segunda-feira, 3 de maio de 2010

Jessica Watson - Agora vai!

Continuando o post anterior...

As condições climáticas não estavam tão ruins quanto se esperava, apesar das rajadas de vento de aproximadamente 40 nós. Com isso, Jessica Watson, nossa Amyr Klink de saias, conseguiu contornar o último cabo da jornada, o Cape of Tasmania (ou seja, passou por todos do hemisfério sul), e agora, com ventos de 25 nós e ondas cada vez menores, sobe serelepe a costa da Tasmania rumo a Sydney.

Já são mais de meio ano desde que partiu da Sydney Harbour, em outubro do ano passado, e o feito nunca esteve tão próximo. Principalmente agora que navega em "águas familiares", segundo escreveu no blog.

A mil milhas náuticas de casa, o negócio é manter a concentração, segurar a ansiedade por um banho quente e torcer por condições cada vez melhores de navegação. O resto é história!

Esses dias, visitando o ótimo blog que o amigo Rafael Cury tem com outros 6 escribas, 0 7 Cronistas Crônicos , li o primeiro parágrafo de um texto que não apenas traduz o que tenho como ideal de vida (na verdade, o oposto disso), como também a imensa admiração que sinto pela Jessica Watson.

O parágrafo foi extraído do texto Menos um, de Leandro Afonso Guimarães.

Uma boa parte (ou talvez até a maioria) das pessoas que conheço faz basicamente duas coisas: sair de casa, trabalhar, voltar para casa e dormir. Nos finais de semana e feriados, na maior parte deles, elas descansam, cada uma à sua maneira – e, se sobrar tempo, se entregam a algum tipo de repouso. A desculpa é o cansaço. Investem no sono e na rentável ocupação de oito ou mais horas diárias não para (sobre)viver, mas porque não fariam nada de interessante caso tivessem mais tempo. Não sei se sou privilegiado por conhecer pessoas tão sedutoras em escala industrial, mas acho no mínimo interessante a maneira como elas lidam com a existência.

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