Enquanto o blog continua em total fase de transição, nesta terça-feira, às 21h30, estarei no estúdio da Eastside Jazz FM com o Rapha Brasil para participar do programa Vibez Brazil.
Tema?
Chico!
Tocaremos na íntegra "Chico", o recém-lançado álbum do Chico Buarque que é simplesmente fantástico. Quanto mais ouço, mais quero ouvir. Sério! O iPhone não aguenta mais. Eis as faixas:
Querido Diário
Rubato
Essa pequena
Tipo um baião
Se eu soubesse (com Thais Gulin)
Sem você nº 2
Sou eu (com Wilson das Neves)
Nina
Barafunda
Sinhá (com João Bosco)
Com uma hora e meia de programa, teremos tempo de sobra para tocar uma penca de clássicos do gênio, além de trazer histórias e informações.
Se você ainda não ouviu o álbum, sintonize o seu rádio na 89.7 FM de Sydney, às 21h30, ou acesse o site da rádio através deste link.
Caso esteja no Brasil, o programa vai ao ar às 8h30 da manhã da terça e pode ser ouvido no mesmo site.
Se alguém conhece um compositor de samba melhor do que ele, por favor, me fala. Enquanto isso, continuarei chamando o grande Angenor de Oliveira de maior sambista da história.
Sim, meus amigos, hoje, o gênio Cartola (1908-1980) é o tema da Vibez Brazil, programa de música e cultura brasileira que vai ao ar toda terça-feira, na 89.7 Eastside FM, em Sydney. Agenor, como a grande maioria dos "afro-brasileiros" de origem pobre, tinha tudo para não dar certo, exceto pelo extraordinário talento que foi devidamente desenvolvido quando mudou-se com a família para o Morro da Mangueira e tomou gosto pelo samba e pela boemia (não falei que era um gênio?).
O homem não apenas foi um dos fundadores da escola de samba homônima, como batizou a agremiação e escolheu as cores (sim, o verde e o rosa são deles), tornando-se muito popular nos anos 1930 a ponto de ter o grande maestro Heitor Villa-Lobos na lista de seus admiradores.
Após período de quase duas décadas de ostracismo - incluindo alguns dias de coma -, Cartola foi encontrado no final dos anos 1950, quando trabalhava como lavador de carros, e redescoberto nas décadas seguintes, sendo reconhecido de maneira definitiva, obviamente, depois de sua morte, em 1980.
Cartola gravou 4 álbuns e são deles que Raphanfarrael Brasil e a atriz carioca Tatiana Simplicio, a convidada especial de hoje, tocarão os belos sambas que vão ao ar das 21h30 às 23h, horário de Sydney (8 às 10h da manhã de terça - horário de Brasília).
Cartola na Vibez só não vai ouvir quem já morreu (ouça).
Estamos em plena Semana Mundial dos Refugiados e hoje, às 20h30, vai ao ar na SBS o primeiro episódio do documentário Go Back To Where You Come, saga de seis australianos comuns que são levados a viver entre (e como) refugiados. Imperdível! Os outros dois episódios serão exibidos amanhã e quinta, no mesmo bat-horário, no mesmo bat-canal.
Para falar sobre a questão dos refugiados, entrevistei o Mestre Roxinho, primeiro mestre de Capoeira Angola a se estabelecer na Austrália. Baiano da Ilha de Veracruz, Roxinho faz um trabalho fantástico com crianças refugiadas e aborígenes através do Projeto Bantu, de sua própria autoria.
O que é o Projeto Bantu?
O Projeto Bantu é um programa social e cultural com crianças e adolescentes que utiliza a tradição da Capoeira Angola para um caminho educacional, social e cultural. Hoje em dia, o formato educacional só contribui para os jovens com um conhecimento formal através dos estudos, e não com outros valores que eram muito comuns na minha época, quando o respeito que se tinha pela professora não vinha apenas pelo poder de penalizar na sala de aula por um erro. Existia uma relação muito próxima entre meus pais e minha professora de uma forma que não é comum hoje. E sem isso a referência fica perdida.
Como funciona o trabalho junto ao Service for the Treatment and Rehabilitation of Torture and Trauma Survivors (STARTTS)?
