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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Senna estreia na Austrália

Tan-Tan-Tan

Pegou o Tan-Tan-Tan? Caso não tenha, vai uma dica: tom C.

C G F C G F
e|--3-3--3--3-3--1--3-3--3--3-3--1--|
B|--5-5--3--3-3--1--5-5--3--3-3--1--|
G|--5-5--4--4-4--2--5-5--4--4-4--2--|
D|--5-5--5--5-5--3--5-5--5--5-5--3--|
A|----------------------------------|
E|----------------------------------|


Sim, meus amigos, estou falando do que ficou conhecido como Tema da Vitória, música composta pelo maestro Eduardo Souto Neto e gravada em 1981 pelo nada saudoso Roupa Nova que, a partir de 1983, passou a ser usada pela Rede Globo como trilha sonora das vitórias na Fórmula 1.

Ou seja, quem achava que a música nascera para o Senna, estava redondamente enganado, pois inicialmente era igual a Parabéns pra Você, tocava pra todo mundo, incluindo Alain Prost, o professor, e Nigel Mansell, o leão.

A música só passou a ser exclusiva das vitórias brasileiras em 1986, com o título mundial do piloto... Nelson Piquet. E nos anos seguintes, com o tricampeonato de Ayrton Senna em 1988, 1990 e 1991, a morte do piloto em maio de 1994, a conquista do tetra da seleção brasileira em julho e o desespero do Galvão Bueno, a chanson ficou eternizada com o Senna.


Fiz essa pequena justiça histórica porque hoje estreia na Austrália Senna, documentário de uma hora e meia que conta a trajetória do piloto. Dirigido por Asif Kapadia, contratado propositalmente pelos produtores por não saber nada sobre Ayrton Senna e Fórmula 1 (a intenção era uma visão imparcial), o filme conta com os avais da família do piloto e da própria Formula One Management, garantias de muitas imagens inéditas.

Senna foi lançado no Sundance Film Festival, neste ano, e ganhou o prêmio de Melhor Documentário segundo o Júri Popular. Por aqui, foi exibido pela primeira vez em junho, no fechamento do Sydney Film Festival, e agora entra no circuito comercial. Para saber onde assistir, confira o guia da sua cidade. Mas antes, veja o trailer (e leia a pérola um pouco mais abaixo).


A pérola: no review do filme publicado no Brisbane Times, Toby Hagon escreve "Much of the commentary is in Brazilian, but the sub-titles do nothing to detract from the engagement."

Well done mate, and yes, Senna was born in Sao Paulo, Brazil's capital city.



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terça-feira, 12 de julho de 2011

Hanami, O Florescer da Vida

Felipe Guedes, carioca que vive em Sydney, é o designer que fez a arte deste blog.

Priscila Guedes, irmã dele, formou-se na Escola de Belas Artes, no Rio, já fez alguns documentários e atualmente vive em Marseille, França.

Foto de Mariana Maffeis

Nos últimos dois anos e meio, desde que os meus fanfarrões sobrinhos nasceram em Sydney, tenho acompanhado com mais atenção a gravidez e o nascimento dos filhos das minhas amigas brasileiras.

E o que mais me impressiona é o brutal choque cultural que elas, em sua grande maioria ferrenhas defensoras da cesariana, sofrem quando se deparam com o estilo australiano, totalmente favorável ao parto natural.

Pois bem, após viver a experiência de receber o filho num parto domiciliar planejado, Priscila decidiu compartilhar as informações sobre esta prática pouco divulgada que revolucionou a vida dela, através do documentário Hanami, o Florescer da Vida.



Sinopse
É um documentário que retrata a atuação de um grupo de enfermeiras obstetras que dedicam suas vidas a apoiar gestantes no nascimento de seus filhos em um ambiente humano e acolhedor.

