A partir de hoje, quinta-feira (24/2), em Sydney, e amanhã, sexta (25/2), em Melbourne, durante uma semana vocês que ainda não compraram seus ingressos para os shows dos Mutantes poderão levar dois pelo preço de um. Isso mesmo, compra um ticket e leva outro grátis pra casa.
Os shows da maior banda brasileira de todos os tempos acontecem no dia 9 de março, no Enmore Theatre, em Sydney, e em 11 de março, no Forum Theatre, em Melba. Eu, claro, estarei nos dois!
Ingressos duplos para SYD por aqui e para MEL por aqui.
Outra coisa!
O ensaio do BlóCoogeeLoko, que seria hoje no Coogee Bay Hotel, foi transferido para este domingo, às 18h, no mesmo local. Sei que vocês vão dizer, pô, mas tem o show do Planta & Raiz no mesmo dia, como que... Sem problema!
O show do Planta na Home só vai começar mais tarde, portanto, a ideia é justamente fazer um esquenta no Coogee Bay, curtindo um samba e aprendendo o enredo, e depois seguir para Darling Harbour para cair na regueira (bus 373) - parecido com o que já rola com o Favela pós-Coogee ou Beach Road. A entrada para o ensaio é grátis.
Para quem ainda não tem ingresso para o Planta & Raiz, passe na agência da City ou de Bondi da Ozzy Study Brazil nesta sexta-feira e garanta.
Os próximos ensaios acontecem no domingo, 6 de março, e depois na quinta, 10 de março. O CarnaCoogee é dia 12 de março!
Mostrando postagens com marcador Sydney. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Sydney. Mostrar todas as postagens
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Ensaio do Bloco - Samba Enredo
O carnaval está chegando e com ele a segunda edição do CarnaCoogee, o carnaval do Balu no Coogee Bay Hotel, em Sydney. A festa será dia 12 de março, num esquema gigante que começará às 13h e vai até às 3 da manhã.
Até às 21h, a fanfarra vai ser no Beer Garden, ali fora com vista pro mar, com batucada, dj's, bandas e muito mais! A partir das 21h, a festa entra para o Selinas, que será transformado num salão de carnaval. O acesso ao Beer Garden é grátis, ao Selinas $25 (abadá incluso).
Sim, minhas amigas, meus amigos, o Balu é um tremendo fanfarrão e não só encomendou abadás, como também criou o primeiro bloco de carnaval de Sydney, o BlóCoogeeLoko, que a partir de amanhã, até o CarnaCoogee, ensaiará toda semana, no Coogee Bay. Entrada grátis!
A ideia é a seguinte, se você toca percussão ou gosta de bater lata, vá ao Coogee amanhã e faça parte da bateria, que começará a ser formada. Se você gosta de samba, de sambar ou de ambos, não perca amanhã, pois além de muita música, também será apresentado oficialmente o samba enredo do CarnaCoogee 2011, composto pelo Andrezinho e por mim.
Segue a letra!
Do Capitão Cook ao Mate - É carnaval no Coogee Bay
(Andrezinho Souza / Pablo Nacer)
How are you bro?
How's going mate?
É carnaval no Coogee Bay!
How are you bro?
How's going mate?
É carnaval no Coogee Bay!
