Mostrando postagens com marcador Opera House. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Opera House. Mostrar todas as postagens

sábado, 11 de junho de 2011

Sexta à noite em Sydney

Da série "Razões pelas quais amamos Sydney".

Vivid Sydney, Darling Harbour Jazz & Blues Festival e Reggae em Bondi Junction. É só andar pela cidade e fazer parte dela. Tudo grátis!










segunda-feira, 25 de abril de 2011

Bondi Jam e Fernando Aragones no Opera Bar

Você já jogou 2-UP hoje? Se ainda não, corra que ainda dá tempo e aproveite, pois é o único dia do ano em que é permitido jogar cara ou coroa na Austrália, apostando dinheiro, sem ir para a cadeia. Afinal, é Anzac Day, feriado em homenagem a uma das maiores geladas bélicas da história.

Importante: caso não faça ideia do que estou falando, clique aqui.

Bem, mas se você não está nem aí para o Anzac Day e, em vez de se matar de beber em um pub, prefere ouvir música de qualidade, tenho duas ótimas opções.


A primeira, a partir das 18h, é o Fernando Aragones, que se apresenta em trio no Opera Bar tocando um pouco de heavy dub, amorous grunge and samba funky, segundo o próprio definiu.

O Opera Bar, para quem não sabe, é aquele e-p-e-t-a-c-u-l-o-s-o (essa é nova) bar ao lado da Opera House, que oferece uma das melhores vistas da cidade. Entrada grátis!


Já no BB's (78 Campbell Parade), em Bondi Beach, a partir das 20h rola a terceira edição do Bondi Jam, session de blues e rock n' roll organizada pelo Red Slin que tem quebrado absolutamente tudo.

Como diria o Arnaldo, a regra é clara: é proibido ensaiar. De resto, é só aparecer com instrumento e tocar. Caso não tenha, peça emprestado e toque. A sonzeira tem sido violenta e hoje, feriadão pátrio, tenho certeza de que não será diferente.



Grátis para entrar! Grátis para tocar! Guinness a $5!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Show secreto do Foo Fighters

Bem, agora que eu falei, já não é tão secreto assim. Mas ainda é!



O negócio é o seguinte, nesta quinta-feira, 24 de março de 2011 (neste caso, é importante frisar o dois mil e onze), assim que o sol se pôr, o Foo Fighters, uma das maores bandas de rock do planeta, se apresentará na Sydney Harbour.

Sabendo que a referida baía é grande e inclui lugares como Opera House, Harbour Bridge, Luna Park e até mesmo ferries para Manly, a pergunta que não quer se calar é onde extamente será o show.

E é aí que mora o segredo, já que só sabe quem tem o convite - o que nos leva a inevitável indagação onde eu compro. Sem pestanejar, respondo que você não compra, pois não está à venda, o que não significa que você não tenha 1.2% de chance de ir. Como?

No melhor estilo não dou o peixe, mas ensino a pescar, segue o caminho das pedras (hummm pedras, será que é em The Rocks?): clique neste link, dê um like onde deve ser dado, faça o seu comentário onde deve ser feito e torça para que você seja o escolhido entre centezas de pessoas.

Importante: o prazo termina hoje, às 17h, portanto corra!

Toda essa algazarra deve-se ao fato de ser a apresentação mundial do material de Wasting Light, o novo álbum da banda. Quem não puder ir, terá a oportunidade de assistir ao show no Channel V, em 2 de abril. Wasting Light chega às lojas em 8 de abril.

Boa sorte!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Brazil Film Festival - Embarque imediato!

Daqui a poucas horinhas começa a segunda edição do Brazil Film Festival, que este ano está duplamente maior e melhor.



Maior porque de quatro passou para cinco dias em Sydney.
Maior porque foi além das fronteiras de Sydney, desembarcando também em Melbourne e Brisbane.

Melhor por conta da qualidade dos filmes.
Melhor porque este ano tem até trilha sonora composta por Claudio Lyra, sobrinho do grande Carlos Lyra, especialmente para o evento (clique aqui para entrar no site do festival e ouvi-la).