Atuantes na região de florianópolis desde 2005, essas PARTEIRAS URBANAS deram forma à equipe que atende principalmente a partos domiciliares planejados, propagando a profunda filosofia de humanização da gestação, parto e pós-parto como um novo paradigma de humanização do mundo, embasado pelo conceito do famoso obstetra francês MICHEL ODENT, que diz “para mudar o mundo é preciso antes, mudar a forma de nascer”.

Neste exato momento, o projeto luta contra o relógio para conseguir financiamento. Explico. Existe um site maravilhoso chamado Catarse, que serve como plataforma para financiamento de projetos culturais. É realmente fantástico e vale a pena ser visitado.

Até o momento em que escrevo este post, o documentário já conseguiu R$9.595 dos R$12.000 que precisa para ser financiado. Ou seja, falta pouco. Mas pouco também é o tempo, já que eles têm somente mais 8 dias para arrecadar o montante.

Assim, sugiro que você assista ao trailer e, se gostar, entre nos links que estão abaixo, conheça mais sobre o projeto e faça a sua doação. Tudo é extremamento bacana, o filme, o modo como pode ser financiado e o conceito de gestação e parto por trás desta história.

Link para colaborar
Blog do filme
Facebook do filme


Foto de Mariana Maffeis

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terça-feira, 14 de junho de 2011

Redação aberta - Post/Poste

Sabem aqueles postes de rua que têm 34 cartazes colados anunciando de festivais e eventos a pais de santo que tiram mal olhado e unha encravada?

Então, este post é uma versão digital deles (mas sem o pai de santo, claro)!


Nesta semana, tem mini turnê do Ziggy. Na quarta, o Brazilian reggaeman faz show acústico no 4 Pines, excelente bar de Manly que fabrica a própria cerveja, na quinta ele toca acompanhado de sua Wild Drums no Shore Club, também no lado de lá da harbour, e na sexta Ziggy é a atração do Tropical Heat, o reggae que acontece toda semana no Cock n' Bull, em Bondi Junction. Os três são grátis!

Ziggy and Wild Drums
Quarta, 15/6, às19h - 4 Pines (Manly)
Quinta, 16/6 às 21h30 - Shore Club (Manly)
Sexta, 17/6, às 21h - Cock'n'Bull Hotel (Bondi Junction)


Também nesta quinta, o forró mais fancy do terceiro continente à sua escolha volta ao Hugos com a noite brasileira trazendo forró e samba ao vivo, entrada grátis e pizza e drinks a $5. Mais Brasil impossível!

Só fique ligado no figurino, pois se você for Brasil demais, não entra, já que o dress code da casa não tem nada de brasileiro (boné e tênis sujo devem ficar em casa, assim como a regata e a bermuda).

E tudo na conta do Jarbas, o dono da festa que faz aniversário (ops, brincadeira!).

Forró + Samba ao vivo no Hugos (Kings Cross)
Quinta, 16/6, às 20h



Na sexta, a banda de origem sulamericana de maior sucesso da Austrália, o Watussi, se apresenta no The Basement, a melhor casa de shows da cidade.

A noite marca o lançamento do single Cuando Sera e terá as participações especiais de Samba Frog e Nativo Soul. Parte da renda irá para a SERES, organização australiana que ajuda comunidades da América Latina.

Watussi no The Basement (29 Reiby Place)
Sexta, 17/6, às 20h
Ingressos: pré-venda a $20 + taxa (www.moshtix.com.au / 1300 438 849) ou $25 na porta (se ainda restarem)


No sábado, 18 de junho, o Samba Australia se apresenta no Seven-8 (ali no BB's), em Bondi Beach. O evento está marcado para às 18h, mas a banda deve começar a tocar lá pelas 20h30. Entrada grátis e fanfarra garantida!

Samba Australia no Seven-8
Sábado, 18/6, às 20h30


No mesmo sábado, às 15h, acontece a abertura oficial do Australian Refugee Film Festival, um dos eventos que marca o início da Semana Mundial dos Refugiados na Austrália, com exibição de 9 curtas-metragens.