A parceria com o STARTTS começou em 2006, através de uma aluna minha que trabalhava na organização, a Jeannie. Pra mim foi ótimo porque unia tudo o que era necessário e a proposta de trabalho deles casou com a do projeto. A parceria vem sendo ótima e, sem dúvida, abriu várias portas para o projeto.
Quantas crianças vocês atendem?
Hoje, atendemos em torno de 175 crianças entre 7 escolas e 3 espaços fixos como os STARTTS Carramar e Liverpool, e o Guildford Community Centre.
Qual é a condição física e emocional dessas crianças quando ingressam no projeto?
Olha, na verdade, mesmo eu sabendo do problema que elas têm devido às suas histórias de vida, procuro olhar sempre para elas como um indivíduo normal, mas não ingnorando os seus problemas, já que é fácil percebê-los em suas reações com as outras pessoas.
O que o projeto, através da capoeira, proporciona para a criança em termos de transformação?
O projeto, como já citei, utiliza a tradição da Capoeira Angola como a principal ferramenta, portanto, traz consigo o respeito pelos princípios da tradição na prática dos movimentos, o que faz com que ela aprenda a ocupar o espaço dela sem pisar nos outros. Podemos chamar isso de respeito e educação. Um outro ponto é que trabalho a música, retratamos ali a importância dos instrumentos e com isso elas passam a perceber que a cultura é importante, ou seja, ela passa a se importar mais com a sua própria cultura, sua indentidade. E pra finalizar, a prática do jogo requer calma, respeito e equilíbio emocional e físico. Podemos chamar isso de confiança e controle. Juntando tudo que citei, dá um resumo que chamamos de disciplina, que é o que acredito que proporcionamos a elas.
Parece que o projeto já existia no Brasil com outro nome, é isso mesmo?
O Projeto Bantu nasceu em Salvador, Bahia, em 1998, com o mesmo intuito, trabalhando com crianças e adolescentes em situação de risco, com o nome "Projeto Êre Menino vem Gingar", que significa "Projeto Criança vem Gingar". Êre na língua ioruba quer dizer criança. Em 1999, recebi um convite para levar o projeto para a cidade de Caculé, interior da Bahia, onde fiquei por um ano. Logo depois, segui para a cidade de Lins-SP, onde o projeto realmente se desenvolveu atendendo em torno de 269 crianças nas escolas municipais, chegando a ser incluído na grade curricular do município. Hoje, dois alunos oriundos do projeto trabalham desenvolvendo esta atividade. No período de 1994 a 2000, fiz uma pesquisa sobre minha árvore genealógica para saber de qual parte da África eu vinha, e acabei descobrindo que vinha da região de Luanda, na Angola, oriundo dos povos bantos, que também falam a língua Bantu. Assim, decidi utilizar o nome da minha origem linguística no meu projeto, que já chegou na Austrália com o nome Projeto Bantu.
Por que você escolheu trabalhar com refugiados?
Escolhi na verdade trabalhar com aborígenes e refugiados, porque entendi que eles tinham os mesmos problemas que temos com os jovens no Brasil. Só muda o país e a língua, pois os refugiados possuem traumas por terem sofrido violência física, mental ou sexual, por vários motivos, guerra etc. Os aborígenes têm o mesmo trauma por terem sofrido violência doméstica, física e mental, como também sexual, pelo excesso de uso de álcool e drogas dos seus pais etc. As crianças brasileiras têm traumas por abandono, violência física, mental e sexual, por motivos de álcool e drogas, portanto, trata-se dos mesmos problemas, mas com jovens que moram em outros países e falam outras línguas.
Como vê a questão dos refugiados na Austrália?
Vejo como um problema da desigualdade racial, no Brasil e no mundo. Primeiro, é extremamente necessário passar a entender a questão de uma formas mais governamental, e não pessoal, conservadora, embora os partidos sejam criados por indivíduos. Acredito que necessitamos de um caminho educacional para que o cidadão australiano passe a entender melhor a questão e com isso o governo possa também ver estas pessoas como seres humanos em desvantagem, dando-lhes melhores condicões de vida e direitos. fim
Para conhecer a fundo o projeto e os problemas relacionados, leiam o excelente artigo publicado hoje no On Line Opinion assinado pelo Raphael Brasil (Vibez Brazil e Radio SBS) e pela advogada especializada em direitos humanos Kali Goldstone. Os dois mergulharam de cabeça e trazem vários aspectos. Parabéns para a dupla! Ir para o artigo>>>
Ainda hoje à noite, a partir das 21h30, o mesmo Rapha receberá na Vibez Brazil a DJ Juliana Cesso, o que significa programa especial de vinis. A Juliana tem uma das melhores coleções de LP's nacionais do terceiro continente à sua escolha e é sempre garantia de pérolas. A Vibez vai ao ar às 21h30, na Eastside Jazz (89.7 FM ou clique aqui) e, obviamente, também abordarão a questão.
