Mostrando postagens com marcador Bondi Junction. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Bondi Junction. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Consumo de cerveja e vinho na Austrália

Amyr Klink, o irmão da Ashraf, observou em seu "100 Dias entre o Céu e o Mar" que o consumo alcoólico em terras insulares é muito maior do que nas continentais.

Para vocês terem uma ideia da situação por aqui, a Austrália é uma ilha tão grande, mas tão grande que é considerada continente, já que num passado não tão distante, um norte-americano determinou que a Groenlândia é a maior ilha do planeta, e com isso, qualquer porção contínua de terra maior do que ela seria considerada continente.


Como a Austrália é maior do que a "Grô", tecnicamente somos uma ilha ao cubo - de gelo, etilicamente falando, uma espécie de nação on the rocks com a Antárctica logo abaixo.

E hoje, ao receber do Australian Bureau of Statistics os últimos dados sobre o consumo alcoólico por aqui, fiquei muito feliz em saber que em 2010 tivemos na Austrália 68 452 000 litros de vinhos disponíveis para o consumo no mercado, sendo que cada pessoa acima de 15 anos bebericou média de 3.81 litros, o que dá cerca de 5 garrafas por ano.


Numa projeção absolutamente amigável com o meu fígado, vamos chutar que em 2010 tomei somente uma boteja por semana, o que nos dá 52 garrafas no ano ou 39 litros. Tendo em vista a média de 3.81 litros do bureau australiano, só me resta vir a público e pedir desculpas por ter enxugado a cota anual de boa parte da população. I´M SORRY!

PS: no Brasil, o consumo de vinho é de cerca de 2 litros por pessoa, o que significa que o Paulinho e o Fafau deveriam fazer o mesmo.

Mudando da água para o vinho, no caso, do vinho para a cerveja, na mesma pesquisa o ABS divulgou que em 2010 tivemos 79 734 000 litros de cerveja disponíveis no mercado, números que certamente garantiram o bom funcionamento dos pubs, bottle shops e da sociedade australiana, este primor de capitalismo-democrático que teima brincar de monarquia.


Dessa quantia, 4.44 litros foram consumidos por cada pessoa acima dos 15, o que me faria morrer de rir no caso de uma projeção de quanto tomei em 2010. Neste caso, nem pedido de desculpas adiantaria - ser jogado aos cangurus em praça pública talvez fosse o mais justo.

O que mais gostei da pesquisa foi o gráfico de "long term trend", que mostra que nos últimos 50 anos a quantidade de cerveja disponível para consumo caiu drasticamente, ao mesmo tempo em que a de vinho subiu substancialmente (só para usar termos técnicos).

Hoje, 43% do que tem disponível para tomar é cerveja e 37% vinho (em 1960 era 76% contra 12%, respectivamente). Sinal que os ilhéus estão refinando o gosto (ou tomando mais vinhos de caixinha, não sabemos).

Por tudo isso e sendo sexta-feira, preciso admitir que:

1. Estou escrevendo este post no Palace, pub ao lado de casa, já que está rolando inspection por lá (adoro inspections às sextas).


2. Mais tarde, no Cock n´ Bull (Bondi Junction), o pub que mais consumi cerveja no primeiro ano de Austrália, tem reggae ao vivo e de graça com Ziggy and Wild Drums. Imperdível!


3. Para quem está em Manly, Fernando Aragones se apresenta com o Costa Rae no The Old Manly Boatshed (Corso), a partir das 20h.


4. Amanhã tem dica de vinho no blog.

Bom final de semana a todos e saúde!


Curtiu o post? Dê um like no Facebook!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Guia de Vinho 2011 e Reggae

As últimas semanas foram espécie de "business card" do inverno. Ele apareceu com tudo, mostrou a que veio e agora deu uma trégua para, daqui a pouco, voltar pior.

E essa é a deixa que eu precisava para respirar, tomar fôlego e preparar a versão 2011 do Guia de Vinho PablitoAustralia, o primeiro e único guia para brasileiro tomar no inverno australiano.



Amanhã será o grande dia de pegar um balde, papel e caneta, dar um brilho nas taças e passar o dia degustando, pelo menos, 20 vinhos que venho selecionando nos últimos meses. Se todos estiverem realmente bons, vão para o Guia deste ano, que será lançado na próxima sexta-feira, aqui no blog.