Pela distância entre Austrália e Brasil, e pelo número reduzido de brasileiros que vivem por aqui, as opções de programas que representam a cultura brasileira são muito poucas, portanto, quando um grupo de pessoas trazem cinco longas e alguns curtas para serem exibidos deste lado do mundo, em três cidades diferentes, é preciso agradecer e aplaudir de pé.

E é o que faço neste exato momento com cinco Enter's, um para cada organizador deste ano, e mais 2 Enter's para outras duas do ano passado.

ENTER
ENTER
ENTER
ENTER
ENTER

ENTER
ENTER

Ah, um Enter extra em homenagem aos patrocinadores.

ENTER

Bem, o festival taí e brasileiro que vive em Sydney e não assistir a pelo menos um filme não vai para o Céu. É sério! Principalmente porque os filmes serão exibidos no ótimo Dendy Opera Quays, que fica ao lado da Opera House, que fica ao lado do Opera Bar, o que significa cinema e alguns drinks na sequência. Já brasileiro que levar estrangeiro, garante automaticamente dois tickets para o Céu.

Hoje, o festival começa com Embarque Imediato (Now Boarding) e, após a exibição, o Abuka Trio, que faz parte do crew do Opera Bar, se apresenta lá. Para informações sobre cada filme, clique no logo abaixo.

Para comprar ingressos, clique aqui.




domingo, 28 de março de 2010

Wine Fair no Overseas Passenger Terminal

São quase 9 horas da manhã e daqui a pouco vou abrir o bar. Na verdade, a adega! Mas antes que liguem para o AAA, explico.



A partir das 11 horas, no Overseas Passenger Terminal, lá na Circular Quay, lado oeste (The Rocks), vai começar o segundo e último dia da International Wine Fair, feira de vinho promovida pela Vintage Cellars, um dos meus "suppliers" oficiais.



International Fair porque em vez de vinhos australianos, nesta feira eles reúnem a grande maioria dos produtores estrangeiros que representam e mostram as novas safras, além de alguns canhõezinhos mais antigos que já estão na hora de serem abertos.



A Vintage Cellars está espalhada por todos os estados e territórios da Austrália, portanto, aonde você estiver, haverá uma loja por perto. E esse é justamente o bacana da feira, pois por apenas $25 (isso mesmo, vinte e cinco doletas), você experimenta praticamente todos os vinhos importados que estarão à venda este ano, podendo marcar o que gosta, o que não gosta, qual não é tão bom mas vale pelo preço, qual jamais comprará etc.



E na pior das hipóteses, mesmo que não saiba absolutamente nada de vinho e chame todo espumante de champagne, no mínimo, você tomará quantidade e diversidade que jamais tomou na vida, além de conhecer o Overseas Passenger Terminal, que tem bela vista para a harbour, para a ponte e Opera House. Ainda mais neste domingão ensolarado!

A feira vai das 11h às 17h e os ingressos podem ser comprados na porta. Veja os principais produtores:

França
Cattier
Chablisienne
Gratien & Meyer
Les Nuages
Maison Champy
Pommery
Saint Cosme
Vidal Fleury

Itália
Cusumano
Musella
Portone
Romitorio
Ruffino
Tramin

Espanha
Bodegas y Vindos Tabula
Martin Codax
Segura Viudas
Tandem Navarra

Portugal
Casa Santos Lima

Chile
Casillero del Diablo
Cono Sur

Nova Zelândia
Blind River
Murdoch James
New Yealands
Peregrine
Selaks
Vavasour
Wairau River

terça-feira, 2 de março de 2010

Todo mundo pelado na Opera House


Milhares de terrestres saúdam o novo líder Darth Vader.

Aproveitando que a cidade está de pernas para o ar, literalmente, por conta do Mardi Gras 2010, o artista contemporâneo Spencer Tunick, conhecido no mundo inteiro por fotografar multidões nuas, apontou sua câmera para a Opera House.

