Se você não sabe o que se comemora hoje na Austrália, clique aqui e descubra a origem deste porre cívico. Como é o meu quarto Australia Day, precisamos seguir em frente.
Conforme predito no blog, em 15 de maio de 2010, Jessica Watson, a Amyr Klink de saias, a pessoa mais jovem do mundo a circunavegar o planeta sozinha, sem parar, sem os pais e sem assistência, foi escolhida Young Australian of the Year. No referido post, escrevi que ela seria apontada Australian of the Year de 2011, portanto, bateu na trave.
Todo ano, durante as celebrações, são nomeados o australiano do ano, o mais jovem australiano do ano, o veterano, o herói local, o melhor imitador de canguru, essas coisas. Na foto acima, Jessica fez até biquinho ao posar ao lado do empreendedor e filantrópico Simon McKeon, o grande vencedor de 2011.
Historicamente, o Australia Day sempre traz algum assunto relevante ou polêmica à tona. Neste ano, os temas da vez são república e bandeira. A primeira foi levatada pelo apresentador de tv britânico Michael Parkinson, que discursou a convite do Australia Day Council of NSW, na última segunda-feira, e questionou se a Austráia não deveria se tornar uma república assim que a Rainha Elezabeth morrer ou abdicar do trono. A discussão está no ar e hoje cedo, no rádio, ouvi um ótimo texto de um acadêmico durante um fórum chamado Yes we’re still a monarchy but it’s not my fault.
Quanto à bandeira, o assunto já está pegando fogo. Quize Australians of the Year escolhidos desde os anos 1960 declararam ontem serem a favor de uma nova bandeira para o país. Isso mesmo! Existe uma organização chamada Ausflag, que luta pela adoção de uma bandeira "verdadeiramente australiana", refletindo muito mais valores genuinamente australianos do que a atual. E esta mudança também iria na direção da adoção da república. Abaixo, é só uma ilustração, e não uma sugestão, baseada na bandeira aborígene e no principal símbolo do país.
Polêmicas à parte, o país amanheceu hoje com duas boas notícias. A primeira veio do Catar, com a seleção australiana de futebol goleando o Uzbequistão por 6 a 0, pela semi-final da Asian Cup, e classificando-se pela primeira vez para a final (é a segunda participação da Austrália no torneio). Os Socceroos disputarão a grande final na madrugada de sábado para domingo, contra o Japão.
E de Hollywood, três atores australianos foram indicados ao Oscar 2011. São eles: Jacki Weaver (melhor atriz coadjuvante por Animal Kingdom), Nicole Kidman (melhor atriz por Rabbit Hole) e Geoffrey Rush (melhor ator coadjuvante por The King's Speech).
Happy Australia Day!
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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
terça-feira, 18 de maio de 2010
Jessica 17
Muitos duvidaram que hoje ela pudesse estar em casa comemorando os 17 anos. Mas está, e após ter escrito o nome na história.
Happy Birthday
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sábado, 15 de maio de 2010
Jessica Watson - Home Sweet Home
Há 3 dias de completar 17 anos, após quase 7 meses no mar e com 3 horas de atraso em relação ao combinado com as dezenas de milhares de pessoas que foram até a Sydney Harbour e demais baías adjacentes, Jessica Watson pisou em terra firme, sã e salva.
Para terem ideia do feito, estavam presentes Kevin Rudd, primeiro-ministro da Austrália, Kristina Keneally, primeira-ministra de New South Wales, e Jess Martin, o australiano detentor do recorde que Jessica tentou quebrar (a pessoa mais jovem a dar uma volta ao mundo sozinha e sem assistência).
Escrevi “tentou” porque oficialmente não vão reconhecer o feito (vide posts anteriores). Mas quem se importa? Para a multidão que foi a loucura quando o Ella’s Pink Lady despontou na Harbour escoltada por dezenas de barcos, ali estava uma garota de 16 anos que acabara de dar uma volta no planeta, sozinha e sem assistência. Basta!
Recebida pelos pais no deck improvisado entre a Opera House e o Botanic Gardens, Jessica não apenas se tornou heroína nacional (mesmo dizendo que não se considera) e provável Australian of the Year em 2011, como também inspiração para milhões de pessoas em todo o mundo que diariamente registravam mais de 100 mil acessos ao blog da nossa Amyr Klink de saias.