A questão dos refugiados é uma das mais polêmicas por aqui. A Austrália possui programa para receber e conceder asilo para os refugiados, mas tem mostrado falhas graves no sistema e sofrido diversas críticas internas e externas.

O problema se agrava na forma deturpada e tendenciosa que a informação chega à população, já que os refugiados são todos colocados num mesmo pacote com rótulos de "bandidos", "inimigos", "invasores" e "imigrantes ilegais", entre outros, e vendidos assim.

O debate precisa ser mais abrangente, mais profundo, mas é justamente o que grande parte da imprensa evita. É por isso que um festival como esse é fundamental.

Australian Refugee Film Festival
De 18 a 24 de junho, na Uniting Church (264 Pitt Street), Sydney
Website


Também marcando a Semana Mundial dos Refugiados, a SBS apresenta o documentário Go Back To Where You Came From, que será exibido em três episodódios nos dias 21, 22 e 23 de junho, às 20h30, mostrando seis australianos comuns vivendo entre (e como) refugiados. Promete ser um tapa na cara. Imperdível!

Go Back To Where You Came From
De 21 a 23 de junho, às 20h30, na SBS One



No outro sábado, 25 de junho, acontece a Black Magic - Brazilian Costume Party, festa à fantasia do Balu no Coogee Bay Hotel que reunirá os melhores DJ's brasileiros de música eletrônica que tem por aqui, incluindo o Fabeta e uma DJ mais do que especial. Ingressos a $10 a partir desta quarta, na Ozzy Study Brazil e outros lugares.

Black Magic - Brazilian Costume Party
Sábado, 25/6, às 21h, no Coogee Bay Hotel



Já no domingo, 26 de junho, acontece a Festa Junina do BraCCA, no Sydney Portuguese Community Club Fraser Park (100 Marrickville Road, Marrickville), com participação do Sydney Brazilian Social Club, o popular Canarinhos. Entrada $5.

Festa Junina do Bracca
Domingo, 26/6, às 11h

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Ops, faltou que na segunda-feira, 20 de junho, o Bondi Jam, jam session de rock n' roll que rola segunda sim segunda não, no BB's, será em homenagem ao Júlio Araújo, grande batera, percussionista e músico que completa mais uma primavera. Entrada grátis e sonzeira da pesada!

Bondi Jam - Special Julio's Birthday
Segunda, 20/6, às 20h, no BB's (Bondi Beach)

terça-feira, 7 de junho de 2011

Samba Cine Club e Sydney Film Festival

Austrália multicultural? Sim! Mas é recente, a exemplo da própria idade da Austrália-britânica. A mistura que aqui ainda está acontecendo, no Brasil já foi feita há tempos. E não pára!


Lá, o processo migratório foi acelerado e o mosaico aumentado no início do século XX com a I Guerra Mundial e a chegada, entre outros, de japoneses, italianos e alemães.

Esses três povos, que colocaram a mão na massa e começaram a mudar a cara da população no Brasil, subitamente viraram inimigos durante a II Grande Guerra, foram perseguidos e até confinados em campos de concentração no país.


Um pouco dessa história será exibida na próxima sexta, em Melbourne, claro, durante o Samba Cine Club, com o filme Cinema, Aspirinas e Urubus (Cinema, Aspirins and Vultures), de Marcelo Gomes. Filmaço!

O Samba Cine acontece no 1000£Bend (361 Lt Lonsdale St), haverá diversas atrações como música ao vivo e performances e a entrada custa somente $10. Para mais informações, clique aqui.


Já que o assunto é cinema brasileiro e amanhã começa o Sydney Film Festival, que vai até 19 de junho, anotem aí!

Dias 13 e 16 de junho tem exibição de Tropa de Elite 2 (Elite Squad: The Enemy Within), um dos raros, se não for o único filme na história que a continuação é ainda melhor do que o primeiro - que já era sensacional. Quem ainda não assistiu, vá (ingressos aqui)!


