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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Senna estreia na Austrália

Tan-Tan-Tan

Pegou o Tan-Tan-Tan? Caso não tenha, vai uma dica: tom C.

C G F C G F
e|--3-3--3--3-3--1--3-3--3--3-3--1--|
B|--5-5--3--3-3--1--5-5--3--3-3--1--|
G|--5-5--4--4-4--2--5-5--4--4-4--2--|
D|--5-5--5--5-5--3--5-5--5--5-5--3--|
A|----------------------------------|
E|----------------------------------|


Sim, meus amigos, estou falando do que ficou conhecido como Tema da Vitória, música composta pelo maestro Eduardo Souto Neto e gravada em 1981 pelo nada saudoso Roupa Nova que, a partir de 1983, passou a ser usada pela Rede Globo como trilha sonora das vitórias na Fórmula 1.

Ou seja, quem achava que a música nascera para o Senna, estava redondamente enganado, pois inicialmente era igual a Parabéns pra Você, tocava pra todo mundo, incluindo Alain Prost, o professor, e Nigel Mansell, o leão.

A música só passou a ser exclusiva das vitórias brasileiras em 1986, com o título mundial do piloto... Nelson Piquet. E nos anos seguintes, com o tricampeonato de Ayrton Senna em 1988, 1990 e 1991, a morte do piloto em maio de 1994, a conquista do tetra da seleção brasileira em julho e o desespero do Galvão Bueno, a chanson ficou eternizada com o Senna.


Fiz essa pequena justiça histórica porque hoje estreia na Austrália Senna, documentário de uma hora e meia que conta a trajetória do piloto. Dirigido por Asif Kapadia, contratado propositalmente pelos produtores por não saber nada sobre Ayrton Senna e Fórmula 1 (a intenção era uma visão imparcial), o filme conta com os avais da família do piloto e da própria Formula One Management, garantias de muitas imagens inéditas.

Senna foi lançado no Sundance Film Festival, neste ano, e ganhou o prêmio de Melhor Documentário segundo o Júri Popular. Por aqui, foi exibido pela primeira vez em junho, no fechamento do Sydney Film Festival, e agora entra no circuito comercial. Para saber onde assistir, confira o guia da sua cidade. Mas antes, veja o trailer (e leia a pérola um pouco mais abaixo).


A pérola: no review do filme publicado no Brisbane Times, Toby Hagon escreve "Much of the commentary is in Brazilian, but the sub-titles do nothing to detract from the engagement."

Well done mate, and yes, Senna was born in Sao Paulo, Brazil's capital city.



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terça-feira, 22 de março de 2011

Rubens Barrichello preso na Argentina



A temporada 2011 de Fórmula 1 começa neste domingo, na Austrália, mas para o brasileiro Rubinho Barrichello a corrida já começou.

Na verdade, a corrida para chegar em Melbourne, já que neste exato momento ele está preso no aeroporto de Buenos Aires. Esta é a primeira mensagem que o orgulho do Colégio Elvira Brandão postou há menos de uma hora, no Twitter:

Aerporto da Argentina fechado por 48hs.Caos total e eu preciso ir pra Australia.#SOS. Ninguem sabe o q aconteceu...

Poliglota, esta veio dois minutos depois:

Argentina airport has closed it down. No news and I need to get to Australia.Any ideas



Obviamente, choveram ideias para o piloto, que passou a considerar a seguinte hipótese:

Valeu pelas opcoes galera. Acho q vou pegar o barco para Montevideo e de la um aviao pro Chile...

O referido barco é a ferry que diariamente atravessa o Rio de la Plata ligando Buenos Aires a Montevidéu. Pelo que me lembro, são duas opções, uma que leva umas duas horas, algo assim, e outra que chega em pouco mais de meia-hora. Como nunca fiz esse caminho sem, digamos, estar devidamente calibrado com Quilmes, Norteña, Patricia, Malbec ou Tannat, sinceramente não me recordo exatamente do tempo.