Como Jessica disse, essa viagem diz respeito a correr vários riscos para realizar um sonho. E é isso que dá sentido a vida.
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sexta-feira, 14 de maio de 2010
Férias tardias às Havaianas (Al Gore?)
Deixa eu fazer as devidas apresentações: aquecimento global -terráqueos / terráqueos - aquecimento global.
Ontem, quinta-feira, 13 de maio, pendurei as chuteiras (no caso, as Havaianas). Mas de maneira tardia, se comparada aos anos anteriores. Seria o aquecimento global, Al Gore?
Não que não seja mais possível usá-las, ainda é, mas somente entre às 10h17 e 15h48, e em dias de sol. Antes e depois disso, é pedir pra passar frio.
Mas demorou!
Reparem nas marcas de dedo. Heavy user eu?
Desde que cheguei na Austrália, há quase 3 anos, não tinha visto um outono tão quente. Lembro que tanto em 2008 quanto em 2009, em abril o scaaarrrrf (com sotaque carioca mesmo), o popular cachecol, já estava fora do armário, enquanto as Havaianas eram usadas mais moderadamente.
Claro, sou suspeito por ser um heavy user de chinelos, mas até a última terça-feira à noite, quando iniciei a minha Cruzada Jazzística, ainda estava com elas nos pés praticamente em tempo integral. Era chinelo de manhã pra ir à escola, em casa trabalhando, à tarde seja lá onde ia (com exceção da Ozzy, claro) e à noite nos pubs, bares, restaurantes ou onde quer que fosse. Porém, na noite de terça os primeiros ventos que trarão o inverno finalmente sopraram, a temperatura baixou e, pela primeira vez em 2010, senti fio. Tardiamente, não Al Gore?
Na quarta, tivemos o primeiro dia realmente de outono, com frio na sombra, vento gelado e temperatura sem sofrimento apenas no sol. À noite, friaca! Mas scaaarrrrf ainda no armário.
Neste exato momento, em Sydney, 18 graus em um belo dia ensolarado. Mais! Máxima de 21 e alerta de ventos fortes de sul a sudoeste, atingindo de 25 a 30 nós offshore.
Resumo da ópera: demorou mas chegou. Havaianas descansam, scaaarrrrf vai para a máquina de lavar para matar os ácaros e, em breve, chega ao blog a primeira relação Pablito Austrália com 40 vinhos para o brasileiro tomar no inverno australiano (o que significa diferentes categorias a no máximo $25). Aguardem!
Enquanto isso, que os ventos fortes tragam Jessica Watson com total segurança para casa. Amanhã estaremos lá (com frio, é verdade, mas talvez de chinelo, pois ela deve chegar às 11h30)!
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Ontem, quinta-feira, 13 de maio, pendurei as chuteiras (no caso, as Havaianas). Mas de maneira tardia, se comparada aos anos anteriores. Seria o aquecimento global, Al Gore?
Não que não seja mais possível usá-las, ainda é, mas somente entre às 10h17 e 15h48, e em dias de sol. Antes e depois disso, é pedir pra passar frio.
Mas demorou!
Reparem nas marcas de dedo. Heavy user eu?
Desde que cheguei na Austrália, há quase 3 anos, não tinha visto um outono tão quente. Lembro que tanto em 2008 quanto em 2009, em abril o scaaarrrrf (com sotaque carioca mesmo), o popular cachecol, já estava fora do armário, enquanto as Havaianas eram usadas mais moderadamente.
Claro, sou suspeito por ser um heavy user de chinelos, mas até a última terça-feira à noite, quando iniciei a minha Cruzada Jazzística, ainda estava com elas nos pés praticamente em tempo integral. Era chinelo de manhã pra ir à escola, em casa trabalhando, à tarde seja lá onde ia (com exceção da Ozzy, claro) e à noite nos pubs, bares, restaurantes ou onde quer que fosse. Porém, na noite de terça os primeiros ventos que trarão o inverno finalmente sopraram, a temperatura baixou e, pela primeira vez em 2010, senti fio. Tardiamente, não Al Gore?