Uma jornada como essa só é possível com a colaboração de patrocinadores, pois para manter a total independência do Guia, todos os vinhos são comprados, já que volta e meio recebo umas botejinhas.

Portanto, nada mais justo do que, desde já, agradecer a Ozzy Study Brazil e o Braza Churrascaria, que adquiriram as duas cotas principais de patrocínio e estão viabilizando o Guia. Mara, Alê e Birão, muito obrigado!

Ainda há dois espaços para apoiadores, que oferecerei para algumas empresas no início da próxima semana. Mas caso você tenha interesse, já entre em contato comigo que envio a proposta (pablonacer@terra.com.br).


Mais!

Não somente o Guia conta com patrocinadores, como também o blog, caso contrário, seria muito difícil eu atualizá-lo com a frequência que faço. E nos últimos dias, tanto a All Tax, o primeiro parceiro deste blog, quanto a Academies Australasia, parceiraço para todas as horas, renovaram por mais 3 meses. Antonio, Vivi e Erick, muitíssimo obrigado e vamos em frente!

Aliás, o ano fiscal está acabando e a temporada do Tax Return vem aí. Para brevíssimo, vou preparar post sobre o assunto, abrindo espaço para vocês enviarem suas dúvidas por email. Com elas, farei uma entrevista com o pessoal da All Tax para esclarecê-las. Aviso em breve, mas se já tiverem perguntas, enviem para pablonacer@terra.com.br com o título "tax return".


E já que hoje é sexta e também sou filho de Deus (ou Jah, como chamam por aqui), mais tarde, a partir das 21h, tem Ziggy and Wild Drums no Cock n' Bull, em Bondi Junction. Reggae da melhor qualidade naquele esquema de sempre: entrada grátis, steak a $1 e cerveja a $3 até as 23h.

Agora que teremos vinho, que venha o inverno!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Reggae nesta sexta na Austrália e no Brasil

Como diria o Guilherme Infante, pelo amor de Jah!



Lembram do reggae patrocinado pela Ozzy Study que rolava às terças, em Bondi Junction? Ele volta hoje ao Cock n' Bull, onde permanecerá todas as sextas-feiras, a partir das 21h, alternando Ziggy and Wild Drums e Caribbean Soul.

Tudo num esquema fácil, extremamente fácil, pra você e eu e todo mundo fanfarrear juntos, uma vez que a entrada é grátis, o steak custa somente $1 (na compra de um drink) e a cerveja $3 (até às 23h).

Detalhe: a festa vai até às 2 da manhã, o que significa que pode ser tanto a balada em si, quanto um esquenta para depois.


Já no Brasil, a Fibra Entertainment leva o Katchafire, uma das bandas de reggae neozelandesas mais populares entre os brasileiros da Austrália, para se apresentar pela primeira vez no país.

A turnê começa hoje à noite, no Kazebre, Zona Leste de São Paulo, onde a banda toca ao lado de nomes como Bnegão, DJ Negralha e Ponto de Equilibrio (ingressos, aqui).

Palpite: acho que tem tudo para agradar o público no Brasil também (Xixão, vai lá, tu vai gostar!).

A turnê continua nas seguintes cidades:

Sábado, 4 de junho - Ribeirão Preto
Domingo, 5 de junho - Curitiba
Sexta, 10 de junho - Maceió
Sábado, 11 de junho - Recife
Domingo, 12 de junho - Brasília


É o neo-intercâmbio cultural Terceiro continente à sua escolha-Brasil / Brasil-Terceiro continente à sua escolha apenas começando...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Blitz e a Lei de Gérson

Alguém viu a blitz que rolou na estação de Bondi Junction essa manhã? Os policiais estavam espalhados por todos os lados, da saída dos ônibus - bloqueando as duas portas de cada - à todas as catracas dos trens. Esquema grande. Só faltaram os simpáticos cães farejadores, mas como o foco da operação era pegar pessageiros com bilhete, digamos, errado (ou sem bilhete) e não drogas, Totó, Rex e cia ganharam day-off.

O sistema funciona mais ou menos assim. Burlar o transporte público na Austrália é fácil, mas se a pessoa é pega, paga multa de $350. Aqui em New South Wales, a viagem mais barata de ônibus custa por volta de $2, de trem talvez pouco mais, um bilhete que dá direito a dez viagens sai em torno de $26, o semanal, que integra trem, ônibus e ferry em uma zona que vai além das fronteiras de Sydney sai por $41 e o mais caro de todos, a versão deste semanal que permite rodar o estado inteiro sai por $57. Lembrando: a multa é $350.