Nos dias 10 e 18 de junho é a vez de Vento (Wind), curta-metragem de Marcio Salem com a atriz Vivianne Pasmanter. A direção de arte parece ser fantástica (ingressos aqui) e o argumento bem interessante - um misto entre avoado e sonhador.



Um filme que não é brasileiro e sim sobre um brasileiro é Senna, documentário britânico sobre o piloto Ayrton... Senna. Ele será exibido somente uma vez, em 19 de junho, dia do fechamento do festival, portanto, é bom correr (sem trocadilhos) para garantir o ingresso (por aqui). Aliás, o mesmo serve para Tropa de Elite 2. Voe!


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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Spanish Film Festival na Austrália e NZ

Esta semana, o Spanish Film Festival chega a sua 14a edição mais forte do que nunca, trazendo filmes da Espanha, Argentina, Chile, Colômbia, México, Panamá, Perú, Bolivía e Venezuela.



O festival passa por seis cidades australianas e se estende pela primeira vez para a Nova Zelândia, mostrando a força do terceiro idioma mais falado no planeta.

O pontapé inicial acontece nesta quarta-feira, 11 de maio, em Sydney, e continua no seguinte esquema:

11-22/maio Sydney
12-22/maio Melbourne
18-29/maio Brisbane
25-29/maio Perth
26-29/maio Adelaide
26-29/maio Canberra
18-29/maio Auckland

Filho de uruguaio e sabendo que o brasileiro, em geral, não dá a mínima para o que é feito em espanhol, pedi ao amigo peruano Jorge Echevarria, um dos caras mais ligados à cultura latino-americana e de língua hispânica na Austrália, dica de 3 filmes que não podemos perder de maneira alguma. São eles:


The Last Circus / Balada Triste de Trompeta - que será exibido nas noites de abertura das cidades australianas, sendo que em Sydney, Melbourne e Brisbane será seguido por drinks e música ao vivo com Los Monos e participação do Oscar Jimenez. As atrações variam nas outras cidades (info).

Chico y Rita - animação sobre o lendário músico cubano Bebo Valdez, que será exibida em Melbourne na quinta, 19 de maio, às 18h45, no Palace Cinema; e em Sydney, no sábado, 21 de maio, às 13h15, no Chauvel Cinema, em Paddington (info).


Brother / Hermano - filme venezuelano que tem o sonho de se tornar jogador de futebol como pano de fundo, e será exibido em Melbourne no sábado, 14 de maio, às 18h30, no Kino Cinemas; em Sydney na terça, 17 de maio, às 18h30, no Palace Norton St; e em Brisbane no domingo, 29 de maio, às 14h15, no Palace Centro Cinemas (info).

Para ver a programação completa e comprar ingressos, clique aqui.

domingo, 10 de abril de 2011

Rio nos cinemas

Já está nos cinemas da Austrália em 3D e 2D Rio, novo longa-metragem de animação do brasileiro Carlos Saldanha, 46 anos.



Fã de desenhos como "Tom and Jerry" e "Speed Racer", Saldanha formou-se em ciência da computação e, aos 21 anos, mudou-se para Nova York onde fez mestrado de artes na School of Visual Arts, especializando-se em animação digital.

Na escola, Saldanha conheceu Chris Wedge, professor que o convidou para trabalhar na Blue Sky Studios, onde co-dirigiram A Era do Gelo, em 2002. Quatro anos depois, Saldanha dirigiu sozinho A Era do Gelo 2, o 46o filme mais assistido de todos os tempos, e, em 2009, A Era do Gelo 3, o 19o no mesmo ranking, à frente de clássicos como Guerra nas Estrelas e ET.


Nascido no Rio de Janeiro, agora Carlos Saldanha coroa sua carreira dirigindo um filme passado na sua cidade natal e que tem tudo para ser mais um estrondoso sucesso.