Na quarta, tivemos o primeiro dia realmente de outono, com frio na sombra, vento gelado e temperatura sem sofrimento apenas no sol. À noite, friaca! Mas scaaarrrrf ainda no armário.
Neste exato momento, em Sydney, 18 graus em um belo dia ensolarado. Mais! Máxima de 21 e alerta de ventos fortes de sul a sudoeste, atingindo de 25 a 30 nós offshore.
Resumo da ópera: demorou mas chegou. Havaianas descansam, scaaarrrrf vai para a máquina de lavar para matar os ácaros e, em breve, chega ao blog a primeira relação Pablito Austrália com 40 vinhos para o brasileiro tomar no inverno australiano (o que significa diferentes categorias a no máximo $25). Aguardem!
Enquanto isso, que os ventos fortes tragam Jessica Watson com total segurança para casa. Amanhã estaremos lá (com frio, é verdade, mas talvez de chinelo, pois ela deve chegar às 11h30)!
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segunda-feira, 10 de maio de 2010
Sábado tem banho quente!
Agora é oficial: após quase 7 meses desde que partiu, em 18 de outubro de 2009, Jessica Watson vai tomar seu primeiro banho quente.
Muita coisa pode acontecer, é verdade, afinal estamos falando de uma adolescente de 16 anos navegando sozinha no mar, mas para quem já atravessou praticamente todos os meridianos do globo, a previsão de que chegará nas águas da Sydney Harbour neste sábado, por volta das 11h30, é totalmente viável.
As "otoridades", que esperam cerca de 50 mil pessoas, estão tratando a chegada como class one, ou seja, evento no mesmo nível do Ano Novo e Mardi Grass - porém sem tanta boiolagem. Isso significa que ruas serão fechadas e trânsito desvaviado, especialmente na City, próximo à Circular Quay, e nas baías onde ela poderá ser vista como Double Bay, Mosman e Watsons Bay. Portanto, programe-se caso tenha que se deslocar.
Eu, entusiasta da Amyr Klink de saias, estarei lá. Tentarei, se possível, tirar algumas chapas para o blog, e depois celebrarei o feito durante toda a tarde em algum pub com temática marítima, como o Lord Nelson ou o Captain Cook. Talvez até faça uma tour em homenagem, a Jess Pub Tour. Se ela navegou around the world, por que não posso fazer o mesmo around the pubs? Aliás, já fiz no final de 2008 para a Radar Magazine, que ficou conhecida como The Rocks to Bondi - A Maratona dos Pubs. Estão todos convidados.
Que Jess chegue com total segurança e protegida por Netuno!
Muita coisa pode acontecer, é verdade, afinal estamos falando de uma adolescente de 16 anos navegando sozinha no mar, mas para quem já atravessou praticamente todos os meridianos do globo, a previsão de que chegará nas águas da Sydney Harbour neste sábado, por volta das 11h30, é totalmente viável.
As "otoridades", que esperam cerca de 50 mil pessoas, estão tratando a chegada como class one, ou seja, evento no mesmo nível do Ano Novo e Mardi Grass - porém sem tanta boiolagem. Isso significa que ruas serão fechadas e trânsito desvaviado, especialmente na City, próximo à Circular Quay, e nas baías onde ela poderá ser vista como Double Bay, Mosman e Watsons Bay. Portanto, programe-se caso tenha que se deslocar.
Eu, entusiasta da Amyr Klink de saias, estarei lá. Tentarei, se possível, tirar algumas chapas para o blog, e depois celebrarei o feito durante toda a tarde em algum pub com temática marítima, como o Lord Nelson ou o Captain Cook. Talvez até faça uma tour em homenagem, a Jess Pub Tour. Se ela navegou around the world, por que não posso fazer o mesmo around the pubs? Aliás, já fiz no final de 2008 para a Radar Magazine, que ficou conhecida como The Rocks to Bondi - A Maratona dos Pubs. Estão todos convidados.
Que Jess chegue com total segurança e protegida por Netuno!
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quarta-feira, 5 de maio de 2010
Duas boas novas e uma má
Começando pelas boas, hoje, a partir das 20h, tem Abuka Trio, o melhor trio de bossa nova/mpb de Sydney, no Robin Hood, o melhor local pub de Bronte. Para quem não os conhece, vale muito a pena. O Robin Hood está na 203 Bronte Rd, pertinho de Bondi Junction.