Acredito que uma das motivações que trazem boa parte dos brasileiros para a Austrália é justamente morar num país civilizado, de primeiro-mundo, onde as coisas funcionam, as leis são respeitadas e o mesmo se espera de cada cidadão. Quem procura fazer a coisa certa por aqui, tem o sistema totalmente a seu favor. Mesmo assim, ainda há muito brasileiro que desembarca com o best-seller favorito do país - Os 10 Mandamentos de Gérson - no bolso.

Só para citar um exempo, há dois anos eu trabalhava com uma brasiliense que se gabava de pagar uma ninharia por semana em transporte público. Um dia, perguntei se ela não se sentia mal ou se não tinha medo, a resposta, com aquele ar de esperteza que só os discípulos de Gérson têm, foi fiz a conta com as minhas amigas e mesmo se a gente for pega, o que economizamos compensa os $350. Felizmente, ela já voltou em definitivo para o Brasil.

Semana passada, dois brasileiros que moram perto de casa, mas que não os conheço, se aproximaram correndo para pegar o mesmo ônibus. Era o 333, que só aceita bilhete, e o esperto número 2 comentou com o esperto número 1 que não poderia embarcar, pois não tinha bilhete e não teria tempo de comprar. O esperto número 1 falou entra junto comigo, vou colocar o meu na máquina e deixar lá, você só passa ele novamente.

Como se tratava do semanal, a operação era absolutamente ilegal. Mas ambos fizeram sem nenhum constrangimento e, com a expressão típica de mais uma vez a esperteza e o jeitinho brasileiros venceram a caretice e a ingenuidade australianas, viajaram felizes para sempre. Bem, não para sempre...

Espaço para filosofia cósmica e acerto de contas Divino
Como todos nós sabemos, os movimentos de rotação e translação são os dois preferidos do planeta, o que significa que não importa o que aconteça, o mundo sempre dá voltas. E hoje cedo, durante a referida blitz, no mesmo cabalístico 333, não é que o esperto número 1 foi agraciado? Mesmo sem conhecê-lo, sei que o campeão estuda em Bondi Junction, onde quase toda manhã ele desce com mochila da Fitness First nas costas, boné de marca, bermuda transada, geralmente regata e meia branca para estudar. Hoje, contudo, ele certamente chegou atrasado.

Ao ver o grande contingente de tiras do lado de fora, o esperto número 1 se assustou, não sabia se descia ou se ficava, se descia ou ficava, até que optou por ficar. Evitou os homens, os $350 e só pôde descer no ponto da Junction próximo do Centennial Park, de onde teve que andar um bocado para retornar à escola, que fica do lado da estação.

Claro, para os amigos ele vai contar o quão esperto foi ao, mais uma vez, burlar não só o sistema de transporte público mas a polícia da cidade, porém, aquela expressão que vi - praticamente em slow motion - de mãe, cadê você? acho que agora eu vou rodar aqui do outro lado do mundo, foi inesquecível!

Como diria a minha mãe: que sirva de lição!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Semana musical - Redemption "Paulst"

A semana musical começa basicamente assim:

Hoje à noite tem Caribbean Soul no Paddy's, lá na George St. Uma passadinha é obrigatória já que Sandro Bueno, percussionista do Samba Mundi e Abuka, vai comemorar aniversário.

Quem não puder curtir o reggae hoje, afinal, estamos falando de uma segunda-feira após um final de semana gigante, a opção é ir ao Cock n' Bull amanhã, em Bondi Junction, onde o mesmo Caribbean Soul se apresenta no projeto Tropical Heat, da Fibra Entertainment com a Ozzy Study Brazil. Detalhe: Toohey's New a $3 - não preciso dizer mais nada!

A mesma Fibra traz para a Austrália o DJ Cia, uma espécie de monstro do Hip Hop brasileiro eleito o melhor do gênero da década. Ele se apresenta em Sydney e na Gold Coast dentro do Gheto Sounds, que também terá a participação do DJ VHS. Ingressos à venda na... Ozzy Study Brazil.

Lembram do Sandro, do segundo parágrafo? Então, na quinta, ele se apresenta com o Samba Mundi no Macquarie Hotel, o meu pub preferido para ver bandas ao vivo. Além da entrada ser grátis e do Samba Mundi quebrar absolutamente tudo, o Mac, como nós, os mais íntimos, chamamos, produz a própria cerveja e no próprio pub, o que torna o lugar praticamente espacial.

