste a sua Corporação de heróis ser aviltada e achincalhada pelas atitudes ditatoriais do Governador Sérgio Cabral que culminou com os manifestantes adentrando o Quartel Central da Corporação, no ultimo dia 03, para serem ouvidos pelo seu Comandante Geral, que omisso, serviu de “pau mandado” do governador Sérgio Cabral e ignorou os clamores de sua Tropa, nem comparecendo ao local.

O Governador Sérgio Cabral, adotando os melhores recursos da DITADURA, mandou o BOPE invadir com tiros e bombas o Quartel Central do Corpo de Bombeiros, ferindo militares honestos, mulheres e crianças indefesas. Atitude inadmissível em um Estado democrático de Direito!

Porque o Comandante Geral do CBMERJ, Cel Pedro Marco, não tomou as medidas necessárias para a retirada de seus militares do pátio do Quartel Central? Estavam todos desarmados e com seus familiares. Não era necessário o uso da força e sim do diálogo. Os Bombeiros são pacíficos por natureza.

O Governador nunca gostou da Corporação. Nomeou para Secretário o Ex médico do CBMERJ Sérgio Côrtes, um homem que deixou a Corporação por não concordar com os baixos salários e a carga de trabalho excessiva e agora nada faz para ajudar a Corporação, apenas integra os desmandos administrativos e superfaturados do Governo do Estado na área da saúde.

Assistimos perplexos ao Comandante Geral da PMERJ usurpar o Comando do CBMERJ e se dirigir, dentro do quartel dos Bombeiros, à tropa de profissionais honestos como se bandidos fossem.

Nossos militares foram presos e conduzidos aos quartéis da PMERJ como criminosos apenas por reivindicar dignidade profissional!

Se nossos companheiros erraram ao ADENTRAR a SUA SEGUNDA MORADA, o Governador foi CRIMINOSO e DITATORIAL ao ordenar a invasão do Quartel Central dos Bombeiros pelo BOPE com uso de FORÇA, TIROS E BOMBAS, como se ali fosse uma antro de criminosos e não de profissionais que arriscam a sua vida pela população, CAUSANDO FERIMENTO EM MULHERES E CRIANÇAS e obrigando a nossos companheiros ao confronto.

AJUDEM AQUELES QUE SEMPRE O SOCORRERAM!!!

NUNCA DEIXAMOS DE ATENDER E SOCORRER A POPULAÇÃO!

MOSTRE A SUA INDIGNAÇÃO POR ESSE ATO VIOLENTO E DITATORIAL DO GOVERNADOR SERGIO CABRAL!!!

MOSTRE O SEU APOIO AOS BOMBEIROS!

ENVIEM ESSA CARTA PARA TODOS OS SEUS AMIGOS.

ACOMPANHEM E APOIEM O NOSSO MOVIMENTO PELO SITE http://www.sosguardavidas.com


SALÁRIOS BRUTOS NO BRASIL:

01º - Brasília - R$ 4.129.73
02º - Sergipe – R$ 3.012.00
03º - Goiás – R$ 2.722.00
04º - Mato Grosso do Sul – R$ 2.176.00
05º – São Paulo – R$ 2.170.00
06º – Paraná – R$ 2.128,00 1
07º - Amapá – R$ 2.070.00
08º – Minas Gerais - R$ 2.041.00
09º - Maranhão– R$ 2.037.39
10º – Bahia – inicial - R$ 1.927.00
11º - Alagoas - R$ 1.818.56
12º - Rio Grande do Norte – R$ 1.815.00
13º - Espírito Santo – R$ 1.801.14
14º - Mato Grosso – R$ 1.779.00
15º - Santa Catarina – R$ 1.600.00
16º - Tocantins – R$ 1.572.00
17º - Amazonas – R$ 1.546.00
18º - Ceará – R$ 1.529,00
19º - Roraima – R$ 1.526.91
20º - Piauí – R$ 1.372.00
21º - Pernambuco – R$ 1.331.00
22º - Acre – R$ 1.299.81
23º - Paraíba – R$ 1.297.88
24º - Rondônia – R$ 1.251.00
25º - Pará – R$ 1.215,00
26º - Rio Grande do Sul – R$ 1.172.00
27º - Rio de Janeiro - R$ 1.031,38 (SEM VALE TRANSPORTE)

O RIO DE JANEIRO é o Estado que mais recebe investimentos no Brasil, é o 2º que mais arrecada impostos. Pretende Sediar o Rock in Rio, as Olimpíadas militares, a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016.
Há algo de errado e Podre no Governo do Exmo Sr Governador Sérgio Cabral Filho!!!