A segunda boa é que no domingo tem Tropical Jam, a banda do nosso glorioso Jam Leia (ou simplesmente Geleia), no Beach Road. O show é parte do Cultura Bondi, e Geleia (sem acento mesmo, respeitando a última revisão gramatical) estará acompanhado do Marcelo Maio, o tecladista do Abuka Trio, do Rogério Pulga no baixo, entre outros ótimos músicos. Os dois eventos são imperdíveis.
A má notícia fica por conta do World Sailing Speed Record Council, que quer jogar água no chope da Jessica Watson (no caso, na limonada). É verdade! Eles afirmaram que o feito dela será importante, blá, blá, blá, mas que não valerá para efeito de recorde mundial. Os "oceanocratas" levantam alguns pontos como a necessidade de navegar mais de 21.600 milhas naúticas, de ir mais a norte do que ela foi quando cruzou a Linha do Equador, entre outros. Resumindo: querem boicotar a Jess! Desde o começo ela e os pais foram muito criticados, imprensa e "especialistas" viam a jornada com grande desconfiança, enfim, estão com inveja por não ser o filho deles, por não ser um homem e por ela ser menor de idade. #prontofalei
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segunda-feira, 3 de maio de 2010
Jessica Watson - Agora vai!
Continuando o post anterior...
As condições climáticas não estavam tão ruins quanto se esperava, apesar das rajadas de vento de aproximadamente 40 nós. Com isso, Jessica Watson, nossa Amyr Klink de saias, conseguiu contornar o último cabo da jornada, o Cape of Tasmania (ou seja, passou por todos do hemisfério sul), e agora, com ventos de 25 nós e ondas cada vez menores, sobe serelepe a costa da Tasmania rumo a Sydney.
Já são mais de meio ano desde que partiu da Sydney Harbour, em outubro do ano passado, e o feito nunca esteve tão próximo. Principalmente agora que navega em "águas familiares", segundo escreveu no blog.
A mil milhas náuticas de casa, o negócio é manter a concentração, segurar a ansiedade por um banho quente e torcer por condições cada vez melhores de navegação. O resto é história!
Esses dias, visitando o ótimo blog que o amigo Rafael Cury tem com outros 6 escribas, 0 7 Cronistas Crônicos , li o primeiro parágrafo de um texto que não apenas traduz o que tenho como ideal de vida (na verdade, o oposto disso), como também a imensa admiração que sinto pela Jessica Watson.
O parágrafo foi extraído do texto Menos um, de Leandro Afonso Guimarães.
Uma boa parte (ou talvez até a maioria) das pessoas que conheço faz basicamente duas coisas: sair de casa, trabalhar, voltar para casa e dormir. Nos finais de semana e feriados, na maior parte deles, elas descansam, cada uma à sua maneira – e, se sobrar tempo, se entregam a algum tipo de repouso. A desculpa é o cansaço. Investem no sono e na rentável ocupação de oito ou mais horas diárias não para (sobre)viver, mas porque não fariam nada de interessante caso tivessem mais tempo. Não sei se sou privilegiado por conhecer pessoas tão sedutoras em escala industrial, mas acho no mínimo interessante a maneira como elas lidam com a existência.
As condições climáticas não estavam tão ruins quanto se esperava, apesar das rajadas de vento de aproximadamente 40 nós. Com isso, Jessica Watson, nossa Amyr Klink de saias, conseguiu contornar o último cabo da jornada, o Cape of Tasmania (ou seja, passou por todos do hemisfério sul), e agora, com ventos de 25 nós e ondas cada vez menores, sobe serelepe a costa da Tasmania rumo a Sydney.
Já são mais de meio ano desde que partiu da Sydney Harbour, em outubro do ano passado, e o feito nunca esteve tão próximo. Principalmente agora que navega em "águas familiares", segundo escreveu no blog.
A mil milhas náuticas de casa, o negócio é manter a concentração, segurar a ansiedade por um banho quente e torcer por condições cada vez melhores de navegação. O resto é história!