Enquanto isso, é bom também agilizar para garantir ingressos para os shows dos Mutantes, que chegam em março trazidos pela Popfrenzy Records com a Radar Magazine. Nomes como Bob Dylan, B.B. King, Joe Cocker, Elvis Cotello também estão a caminho.

Voltando ao reggae, Jimmy Cliff vem para o verão. Ele canta ao lado de nomes como Maxi Priest, Mary J. Blige e The Original Wailers no Ragga Muffin. Reggae night e Jamaica em estado bruto!

E o que pouca gente sabe é que ainda há ingressos para o show do U2 do dia 14 de dezembro, e eles estão a partir de incríveis $39.90. Barganha!

Estou escrevendo tudo isso porque neste exato momento sinto uma mesopotâmica inveja (a inveja boa, claro) dos meus conterrâneos paulistanos, que foram abençoados por Sir Paul McCartney tocando no maior particular do mundo. Tenho uma tese de que todo ser humano ocidental precisa, obrigatoriamente, ter um Beatle preferido. O meu é o George e sou um beatlemaníaco (mas sem aquelas coisas chatas, claro). Portanto, este é um paulst para aliviar a minha dor!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

150th Melbourne Cup - Fantastique!

O cavalo nasceu nos Estados Unidos de mãe norte-americana e pai irlandês (ou seja, é torcedor do Boston Celtics), atende pelo nome de Americain, vive na França, é treinado por um francês e acaba de atingir a maior glória de seus 6 anos de vida sendo montado por um jóquei francês, o que proporcionou napoleônica alegria para os donos australianos, que o adquiriram por $400 mil e embolsaram 6 milhões de dólares pela conquista da Melbourne Cup, a corrida que há 150 anos pára a Austrália.



O recém-laureado equino junta-se aos irlandeses Vintage Crop e Media Puzzle, além do japonês Delta Blues no seleto grupo dos cavalos treinados fora da Austrália e da Nova Zeândia a vencerem a Melbourne Cup, o que o coloca num lugar especial entre os grandes galardos que desfilaram em Flemington desde 1861. Tremendo feito! Não por acaso, o jóquei Gerald Mosse, provavelmente 50kg, não parou de proferir fantastique, fantastique durante a entrevista coletiva após a vitória.

Somente com este páreo, o TAB, a bolsa de apostas oficial da Austrália, arrecadou a bagatela recorde de $98.1 milhões em Victoria e New South Wales. Eu apostei singelos $30 e ganhei míseros $18, num simbólico prejuízo de $12 + 14 Guinness. Já Mari Garotinha, esta abaixo, acertou uma tremenda flexi-trifecta e levou pra casa algo em torno de 450 dólares. Digo algo em torno porque, para não fugir à regra, Mari pagou uma simpática rodada para todos.



Ano que vem tem mais Melbourne Cup, às 15h, na primeira terça-feira de novembro. Aliás, impressão minha ou está com cara de quinta? Se a resposta for sim, daqui a pouco tem reggae ao vivo e grátis com Ziggy and Wild Drums no Cock n' Bull, o pub em Bondi Junction onde assistimos à corrida. Detalhe: cerveja a $3. Resumindo: vai ficar com cara de sexta!

Congrats Mari!

domingo, 3 de outubro de 2010

Redemption Post - Go Roosters!

Ao contrário do Brasil, que a gente nasce e praticamente já é escolhido por um time de futebol, aqui, por chegarmos com mais de 20, 30 anos, é a gente que escolhe, seja de rugby, cricket ou mesmo futebol.



Quando cheguei na Austrália, em agosto de 2007, fui morar na casa da minha irmã, em Coogee. As finais da National Rugby League começariam em breve e, quando me dei conta, estava no Aussie Stadium acompanhando North Queensland Cowboys x Manly Sea Eagles. Torci para os Cowboys sem entender muito, pois era o time dela. Deu Manly, que depois perdeu a final para o Melbourne Storm.

Terminada a temporada, eu precisava escolher um time para a próxima, já que se ficasse com os Cowboys seria como viver em São Paulo e torcer para o Ceará (com todo respeito ao alvi-negro cearense). A opção imediata seria o South Sydney Rabbitohs, clube mais perto de Coogee.