Fanfarrices etílicas à parte, sei quem é a responsável pelo caos aéreo da Argentina: minha irmã Paloma!

Sim, meus amigos, ela rezou tanto para fazer o caminho inverso no último domingo, já que estava sozinha com os meus sobrinhos de dois anos e meio (ou seja, sem o marido ou ninguém para ajudá-la), que acabou mobilizando todos os anjos, santos, ajudantes do Papai Noel e demais seres celestiais.



Para quem vinha acompanhando a epopeia dela via Facebook, informo que todos chegaram bem em São Paulo. Mas, claro, foi na base da medicina. Cinco gotinhas mágicas de sei lá o quê para o Patrick e cinco para a Georgia, ainda em Sydney. Tranquilidade total até a Nova Zelândia. Cruzando o Pacífico, enquanto a Georgia ficava naquele estado on/off, "Little Man" recebeu mais algumas gotinhas mágicas e dormiu como um verdadeiro princeso.

Renata e Carla Barrichello, perdão por termos mobilizado toda a paróquia aérea. Agora é a vez de vocês!

Minha única dúvida é saber por que o Rubinho, que ano que vem tem cadeira cativa na nave espacial do Richard Branson, viria para a Austrália de Aerolíneas Argentinas? De qualquer maneira, vai almoçar pollo o carne, Rubens?

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Direto da redação

Como está tudo acontecendo ao mesmo tempo e nos próximos dias, vamos manchetando as penúltimas que chegam à redação:



Começando pelo extremo norte da Austrália, mais precisamente em Milingimbi Island, cerca de 400km a leste de Darwin, onde um menino de 14 anos está desaparecido desde a manhã de domingo, sendo que o principal suspeito é um crocodilo, o Hebert (foto acima). Levando em consideração que os crocodilos de água salgada daquela região chegam a seis metros de comprimento, as autoridades locais não têm muita esperança de encontrá-lo vivo.

Ainda em Northern Territory, ontem, às 21:59:35, um terremoto de 4.7 de magnitude sacudiu o Outback, num ponto a 334 km a nordeste de Alice Springs. Para ser mais exato, em 21.069°S, 135.432°E.

No esporte, com o cancelamento do GP de Fórmula 1 que aconteceria em 13 de março, no Bahrein, em virtude da instabilidade política vivida pelo país, a abertura da temporada 2011 passa a ser na Austrália, com o GP em Melbourne no dia 27 de março.



A partir de hoje à noite, a Tropical Heat, reggae que a Fibra Entertainment e a Ozzy Study Brazil faziam no Cock n' Bull, toda terça-feira, passa a ser na The Eastern, também ali em Bondi Junction. A entrada continua grátis, no palco Ziggy and Wild Drums e Caribbean Soul mantêm-se revezando e cerveja custará $4 a noite inteira, a diferença é que agora a regueira vai até de madrugada.



Já que o assunto é carnaval, na sexta-feira, em Melbourne, a amiga Juliana Frantz junta o útil ao agradável começando a temporada 2011 do Samba Cine Club com a festa de carnaval mais cool de Melba. Entre as atrações, dj's, bandas ao vivo tocando marchinhas e sambas, entre outros, comes e bebes, concurso de fantasia que vai premiar o vencedor com um par de ingressos para o show dos Mutantes, além, é claro, exibição de curtas-metragem sobre carnaval. Entrada $5 para quem for fantasiado e $10 para quem for sem fantasia. Infos>>>



Também na sexta, o Costa Rae se apresenta no 505 (280 Cleveland St), em Surry Hills. Para quem não sabe, o Costa Rae, ex-Dubbly, é a banda do Fernando Aragones, também conhecido pelos trabalhos solo e com o Toca Jorge. Com uma pegada bem setentista, o Costa Rae traz uma sonoridade californiana juntando com a cultura de praia da Austrália atual. Som de primeira! Ouvir>>>