Assim, na manhã fria de ontem, no nosso primeiro dia de outono, ele reuniu mais de 5 mil pessoas para mais uma de suas sessões.



Em Sydney, em qualquer época do ano, o fotógrafo norte-americano conseguiria juntar milhares de pessoas, pois um evento em que as pessoas precisam ficar peladas é a cara da cidade.

Quem mora aqui adora tirar a roupa! Todo dia, é possível ver alguém pelado (a) na calçada, próximo do carro com o porta-mala aberto, trocando a roupa molhada da praia por uma seca.

Mas a The Base, como foi batizada a instalação (artista adora usar esse termo, uma privada fotografada em um banheiro público é uma instalação), fez parte da programação oficial do Sydney Gay & Lesbian Mardi Gras, o que ajudou a reunir ainda mais pessoas.



Por conta do mau tempo, Spencer fez todo mundo esperar mais de duas horas para ver se o sol apareceria. Como o astro-rei não deu o ar da graça, foi sem ele mesmo. Aliás, correndo atrasadão na foto acima é o nosso glorioso Grant Denyer, o homem do tempo do programa de televisão Sunrise, provavelmente levando a má notícia:

- Come on Spencer, hurry up, hurry up, the weather won’t be better and things are getting smaller!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

"O Filho do Homem" no Opera Bar



Não, não teremos uma aparição natalina do aniversariante do mês, até porque seria injusto ele dar o ar da graça em Sydney e não aparecer nas outras não sei quantas milhões (ou seriam bilhões?) de cidades espalhadas pelo planeta.



Mas "O Filho do Homem" (editora Scortecci), quinto livro do escritor paulista João Anatalino, será lançado amanhã no Opera Bar, a partir das 18h, com a presença do próprio... autor.



João Anatalino, para quem não sabe, é pai da nossa gloriosa Jenifer Rodrigues, e o livro, polêmico, é um romance sobre o filho de Maria, mais precisamente sobre a visita que ela recebeu de um estranho jovem, pouco antes de se encontrar grávida. As questões que o autor levantam são:

Como se deu realmente essa concepção? Foi uma obra do amor de Deus para com a humanidade, ou um acontecimento comum entre dois jovens que se encontraram, se encantaram e se amaram?



O Opera Bar fica ao lado da Opera House (Lower Concourse Level), em Sydney. Apareça!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Ampliação da Opera House

Apresento, com total exclusividade, o momento exato em que o projeto de ampliação da Opera House foi concebido.


terça-feira, 19 de maio de 2009

Borba Gato em Sydney

A questão é simples! Esta imagem que vocês estão vendo da nossa gloriosa Opera House, não é a original em Sydney, mas sim o projeto do arquiteto francês Orland Castro para construir uma réplica na beira do rio Gennevilliers, na orla noroeste de Paris (brasileiros na França, por favor, me corrijam se eu estiver geograficamente errado).



Acho isso um absurdo, um descalabro e uma total falta de respeito (pra não dizer algumas palavrinhas transadas em français). Mas caso os franceses realmente roubam a maravilha arquitetônica do dinemarquês Joern Utzon, lançarei, imediatamente, neste mesmo espaço, a campanha Borba Gato em Sydney – Welcome Borba!.

E vocês, brasileiros em Sydney e em toda a Austrália, estão intimidados a participar! Se as grandes cidades começarem a clonar o patrimônio alheio, por aqui não será diferente. Traremos o Talidomila (como ele era carinhosamente conhecido nos anos 1960) a todo custo.



Para saber tudo sobre o Borba Gato, medidas, o porque do figurino, análise comportamental etc, leiam o texto que publiquei no meu outro site (a nave-mãe deste blog), na época em que ele deveria ter disputado a eleição das Novas 7 Maravilhas do Mundo.