Além disso, era lá que eu jogava squash com o meu cunhado e, à época, o nosso gladiador Russel Crowe estava comprando a parte de rugby do clube. Porém, é impossível torcer para um time cujo uniforme é igual ao da Portuguesa de Desportos. Continuei clubless.



Em 2008, mudei para North Bondi, mas com a vida começando de verdade por aqui (o início na escola de inglês é só fanfarra), eu estava mais preocupado em entregar chimichanga para pagar a escola e o aluguel do que escolher um clube. Principalmente porque o Sydney Roosters, a escolha natural para quem mora em Bondi, não passava a menor confiança.

Em 2009, vivendo em Bronte, ainda mais perto da sede dos Roosters, era simplesmente impossível torcer para os caras. Eles faziam lambanças atrás de lambanças, dentro de campo, fora de campo, dentro de quarto de hotel, fora de quarto de hotel (literalmente no corredor), em qualquer lugar. Não por acaso passaram grande parte da temporada na lanterna e terminaram o campeonato na... lanterna. Vergonha total como podem ver nesses dois posts:

http://www.pablitoaustralia.com/2009/07/o-primeiro-dia-do-resto-da-vida-do.html
http://www.pablitoaustralia.com/2009/07/e-continuam-afundando.html

Obviamente, como não queria entregar chimichanga para sempre na Austrália, trabalhei muito para que pudesse viver só de escrever, o que me proporcionaria muito mais tempo para aproveitar as coisas do terceiro continente à sua escolha, tentar entender algumas e, claro, finalmente escolher um time.

A temporada 2010 começou e eu continuava clubless. Porém, acompanhando toda semana os jogos, comecei a me identificar com alguns jogadores. Assim, quando os Bulldogs jogavam, torcia para eles por causa de Jamal Idris, "the biggest man on earth". O cara parecia um trator (foto abaixo). Quando os Dragons jogavam, eu ia com eles por conta do James Soward. Eeels em campo? Go Jarryd Hayne, o mais veloz e habilidoso da liga. Mas ainda faltava identificação com algum clube.



No meio da temporada, voltei a morar em North Bondi, e desta vez em uma situação totalmente diferente da anterior, já que passei a ter muito mais tempo e condições para aproveitar Bondi. E, confesso, eu amo esse lugar.

A coisa mais fácil de ouvir é "Bondi é uma porcaria, só tem brasileiro". Bes-tei-ra! Claro, tem muito brasileiro, assim como tem muito australiano, italiana, francesa, chilena e gente do mundo inteiro, o que torna esse lugar tão especial.

A cada dia, a cada nova pessoa que conheço e a cada novo lugar que vou, amo mais Bondi. E com os Roosters - que demitiu o técinco do ano passado e fez uma faxina no elenco - classificando-se para as finais, tentei finalmente torcer para eles.



Tudo ia bem, comecei a me identificar com alguns jogadores, principalmente Todd Carney, Sam Perrett, Braith Anasta e Anthony Minichiello, que mora na rua de baixo. Sem contar no amigo Todd Olivier, que jogava no clube quando eles foram campeões pela última vez, em 2002. Porém, o próprio Todd fez eu adiar a minha decisão, conforme podem ver abaixo.

http://www.pablitoaustralia.com/2010/09/sexta-em-melbourne-sydney-e-gold-coast.html

Pois bem, semana passada os Roosters simplesmente destruíram os Titans da Gold Coast, em Brisbane, vencendo por 32 a 6 e classificando-se para a Grand Final. No dia seguinte, Bondi já estava em azul, branco e vermelho. Durante toda essa semana, a coisa só aumentou e só se respira Roosters por aqui.

O jogo começa em duas horas e vinte minutos, os Dragons, que fizeram a melhor campanha durante toda a temporada, são favoritos. Porém, têm a fama de chokers, que num português-esportivo pode ser traduzido como amarelões. Se vão afinar, não sei, é muito mais provável que vençam. Mas oficialmente hoje, exatos 3 anos, 1 mês e 26 dias desde que cheguei na Austrália, finalmente consegui escolher o meu time. Go Bondi! Go Sydney Roosters!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Abuka, Samba Mundi e uma das melhores invenções

Guilherme Infante


Hoje à noite, quarta, o Abuka Trio toca no mesmo bat-horário e no mesmo bat-local, ou seja, Robin Hood Hotel (203 Bronte Rd - Bondi Junction), das 20h às 23h, com o melhor do que se faz em Sydney em termos de música brasileira. Se você ainda não viu Tiago de Lucca (violão e voz), Sandro (percussão) e Marcello Maio (teclado), não perca, pois além de tudo, é grátis!