Sábado e domingo, o Hyde Park South vai receber cerca de 90 vinícolas de 14 diferentes regiões de New South Wales, em uma espécie de Walt Disney para adultos fanfarrões. Trata-se do NWS Wine Festival, o maior festival de vinho de Sydney. Entrada grátis! Infos>>>



Já o segundo ensaio do BlóCoogeeLoko, que seria na quinta, no Coogee Bay Hotel, foi transferido para o domingo, no mesmo lugar, só que a partir das 18h. A bateria ainda está sendo formada para o CarnaCoogee 2011, portanto, se você quer fazer parte, é só colar lá. A entrada é grátis! Para conhecer o samba enredo que compus juntamente com o Andrezinho, especialmente para o bloco, clique aqui! E de lá, a caravana do reggae segue para a Home, em Darling Harbour, onde acontece o primeiro show do Planta & Raiz na Austrália (vide abaixo).



Fechando esta semana e abrindo a próxima, a banda paulistana de reggae Planta & Raiz faz duas apresentações na Austrália. Domingo, dia 27, na Home Nightclub, em Sydney, e na segunda, dia 28, no Coolangatta Hotel, na Gold Coast (este com show de abertura do Ziggy and Wild Drums). Ingressos à venda na Ozzy Study Brazil.

domingo, 30 de maio de 2010

Dois adversários, um vizinho, uma pole e um penetra

Pela terceira vez consecutiva, Mark Webber vai largar na pole position. Sim, Red Bull dá asas e o o australiano está voando. Não duvido que seja a primeira vez na história que um aussie faz três poles seguidas. Pesquisarei! E não vou duvidar se, caso ele ganhe o GP da Turquia hoje à noite, também seja a primeira vez que um australiano vença três corridas na sequência.



O homem é o líder da temporada com 78 pontos. Em segundo vem o alemão Sebastian Vettel (78), em terceiro o espanhol Fernando Alonso (75) e em quarto o britânico Jenson Button (70).

Grid do GP da Turquia
1º Mark Webber (AUS/Red Bull)
2º Lewis Hamilton (ING/McLaren)
3º Sebastian Vettel (ALE/Red Bull)
4º Jenson Button (ING/McLaren)
5º Michael Schumacher (ALE/Mercedes)
8º Felipe Massa (BRA/Ferrari)
15º Rubens Barrichello (BRA/Williams)
22º Bruno Senna (BRA/Hispania)



Duas adversárias da Austrália na primeira fase da Copa do Mundo entraram em campo agora a pouco. A primeira foi a Sérvia, que recebeu a nossa vizinha Nova Zelândia e foi derrotada por 1 a 0.

Sim! Os mesmos kiwis que perderam injustamente para a Austrália na semana passada, venceu o último adversário dos Socceroos no grupo D na casa deles. O gol foi marcado pelo atacante Shane Smeltz, do Gold Coast United. A Nova Zelândia está no grupo F, ao lado de Itália, Paraguai e Eslováquia, e começo a achar que os All White podem surpreender e passar para a segunda fase.



A Alemanha, o primeiro adversário da Austrália na Copa do Mundo, acaba de vencer a Hungria, na casa deles, por 3 a 0, com gols de Podolski, Mario Gómez (sem alusões ao Luca de Verede Tropical) e ele mesmo, Cacau, o brasileiro naturalizado alemão que entrou no segundo tempo e deu mais um passo para se garantir entre os 23 que disputarão o mundial. Aliás, de alemão, o nosso glorioso Claudemir Jerônimo Barretto (foto acima) só tem o passaporte!




Em memória

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Luto, uma vitória, uma derrota e o Ganso de Chuquinha

Estou de luto!