Rio conta a história de Blu, arara azul que vive em uma cidade gelada dos Estados Unidos e acredita ser a última de sua espécie no planeta (voz de Jesse Eisenberg - The Social Network). Levado por Tulio (Rodrigo Santoro) para o Rio de Janeiro para um encontro às cegas com Jewel, a única fêmea de sua espécie, Blu, que ainda não sabe voar, precisa se virar para se livrar de contrabandistas e evitar várias confusões. Tudo, claro, com muito humor, mostrando as belezas da cidade, embalado por bossa nova e abordando temas como contrabando de animais silvestres.



Imperdível!

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Oscar, Aussies e Claudia Rondon

Nada de Nicole Kidman, Geoffrey Rush ou Jacki Weaver. Os cinco australianos que faturaram o Oscar agora a pouco são bem menos conhecidos do público.



Primeiro foi Shaun Tan, de Melbourne, que faturou o Oscar de Melhor Curta de Animação com The Lost Thing, filme inspirado no livro do próprio Shaun, escrito quando ele estava desempregado.

Depois foi a vez de Dave Elsey ganhar na categoria Melhor Maquiagem com o filme The Wolfman, seguido por Kirk Baxter, que venceu Melhor Edição com The Social Network.

O diretor Tom Hooper, inglês com cidadania australiana, agradeceu a mãe aussie quando faturou o prêmio de Melhor Diretor por The King's Speech, filme que também foi eleito o melhor da noite, rendendo uma estatueta para o produtor australiano Emile Sherman.



E já que o assunto é cinema, conversei com a brasileira Claudia Rondon, jornalista graduada pela PUC-SP que vive na Austrália desde 2008, onde fez mestrado na WA Screen Academy, ligada à Edith Cowan University, em Perth.

Em 2010, Claudia produziu e co-escreveu o roteiro de XO, curta-metragem dirigido por Eva Ramdohr (ela também assina o roteiro) que participará do Heart of Gold International Film Festival, evento que acontece entre 17 e 20 de março, em Gympie, duas horas ao norte de Brisbane. A maratona terá 200 filmes de 35 países.


Cena de XO

Fale um pouco sobre o filme e a expectativa em relação ao festival?
O XO é um curta com estilo comédia-romântica de baixo custo de produção. Mostra a história de dois jovens de culturas diferentes que vencem a barreira da comunicação de forma bem-humorada. O filme foi produzido em parceria entre a WA Screen Academy e a prefeitura de Perth. Faz parte de um acordo de incentivo a produção de filmes feitos por estudantes de audiovisual e uma forma de promover a cidade de Perth. Como ex-aluna do mestrado da WA Screen Academy (Edith Cowan University - WAAPA) recebi uma pequena verba da City of Perth que foi administrada pela WA Screen Academy para produzir o curta, cujo roteiro foi pré-aprovado por ambos os orgãos incentivadores.


Cena de XO

Este é o seu primeiro filme ou você já fez ou participou de outros?
Esse é o segundo curta que produzi. Mas é o primeiro do qual fui também roteirista. Em abril de 2009, como parte do mestrado, produzi Trolley Boys, que participou do Dungog Film Festival (maio de 2010), em Sydney. Trolley Boys foi escrito por Kazimir Sas, ator e jovem diretor de Perth, e dirigido por Ngaire O'Leary.

Além desses dois curtas, também produzi outros documentários. Um deles, Foresight (2009), dirigido por Magdalena Wozniak (que hoje está na equipe de roteiristas de Neighbours), foi um dos finalistas no ATOM Awards (Australian Teachers of Media), em outubro de 2010. O outro documentário, Voices of Freedom (2010), dirigido pelo ator e diretor David Meadows, conta a história de um grupo de músicos ex-refugiados do Burundi que hoje reside em Perth.

Você escreveu e produziu XO. Encontrou alguma dificuldade para concebê-lo e viabilizá-lo por não ser australiana ou em função da língua?
É sempre um desafio diferente escrever em outra língua. Mas já estou acostumada. O projeto em si teve apoio de uma instituição educacional, então não houve problemas em relação ao fato de eu não ser australiana. Mas, em certa medida, precisei me impor sim para conseguir que eu fosse escolhida como roteirista entre outros roteiristas colegas australianos. O que venceu foi o argumento para o roteiro. Eles gostaram da história e consegui produzi-la.