Welcome Borba Cat, our great hero!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Hugh Jackman, Twitter e um estagiário aspirante a roteirista



E não é que o ator australiano Hugh Jackman, o popular Droverine, conquistou de vez Hollywood? No começo desta semana ele esteve por aquelas bandas deixando suas pegadas e dando uma espalmada na calçada da fama. O homem, que já havia apresentado a cerimônia do Oscar no início do ano, agora cimentou para sempre seu lugar na calçada mais fotografada do mundo.

Aproveitando que está nos Estados Unidos, Jackman poderia passar um pito geral no seu staff, em especial no estagiário aspirante a roteirista, por conta de uma gafe que pegou mal por aqui.

O problema aconteceu quando ele esteve em Sydney há duas semanas promovendo X-Men Origins: Wolverine. Seguindo a onda das celebridades que aderiram ao Twitter (se você não sabe o que é, clique aqui), Hugh Jackman foi almoçar na Sydney Harbour, quando telefonou para o seu escritório nos Estados Unidos e pediu para postarem no Twitter onde ele estava e o que estava fazendo.



O estagiário aspirante a roteirista publicou:

"Having lunch on the harbor across from the Opera Center. Loving life!"

O que era para ser uma simples mensagem escrita pelo próprio ator, acabou sendo uma grande dor de cabeça.

Em primeiro lugar, ele não estava na harbor, e sim na harbour (com “u”), mas até aí tudo bem, poderia ser erro de digitação. O que pegou mal mesmo foi chamar a mundialmente famosa Opera House, um dos principais ícones do país natal do Droverine, de Opera Center. A imprensa daqui caiu matando e ele precisou adimitir que quem escreve seus posts no Twitter são os “ingenheiros” (tipo Didi pro Mussum) do seu staff nos Estados Unidos, e não ele.

Cornetaram tanto, que dias depois ele usou o próprio Twitter para doar 100 mil dólares para a instituição de caridade que, através das 140 palavras (ou menos) da ferramenta, o convencesse que merecia o dinheiro (tchu-tchin!). Ou seja, no melhor estilo Hollywood, nada como despejar alguns dólares para consertar a lambança de um estagiário aspirante a roteirista.



A propósito, impressão minha ou o teto da Opera House tem um "q" de Wolverine?

domingo, 29 de março de 2009

Apagão de 1 bilhão



Ontem à noite, ficamos no escuro. Das 20h30 às 21h30 (horário local), até mesmo nossa gloriosa Harbour Bridge e a emblemática Opera House apagaram as luzes. Mas ao contrário do que aconteceu no Brasil há uns doze anos, quando tivemos aquele vergonhoso apagão, este foi por uma boa causa.



Participamos do Earth Hour, evento que começou aqui mesmo em Sydney, em 2007, com cerca de 2.2 milhões de pessoas apagando as luzes durante uma hora. Hoje, na terceira edição, a iniciativa se tornou um evento global com participação de 1 bilhão de pessoas em mais de 80 países (tipo Tang).

Para se ter uma idéia, ícones como a Torre Eiffel, o Vaticano, o estádio olímpico de Beijin e as pirâmides de Giza também ficaram no escuro. Não sei se no Brasil grandes monumentos como o Borba Gato – o nosso Colosso de Rodes – por exemplo, aderiu, mas deveriam. A idéia do Earth Hour não é economizar energia, mas conscientizar as pessoas sobre as mudanças climáticas do planeta.



A única coisa que me preocupa é o fato de Melbourne ter participado. Como todos sabem, daqui a pouco será aberta a temporada 2009 da Fórmula 1, com o Rubinho largando na segunda posição, e o Massa na sétima. Conhecendo as duas feras, a chance de um apagão brasileiro no circuito de Albert Park, é muito grande. Principalmente se estiverem na frente.







sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Sydney Harbour Swim Classic – Quem se habilita?

Está chegando a hora! Em 1º de março, mais de 850 iscas de tubarão, ou melhor, 850 competidores disputarão a 8ª edição da Sydney Harbour Swim Classic, desafio de natação de 1 e 2 km com largada no Fort Denison e chegada na Opera House.



