sexta-feira, 15 de julho de 2011

Da dura poesia concreta de tuas esquinas

Durante dez anos, entre os 1970 e 1980, meu pai, Alberto Nacer, trabalhou como fotógrafo profissional em São Paulo, fazendo fotos publicitárias.

Quando montou, no início dos 80, a Diálogo Propaganda, deixou a câmera de lado - pelo menos profissionalmente - para se dedicar à agência, onde era sócio, diretor de arte e de criação.

A agência não existe mais, virou Talent Biz no início dos 90, mas a paixão pela fotografia jamais apagou e, felizmente, teve o cuidado de passar pra mim.

Sábado passado, cheguei em São Paulo após três anos sem visitar o Brasil e, aos poucos, tenho visto o que ele vem fotografando desde que se aposentou, há cerca de dois meses.

Nessa sequência fotografada em duas horas num espaço de aproximadamente quatro querteirões próximos de onde mora, o que mais me chamou a atenção foi o fato de ter encontrado formas e até certa beleza em algo que é um dos principais responsáveis por toda a dureza que São Paulo se tornou, os enormes edifícios que transformaram a cidade numa gigantesca e mirabolante selva de pedra.

Mais! Ainda descolou um ângulo fantástico na quarta chapa que fez o estado de São Paulo saltar à vista, no melhor estilo "Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços".

Muy bueno!

















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3 comentários:

Eugênia disse...

Pois dê os parabéns a ele. Morri de inveja boa, pois adoro fotos. Vou até aí, tomar umas aulas. Beijos a todos

Jo Turquezza disse...

Sou avessa à prédios, mas tiro o chapéu para essas fotos. Parabéns a ele.

Pablo Nacer disse...

Brigadão, Eugênia e Turquezza! Parabéns devidamente transmitido!!