Na realidade, XO foi uma alternativa "light" para um outro roteiro que eu tinha apresentado e no final acabou não sendo produzido por inúmeras razões. Uma delas, porque o corpo editorial achou que o roteiro tinha "agenda", como eles dizem. Ou, ao meu ver, tinha uma carga subjetiva política um pouco pesada para as diretrizes propostas para o projeto como um todo.


Cena de XO

Está com novos projetos em vista?
Sim, sempre. Provavelmente, um documentário. E desenvolvo outros projetos criativos paralelos. Alguns deles relacionados à comunidade brasileira em Perth.

Gosta do cinema australiano? Tem algum filme preferido?
Não tenho um filme preferido. Mas o mais recente que assisti e gostei foi Lou, escrito e dirigido por uma jornalista chamada Belinda Chayko. O trabalho é novo.

A Austrália é um bom lugar para quem deseja tentar a carreira cinematográfica?
Ainda estou conhecendo o mercado por aqui. Há muita gente produzindo. Mas há no geral uma mentalidade com foco nos EUA. Muitos talentos vão para lá. Ou querem ir. Em termos práticos, há políticas de incentivo cultural e alguma infra-estrutura. Mas até aí, o Brasil também, por exemplo. Até mais, talvez. Estive lá no fim do ano passado e vários amigos contaram que vivemos um momento de "vacas gordas" no audiovisual. Para mim, o que é mais interessante da Austrália é o espaco e a liberdade para criar. Não estou falando de "linha editorial". Mas sim, de estilo de vida que permite, pelo menos pra mim, espaço mental para desenvolver projetos criativos. Venho de São Paulo. Eu amo Sao Paulo, um lugar que para mim tem um buxixo intelectual e criativo especial que lembra, às vezes, Londres (outra cidade onde ja morei também). Não dá para comparar Perth e São Paulo. Mas a correria que, às vezes pode ser inspiradora, é em outras ocasiões sufocante e extremamente contraproducente. A rotina frenética pode cegar. A gente pára de perceber o que está ao redor e só corre. Nesse sentido, para mim, a Austrália e o estilo mais relaxado combinado com o meu interesse por observar e refletir sobre a vida em geral me ajuda e, por enquanto, tem sido positivo estar aqui por isso.

Exibição de XO
Domingo, 20 de março, às 9 horas, no Fossickers Theatre (Gympie Civic Centre). Para mais informações sobre o festival, cliquem aqui.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Post/Poste

Vejam este post não como um post, mas como um poste. Entenderam? Nem eu!



A questão é a seguinte, o tempo é curto, os eventos são vários, hoje é sexta-feira e como um diretor de arte preguiçoso já disse que uma imagem vale por mil palavras, seguem alguns cartazes de eventos no melhor estilo poste de rua.

Hoje (sexta à noite)



Amanhã (sábado à noite)



Próxima quinta - Ensaio do bloco com apresentação do samba enredo composto pelo Andrezinho e por este que vos escreve, especialmente para o CarnaCoogee 2011. Afinal, How are you brow? How's going mate? É Carnaval no Coogee Bay!



Sábado que vem



Março



Março

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Flickerfest e Jazzgroove Summer Festival

Começa hoje, no Bondi Pavillion, a vigésima edição do Flickerfest, o primeiro e único festival de curta-metragens da Austrália creditado pela Academy (aquela mesma).



A festa de abertura será a cara daqui: fanfarrona e ecologicamente ocorreta, o que significa Champagne e pipoca estourada em manteiga orgânica. Após a exibição de 2 curtas australianos e 5 internacionais, haverá festa com pizza do Doughboy, cerveja Coopers, Jameson's Irish Whiskey, vinho orgânico da Rosnay e por aí vai. Ingressos a partir de $50 (http://www.mca-tix.com.au/).