Até a semana passada, fazia parte das minhas resoluções de ano-novo vestir a velha sunga verão Itacaré 2006, o meu Speedo zero bala e participar da prova. Mas, por razões óbvias, desisti!

É ali do lado, nas águas de Woolloomooloo Bay, que Paul Degelder, mergulhador da marinha, perdeu a perna ao ser atacado pelo tubarão Botanic no último dia 11. E eu não quero pagar o meu karma por todas as sequências de camarão que comi em Florianópolis, virando café da manhã de tubarão australiano.



Aproveitando a deixa da Sydney Harbour Swim Classic, ali mesmo começará oficialmente o Clean Up Australia Day, evento anual em que milhares de pessoas, em todo o país, se unem para limpar praias, mares, rios, parques, ruas e florestas. É um belo exemplo que poderia ser seguido no Brasil. Só espero que os tubarões não entrem no clima e fazem o Clean Up Australian on the Water Day.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Eles voltaram (e estão dentro da cidade)!



Há dois sábados, vesti a minha velha sunga verão Itacaré 2006, o meu Speedo zero-bala e fui com alguns amigos nadar em uma piscina pública de Sydney. Ela fica em um deck construído sobre a Woolloomooloo Bay, dentro do Royal Botanic Gardens, um parque imenso ao lado da Opera House, no coração da cidade.

Após uma tarde de calor insuportável e natação, fomos ao Harry´s, uma instituição de Sydney em forma de trailer que há mais de 70 anos serve a melhor pie da cidade. Celebridade que visita Sydney e não come a pie do Harry´s, não é celebridade.

Para vocês terem uma idéia, deusas como Brook Shields e Pamela Anderson já deram o ar de suas maravilhosas graças por lá, assim como o gênio Frank Sinatra, e os mestres Jerry Lewis, Billy Crystal e Anthony Bourdain.



O Harry´s fica a alguns metros da piscina, encostado nas águas da Woolloomooloo Bay, em frente a uma base da marinha australiana onde alguns navios verdes gigantes estão ancorados.

No referido sábado, compramos os clássicos The Tiger (Lean Beef Tiger pie with Peas, Mash & Gravy) e Hot Dog de Wheels, sentamos de frente para a baía – infelizmente sem a Brook e a Pamela – e comemos apreciando um belo e pacato final de tarde.



Pois bem, na manhã de ontem (quarta-feira, 11 de fevereiro), por volta das 7 horas, enquanto a marinha fazia um treinamento anti-terrorismo próximo a um dos navios verdes gigantes, Paul Degelder, mergulhador de 31 anos, foi atacado por um tubarão do tipo touro (ou cabeça-chata). Isso mesmo! Após algumas semanas de calmaria, os tubarões voltaram à ativa e desta vez dentro da cidade, no melhor estilo Hollywood.



Conforme escrevi em um dos posts anteriores, desde o último ataque comecei a dar nomes aos tubarões em ordem alfabética. Este, claro, foi batizado de Botanic. Segundo fontes da marinha (aquelas duas que ficam entre o trailer e os navios verdes gigantes), Paul Degelder precisou brigar com o tubarão, sofreu sérios ferimentos na mão e na perna direita, mas conseguiu ser socorrido a tempo e está em condição estável no St Vicent Hospital.

Pelo que li nos jornais, fevereiro e março, os últimos dois meses de sol, é o período em que há mais tubarões e peixes na superfície das águas de Sydney Harbour, o que inclui todas as ótimas prainhas que temos para nadar e mergulhar. Pior! Em virtude do ataque, o treinamento anti-terrorismo da marinha foi cancelado. Ou seja, Botanic e sua turma, além de atacar, ainda enfraqueceu a nossa defesa. Tubarão terrorista eu nunca tinha visto!

