quinta-feira, 17 de junho de 2010

Guia de Vinho (Categoria 4 - Para Harmonizar)


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Categoria 4
Para harmonizar (com comida)

F
ondue
Para os brasileiros, poucas ocasiões remetem tanto ao inverno como o fondue. Independentemente de ser de queijo ou carne, o importante é que o vinho seja tinto e frutado. Mas, claro, há exceções e se não tiver queijos muitos fortes, você pode tentar um Chardonnay bem encorpado.

Montes Limited Selection Cabernet Sauvignon Carmenere 2008 (CHI) $15



Se você é daqueles que deu os primeiros passos no mundo do vinho, ainda no Brasil, através das botejas argentinas e chilenas, este aqui é quase um remédio para homesick. Chileno da região de Colchagua Valley, ele é 70% Cabernet Sauvignon e 30% Carmenere, a uva que melhor representa o país. Com forte aroma animal, o Montes traz pimenta e pimentão, tem ótimo corpo e equilíbrio. Mas é daqueles que começa fechadão, precisando ser aberto pelo menos meia-horinha antes de ser tomado. Despues es solamente alegria (no melhor do portunhol)!

Opção: Grant Burge Cabernet Sauvignon 2004 Cameron Valey $23

Churrasco
A impressão é que o Malbec argentino nasceu para o churrasco. E não deixa de ser verdade. Mas para não cometer uma heresia down under, afinal, aqui é a terra do Shiraz e também do BBQ, recomendamos um australiano como opção.

Norton Malbec 2008 Mendonza (ARG) $10



Tanto no nariz como na boca, esta linha mais simples do Norton traz muita fruta e madeira. Ele é ideal para ser bebericado na primeira fase do churrasco, aquela em que você joga conversa fora enquanto espera as primeiras linguiças (de preferência não apimentadas) e a picanha. Para a segunda fase, quando vem carnes e linguiças com sabores mais acentuadas, você precisará de mais estrutura, o que a linha Reserva deste Norton traz por cerca de $15. E se for um “aussie BBQ” com tudo o que se tem direito, incluindo lamb e linguiças bem picantes, vá direto para o shirazão deles.

Opção: Elderton Shiraz $21

Queijo e vinho
Na noite do queijo e vinho, ouse. Enquanto todos vão levar tintos e brancos, apareça com um fortificado. Isso mesmo, por aqui chamado de Port, ele é perfeito com gorgonzola, por exemplo. Ou então leve um vinho de sobremesa Botryts Semillon, que se harmoniza perfeitamente com roquefort.

Orlando Liqueur Tawny 2006 $14



Durante muito tempo, os responsáveis pela má reputação da indústria australiana de vinho eram os fortificados, que não passavam de imitações baratas de vinho do Porto produzidas em grande escala. Isso foi entre o final do século XIX e início do XX. Hoje, a indústria é completamente diferente, a Austrália se tornou um dos maiores exportadores do mundo e os fortificados representam porcentagem pífia da produção anual (no ano fiscal 2008/09 foram 10 867 000 L num total de 1 171 233 000 L). Este traz os tradicionais melaço, marmelo, madeira e um leve xarope. É perfeito para abrir o apetite, fechar os trabalhos após o jantar e, num contexto de queijo e vinho, fazer a festa com blue cheese.

Opção: Peter Lehmann Botryts Semillon 2008 $19

Comida japonesa
Essa ideia não é muito difundida, mas talvez os melhores vinhos para acompanhar sushi e sashimi sejam os espumantes. Nós acreditamos nisso! Caso você torça o nariz, um Sauvignon Blanc também vai bem.

Orlando Trilogy Brut $15



Antes de mais nada, vamos esclarecer: todo Champagne é um espumante, mas nem todo espumante é um Champagne. Somente é Champagne os vinhos produzidos na região francesa da Champagne, feito com determinadas uvas e seguindo processos e padrões seculares. O Orlando Trilogy é um espumante feito com o corte clássico da Champagne (Pinot Noir, Chardonnay e Pinot Menier) e, no meio de tantos espumantes espalhafatosos de baixa qualidade que tem no mercado australiano, é muito bom. Rico em perlage (as famosas bolhinhas), ele é riquíssimo na boca mas não tão longo no aroma. Tremenda barganha!

Opção: Cono Sur Sauvignon Blanc (CHI) $10

Comida italiana
O óbvio. O simples. O clássico. Vinho italiano para harmonizar com comida italiana – e não se fala mais nisso.

Romitorio Morellino Di Scansano (ITA) $23



Um vinho animal. Literalmente! Ele traz aroma de pêlo de animal, que pode parecer um absurdo, mas é comum em muitos vinhos da Itália, que em geral trazem muita coisa de terra incluindo esterco de vaca. Elegante, bastante frutado e perfeito para ser tomado com massas e pastas, de cara ele pediu um linguine de lamb desfiado (iremos atendê-lo em breve, passando a receita no blog).

Opção: Piana del Sole Salento Primitivo $13

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