Começar a semana recebendo a notícia de que Ronnie James Dio, um dos papas do Heavy Metal, passou dessa para uma melhor, é triste. Mas faz parte da vida. Resta saber para onde ele foi: Heaven or Hell?

Tenho certeza de que para o lugar mais infernalmente musical do Céu. Felizmente tive a chance de assistir a dois grandes shows em SP, um solo e outro com o Deep Purple. Gênio! Três "Enter´s" em homenagem.

ENTER
ENTER
ENTER

A vitória fica por conta do nosso Mark Webber, o primeiro australiano a vencer o GP de Mônaco desde 1951, e o primeiro aussie a liderar o mundial de Fórmula 1 desde Alan Jones, em 1981. Se ele tem bala pra conquistar o título da temporada, difícil dizer, mas impossível não é. Seria Mark Webber (os sapos adoram pronunciar o nome dele: U-ééé-ber! U-ééé-ber) o Jessico das pistas?



A derrota fica para o nosso escrete de cricket, que tomou um vareio da arqui-rival Inglaterra na final do Twenty20Twenty World Cup, em Barbados, confirmando a freguesia para a matriz nos últimos anos.

E hoje à noite sai a convocação mais aguardada. Não estou falando da seleção australiana de futebol para a Copa do Mundo, mas do time de New South Wales que disputará o State of Origin de Rugby League contra Queensland, o confronto mais esperado do primeiro semestre.

A grande expectativa é pela convocação de Jamal Idris, o maior homem da Terra, como é chamado, o popular Chuquinha. O cara, uma jamanta, é uma espécie de Ganso (o do Santos, não o primo do pato). Está jogando muito, é um atleta diferenciado, mas é novo (19 anos) e tem pouca experiência.

A dúvida: leva para esquentar o banco, ganhar cancha, talvez entrar e até fazer um grande jogo, ou chama alguém mais experimentado? Até a hora da convocação, nos dias seguintes e após o jogo, só vão falar nisso. Dunga que o diga!

sábado, 22 de agosto de 2009

All Blacks - Post para o cunhado

Este post foi especialmente feito para o meu cunhado Rob, que está de férias no Brasil com a minha irmã e os gêmeos, e, por sorte, não viu nada o que aconteceu por aqui. Mas eu vou contar!

Rob, final de semana esportivo literalmente negro para a Austrália. A lambança começou ontem, com a derrota do mala do Lleyton Hewitt para o Federer por 2 a 0 (6-3 6-4), pelas quartas do Cincinnati Masters. Essa foi a 13ª derrota consecutiva do australiano para o suíço. Muito gritinho de come on pra pouco tênis.



Ainda ontem, na Inglaterra, em jogo válido pelo 5º e último Test do Ashes 2009, cricket, a Austrália iniciou bem a segunda entrada, o jogo estava aparentemente sob controle com 70 e poucas corridas e nenhum eliminado, até que o tal do Stuart Broad começou a derrubar tudo quanto é wicket, detonar os rebatedores e, numa sova histórica, fechou a entrada com 10 wickets em apenas 312 bolas. SO-VA!



E agora a pouco, direto do Estádio Olímpico, em Sydney, a Austrália perdeu para os All Blacks, nos minutos finais, por 19 a 18. Este é o jogo de maior rivalidade do Rugby Union, uma espécie de Brasil x Argentina, e com a derrota, os Wallabies, como são conhecidos os australianos, não têm mais chances no Tri-Nations deste ano. O título ficará entre Nova Zelândia e África do Sul.



Bem, Rob, vou dormir pois aqui já é tarde. No momento, o placar no cricket é 5/168 para a Inglaterra, que lidera com 340.

Para quem não acompanha o esporte, sei que este placar não quer dizer absolutamente nada, mas em bom português significa que, pelo andar da carruagem, a coisa está tão feia, mas tão feia, que como a última esperança para salvar o final de semana é o Mark Webber na Fórmula-1, vai dar Rubinho!