Ah! E mês que vem acontece a The Sydney Harbour Swim Classic, competição nas águas do Botanic Laden.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

50 years of Bossa Nova

Só pra constar: aqui também festejamos os 50 anos de Chega de Saudade. E se por um lado não tivemos o homem em pessoa, a origem de tudo em estado bruto, João Gilberto, nem Rei e Caê dividindo o palco, por outro tivemos a presença de ningiuém menos do que Roberto Menescal, o professor, um dos mais altos cardeais logo atrás da Santíssima Trindade João-Tom-Vinicius.



Com ele vieram João Donato e Marcos Valle, o primeiro, quase um cubano ao piano, o segundo, o Rio de Janeiro de outrora. Também participaram Vinicius Cantuária, o amazonense de Lua e Estrela, e Wanda “Vagamente” Sá, a diva que aos 13 anos começou a tocar violão com o próprio Menescal. Em suma, timaço de craques que se apresentou na excelente acústica da Opera House, o "Darth Veidão".



Quando se anuncia um show, em Sydney, homenageando os 50 anos da Bossa Nova, a única certeza é a execução de Garota de Ipanema. Aliás, não só na Austrália, como em qualquer canto do planeta. No dia do concerto, à tarde, ao comentar com um amigo alemão casado com uma brasileira, ele me disse que adoraria ir, mas não pagaria $ 70 para ouvir Garota de Ipanema. Achei engraçado e tecnicamente concordei.

À noite, 76,8% do público que chegava na Opera Houese nascera no Brasil. O restante era formado por entusiastas da nossa cultura nascidos em diferentes países, além de um grupo muito peculiar que não só me chamou a atenção como me preocupou: os namorados (e maridos) australianos das brasileiras. E eles não eram poucos.

As brasileiras não perceberam que seria um show de Bossa Nova e não de MPB. Parece detalhe, mas não é. Bossa Nova é sofisticada, é a prima carioca do Jazz, com letras simples, melodias complexas e a batida única. Ela também é Música Popular Brasileira, mas não como a mulherada esperava e queria ouvir.



Além de Garota de Ipanema, pedida insistentemente, e outras músicas do Tom Jobim, o público achou que ouviria Caetano, Chico, Gil, Tim Maia e outros grandes da MPB. Mas não foi bem assim. O show pendeu muito mais para o Jazz do que para o Samba. Ele começou banquinho e violão com o Vinicius Cantuário, teve um ótimo dueto entre ele e o Roberto Menescal e seguiu com uma excelente banda acompanhando todos os músicos que passavam pelo palco.


No repertório, cada um tocava alguns de seus principais sucessos, além de outros clássicos da Bossa Nova. Tudo com uma pegada mais jazzística, mas sem improvisos, exageros na execução das notas e quebradeira constante do ritmo. Apenas Bossa Nova, o que é bom demais.

Mas parte do público, claro, não gostou. Se a mulherada, que nasceu no Brasil e cresceu com essas músicas, achou um tédio, imaginem os namorados (e maridos) australianos que não conhecem nada da nossa música, exceto Garota de Ipanema e... Garota de Ipanema. Certamente não faltaram caras feias e reclamações na volta pra casa. A Bossa Nova, romântica por natureza, desta vez teve efeito contrário.

E pra vocês terem uma idéia do pesadelo que deve ter sido, atrás da gente, uma simpática senhora que chegou empolgada e ansiosa para o show, no final soltou: “Isso não é Bossa Nova, se era pra fazer isso, que ficassem no Brasil”.

Pergunto: será mesmo que são eles que deveriam ter ficado no Brasil?

Após um concerto memorável, pra variar, terminamos em uma festinha com os músicos no bar da Opera House que quebrou absolutamente tudo. Vista fantástica, ótima atmosfera, comes e bebes e nada de... Garota de Ipanema. É verdade! Em nenhum momento da noite ouvimos a canção e, durante o bizz, ainda tivemos a pachorra de torcer para não tocá-la. Nada contra, óbvio, mas foi só pra ver as pessoas ainda mais irritadas. Ganhamos!

Fotos tiradas pelo meu chapa Raphael Brasil e mulher Charlotte.