Austrália querida, continente tão distante
Terra de beleza fascinante
Sua história vou contar
Capitão Cook, o primeiro
Enviado por George III
Aportou no Rio de Janeiro
De lá, pit stop na África
Em Fiji, o céu observar
E ao sul, Austrália desbravar
O branco e o negro
O bretão e o índio
O choque cultural
O aborígene chorando
O inglês sorrindo
É o tema para o nosso carnaval
O branco e o negro
O bretão e o índio
O choque cultural
O aborígene chorando
O inglês sorrindo
É o tema para o nosso carnaval
Colonizadores,
Na maioria, prisioneiros
Trouxeram rum e cerveja
Dor de cabeça com coelhos
1850, corrida do ouro
Camêlos do Afeganistão
Século XX, fim da colônia
E a constituição
E hoje, nação multicultural
Um paraíso sem igual
Eu vou pro Coogee
Brincar o Carnaval
E hoje, nação multicultural
Um paraíso sem igual
Eu vou pro Coogee
Brincar o Carnaval
Marcadores:
Austrália,
Baluart 03 Productions,
CarnaCoogee,
Coogee,
Sydney
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Lázaro do Outback - O início do Cactolicismo
Num passado nada distante, dividi com os amigos do Facebook um triste episódio ocorrido em casa, quando recebi a incumbência de cuidar do cacto da ex-flatmate e, após 3 semanas, a famigerada planta da família das Cactáceas morreu afogada. Sim, consegui afogar uma planta que resiste às mais severas secas do deserto.
3 Enter's em memória.
ENTER
ENTER
ENTER
Em respeito, preferi não enterrar o káktos - como nós, gregos e cientistas, o chamamos -, e o deixei em um canto da janela do quarto/redação. Chegou a ser espécie de penitência, uma vez que toda ocasião em que olhava para o pobre primogênito das Cactáceas, lembrava do triste destino que reservei a ele.
Pois bem, nas últimas três noites não consegui dormir. Não por remorso ou algo relacionado a ele, mas em virtude do calor infernal que faz em Sydney. Com isso, precisei deixar não somente a janela aberta, como também a cortina escancarada, na esperança de algum mísero sopro de ar adentrar no quarto/redação.
Não sei se teve a ver - ou não, se é em função do Ano do Coelho que se aproxima - ou não, se é porque Júpiter entrou na casa 4 e deixou Marte na 7 - ou não, ou se só Caetano saberia explicar - ou não, mas o fato é que esta amanhã, ao olhar para o finado cacto, ele simplesmente estava desperto, iluminado e, mais importante, seco. Ou seja, káktos voltara à vida, num verdadeiro milagre que me obrigou a batizá-lo de Lázaro do Outback.
E é com imenso prazer que apresento este novo objeto de adoração, na verdade, ser sagrado que acaba de virar a mais nova religião da paróquia (sem trocadilhos), uma vez que o ex-pagão e agora cactocristão, Danilo Lopes, foi o primeiro a se converter e, como parte da iluminação, a chamou de Cactolicismo. Amém, irmão Dan!
Seja bem-vinda, oh grande e miraculosa planta desértica, Maximus Cactus - como nós, romanos, chamamos - símbolo máximo do Cactolicismo.
3 Enter's em memória.
ENTER
ENTER
ENTER
Em respeito, preferi não enterrar o káktos - como nós, gregos e cientistas, o chamamos -, e o deixei em um canto da janela do quarto/redação. Chegou a ser espécie de penitência, uma vez que toda ocasião em que olhava para o pobre primogênito das Cactáceas, lembrava do triste destino que reservei a ele.
Pois bem, nas últimas três noites não consegui dormir. Não por remorso ou algo relacionado a ele, mas em virtude do calor infernal que faz em Sydney. Com isso, precisei deixar não somente a janela aberta, como também a cortina escancarada, na esperança de algum mísero sopro de ar adentrar no quarto/redação.
Não sei se teve a ver - ou não, se é em função do Ano do Coelho que se aproxima - ou não, se é porque Júpiter entrou na casa 4 e deixou Marte na 7 - ou não, ou se só Caetano saberia explicar - ou não, mas o fato é que esta amanhã, ao olhar para o finado cacto, ele simplesmente estava desperto, iluminado e, mais importante, seco. Ou seja, káktos voltara à vida, num verdadeiro milagre que me obrigou a batizá-lo de Lázaro do Outback.
E é com imenso prazer que apresento este novo objeto de adoração, na verdade, ser sagrado que acaba de virar a mais nova religião da paróquia (sem trocadilhos), uma vez que o ex-pagão e agora cactocristão, Danilo Lopes, foi o primeiro a se converter e, como parte da iluminação, a chamou de Cactolicismo. Amém, irmão Dan!