Esses dias, visitando o ótimo blog que o amigo Rafael Cury tem com outros 6 escribas, 0 7 Cronistas Crônicos , li o primeiro parágrafo de um texto que não apenas traduz o que tenho como ideal de vida (na verdade, o oposto disso), como também a imensa admiração que sinto pela Jessica Watson.
O parágrafo foi extraído do texto Menos um, de Leandro Afonso Guimarães.
Uma boa parte (ou talvez até a maioria) das pessoas que conheço faz basicamente duas coisas: sair de casa, trabalhar, voltar para casa e dormir. Nos finais de semana e feriados, na maior parte deles, elas descansam, cada uma à sua maneira – e, se sobrar tempo, se entregam a algum tipo de repouso. A desculpa é o cansaço. Investem no sono e na rentável ocupação de oito ou mais horas diárias não para (sobre)viver, mas porque não fariam nada de interessante caso tivessem mais tempo. Não sei se sou privilegiado por conhecer pessoas tão sedutoras em escala industrial, mas acho no mínimo interessante a maneira como elas lidam com a existência.
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domingo, 2 de maio de 2010
Jessica Watson - O pior ficou para o fim (mas vai passar)
A situação é a seguinte. Jessica Watson, a adolescente australiana que está prestes a se tornar a pessoa mais jovem do mundo a circunavegar o planeta sozinha, sem parar e sem assistência, poderia estar muito mais próxima de Sydney. Poderia, pois é justamente nas milhas náuticas finais que a jornada está mais complicada.
Conforme escrevi no último post sobre a nossa Amyr Klink de saias, após entrar em águas australianas, Jessica seguiria pela Great Australian Bight, entre os estados de Western Australia e South Australia, depois, em vez de "ir reto" e atravessar o Bass Strait, entre Victoria e Tasmania, ela desceria a sudeste, navegaria ao sul da Tasmania, contornaria o estado-ilha e depois subiria para Sydney. Tudo isso para evitar o Bass Strait, que além das más condições climáticas, é repleto de barcos e ilhas.
Porém, já faz uma semana que o caminho pela Tasmania também está complicado devido a um sistema de baixa pressão (pra facilitar: péssimo tempo), que a obrigou a praticamente ficar parada aguardando melhora na previsão. Mas como estamos falando de mar e não de rodovia, "parada" não é exatamente o termo correto, principalmente porque onde ela se encontra, o tempo também está deplorável, com ventos que passam dos 35 nós e ondas de 10 metros, como essa segunda na foto acima. Não preciso dizer que o Ella's Pink Lady capotou recentemente (mais de uma vez), e ela está com alguns hematomas.
Bem, o negócio é ter paciência, não deixar que a ansiedade de abraçar os pais e tomar um banho quente atrapalhe e esperar por dias e ventos melhores. Que certamente virão, não só no mar, mas principalmente em terra firme após tamanho feito.
Anotem aí: próximo 26 de janeiro - Jessica Watson - Australian of the Year!
Fotos: Jessica Watson
Blog oficial da aventura: http://jessicawatson.com.au/_blog/Official_Jessica_Watson_Blog/
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quarta-feira, 14 de abril de 2010
Nas águas da Austrália fechando a circunavegação
Enquanto o navio chinês Shen Neng 1 continua seu rastro de destruição na Grande Barreira de Corais, iniciado em 3 de abril; e a Austrália suspende por tempo determinado os pedidos de asilo do Afeganistão e Sri Lanka, após a marinha ter interceptado mais um barco tentando entrar ilegalmente por essas bandas; Jessica Watson, a versão adolescente e de saia do Amyr Klink, já navega em águas australianas. É verdade!
Canal de óleo de 3 km. Well done Shen Neng 1!
Ela, que está prestes a se tornar a pessoa mais jovem do mundo a circunavegar o planeta sozinha e sem assistência, na segunda-feira completou 20 mil milhas náuticas, o dobro que havia navegado em toda vida.
Jessica, 16 anos, partiu da Sydney Harbour em 18 de outubro de 2009 a bordo do Ella's Pink Lady, em 13 de janeiro deixou para traz o Cabo Horn, na América do Sul, em 24 de fevereiro foi a vez do Cabo da Boa Esperança, na África, e na última segunda o Cabo Leewuin, no extremo oeste da Austrália (clique aqui para ver onde ela está).
Em meio a tanto enlatado, uma lulinha fresca que pulou no deck.