E antes, às 20h, o Foreign Correspondent, da ABC, exibe programa sobre o Brasil mostrando como o país, marcado por inúmeros problemas, está prestes a se tornar a quinta maior economia do mundo. A dica é do Erick Paixão, patrocinador e agora pauteiro do blog, que me ligou às pressas para eu dividir a dica. Valeu, Erick!
Sempre achei que fôssemos entre 16 e 20 mil, incluindo residentes permanentes, temporários, estudantes, turistas, engenheiros e ilegais, até que uma amiga das antigas garantiu que chegavávamos a 30 mil. Achei muito! Já me falaram também que residentes permanentes não passam de 5 mil.
Acredito que, no total, temos aproximadamente 17.892 (ops, 17.898, já que recentemente chegaram a Gabi, o Francisco, o Jan-Antônio, o Enzo, o Bambam e a Yana), mas o fato é que talvez nem o governo australiano saiba ao certo, no máximo tenha uma boa ideia com base na quantidade de pousos e decolagens aqui na ilha.
Mas isso pode mudar.
Em 9 de agosto, a Austrália fará o Censo 2011, que obrigatoriamente deverá ser respondido por todas as pessoas que se encontrarem no país nesta noite, incluindo quem estiver em hospitais, hotéis, acampando ou mesmo em viagem de negócios de apenas um dia.
Mas porque cargas d'água devemos participar do Censo?
Primeiro porque querendo ou não, somos estatística, vivemos aqui, trabalhamos, estudamos, enfim, independentemente do caso, estamos na Austrália.
Segundo porque pode ser uma boa oportunidade para começarmos a ter um pouco mais de reconhecimento e representatividade, pois comparados a outras nacionalidades, nossa força é pífia.
Por que?
1. Somos em pouco número (será?).
2. Não temos uma comunidade organizada.
Mas como disse acima, isso pode mudar!
Uma vez que soubermos quantos somos e termos ideia do nosso tamanho, isso pode nos dar um impulso em termos de comunidade, ao mesmo tempo em que fortalece a nossa representatividade diante dos governos australiano e brasileiro. E a partir daí, quem sabe a gente possa ser uma comunidade de verdade, unida, coesa, com cada vez mais voz e recebendo mais serviços, fundos e programas.
Temos um núcleo em português na rádio SBS, um programa semanal de música brasileira na Eastside FM, um evento mensal cult de cinema em Melbourne, um festival anual de cinema, outro que marca o Brazilian Day, temos duas revistas, uma escola de capoeira que proporciona visto, outra que alfabetiza crianças em inglês-português, temos brasileiros fazendo gols todo domingo há quase 40 anos, temos um mega carnaval, nomes consagrados da música vindo todo ano, inúmeros talentos seja na música, nas artes em geral e em vários outros setores, já demostramos que somos solidários e fazemos a coisa acontecer quando brasileiros como o Leandro e o Dione precisam, mas ainda podemos muito mais!
Para participar do Censo
Basta preencher o formulário que os funcionários do Censo começarão a distribuir em todas as residências, a partir de 29 de julho. Se preferir, você pode preencher online através do eCensus com o número do seu formulário.
O sistema é fácil, seguro, rápido e mantém todas as informações confidenciais. Se usar o eCensus, os funcionários não voltarão à sua casa. Se preencher os formulários de papel, eles irão coletá-los a partir de 10 de agosto.
Mesmo quem estiver somente de passagem ou indo embora em definitivo, dê essa forcinha para os que ficam. Com raríssimas exceções, nossa imigração pra cá não tem mais de 40 anos, portanto, ainda somos jovens e temos tempo para nos organizarmos e nos tornarmos gente grande na sociedade australiana.