Seja bem-vinda, oh grande e miraculosa planta desértica, Maximus Cactus - como nós, romanos, chamamos - símbolo máximo do Cactolicismo.
Marcadores:
Sydney
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Flickerfest e Jazzgroove Summer Festival
Começa hoje, no Bondi Pavillion, a vigésima edição do Flickerfest, o primeiro e único festival de curta-metragens da Austrália creditado pela Academy (aquela mesma).
A festa de abertura será a cara daqui: fanfarrona e ecologicamente ocorreta, o que significa Champagne e pipoca estourada em manteiga orgânica. Após a exibição de 2 curtas australianos e 5 internacionais, haverá festa com pizza do Doughboy, cerveja Coopers, Jameson's Irish Whiskey, vinho orgânico da Rosnay e por aí vai. Ingressos a partir de $50 (http://www.mca-tix.com.au/).
O festival vai até 16 de janeiro e será naquele esquema ao ar livre, sob a luz das estrelas e pertinho do mar. Para mais informações, visitem o sítio (detesto quando escrevem sítio em vez de site) www.flickerfest.com.au/.
Para quem gosta de música de verdade, no próximo final de semana a Jazzgroove Association realizará o segundo Jazzgroove Summer Festival, que reunirá o melhor da cena jazzística e de world music dessas bandas, em diferentes casas, incluindo o nosso templo religioso Macquarie Hotel, o excelente 505, The Excelsior e a Redfern Town Hall.
O festival acontece da próxima sexta ao domingo, muitos shows serão grátis, outros não e haverá diferentes tipos de tickets e passes. Um que vale a pena é o de $29, que dá acesso a todos os shows do dia e transforma a cidade num verdadeiro Playcenter (sem a finada Monga, claro). Veja abaixo a programação completa. Para mais informações, visite o sítio do festival clicando no sítio abaixo.
Friday 14 January 2011
7.00pm Ben Panucci Trio Venue 505 *
7.30pm Steve Barry Trio Ravál @ The Macquarie8.30pm The Drip Hards The Excelsior
8.30pm Tim Clarkson Trio Downstairs @ The Macquarie F
8.30pm Carl Morgan Quartet Venue 505 *
9.30pm Denominators Ravál @ The Macquarie
10.00pm Kris Wanders Quartet The Excelsior
10.00pm Jeremy Rose + Chiba Band Venue 505 *
10.30pm Sunchasers Collective Downstairs @ The Macquarie F
12.00am The New Dynamites Downstairs @ The Macquarie F
1.30am Special Late Night Show Downstairs @ The Macquarie F
Saturday 15 January 2011
2.00pm Julien Wilson Quartet Redfern Town Hall
3.30pm Eastside FM Vinyl Jam The Excelsior F
4.00pm Julien Wilson Quartet Redfern Town Hall F
4.30pm The Swinging Blades The Excelsior F
7.00pm The Fantastic Terrific Munkle Venue 505
8.30pm Translators Ravál @ The Macquarie
8.30pm The Felas The Excelsior8.30pm Simon Ferenci Quartet Venue 505
9.30pm My Goodness McGuiness Downstairs @ The Macquarie F
10.00pm Dereb the Ambassador The Excelsior
10.00pm Matt Keegan Venue 505
10.30pm Kirsten Berardi Ravál @ The Macquarie
11.30pm Briana Cowlishaw Downstairs @ The Macquarie F
Sunday 16 January 2011
10.30pm The Sousaphonics Redfern Town Hall F A (Musica Viva)
12.00pm The World According to James Redfern Town Hall F A (Musica Viva)
2.00pm Ko Omura Quintet Redfern Town Hall F
3.30pm Eastside FM Vinyl Jam The Excelsior F
4.00pm Ko Omura Quintet Redfern Town Hall
4.30pm The Debonair Gentleman The Excelsior F
5.30pm Sandy Evans Trio Venue 505
7.00pm HiT! Venue 505
7.00pm Zohar’s Nigun Ravál @ The Macquarie
7.30pm The Alcohotlicks The Excelsior
8.00PM The Jazzgroove All Stars Downstairs @ The Macquarie F
8.30pm Julien Wilson Quartet Venue 505
9.00pm Subteranneans The Excelsior
9.00pm Samba Mundi Ravál @ The Macquarie
10.00PM The Jazzgroove All Stars Downstairs @ The Macquarie F
O simpático f no final significa free, grátis, na faixa, no vasco... Quem não for não vai para o Céu!