Have a good day mate!

sábado, 18 de julho de 2009

Vira casaca no Tour de France

Depois de Mark Webber, piloto australiano de Fórmula 1 que fez história no domingo passado, agora foi a vez do ciclista Heinrich Haussler, vencedor da etapa 13 do Tour de France.



O cara, nascido aqui no estado de New South Wales filho de pai alemão e mãe australiana, na verdade defende as cores da Alemanha, onde mora desde os 14 anos. Porém, já avisou que em 2010 passará a pedalar pela Austrália (o que em bom português chamamos de “vira casaca”).

Problemas do Departamento de Imigração à parte, o fato é que Haussler foi o primeiro nos 200 km de Vittel a Colmar, e chorou um bocado na chegada, provando que ele, definitivamente, é muito mais australiano do que alemão.



Importantíssimo: Colmar é a cidade natal de Auguste Bartholdi, o criador da Estátua da Liberdade (aquela grande, da tocha, que fica numa ilhota).



Haussler, que se mudou para a Alemanha justamente para se dedicar ao ciclismo, está em 83o na colocação geral. Cadel Evans, 17o, é o australiano – 100% australiano – melhor colocado.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Mark "Uéh-ber" fez história


Alan Jones foi o primeiro e único australiano a vencer uma temporada da Fórmula 1. Isso aconteceu em 1980. E até ontem à noite, ele mantinha a escrita de ter sido o último piloto australiano a vencer um GP, quando conquistou o de Las Vegas em 1981.



Mas ontem, Mark Webber (eu gostaria de ouvir um sapo pronunciar o sobrenome dele: uéh-ber) acabou com 27 anos de espera. Correndo na Alemanha o seu GP de número 130, em seu oitavo ano na categoria, Uéh-ber (como diria o sapo) terminou na frente pela primeira vez e comemorou como poucos, ainda na pista, conforme ouvimos pela televisão. Foi até emocionante.

De quebra, assumiu a terceira posição na classificação geral com 45.5 pontos (como parei de acompanhar F1 quando o Mansell saiu, não entendo o meio ponto), ficando atrás do líder Jenson Button (68 pontos) e do seu companheiro de Red Bull Sebastian Vettel (47), e à frente do nosso glorioso Rubens Barrichello (44), que chegou a liderar a prova, mas depois... bem, vocês sabem.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

O alquimista princesando em Melbourne



E não é que o alquimista tentou fazer princesice aqui na Austrália? É verdade! Sir Richard Branson, o dono da Virgin, o homem de 6 bilhões de dólares, conhecido por transformar tudo o que toca em ouro, tentou “dourar” a modelo (e provavelmente atriz) de 24 anos Jessica Michibata.

Há pouco menos de um mês, no badalado restaurante Nobu, em Melbourne, horas antes de anunciar que a Virgin patrocinaria a equipe Brawn GP na temporada 2009 de Fórmula 1, Branson, com algumas champagnes na cabeça, tentou se engraçar com a modelo, namorada de Jenson Button, piloto número 1 da equipe.



Button, claro, não gostou e foi tirar satisfação. Apesar da confusão, Branson acabou não princesando com a modelo e ainda anunciou o patrocínio.

Resultado: Jessica Michibata ainda é uma mera (e bela) modelo de lingerie, enquanto a equipe patrocinada pelo bilionário lidera o campeonato com duas vitórias de Button, incluindo uma dobradinho em Melbourne que teve até Rubinho Barrichello na segunda posição. Isso mesmo, Ru-bens-Bar-ri-chel-lo no pódio! O homem é ou não é um alquimista?

domingo, 29 de março de 2009

Apagão de 1 bilhão



Ontem à noite, ficamos no escuro. Das 20h30 às 21h30 (horário local), até mesmo nossa gloriosa Harbour Bridge e a emblemática Opera House apagaram as luzes. Mas ao contrário do que aconteceu no Brasil há uns doze anos, quando tivemos aquele vergonhoso apagão, este foi por uma boa causa.



