Finalmente uma noite de sono profundo, dormida como um verdadeiro princeso. O que chamam de sono dos justos, sem precisar ir para a cama no intervalo do primeiro jogo, por volta da 0h46, muito menos tendo que acordar às 4h26, a tempo de ouvir algum hino nacional. Sim! Adoro ver os semblantes e reações quando a câmera passeia pelos 11 jogadores.
Em geral temos: o primeiro canta alta e olhando para cima, o segundo canta com a mão no peito, o terceiro, mais baixinho, está concentrado com os olhos fechados, o quarto, provavelmente um brasileiro naturalizado, não faz ideia do que está sendo cantado, o quinto está muito abraçado com o sexto, que canta constrangido olhando para baixo, o sétimo olha para a câmera e pisca, o oitava canta alto e quase chora, o nono finge que canta mas não sabe a letra, o décimo, que é o goleiro, canta com seriedade, e o décimo primeiro, o craque invocado, não está nem aí pra nada.
O sono só não foi perfeito porque após liderar o bolão das Havaianas durante a maior parte do tempo, caí para quarto, a apenas 4 pontos da líder (sim, temos uma líder), graças a um pênalti holandês cometido aos 47 minutos do segundo tempo. Mas tudo bem, a partir de amanhã recupero os pontos perdidos.
E aproveitando a parada na Copa, o repouso das vuvuzelas e o sono em dia, é hora de um rápido balanço. Na verdade, uma olhada nos Tambores da África, texto que publiquei há dois dias do início da Copa e vem se confirmando.
Vejamos este parágrafo:
"Com os tambores da África apenas esquentando, descarto de cara França, Inglaterra, Alemanha, Holanda, Itália, Portugal e Espanha devido ao histórico colonizador no continente. Acho que o título ficará no hemisfério sul, mas não na África. Alguns times do continente podem surpreender, ir longe, mas favorito mesmo, levando em consideração os fatores jogadores, time, camisa, estrela, tabela e tambores da África, são dois: Brasil e Argentina (não necessariamente nesta ordem)."
França e Itália nem da primeira fase passaram. Inglaterra e Portugal ficaram nas quartas. Ainda restam Alemaha, Holanda e Espanha, sendo que a única que realmente tem jogado bola para ganhar é a Alemanha, do glorioso e flamboyant técnico Joachim Low (tenho certeza de que ele tem um estúdio capilar em algum bairro transado de Munique).
Com Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai nas quartas, mais Gana, continuemos firmes e fortes com os tambores da África, tendo ainda mais duas vuvuzeladas certeiras pré-Copa:
"Correndo por fora, coloco o meu Uruguai, seleção que tem uma ótima defesa com o grande Lugano de capitão, e reaprendeu a fazer gols com Forlán, Abreu e Suarez. Pouca gente sabe, mas a influência do candombe (isso mesmo, da mesma origem do candomble) na cultura popular uruguaia é muito forte, o que pode nos impulsionar. Também tem os Estados Unidos, que apesar de não terem um grande time, conta com o fator Obama. Porém, a dívida ainda é muito maior do que os dividendos e não passam das oitavas, caso supere a fase de grupo."
Com tudo isso, resta dizer que a Copa está absolutamente aberta e não faço a menor ideia de quem vai ganhá-la. Mais! Depois de uma parada hermana, amanhã é dia de TV Down Radio Up! Isso mesmo, se você está em Sydney (97.7 FM), Melbourne (93.1) ou Canberra (105.5 FM), às 23h30, abaixe o volume da sua tv e sintonize na Radio SBS, pois entraremos ao vivo. Durante o jogo, narração incomparável do grande José Silvério na Rede Bandeirantes e no intervalo e ao término do plério voltamos com absolutamente tudo. Se preferirem, ouçam pela internet.
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