A festa de abertura será a cara daqui: fanfarrona e ecologicamente ocorreta, o que significa Champagne e pipoca estourada em manteiga orgânica. Após a exibição de 2 curtas australianos e 5 internacionais, haverá festa com pizza do Doughboy, cerveja Coopers, Jameson's Irish Whiskey, vinho orgânico da Rosnay e por aí vai. Ingressos a partir de $50 (http://www.mca-tix.com.au/).
O festival vai até 16 de janeiro e será naquele esquema ao ar livre, sob a luz das estrelas e pertinho do mar. Para mais informações, visitem o sítio (detesto quando escrevem sítio em vez de site) www.flickerfest.com.au/.
Para quem gosta de música de verdade, no próximo final de semana a Jazzgroove Association realizará o segundo Jazzgroove Summer Festival, que reunirá o melhor da cena jazzística e de world music dessas bandas, em diferentes casas, incluindo o nosso templo religioso Macquarie Hotel, o excelente 505, The Excelsior e a Redfern Town Hall.
O festival acontece da próxima sexta ao domingo, muitos shows serão grátis, outros não e haverá diferentes tipos de tickets e passes. Um que vale a pena é o de $29, que dá acesso a todos os shows do dia e transforma a cidade num verdadeiro Playcenter (sem a finada Monga, claro). Veja abaixo a programação completa. Para mais informações, visite o sítio do festival clicando no sítio abaixo.
Friday 14 January 2011
7.00pm Ben Panucci Trio Venue 505 *
7.30pm Steve Barry Trio Ravál @ The Macquarie8.30pm The Drip Hards The Excelsior
8.30pm Tim Clarkson Trio Downstairs @ The Macquarie F
8.30pm Carl Morgan Quartet Venue 505 *
9.30pm Denominators Ravál @ The Macquarie
10.00pm Kris Wanders Quartet The Excelsior
10.00pm Jeremy Rose + Chiba Band Venue 505 *
10.30pm Sunchasers Collective Downstairs @ The Macquarie F
12.00am The New Dynamites Downstairs @ The Macquarie F
1.30am Special Late Night Show Downstairs @ The Macquarie F
Saturday 15 January 2011
2.00pm Julien Wilson Quartet Redfern Town Hall
3.30pm Eastside FM Vinyl Jam The Excelsior F
4.00pm Julien Wilson Quartet Redfern Town Hall F
4.30pm The Swinging Blades The Excelsior F
7.00pm The Fantastic Terrific Munkle Venue 505
8.30pm Translators Ravál @ The Macquarie
8.30pm The Felas The Excelsior8.30pm Simon Ferenci Quartet Venue 505
9.30pm My Goodness McGuiness Downstairs @ The Macquarie F
10.00pm Dereb the Ambassador The Excelsior
10.00pm Matt Keegan Venue 505
10.30pm Kirsten Berardi Ravál @ The Macquarie
11.30pm Briana Cowlishaw Downstairs @ The Macquarie F
Sunday 16 January 2011
10.30pm The Sousaphonics Redfern Town Hall F A (Musica Viva)
12.00pm The World According to James Redfern Town Hall F A (Musica Viva)
2.00pm Ko Omura Quintet Redfern Town Hall F
3.30pm Eastside FM Vinyl Jam The Excelsior F
4.00pm Ko Omura Quintet Redfern Town Hall
4.30pm The Debonair Gentleman The Excelsior F
5.30pm Sandy Evans Trio Venue 505
7.00pm HiT! Venue 505
7.00pm Zohar’s Nigun Ravál @ The Macquarie
7.30pm The Alcohotlicks The Excelsior
8.00PM The Jazzgroove All Stars Downstairs @ The Macquarie F
8.30pm Julien Wilson Quartet Venue 505
9.00pm Subteranneans The Excelsior
9.00pm Samba Mundi Ravál @ The Macquarie
10.00PM The Jazzgroove All Stars Downstairs @ The Macquarie F
O simpático f no final significa free, grátis, na faixa, no vasco... Quem não for não vai para o Céu!