O festival vai até 16 de janeiro e será naquele esquema ao ar livre, sob a luz das estrelas e pertinho do mar. Para mais informações, visitem o sítio (detesto quando escrevem sítio em vez de site) www.flickerfest.com.au/.



Para quem gosta de música de verdade, no próximo final de semana a Jazzgroove Association realizará o segundo Jazzgroove Summer Festival, que reunirá o melhor da cena jazzística e de world music dessas bandas, em diferentes casas, incluindo o nosso templo religioso Macquarie Hotel, o excelente 505, The Excelsior e a Redfern Town Hall.



O festival acontece da próxima sexta ao domingo, muitos shows serão grátis, outros não e haverá diferentes tipos de tickets e passes. Um que vale a pena é o de $29, que dá acesso a todos os shows do dia e transforma a cidade num verdadeiro Playcenter (sem a finada Monga, claro). Veja abaixo a programação completa. Para mais informações, visite o sítio do festival clicando no sítio abaixo.



Friday 14 January 2011
7.00pm Ben Panucci Trio Venue 505 *
7.30pm Steve Barry Trio Ravál @ The Macquarie8.30pm The Drip Hards The Excelsior
8.30pm Tim Clarkson Trio Downstairs @ The Macquarie F
8.30pm Carl Morgan Quartet Venue 505 *
9.30pm Denominators Ravál @ The Macquarie
10.00pm Kris Wanders Quartet The Excelsior
10.00pm Jeremy Rose + Chiba Band Venue 505 *
10.30pm Sunchasers Collective Downstairs @ The Macquarie F
12.00am The New Dynamites Downstairs @ The Macquarie F
1.30am Special Late Night Show Downstairs @ The Macquarie F

Saturday 15 January 2011
2.00pm Julien Wilson Quartet Redfern Town Hall
3.30pm Eastside FM Vinyl Jam The Excelsior F
4.00pm Julien Wilson Quartet Redfern Town Hall F
4.30pm The Swinging Blades The Excelsior F
7.00pm The Fantastic Terrific Munkle Venue 505
8.30pm Translators Ravál @ The Macquarie
8.30pm The Felas The Excelsior8.30pm Simon Ferenci Quartet Venue 505
9.30pm My Goodness McGuiness Downstairs @ The Macquarie F
10.00pm Dereb the Ambassador The Excelsior
10.00pm Matt Keegan Venue 505
10.30pm Kirsten Berardi Ravál @ The Macquarie
11.30pm Briana Cowlishaw Downstairs @ The Macquarie F

Sunday 16 January 2011
10.30pm The Sousaphonics Redfern Town Hall F A (Musica Viva)
12.00pm The World According to James Redfern Town Hall F A (Musica Viva)
2.00pm Ko Omura Quintet Redfern Town Hall F
3.30pm Eastside FM Vinyl Jam The Excelsior F
4.00pm Ko Omura Quintet Redfern Town Hall
4.30pm The Debonair Gentleman The Excelsior F
5.30pm Sandy Evans Trio Venue 505
7.00pm HiT! Venue 505
7.00pm Zohar’s Nigun Ravál @ The Macquarie
7.30pm The Alcohotlicks The Excelsior
8.00PM The Jazzgroove All Stars Downstairs @ The Macquarie F
8.30pm Julien Wilson Quartet Venue 505
9.00pm Subteranneans The Excelsior
9.00pm Samba Mundi Ravál @ The Macquarie
10.00PM The Jazzgroove All Stars Downstairs @ The Macquarie F

O simpático f no final significa free, grátis, na faixa, no vasco... Quem não for não vai para o Céu!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Sydney Bicycle Film Festival

O que você faria se estivesse pedalando serelepemente a sua bicicleta, em Nova York, e fosse acertado por um ônibus?