Hoje à noite, estarei na Vibez Brazil, programa de música brasileira, em inglês, na 89.7 Eastside Jazz FM, juntamente com o Rapha para entrevistar o Júlio Araújo, baterista, percussionista, saxofonista, flautista, pianista, enfim, músico na melhor acepção da palavra - sem dúvida, um dos melhores que já conheci.
Sério! E sem exagero!
Nosso comendador, também conhecido pelo trabalho com a banda Vote For Mary, lançará o álbum Júlio Araújo and The Afro-Brazilian Jazz Band, gravado no Brasil no ano passado, durante suas férias. "O álbum-demo foi todo produzido e gravado em um mês. Duas das músicas foram escritas no avião. O legal é que fui pensando nas músicas e voltei ouvindo-as", conta Júlio.
No programa de hoje, além de apresentar cinco das sete faixas do álbum, Júlio também vai tocar os sons que vem o influenciando, falará sobre a gravação, projetos, concepção musical...
"O álbum é basicamente uma mistura das minhas influências musicais. E o mais interessante é o fato dele ter sido gravado com os músicos que eu cresci junto musicalmente e intelectualmente, o que o torna uma expressão muito grande dos meus pensamentos musicais."
O programa vai ao ar nesta terça-feira, às 21h30, na 89.7 FM de Sydney. Caso esteja em qualquer outro lugar do planeta, basta clicar aqui para ouvir (8h30 da manhã de terça no Brasil).
Este sábado, 16 de abril, será extremamente musical. Na verdade, mundialmente musical. Explico em breve...
... pois antes vale a dica para hoje à noite, sexta-feira, já que Fernando Aragones, Sandro Bueno & Shannon Stitt se apresentam a partir das 22h no Sticky Bar, em Surry Hills.
Eu os assisti semana passada e foi sensacional. Além da qualidade musical dos caras que nem preciso dizer, o repertório é de primeira, indo do reggae ao funk, passando por dub, soul e até samba-rock. Detalhe: é grátis! Basta sorrir para o genérico do Lenny Kravitz que cuida da porta e subir, subir, subir... (182 Campbell St).
Já o sábado mundialmente musical começa com o Global Rhythms, festival de world music (detesto esta definição) organizado pela melhor rádio comunitária do terceiro continente à sua escolha, a 89.7 Eastside FM (a mesma da Vibez Brazil), que acontece a partir do meio-dia no Robertson Park, em Watsons Bay (Sydney).
Se der, chegue cedo, pois às 12h40 tem show da The Tango Saloon, banda e-p-e-t-a-c-u-l-a-r (com sotaque) que se auto-define como o encontro entre Astor Piazzolla e Ennio Morricone com um toque macarrônico de música ocidental. E é mesmo!
Para ter uma ideia, entre os integrantes está o multi-banda e multi-instrumentista Marcello Maio (Samba Mundi, Abuka...), arrebentando no acordeon. Mais! Os dois álbuns que lançaram foram gravados pela Ipecac Recordings, pertencente a ninguém menos do que Mike Patton, ex-vocalista do Faith No More que, inclusive, fez participação no segundo álbum.
Astor Piazzolla e Ennio Morricone com um toque macarrônico? Ouça Kiss of Death e você vai entender!
Outra ótima atração é a Mucho Mambo, big band latina com 15 peças (põe metais aí, meu amigo) que a partir das 16h vai incendiar o parque com mambo, jazz, salsa, bolero, cha cha cha e outros ritmos. Sonzeira que tenho certeza agradará a leitora Ana Carolina, que essa semana pediu no post da segunda-feira umas dicas de música e dança latina. Ana, clique aqui para ouvi-los!
Durante a tarde também vai ter show do cantor etíope Dereb The Ambassador (14h20) acompanhado de sua excelente banda, além de alguns dj's da Eastside. Quem não puder ir, pode acompanhar ao vivo sintonizando 89.7 FM em Sydney ou através do site.
Importante: entada grátis e BYO. Portanto, leve a sua cesta de picnic e divirta-se!
E se você é daqueles que tinha (ou ainda tem) o prazer de entrar numa loja de vinil ou cd e ficar horas fuçando, procurando, ouvindo, conversando, pechinchando e, no final das contas, comprando e correndo pra casa para ouvir, não perca neste sábado o Record Store Day, evento que surgiu nos Estados Unidos, em 2007, envolvendo mais de 700 lojas independentes e se espalhou por todo o mundo.
