terça-feira, 13 de julho de 2010

CTG no blog - Chimarrão, tchê!


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Ontem, uma simples consulta no Facebook transformou o meu profile num verdadeiro CTG - Centro de Tradições Gaúchas. O que adorei, pois não apenas acabo de adquirir o objeto da consulta, como também rendeu este post.

A pergunta foi simples: Amigos do Rio Grande, é possível encontrar erva para chimarrão por Bondi e redondezas ou apenas em Petersham? Se souberem, me falem exatamente onde, por favor.

Para os desavisados que acabaram de desembarcar em Sydney e estão sofrendo com o frio, seguem algumas informações extremamente úteis, no melhor estilo trabalho de escola na Era Wikipedia, ou seja, roubando tudo, copiando e colando - o famoso trabalho control c control v.

Ana Cristina Duarte Pablito, na esquina da Curlewis naquela shop corner dos libaneses tem erva de chimas, tche! Erva uruguaia pode ser p/ Terere e nao p/ chimas. So watch out!

Fernando Aragones Se tiver pelo lado Norte da Ponte, no Waringah Mall tem 2 opções de ervas, Barão e Vier, e com o melhor preço no mercado $9.99 o kg. Tá valendo!! Coutry Growers é o nome do shop.

Ana Cristina Duarte Barão e Vier são as melhores!

Suzane Pippi Concordo com a Ana, Barão e Vier são tri boas... Aqui perto do meu trampo (no Cafecito) tem da Barão, $6.... A erva Uruguai, com todo respeito ao caríssimo amigo, não fica boa no chimarrão não... So gelado....

Janaina Rodrigues Acho que na conveniencia do Liba, na esquina da Glenayr/Curlewis...

Raphael Ramires Brasil no restaurante brasileiro na Bondi Road ou melhor ainda na Junction tem a Vier, que na minha opinião é a melhor que tem aqui!

Guilherme Magalhaes Da Silva erva Barão, no Cafecito (Town Hall) no Cafe Brazil (Bondi Road) tem erva no mercado da Bondi Road tb, não lembro qual marca! Recomendo a Vier também, eu ainda uso a erva que recebo do Brasil! Mantenho elas no freezer até o momento de abri-las!! Fica mais "boa do que nadar de poncho"!!! hehe



Quem sou eu para duvidar que Vier e Barão são as melhores destas bandas? Depois dessa cascata de informações, corri para o Cafe Brazil, na 195 Bondi Road, e adquiri o glorioso Barão, além de um quilo de feijão preto que já está na panela. Vanessa, muito obrigado! Aliás, depois desse merchân grátis, aguardo um descontinho no próximo Barão, hein...



Mas a pergunta que não quer se calar:

Pablo, por que cargas-d'água, você, que é paulista, nascido na Maternidade São Paulo, em São Paulo e torcedor do São Paulo, quer saber onde encontrar chimarrão, tche?

A resposta meio-verdade seria "porque sou filho de uruguaio". Isso bastaria, se não fosse por um detalhe: nunca vi meu pai tomar chimarrão na vida. Seu Nacer simplesmente não gosta. Mas sendo filho de uruguaio e nascido com cara de boludo, sempre me senti na obrigação de tomar.



No começo, nos idos dos 1980, tomava apenas no inverno para fazer graça. Era uma espécie de ovelha celeste da família, já que os meus irmãos não estavam nem aí para o fato de descendermos do lado oriental do Rio de la Plata. Os três, incluindo minha irmã que mora aqui, estavam muito mais ligados nos Estados Unidos, onde viveriam por anos.

Nos início dos 1990, um dos irmão, à época um tremendo especialista em tudo quanto é tipo de erva, já havia voltado dos Estados Unidos e morava em Florianópolis. Durante férias na casa dele em pleno verão, tomei gosto pela erva... mate.

Levei o hábito para São Paulo, tomando regularmente após o jantar, e anos depois, quando fui morar em São José do Rio Preto, abandonei completamente, pois é impossível beber qualquer líquido quente em uma cidade cuja temperatura nunca baixou dos 30 graus.

Mas o destino queria que eu voltasse ao chimarrão, e de Rio Preto fui viver em Floripa, onde tomava praticamente em tempo integral, influenciado principalmente pelo enorme contingente de amigos gaúchos.

Uma década depois, vim para a Austrália e não sei por qual razão não trouxe a minha cuia nem a bomba. Na verdade, estava mais focado nas botejas. Porém, com este inverno calamitoso e o gosto por transformar cada mísero segundo da minha existência em algo prazeroso, transformando tudo em pequenos rituais diários, aproveitei que minha mãe estava vindo para cá e não tive dúvida:

- Mãe, traga uma bomba, uma cuia e um par de alpargatas, por favor.

Sim, também uso alpargatas, tchê!

4 comentários:

Guile e Zezé disse...

Mas bah tche, gostei do post! Sempre bom ver como a tradicao nos mantem unidos e como teu blog tambem e um servico de utilidade publica! Well done! Tenho umas cinco cuias aqui em casa e sempre tenho erva. Fica o convite: tomar um chimarrao qualquer dia destes... Brabo e achar tempo. Day off pra mim e "mais dificil que dormir de espora sem rasgar o lencol " heheheh

Unknown disse...

Ai Pablito, voce nao existe mesmo. Seu blog esta cada dia mais interessante. E em homenagem aos nossos amigos gauchos ( e temos varios em comum) eu tambem adoro um chimas! Tomei um na casa da Ana no sabado. Viva o povo do Sul, de Sampa, de todo o Brasil!

Pablo Nacer disse...

Vaaaaaaleu, Paola!! Brigadão!! E valeu por ter postado no Facebook também!

Guilherme, também sofro do mesmo problema, falta de off, mas vamos marcar sim. Abração e tô adorando essas expressões gaúchas!!

Suzica disse...

Pablito... Fica o convite... Chimas nao tem dia, nem hora, nem lugar... O que vale eh uma boa erva e uma boa roda de amigos...
E voce esqueceu de um artigo importantissimo pra essas epocas do ano dos ventos do sul: o pala....