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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Reggae nesta sexta na Austrália e no Brasil

Como diria o Guilherme Infante, pelo amor de Jah!



Lembram do reggae patrocinado pela Ozzy Study que rolava às terças, em Bondi Junction? Ele volta hoje ao Cock n' Bull, onde permanecerá todas as sextas-feiras, a partir das 21h, alternando Ziggy and Wild Drums e Caribbean Soul.

Tudo num esquema fácil, extremamente fácil, pra você e eu e todo mundo fanfarrear juntos, uma vez que a entrada é grátis, o steak custa somente $1 (na compra de um drink) e a cerveja $3 (até às 23h).

Detalhe: a festa vai até às 2 da manhã, o que significa que pode ser tanto a balada em si, quanto um esquenta para depois.


Já no Brasil, a Fibra Entertainment leva o Katchafire, uma das bandas de reggae neozelandesas mais populares entre os brasileiros da Austrália, para se apresentar pela primeira vez no país.

A turnê começa hoje à noite, no Kazebre, Zona Leste de São Paulo, onde a banda toca ao lado de nomes como Bnegão, DJ Negralha e Ponto de Equilibrio (ingressos, aqui).

Palpite: acho que tem tudo para agradar o público no Brasil também (Xixão, vai lá, tu vai gostar!).

A turnê continua nas seguintes cidades:

Sábado, 4 de junho - Ribeirão Preto
Domingo, 5 de junho - Curitiba
Sexta, 10 de junho - Maceió
Sábado, 11 de junho - Recife
Domingo, 12 de junho - Brasília


É o neo-intercâmbio cultural Terceiro continente à sua escolha-Brasil / Brasil-Terceiro continente à sua escolha apenas começando...

terça-feira, 31 de maio de 2011

Manifestações pró-Carbon Tax e contra Belo Monte

Este domingo, 5 de junho, é o Dia Mundial do Meio Ambiente. Mais do que isso, é dia de ir às ruas, tanto na Austrália como no Brasil.

Na Austrália, em favor do carbon tax, a saída mais viável para o país começar a reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa (em tempo: vergonhosamente, a Austrália foi o último país a assinar o protocolo de Kyoto).

No Brasil, contra um dos maiores desaforos governamentais desde que Cabral pisou no país (e olha que a lista é infinita), a obscura construção da Usina de Belo Monte.


Por aqui, governo e independentes tentam aprovar o carbon tax, cujo relatório final sobre como funcionaria, quanto seria cobrado e a porcentagem que seria investida em energia limpa está na reta final.

Simplificando ao máximo, o carbon tax nada mais é do que uma forma de taxar a emissão de gases poluentes. O preço seria fixado por tonelada e cobrado na produção e distribuição/uso de combustíveis fóssis com base na quantidade emitida.

Isso teria um efeito cascata sobre eletricidade, gás natural e petróleo que seria repassado para todos, tanto pessoa física como jurídica, incentivando a redução do consumo e estimulando o aumento da eficiência energética - incluindo aí o uso de energia limpa (solar, eólica, biocombustível etc).

Entre os principais opositores estão as grandes companhias poluidores e o Liberal Party, liderado pelo boçal Tony Abbott, o mesmo que durante a campanha eleitoral falava em "stop the boats" como solução para a questão dos refugiados.

Abbott e a oposição têm pintado o carbon tax como algo que elevará o custo de vida e quebrará financeiramente milhões de famílias em todo o país. Misto de ignorância, demagogia e egoísmo.


Um bom exemplo do baixo nível na argumentação foram as críticas à atriz Kate Blanchett, que esta semana apareceu em um comercial apoiando o imposto e foi execrada pela oposição sob a alegação que sendo milionária não seria afetada.

A manifestação acontece simultaneamente em Sydney, Melbourne, Perth, Hobart, Adelaide e Brisbane neste domingo, às 11 horas. Para ver os locais, clique aqui.


Já em São Paulo e no Rio de Janeiro acontece a Manisfestação Contra a Construção da Usina de Belo Monte, que se sair do papel será a terceira maior hidrelétrica do mundo, inundando pelo menos 400 mil hectares de floresta, expulsando 40 mil índios e ribeirinhos e destruindo o habitat de inúmeras espécies.