Agora, conforme informou em seu blog, em vez de seguir pela Great Australian Bight, entre os estados de Western Australia e South Australia, e depois atravessar o Bass Strait entre Victoria e Tasmania, Jessica deverá se afastar da costa e passar ao sul da Tasmania para evitar o Bass Strait, que é cheio de barcos e ilhas (o que significa poucas horas de sono) e também porque a previsão de vento não é das melhores.
Restam aproximadamente 2500 milhas náuticas e pelo que tudo indica o desembarque histórico em Sydney deverá acontecer nos primeiros dias de maio. Como já disse anteriormente, sou um entusiasta dela e se puder, irei.
Canal de óleo de 3 km. Well done Shen Neng 1!
Ela, que está prestes a se tornar a pessoa mais jovem do mundo a circunavegar o planeta sozinha e sem assistência, na segunda-feira completou 20 mil milhas náuticas, o dobro que havia navegado em toda vida.
Jessica, 16 anos, partiu da Sydney Harbour em 18 de outubro de 2009 a bordo do Ella's Pink Lady, em 13 de janeiro deixou para traz o Cabo Horn, na América do Sul, em 24 de fevereiro foi a vez do Cabo da Boa Esperança, na África, e na última segunda o Cabo Leewuin, no extremo oeste da Austrália (clique aqui para ver onde ela está).
Em meio a tanto enlatado, uma lulinha fresca que pulou no deck.
Agora, conforme informou em seu blog, em vez de seguir pela Great Australian Bight, entre os estados de Western Australia e South Australia, e depois atravessar o Bass Strait entre Victoria e Tasmania, Jessica deverá se afastar da costa e passar ao sul da Tasmania para evitar o Bass Strait, que é cheio de barcos e ilhas (o que significa poucas horas de sono) e também porque a previsão de vento não é das melhores.
Restam aproximadamente 2500 milhas náuticas e pelo que tudo indica o desembarque histórico em Sydney deverá acontecer nos primeiros dias de maio. Como já disse anteriormente, sou um entusiasta dela e se puder, irei.
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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Jessica Watson - No Evereste dos Navegadores
Ontem, 13 de janeiro, às 20h4o (horário de Sydney), ela, que não via um pedaço de terra havia 88 dias - desde que partira da Baía de Sydney em 18 de outubro -, não só avistou como contornou.
E não foi qualquer pedaço, mas sim o mítico Cabo Horn, o Monte Evereste dos navegadores, o ponto em território chileno que divide as águas austrais do Pacífico e do Atlântico.
Estou falando de Jessica Watson, a australiana de 16 anos que está tentando, a bordo do seu intrépido Ella's Pink Lady - o barco -, ser a pessoa mais jovem do planeta a circunavegar o globo terrestre sem paradas nem assistência (uma espécie de Amyr Klink de saias).
A previsão inicial para chegar ao Cabo Horn era 11 de janeiro, mas o que são dois dias de "atraso" para uma adolescente que deveria estar numa sala de aula cercada de acnes?
Jessica já navegou 9,800 milhas náuticas até o momento. Saindo de Sydney, ela subiu a sudeste e deu um pulinho no hemisfério norte para validar o feito (é uma das regras); desceu a sudoeste a caminho da Tierra del Fuego, enfrentando as águas mais do que nervosas e os ventos mais do que tresloucados do Pacífico entre a Argentina e a Antárctica (velejou entre 30 a 40 nós nas últimas 24 horas); contornou o Cabo Horn; e agora sobe em direção às Ilhas Malvinas para cumprir a terceira parte da jornada, que é ir de um cabo ao outro (do Horn para o da Boa Esperança, na África).
Como sou fã declarado, a única coisa que posso dizer é: Go Jess!!!
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sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Jessica Watson - Ela é demais!
Eu, que não suporto aqueles seres espinhudos e barulhentos conhecidos como adolescentes, jamais imaginei que, prestes a completar 33 anos, iria adimirar uma de 16 anos.
Não, não estou apaixonada por uma teenager (pelo menos não no sentido de "namorico" - apesar dela ser uma gata). Mas, sim, estou absolutamente fascinado por Jessica Watson, a australiana que há um mês deixou Sydney para fazer história no seu Ella's Pink Lady.