Por aqui, o Record Store Day Australia chega à terceira edição também com o objetivo de dar apoio às lojas locais, àquelas de bairro e escondidas em bibocas que guardam grandes tesouros e novidades recém-saídas da garagem.
Durante todo o dia, centenas de lojas em toda a Austrália receberão bandas, farão promoções, disponibilizarão raridades, distribuirão brindes, enfim, se você gosta de música, clique aqui e procure a mais perto de você.
E caso more nos Estados Unidos, clique no embaixador e ache a sua loja!
Há uns meses, em algum café da Bondi Road, vi a revista pela primeira vez. Colorida, gratuita e com ar anárquico, não resisti e devorei em poucos minutos, dando boas risadas ao longo de 16 páginas de cartuns. Eram todos em inglês e algo me intrigou.
Ao mesmo tempo em que vi personagens e humor bem australianos, em outros os temas eram mais universais e o tipo de piada um pouco mais familiar, o que me levou diretamente ao expediente.
Quando li Director-editor: Marcelo Aveline / Cartoonists: Jon Hawley, Claudio Spritzer, Piti Dutra, Rachel Owen..., veio a certeza de que tinha brasileiro na jogada. Gostei ainda mais!
Não demorou para eu conhecer o Marcelo Aveline, o gaúcho que teve a ideia de combinar cartuns com publicidade em uma revista mensal distribuída em bares, cafés, pubs, cinemas, farmácias, newsagencies e diversos outros lugares dos Eastern Suburbs de Sydney.
E agora, em março, a Tongue n' Cheek acaba de completar um ano de vida e circulação de 15 mil exemplares, trazendo cartuns especiais de aniversário e cornetando as eleições de New South Wales (que sova, Labour Party/Cristina Keneally!), política nacional e carbon tax, entre outros assuntos. Vale a pena dar uma olhada e acompanhá-la!
Ao Marcelo e à Tongue n' Cheek, parabéns pelo primeiro ano. É sempre bacana ver brasileiros se integrando com a cultura australiana através de iniciativas como essa. Ainda mais trabalhando com um craque como o Jon Hawley, ilustrador, cartunista, poeta, apresentador da Eastside FM e agitador cultural dessas bandas.
Vejam este post não como um post, mas como um poste. Entenderam? Nem eu!
A questão é a seguinte, o tempo é curto, os eventos são vários, hoje é sexta-feira e como um diretor de arte preguiçoso já disse que uma imagem vale por mil palavras, seguem alguns cartazes de eventos no melhor estilo poste de rua.
Hoje (sexta à noite)
Amanhã (sábado à noite)
Próxima quinta - Ensaio do bloco com apresentação do samba enredo composto pelo Andrezinho e por este que vos escreve, especialmente para o CarnaCoogee 2011. Afinal, How are you brow? How's going mate? É Carnaval no Coogee Bay!
Não sei como terminará a semana, mas que ela começou totalmente rock n' roll, ah, começou - and I like it!
Depois da volta triunfante de ontem, hoje, logo cedo, fui pra casa do Raphael preparar o set list para o Especial Os Mutantes, que faremos hoje à noite no programa Vibez Brazil, na 89.7 Eastside FM. Bem, na verdade, quem faz é ele e o Mau, vou apenas como convidado e fanfarrão.
Clique na foto para ler o que o Beck acha do som deles.
Sabendo que selecionar de 25 a 30 músicas da banda preferida está entre as tarefas mais árduas do planeta, optamos por começar pelo... começo, na pré-história com o álbum “Tropicalia ou Panis et Circencis”, gravado com Gil, Caetano, Gal, Tom Zé e cia em 1968. Seguimos pelo "Os Mutantes", do mesmo ano, e fomos cronologicamente até “Haih or Amortecedor”, de 2009, passando por todos os álbuns. Resultado: ao término da primeira seleção, tínhamos 59 música. Problema sério para um programa de uma hora e meia.
Com peixeira e facão na mão, fizemos uma segunda audição e aliviamos bem a carga. Cortamos 2 canções, o que nos deixou com 57. Na terceira, baixamos para 51 músicas, na quarta voltou para 61, na quinta foi para 47, na sexta 31, até que fechamos com 25, mas rapidamente subiu para 28. Batemos o martelo em 27, número cabalístico que deverá sofrer alguns ajustes durante o programa.