Participamos do Earth Hour, evento que começou aqui mesmo em Sydney, em 2007, com cerca de 2.2 milhões de pessoas apagando as luzes durante uma hora. Hoje, na terceira edição, a iniciativa se tornou um evento global com participação de 1 bilhão de pessoas em mais de 80 países (tipo Tang).

Para se ter uma idéia, ícones como a Torre Eiffel, o Vaticano, o estádio olímpico de Beijin e as pirâmides de Giza também ficaram no escuro. Não sei se no Brasil grandes monumentos como o Borba Gato – o nosso Colosso de Rodes – por exemplo, aderiu, mas deveriam. A idéia do Earth Hour não é economizar energia, mas conscientizar as pessoas sobre as mudanças climáticas do planeta.



A única coisa que me preocupa é o fato de Melbourne ter participado. Como todos sabem, daqui a pouco será aberta a temporada 2009 da Fórmula 1, com o Rubinho largando na segunda posição, e o Massa na sétima. Conhecendo as duas feras, a chance de um apagão brasileiro no circuito de Albert Park, é muito grande. Principalmente se estiverem na frente.







quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Comédia verde e amarela em alta velocidade

Final de semana passado, graças ao novo brinquedinho de um sheik da real família do Dubai, o domingão da brasileirada foi divertido. Fomos em mais ou menos 30 pessoas (98.7% brasileiros) assistir ao Grande Prêmio de uma categoria que até então nunca ouvira falar, uma espécie de genérico da Fórmula 1 com carros muito semelhantes, pilotos não muito conhecidos e bilhões de petro-dólares investidos.

Trata-se da A1, petro-autorama criado no ano passado pelo sheik Maktoum Hasher Maktoum Al Maktoum, que já foi aprovada pela FIA e tem a pretensão de rivalizar com a Fórmula 1. Não estou entre os maiores apreciadores de carros e corridas, mas dois aspectos me chamaram a atenção nesta categoria:



1. Os carros correm com os chassis, motores e pneus dos mesmos fornecedores, o que aumenta o equilíbrio na competição.

2. As equipes são, na verdade, 23 franquias vendidas por Sua Majestade, o sheik. E cada uma delas representa um país. Ou seja, na A1 não tem Ferrari, McLaren ou Gurgel, mas Brasil, Itália, Austrália e assim por diante. Uma espécie de Copa do Mundo automobolística, com os carros correndo com a cores do país, pilotos e mecânicos de mesma nacionalidade, enfim... O Galvão Bueno não pode saber disso!

Bem, como o treino que definiria o grid de largada começaria às 11 da manhã, marcamos de sair às 9h30 de Bondi Junction, onde um ônibus estaria nos esperando. Perceberam a encrenca? Domingo, 9h30 da matina, ônibus para sair com 3 dúzias de brasileiros... É óbvio que às 11 e pouco a barca ainda estava lá, parada, uma vez que ainda tinha gente chegando. Mas sabem como é, penca de brasileiros juntos, domingo chuvoso por aqui, sábado de Carnaval no Brasil, e assim, em poucos minutos, o pessoal da Capoeira Brasil, um grupo bastante conhecido por estas bandas, sacou um surdão, uma caixa, mais alguns instrumentos e fizeram um rápido “ensaio técnico” antes da partida. Era apenas o começo da aventura.



O autódromo de Eastern Creek fica longe pra caramba. Aqui, quando alguém fala que o lugar é longe, acreditem. Em condições normais, o tempo médio é de 50 minutos. Mas como estamos falando de domingo chuvoso, dúzias de brasileiros e um motorista figuraça que, além de ter tido seus 15 minutos de fama durante as Olimpíadas de Sydney ao aparecer chacoalhando a caixa torácica para bilhões de espectadores em todo o mundo, não sabia o caminho. E, claro, o pessoal do ônibus tão pouco, apesar de que todos borrifavam “esquerda”, “direita”, “entra aí” e “não é essa” com absoluta “popriedade”. Não sei como, mas debaixo de um pé d´água colossal, muito barro no pé e lama no tornozelo, chegamos no autódromo.