Jess (o apelido dela) quer ser a velejadora mais jovem do planeta a dar uma volta ao mundo sozinha, sem assistência e sem paradas. Para legitimar o feito, precisa atingir algumas metas.
E ontem, quinta-feira (horário de Melbourne), Jessica alcançou a primeira delas, que era cruzar pelo menos uma vez a linha do Equador. Aí está!
Obviamente vocês não estão vendo, tampouco ela, mas é o que mostra o traçado da carta naútica do Ella's Pink Lady, a caminho de Kiribati Island.
Cumprida a parte 1 da jornada, agora Jessica segue para a 2, que é descer sul para o Cabo Horn, fazendo a passagem entre os oceanos Pacífico e Atlântico entre a Argentina e a Antártida.
Jessica pertence a um grupo raro que inclui Amyr Klink, coronel Fawcett e Christopher McCandless, entre outros poucos. São pessoas que não deixaram a revolução industrial e a vida moderna sufocarem por completo a natureza nômade que cada ser humano traz dentro de si (sim, trazemos!).
E o resultado são feitos fantásticos e grandes histórias que, mesmo com finais trágicos, como ocorreram com Fawcett no Brasil e McCandless (ou simplesmente Alexander Supertramp) no Alasca, são movidos por uma necessidade muito maior do que a de simplesmente estar vivo.
Desde que partiu, Jessica tem alimentando um blog quase todos os dias. Em alguns posts ela fala sobre a navegação, em outros dá detalhes técnicos, e muitas vezes fala o que está pensando e sentindo, dando valor a coisas tão simples e banais que nos faz lembrar o quão simples e banal é a vida, especialmente em terra firme. Basta ver a alegria ao assar alguns bolinhos de chocolate.
Hoje é o blog mais acessado da Austrália, e eu o acompanho diariamente. Re-co-men-do!
Go Jess!
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terça-feira, 20 de outubro de 2009
Jessica Watson - Uma Voltinha ao Mundo
"Não aceite bala de estranhos" e "leve casaco" são alguns dos conselhos maternos mais ouvidos pelas adolescentes antes de viajarem. Mas no caso de Jessica Watson, australiana de 16 anos, as recomendações foram um pouco além.
Às 9h49 da manhã do último domingo, na Sydney Harbour, Jessica despediu-se dos pais, dos amigos, dos patrocinadores e fãs, e partiu para uma viagem não muito comum para adolescentes: uma voltinha ao mundo, sozinha, e num barco.
Abordo do Ella's Pink Lady, a menina, natural da Gold Coast (QLD), quer se tornar a pessoa mais jovem a dar uma volta ao mundo sem paradas e assistência.
Para legitimar o feito, foram estipuladas algumas regras: ela deve partir e chegar no mesmo porto, cruzar todas as faixas de longitude, cruzar pelo menos uma vez a linha do Equador (ou seja, dar um pulinho no Hemisfério Norte) e passar pelos pontos mais ao sul da América do Sul e da África.
A aventura está planejada para durar cerca de 8 meses, num total de 23 mil milhas náuticas (38 mil quilômetros). Nada mal para quem deveria estar na aula de física ou biologia pensando o que vai ser quando crescer.
Na etapa final da preparação, há pouco mais de um mês, houve uma colisão entre o barco de Jessica e um navio, resultando em um mastro quebrado, uma avalanche de críticas e muitas dúvidas sobre o preparo dela para a aventura, mas Jessica seguiu em frente.
Estarei acompanhando e, sempre que tiver novidades, mantendo vocês informados.
Por ora, ela está na "Parte 1 da missão", que é a partida de Sydney sentido norte da Nova Zelândia, seguindo na direção de Fiji e Samoa, e continuando a nordeste para Kiribati, já acima do Equador.
A "Parte 2" será descer sul para o Chile e Cabo Horn, mas até lá tem água.
Para quem deseja acompanhar diariamente, aqui está o blog dela, que ao contrário dos blogs teens, não tem clipes da Avril Lavigne, referências às amigas como Pá, Cá, Mi e Tá, fotos de emo-garotos ou descrições de como foi o almoço no Sushi Train.
Boa sorte e ótimos ventos, pois serão necessários!
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