Portanto, se você gosta dos Mutantes, ouça que vai ser memorável. Se você conhece umas três músicas, como por exemplo "Balada do Louco", "Ando Meio Desligado" e "Panis et Circencis", essa é a chance de ouvir mais e talvez tomar a decisão de realmente comprar o seu ingresso para o show. Se você não conhece nada, mas tem curiosidade de saber do que se trata, é só colar o ouvido no radinho ou na internê. E caso não goste ou não dá a mínima, estamos de mal.
O programa vai ao ar na 89.7 Eastside FM, das 21h30 às 23h, horário de Sydney. No Brasil, das 8h30 às 10h da manhã desta terça-feira, horário de Brasília. Para ouvir, basta clicar neste link: http://eastsidefm.org/listen-online/.
Veja também as datas dos shows e onde comprar os ingressos:
6 de março Perth International Arts Festival perthfestival.com.au
9 de março Sydney - Enmore Theatre ticketek.com
11 de março Melbourne - The Forum ticketek.com
12 de março Meredith - Golden Plain Festival 2011.goldenplains.com.au/ticket-info
13 ou 14 de março Adelaide - WOMADelaide womad.org/festivals/womadelaide/
Desde que me conheço por gente, amo música. Primeiro porque está no sangue. O irmão do meu bisavô, por exemplo, era o grande Joubert de Carvalho, autor de, entre outras, "Taí" (aquela mesma, Taí / Eu fiz tudo pra você gostar de mim / Ó, meu bem / Não faz assim comigo, não / Você tem / Você tem / Que me dar seu coração).
Do meu bisavô, Leônidas de Carvalho, herdei um piano. Tive aulas, mas disciplina para terminar algo não fazia parte do meu dicionário na infância, o que fez dos meus dois irmãos mais velhos donos do instrumento por uso capião.
Fabian, o primogênito, tinha talento nato, tirava tudo de ouvido, mas como andou durante anos no, digamos, dark side of the moon, não continuou (hoje está no white side). Já Christian, o irmão do meio, também muito talentoso e com as raras qualidades da dedicação, paciência e do foco, tornou-se um estudioso do assunto e, consequentemente, um grande tecladista. Ambos, com suas incríveis coleções de vinis, k7s e fitas vhs, não só foram responsáveis por 80% da minha iniciação musical, como também me expuseram diretamente à música.
Durante o colegial, no final dos anos 80, Christian estudava na mesma classe de Tom Saboia, guitarrista com exímio talento e um ouvido monstruoso. Os dois montaram uma banda nos corredores da Escola Nossa Senhora das Graças, em São Paulo, e eu tinha o privilégio de ouvi-los tocar petardos do Van Halen, Rush e Marillion em casa e de ver alguns ensaios no estúdio que pertencia à mãe do Tom. Estar num estúdio de verdade com doze anos era o máximo! Os dois chegaram a ir para os Estados Unidos, tiveram uma banda que fez relativo sucesso, lançaram dois álbuns e cada um seguiu o seu caminho.
Tom continuou tocando guitarra e compondo, se tornou produtor, engenheiro de gravação e mixagem, professor e escritor, lançando dois livros relacionados à música. O ponto alto da carreira aconteceu entre 2008 e 2009, quando produziu 7 Vezes do O Rappa, álbum que vendeu mais de 100 mil cópias e lhe rendeu um disco de ouro.
Semana passada, Tom lançou o álbum Gold, fruto de seu mais recente trabalho, Dee and Us, parceria com a cantora Mariana Dias. E hoje à noite, no programa Vibez Brazil, que vai ao ar das 21h30 às 23h, na 89.7 Eastside FM, a dupla Mau e Rapha tocará uma das faixas com total exclusividade (a partir das 8 horas da manhã da terça no Brasil). O que é a tecnologia!
Eu tenho ouvido no site do Dee and Us, que disponibilizou todas as faixas para serem escutadas gratuitamente e compradas, e gosto cada vez mais. Claro, sou suspeito, pois há duas décadas Tom é uma espécie de guitar-hero pra mim. Mas que é um som muito prazeroso, musicalmente rico ao mesmo tempo em que é simples, e com uma sonoridade absolutamente universal que poderia ter sido criada tanto em North Bondi quanto em São Paulo, não tenho dúvida. E a voz da Mariana, sem comentários...