A questão não é recente, vem do período da ditadura militar, quando a Eletronorte, em 1975, iniciou estudos para avaliar o potencial energético da Bacia Hidrográfica do Rio Xingu.

Nos anos 1980, a estatal propôs a construção de 165 usinas hidrelétricas até 2010, entre elas a usina de Kararaô, que ao ser exposta no 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, em 1989, em Altamira (PA), resultou na imagem abaixo.


O cantor Sting esteve presente no evento e atraiu os holofotes da comunidade internacional, mas quem entrou para a história foi a índia kaiopó Tuíra, que intimidou o atual presidente da Eletrobras, José Antonio Muniz, então diretor da Eletronorte, tocando-o no rosto com seu facão. O governo, mais tarde, rebatizou Kararaô de Belo Monte.

Belo Monte voltou à cena no início dos anos 2000, primeiro no governo FHC como parte do programa Avança Brasil, e depois com Lula/Dilma, sendo a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O problema principal, além do projeto em si, é a maneira como o governo, independentemente de tucanos ou petistas, tem conduzido o assunto, marcada pela absoluta falta de transparência e pela privação da participação da sociedade.

Basta ver a sucessão interminável de liminares e medidas jurídicas que tem se arrastado na última década, com suspensões e adiamentos de estudos, licenciamentos e leilões.

Para terem uma ideia, até a Organização dos Estados Americanos (OEA), através da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), solicitou que o governo brasileiro suspendesse o processo de licenciamento e construção do Complexo Hidrelétrico de Belo Monte, no ano passado, pois a consulta pública deveria, obrigatoriamente, ser “prévia, livre, informada, de boa-fé e culturalmente adequada”, o que não vinha acontecendo.

Duas vozes importantes em defesa da região são o Movimento Xingu Vivo Para Sempre, formado por organizações não-governamentais, que criou o comitê metropolitano para fazer a ponte campo-cidade e manter a população informada (blog); e o procurador da República no Pará, Felício Pontes Jr, ferrenho defensor da Amazônia que atua diretamente no caso e tem divulgado textos muito esclarecedores sobre o processo.

Leiam abaixo indagações levantadas pelo procurador em seu texto Belo Monte de Violências (VII), com base na análise que 39 cientistas de várias universidades brasileiras fizeram do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), apresentado para sustentar a construção de Belo Monte:

- Será que os cientistas têm razão e o custo de Belo Monte será próximo ao de Itaipu com uma geração de energia de menos de 1/4 desta?

- Seria verdade que apenas a troca das turbinas de 67 antigas hidrelétricas produzirá a energia equivalente a 2,5 Belos Montes, a um custo cinco vezes menor sem necessidade de nenhuma barragem?

- E que apenas a troca das longínquas linhas de transmissão produzirá a energia equivalente a dois Belos Montes?

- Será verdade que apenas 1,5% da toda a energia elétrica produzida no Brasil vem de fonte solar e eólica, enquanto que nos Estados Unidos esse percentual é de 11,37%?

Na última semana, Dilma Roussef liberou o início da construção de Belo Monte, ignorando 600 mil assinaturas e cartas de diferentes povos, lideranças e organizações. A sentença de morte dos povos do Xingu foi decretada - como tem sido dito -, mas não significa que estão acabados.

O pouco de contato que tive com o xavante, povo político e guerreiro, mostra que ainda é preciso lutar articuladamente, com todas as ferramentas disponíveis, incluindo aí as instâncias internacionais, para impedir a atrocidade de maneira legal. É o jeito político de fazer a coisa.

Se o governo colocar mesmo a justiça no bolso e passar por cima de tudo e todos, será o momento dos povos indígenas deixarem as diferenças de lado, unirem-se, fortalecerem-se com as organizações que os apoiam, e trocar as ferramentas por armas, pois não terão nada a perder.

E isso nossa presidente conhece bem. Ela não era boa atiradora, como disse em entrevista, mas era muito hábil no manejo e na limpeza de armas, nos idos dos 1970, à época combatendo o mesmo governo militar que iniciou os estudos para avaliar o potencial energético da Bacia Hidrográfica do Rio Xingu.

Belo Monte, Anúncio de uma Guerra - de André Vilela D'Elia.

A Manisfestação Contra a Construção da Usina de Belo Monte acontece neste domingo, às 14h30, em frente ao MASP, na Avenida Paulista, e simultaneamente na Orla de Ipanema-posto 9, no Rio de Janeiro. Para mais informações, visite a página no Facebook.

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