E amanhã, quinta, Sandro e Marcelo juntam-se ao Samba Mundi, uma das melhores bandas que já vi por estas bandas, para tocarem no 505 (280 Cleveland St - Surry Hills), uma das melhores casas de música ao vivo da cidade. O álbum do Samba Mundi (clique na foto para ouvir algumas faixas) é ótimo, mas ao vivo, com as improvisações, as levadas de jazz, a pegada latina e o groove brasileiro, é simplesmente e-p-e-t-a-c-u-l-a-r. Entrada $15.

E como o assunto é música, eu gostaria de aproveitar para agradecer não apenas os "engenheiros" da Apple, como também o engenheiro que criou a opção "Shuffle Songs" no iPod. Sim, Mr. Joseph Random (em geral, inventores se chamam Joseph), you're the man!



Falei isso porque entre ontem e hoje, dois dias absolutamente melbourianos em Sydney, com o clima alterando a todo instante, indo do frio ao gelado, da chuva à tempestade, pessando pela garoa, fog e ventos cortantes vindos da neve, foi justamente a seleção resultada de um simples apertar de "Shuffle Songs" que manteve o moral lá em cima - e as orelhas quentes, é claro.

Seguem as 31 que fizeram a alegria:

Lucy in the Sky with Diamonds - The Beatles
Us and Them - Pink Floyd
Lady Chatterley's Mother - Gerry Mulligan
Hallelujah - Charlie Parker
California Girls - David Lee Roth
(Nothing But) Flowers - Talking Heads
Can't Help Falling in Love - UB40
Let's Spend the Night Together - David Bowie
Get Up Edina - Desmond Dekker
Down - Miles Davis & Stan Getz
Runaway Train - Soul Asylum
O Astronauta de Mármore (Starman) - Seu Jorge
Iron, Lion, Zion - Bob Marley
Wild is the Wind - David Bowie
Uns Dias - Os Paralamas do Sucesso
That Old Black Majic - Miles Davis & Stan Getz
Meu Erro - Os Paralamas do Sucesso
Sad Lisa - Cat Stevens
Under Pressure - Queen
All The Young Dudes - David Bowie
Unity - Desmond Dekker
My Number One - Gregory Isaacs
Daysleeper - R.E.M.
Every Breath You Take - The Police
Human Beings - Van Halen
She Bangs the Drums - The Stone Roses
Yardbird Suite - Charlie Parker
First Week/Last Week - Talking Heads
Changes - Seu Jorge
Tigresa - Caetano Veloso
Happy Birthday - Stevie Wonder



Aliás, Rapha, precisamos marcar o "Especial Caê".



quarta-feira, 17 de março de 2010

Happy St. Patrick's Day

No meu local irish pub número dois, o Cock N' Bull, a festa começou oficialmente à 9 da manhã. O negócio é simples: por apenas $17, você tem direito a um tradicional irish breakfast (carnes de porco e batatas não faltarão), camiseta e, claro, uma cerveja para iniciar a celebração em homenagem ao grande St. Patrick, o padroeiro da minha Irlanda.



Sim! Sou um entusiasta da Irlanda, dos irlandeses, das irlandesas, enfim, de tudo o que vem das terras do verdadeiro black gold, a Guinness, o amargor negro dos deuses.

ENTER
ENTER
ENTER

Três respeitosos ENTER'S em homenagem ao mestre Sir Arthur Guinness.



Dizem as boas línguas que 80% da cerveja preta consumida no mundo é Guinness. Se for verdade, sinal de que a humanidade não está tão perdida assim. E as mesmas boas línguas também contam que 10 milhões de pints (não me venham com scooner) de Guinness são consumidas diariamente no planeta.

Como cerca de 10% da população da Austrália é irlandesa ou descendente direta, a festa vai ser grande em todo país. Vale a pena dar ao menos uma passada no irish pub mais perto, pois é bem divertida. E se você é daqueles fanfarrões que tira sarro de todo mundo na escola de inglês, deixe a camiseta do Thierry Henry em casa, pois não são todos que tem o mesmo espírito pilhérico.