1. O prazo para enviar os trabalhos para a Mostra da Primavera termina neste domingo, 31 de outubro. Portanto, corra! Se você não faz ideia do que estou falando, clique na imagem abaixo.
2. Daqui a pouco, a partir das 19h, tem reggae em Bondi Junction, na faixa, com a banda Caribbean Soul (aqueles tiozões que tocam na City). A festa faz parte do projeto Tropical Heat, da Ozzy Study Brazil com a Fibra Entertainment, e estreou com tudo na semana passada. Hoje, com esse final de tarde com cara de verão, promete!
3. Se você não for no reggae, entre às 21h30 e 23h, sintonize na Eastside FM (89.7 em Sydney) ou neste link para ouvir a Vibez Brazil, programa que, cada vez mais, é o refúgio da boa música brasileira. Mau and Rapha rules!!!
A I Mostra Virtual de Brasileiros (e entusiastas da nossa cultura) na Austrália está tomando proporções bem maiores do que a imaginada.
De fato, ela não ficará só no blog e vai para algum lugar de Sydney, onde organizaremos uma mostra coletiva real. Ainda precisamos definir o espaço, mas é quase 100% de certeza que será em novembro (hoje encontra-se em 94.7% de certeza).
Com isso, o prazo inicial para o envio dos trabalhos, que seria no próximo dia 26 de setembro, está oficialmente adiado para 31 de outubro. Assim, vocês ganham mais tempo para criar e a gente para organizar.
Estou escrevendo no plural e não no singular pois obviamente não estou sozinho, mas trabalhando juntamente com o Rapha e o Mau, da Vibez Brazil, e o Júlio, nosso diretor musical, o cara que compôs o tema oficial da Mostra. Primavera Australia by Júlio Araújo
Por favor, espalhem a notícia, mandem os trabalhos no prazo e, assim que fecharmos data e local, daremos os detalhes de como a coisa funcionará.
Qualquer dúvida de como enviar o trabalho, formato ou seja lá o que for, escrevam diretamente pra mim no pablonacer@terra.com.br.
Atenção para o prazo de entrega dos trabalhos, que foi adiado para 31 de outubro, uma vez que a Mostra Virtual vai para o Real. Isso mesmo! Saiba mais.
Finalmente o inverno mais frio dos últimos 25 anos terminou. Bem, pelo menos em tese, já que na Austrália a primavera começa em primeiro de setembro, e não lá pelo dia 23, como ocorre no Brasil. Melhor para nós que, ao menos psicologicamente, já começamos a viver a nova estação.
Para celebrar que daqui pra frente o clima só vai melhorar, nada como juntar um monte de brasileiros e alguns estrangeiros entusiastas da nossa cultura e entrarmos com tudo na nova estação. Eis o plano: Primavera Australia by Júlio Araujo
Temos brasileiros de muito talento aqui na Austrália, em diferentes áreas culturais, e sei da luta que é para cada um mostrar o seu trabalho e tentar viver disso, já que o apoio é praticamente zero.
Há pouco mais de um mês, fizemos uma exposição de fotos no blog sobre o tema "Inverno em Sydney" e o retorno foi fantástico (veja aqui). Agora a ideia é ir além das fotos e, talvez, do virtual.
Vamos fazer a I Mostra Virtual de Brasileiros (e entusiastas da nossa cultura) na Austrália. O nome pode parecer pretencioso, mas é o que melhor resume. O tema será Primavera na Austrália e, dentro disso, cada um, de qualquer lugar do país, poderá fazer o que bem entender para publicarmos num grande post aqui no blog.
Por ora, já temos confirmados:
- Música-tema - Fotos - Vídeo - Receita gastronômica - Indicação de vinhos - Um programa inteiro da Vibez Brazil (Eastside FM) dedicado ao tema - Cartoon
Também gostaríamos que tivessem:
- Textos - Poemas - Pinturas - Ilustrações - Artes gráficas e digitais - Além, é claro, de mais fotos, vídeos, músicas, receitas e o que mais queiserem fazer relacionados ao tema.