Brendt Barbur, o campeão abaixo, não teve dúvida. Em 2001, após o acidente, em vez de jurar nunca mais subir numa magrela ou jamais pegar um ônibus, criou o Bicycle Film Festival, evento que se espalhou por mais de 30 cidades, incluindo São Paulo, Melbourne e Sydney, e este ano chega à décima edição.



O BFF de Sydney começa hoje e vai até domingo com exibição de curtas e longas-metragens no Dendy Newtown (251-263 King St) e no Beach Road Hotel (Bondi), além de exposição de arte e feira de rua.



A abertura acontece nesta quarta, a partir das 18h, no Baresford Hotel, ali na Bourke Street. Amanhã, no District 01 (74-76 Oxford St, Darlinghurst), tem mostra coletiva de artistas e designers emergentes (imagem acima), seguida por after party. E no sábado, das 12h às 17h, na Hill St (perto do Beresford Hotel), tem feira de rua com muita coisa relacionada à... bicicleta, claro.

Os ingressos para os filmes custam $10 e estão à venda na Moshtix. Veja a programação:

Sexta, 19 de novembro
Dendy Newtown
18h30 Program 1: Bike Shorts + Birth of Big Air
20h30 Program 2: Bike Shorts + Empire

Sábado, 20 de novembro
Dendy Newtown
18h30 Program 3: Shorts + Riding the Long White Cloud
20h30 Program 4: Urban Bike Shorts

Domingo, 21 de novembro
Beach Road Hotel
19h30 Program 5: BFF Greatest Hits
Com festa/fanfarra de fechamento.

Para saber mais, visite o site do Bicycle Film Festival.



Ou então, pegue a sua BMX Monark e pedale até lá!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Brazil Film Festival em Melbourne

Daqui a pouco, na minha Melbourne, começa a parte II do Brazil Film Festival: A Missão. Na primeira perna, aqui em Sydney, assisti a três dos cinco filmes, e na escala "brasileira" de cotação, a minha classificação é a seguinte.



Se você estiver curto de grana e só puder ir a uma noite, não perca, em hipótese alguma, o documentário Dzi Croquettes. Ao contrário do que estão achando, não é um filme sobre travestis, mas sobre um dos maiores grupos de dança da história contemporânea, que surgiu no Rio de Janeiro no início dos anos 1970 e não apenas influenciou e ditou muitos caminhos artísticos e estéticos que o Brasil seguiu nos anos 70 e 80, como também debochou como poucos da ditadura militar. Era contracultura, criatividade e talento em estado bruto. Importante: quem não for vai virar purpurina!

Se o dinheiro possibilitar duas noites, assista na sexta-feira ao documentário Pachamama. Por ser um filme de viagem com, literalmente, o pé na estrada e dirigido pelo filho do grande Glauber Rocha, não espere um filme fácil, com sequências hollywoodianas e personagens globais. Porém, prepare-se para ver paisagens reais, pessoas de verdade e fatos históricas ocorridos recentemente na América do Sul que fazem um retrato bastante fiel de uma parte do continente que o brasileiro mal sabe que existe e acha que não pertence. É filme para sair um pouco da zona de conforto e refletir.

Infelizmente, não consegui assistir ao Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos, mas me falaram muito bem e é este que, para quem pretende ir três noites, vem na sequência. Comédia/drama das mais picantes!

Por último, que por sinal é o filme de hoje, eu iria no Lula, O Filho do Brasil, mas, claro, por razões meramente pessoais. Um dia verei o filme, não sou tão radical assim, mas somente quando o homem deixar o trono e eu estiver largado num sofá no Brasil vendo Sessão da Tarde. Mas os brasileiros que o idolatram - e são a grande maioria - não podem perder.

As três primeiras noites (27, 28 e 29 de outubro) serão no Cinema Nova, enquanto a última (30 de outubro) será no 1000£ Bend, com direito a festa de encerramento com Cabaret Night juntamente com o Samba Cine Club.

Ingressos e informações, aqui!

27/10 – Lula, O Filho do Brasil
28/10 – Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos
29/10 – Pachamama
30/10 – Dzi Croquettes