Bem, já passam das 10 da manhã e, em homenagem ao grande St. Patrick, cuja graça foi passada ao meu sensacional sobrinho, seguirei para o meu local irish pub número dois para contribuir. Afinal, não vai ser no dia de St. Patrick que deixaremos a média de 10 milhões de pints cair.

Sláinte!



quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Barbiecrew - O primeiro anunciante a gente nunca esquece

Duzentos posts!

Foi o que publiquei até conseguir o primeiro anunciante para o blog.

Como podem ver à direita, Pablito na Ozzyland agora também tem banner com patrocinador (tchu-tchin!).



A Barbiecrew é uma empresa nova que oferece um serviço de máxima necessidade para o brasileiro em Sydney: entrega de cortes brasileiros para churrasco.

É verdade! Picanha, alcatra e maminha, por exemplo, não fazem parte da cultura australiana. Eles têm o rump, que é o pedaço que inclui esses 3 cortes, mas não os têm separados.

Até pouco tempo, para conseguir uma picanha em Sydney era preciso ir até Petersham, bairro português não muito próximo.



Recentemente, com o aumento dos brasileiros por aqui, açougues em Bondi Junction e outras localidades passaram a vender picanha, em geral a $13, $14 o quilo.

Mas agora, a Barbiecrew não só tem os tradicionais alcatra, costela e coração de frango com ótimos preços ($12 o quilo da picanha), como também entrega em casa.

Isso mesmo! É só ligar que eles vão até a sua casa, parque, praia ou onde estiver fazendo o seu churrasco, e entregam em pouco tempo.

Clique no banner acima, veja tudo o que eles oferecem, a vasta área de entrega (Eastern, Western e South Suburbs de Sydney, City, Northern Beaches e North Sydney), coloque a cerveja pra gelar e aproveite o verãozão que está chegando!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Loooong weekend (literalmente)



Segunda-feira, 5 de outubro, é feriadão na maior parte da Austrália. Como o país está em clima total de primavera – querendo chegar no verão – teremos um intenso final de semana pela frente.



A começar pelo Manly Jazz Festival, que acontece sábado, domingo e segunda em Manly, a maior concentração de brasileiros das Northern Beaches. Durante os 3 dias, diversas bandas nacionais e internacionais se apresentarão nos palcos espalhados entre a balsa (Wharf), o Corso e a praia.



Destaque para o norte-americano George Coleman Jr, que já tocou com Chet Baker e Dizzy Gillespie, e cujo pai, George Coleman, integrava o Miles Davis Quintet. As-sus-ta-dor!



Ainda no sábado, na The Eastern, em Bondi Junction (o epicentro comercial da maior concentração de brasileiros dos Eastern Suburbs), vai rolar a 3ª edição da Fancy Dress Party, a já tradicional festa à fantasia promovida pelo nosso glorioso Big Joseph, o Zezão, que também vai comemorar os aniversários do Vlad e do Pedrones. Só fi-gu-ra-ças!



Domingo, às 17 horas, direto do ANZ Stadium, em Sydney, começa a grande final da temporada 2009 da Rugby League. De um lado, Melbourne Storm, o favorito, time que chega pela quarta vez consecutiva na Grand Final (venceu em 2007, perdeu em 2006/08), e tem tudo para consagrar Billy Slater como o jogador da temporada.



Do outro lado, Parramatta Eels, a sensação do campeonato, time que se classificou por último para os play-offs, eliminou o primeiro colocado, despachou o segundo, e agora dependerá muito de Jarryd Hayne (o homem acima) para ser campeão. Acho que vai dar Storm, mas torcerei para os Eels.



E segunda-feira, feriado do Dia do Trabalho na maioria dos estados australianos, vai ter festa no Coogee Bay Hotel (Selina’s). É a Brazilian Fever, organizada pela Baluart 03 Productions, e patrocinado pela Ozzy Study Brazil.



No palco, o reggae do Ziggy and the Wild Drums, e o samba do Samba Soul. E nas pick-ups, pela primeira vez ao vivo e a cores, Juliana Cesso, a DJ das pérolas de vinil. Na Austrália, só ela mistura Clara Nunes, Bezerra da Silva, Tim Maia, Zeca Pagodinho, Jorge Benjor e Roberto Carlos no mesmo set. E com LP’s. Imperdível! Mulheres $5 (free até às 18h) e homens $10. A festa começa às 17h.

Que São Pedro ajude e terça-feira venha com mais um grande call sick!