Após a publicação no blog, existe a possibilidade de levarmos tudo para um lugar e fazermos uma espécie de "coletiva" com música, exposição, exibição, degustação de vinho e o que mais tiver. Seria o embrião de um projeto um pouco mais ambicioso, que ainda estamos trabalhando para que realmente possa acontecer.
Mas por ora, focaremos no que é possível para publicarmos no blog. Portanto, é preciso ter isso em mente na hora de criar a sua peça, arte ou seja lá o que for.
O novo prazo para enviarem é 31 de outubro. E, por favor, ao anexar, escreva algo no corpo do email, caso contrário vou achar que é vírus e não abrirei. Trabalhos para pablonacer@terra.com.br.
E para vocês verem que a coisa é realmente pra valer, a foto de cima são flores comestíveis que usamos para uma receita especialmente desenvolvida para o projeto, enquanto a música Primavera Australia, também acima, foi composta e gravada por Júlio Araujo com participação de Armando Manduka (ambos do Vote For Mary) no violão, também para o projeto!
Quem está dentro?
** The new deadline is October 17.
ENGLISH VERSION
There are many, extremely talented Brazilians in Australia, who manifest themselves in different cultural arenas, and we are fully aware of the hardships of trying to get your work seen and making a living from it, since the support is practically null.
About a month ago, we had a photo expo about Winter in Sydney here on the blog, and the amount of contributions was fantastic. Now, the idea is to go beyond the pictures, and possibly, the virtual realm.
We’re going to organize the First Virtual Expo of Brazilians (and Brazilian culture enthusiasts) in Australia. The theme: Spring in Australia. Within that concept, anyone, from any part of the country, can enter their works to be published on a big post here on the blog.
For now, we have the following confirmed: - Theme song - Photos - Video - Gastronomical recipes - Wine recommendations - A whole Vibez Brazil show (Eastside Radio) dedicated to the theme - Comics - Fashion
We’d also like to add: - Short stories - Poems - Paintings - Illustrations - Graphic and digital art - And of course, more photos, videos, songs, recipes, and anything else related to Spring in Australia.
After all these works get put up on the blog, there is the possibility of taking it all to a “real” location, and holding a sort of multimedia expo, including music, exhibitions, wine-tasting and whatever else comes our way. It would be the embryo of a much bigger project, which we’re working hard to make happen.
But for now, we’ll focus on whatever can be posted to the blog. That’s, actually, the first thing to keep in mind when creating whatever artwork you’re considering.
The new deadline for submissions is October 31. When submitting please write something relevant in the title, otherwise I’ll think it’s a virus, and will delete it. Send submissions to pablonacer@terra.com.br.
And just to make sure you all understand this is for real, the photo above is of edible flowers, made from a recipe specifically developed for this project, and the above song: Primavera Australia was composed and recorded by Julio Araújo with Armando Manduka on guitar (both from the band: Vote for Mary).
Sábado passado, Caetano Veloso completou 68 primaveras. Portanto, antes de mais nada, Happy Birthday Caê (no caso da foto abaixo, parabéns irmão de Betânia)!
Mau Buchler, que não faz a menor ideia porque tanta gente ama Caetano Veloso e porque ele é um dos grandes nomes da música brasileira, juntamente com Rapha Brasil, que sabe muito bem porque tanta gente ama Caetano Veloso e porque ele é um dos grandes nomes da música brasileira, ambos da Vibez Brazil, dedicarão o programa de amanhã ao cantor e compositor.
E para dar uma reforçada na trilha sonora, eles convidaram Juliana Cesso, a DJ que mais toca vinil de música brasileira na Austrália (e irmã da Tati Cesso), e eu, que sou uma espécie de filho astrológico de Caetano Veloso.
É verdade! Para saber o motivo, histórias de Caê e, principalmente, ouvir muita música (da pré-seleção de 52 faixas já chegamos a 48, falta cortarmos mais 23), ouça a Vibez Brazil nesta terça, das 21h30 às 23h na Austrália (8h30 às 10h da manhã de terça no Brasil). O programa vai ao ar na 89.7 Eastside Jazz FM de Sydney e pode ser ouvido aqui.
Enquanto Caê não chega, seguem dois curtos vídeos que Mau & Rapha fizeram há duas semanas na minha Melbourne, quando participaram do Samba Cine Club.