Samuel, nosso motorista

Logo que nos instalamos na arquibancada e o pessoal começou a fazer um sonzinho, as figuraças começaram a aparecer. Primeiro foi a versão aussie da Vovó Mafalda, que logo caiu no samba.



Depois foi um Robert que fazia “evoluções” com um chapéu. Era o típico cara que se estivesse num estádio de futebol na Inglaterra, invadiria o campo pelado.



A festa foi esquentando e o pessoal chegando. Os torcedores indianos, que estavam em massa, nem se importaram de "sambar" ao lado dos vizinhos do Paquistão, inimigos na Caxemira, mas que na Austrália e no meio de um monte de brasileiros viram irmãos.



A sonzeira logo chamou a atenção do autódromo inteiro, incluindo os pilotos brasileiros que apareceram para agradecer o apoio. O pessoal dos camarotes também foram até as sacadas para ver e tirar umas chapas, fotógrafos e cinegrafistas vieram fazer umas imagens, enfim, só faltou o Mestre dos Magos aparecer (ops, ele apareceu!).



Virou Carnaval!



Faltando uns vinte minutos para o início da corrida, a batucada deu uma trégua e um inesperado congestionamento de Ferraris chamou a atenção na pista.



Obviamente, em poucos segundos várias modelos (e atrizes) perfilaram-se ao lado do grid, de frente para os carros. De dentro de cada um descia um piloto que, para se proteger da chuva, colava nas modelos (e atrizes).



É claro que o nosso glorioso Sérgio Jimenez, o piloto brasileiro, no melhor estilo “pricesão de Eastern Creek”, foi o primeiro a se arranjar por ali.



Ferraris de volta para o caminhão-cegonha do sheik, era hora de formar o grid de largada. Lá, entre pilotos, mecânicos, modelos (e atrizes), imprensa e meia-dúzia de vips e aspones, quem também apareceu quebrando todo o protocolo foi o nosso intrépido Samuel, o motorista, com a galera da Capoeira Brasil, que “abrasileiraram” o grid minutos antes da largada. (Definitivamente era domingo de Carnaval).



Quando o relógio apontou 3 em ponto, os carros saíram para a volta de apresentação e logo achamos que o Rubinho também estava na prova, mas foi apenas impressão.



Após a largada oficial, sem televisão, sem monitores e sem Reginaldo Leme (o irmão do Dinho) para comentar, ficou difícil acompanhar a corrida, mas, por sorte, alguém falou que o brasileiro estava em 4º, o boato se espalhou e, toda vez que se perguntava em qual lugar estava o brasileiro, a resposta era a mesma: 4º (mesmo quando estava em 3º, 5º, parado nos boxes ou em último).



E assim, sem muita escolha, nosso Sérgio Jimenez acabou a corrida em... 4º lugar, atrás do sulafricano Adrian Zaugg, do suíço Neel Jani e do britânico Robbie Kerr, 1º, 2º e 3º colocados, respectivamente. Após a festa do pódio e a comemoração pelo... 4º lugar, era hora de voltar pra realidade. Assim, em vez de Ferraris e carros do sheik, passamos ao lado de veículos mais condizentes com o nosso dia-a-dia tupiniquim...



...e voltamos para o bumbão, um velho de guerra que faz a linha daqui de Sydney e, quando fica velho e caindo aos pedaços, é alugado para brasileiros.



Mas quem tem Samuca no volante, meus amigos, “o verdadeiro sheik-man (ops, “shake-man”), chega em qualquer lugar. Mesmo que em 4º.



Dá-lhe, Samuel!!!