Marcadores:
Bondi Beach,
cinema,
Sydney
domingo, 2 de janeiro de 2011
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Mensagem de Natal
Viver na Austrália é fantástico, mas quando chega o Natal é complicado. Exceto para os brasileiros que conseguem dar um pulo no Brasil, para todos os outros sempre tem um fundo de tristeza.
Não interessa que vivemos num dos melhores lugares do mundo, que os Eastern Suburbs e as Northern Beaches, onde concentram a grande maioria dos brasileiros de Sydney, se não são o paraíso, na relação beleza/qualidade de vida provavelmente estão mais próximos do que qualquer outro lugar do planeta.
Eu mesmo nem posso reclamar, pois tradicionalmente, na véspera do Natal, passo numa bela casa com dois amigos que conheço há quase 20 anos, e outros que se tornaram grandes amigos, e no dia 25 passo com a minha irmã, Paloma, meu cunhado, meus sobrinhos e a família croata do cunhado, o que significa old-fashioned Christmas em estado bruto aliado com um pouco do aussie style. Ou seja, é um pouco do sabor das antigas com a troca cultural que vivemos aqui.
De verdade, não posso reclamar, mas isso não significa que não sinto tristeza por não estar com o meu pai, minha mãe, minha avó, meus irmãos, primos, primas, tios, tias, sobrinhos e sobrinha que acabou de chegar, cunhados, cunhadas e mais amigos. Mas, claro, a Austrália não é mais uma colônia penal, e eu escolhi estar aqui, ninguém me mandou.
Importante: se a minha mãe está lendo esse post, estamos falando de lágrimas. Portanto, frase que postei ontem no Facebook para dar uma descontraída:
E ainda me cobram para ser pai! Minha ex-flatmate esqueceu um simpático cacto em casa e pediu para eu cuidar. Resultado: perdemos o cacto. Sim, a planta que sobrevive no deserto morreu. Ass: Uncle Pablo
Voltando ao Natal. Ontem fiquei sabendo que os pais do Leandro chegaram em Sydney. E também ontem vimos que se o dinheiro não compra o sistema, compra um bom advogado para se aproveitar das falhas do sistema. Estou falando do caso da Suellen (post anterior).
Sinto tristeza sim por não estar com toda a família, mas não tenho nenhum direito de ficar triste. Desde 2001, quando conheci a música do compositor Vince Guaraldi, essa tem sido a trilha do meu Natal. O cara é um jazzista que compôs vários temas para o desenho do Snoopy. Esqueçam as imagens abaixo, mas ouçam a música. Este é o meu Feliz Natal a todos os brasileiros que acompanharam o blog ao longo deste ano, e uma homenagem à Dona Solange, ao Leandro e suas respectivas famílias.
Não interessa que vivemos num dos melhores lugares do mundo, que os Eastern Suburbs e as Northern Beaches, onde concentram a grande maioria dos brasileiros de Sydney, se não são o paraíso, na relação beleza/qualidade de vida provavelmente estão mais próximos do que qualquer outro lugar do planeta.
Eu mesmo nem posso reclamar, pois tradicionalmente, na véspera do Natal, passo numa bela casa com dois amigos que conheço há quase 20 anos, e outros que se tornaram grandes amigos, e no dia 25 passo com a minha irmã, Paloma, meu cunhado, meus sobrinhos e a família croata do cunhado, o que significa old-fashioned Christmas em estado bruto aliado com um pouco do aussie style. Ou seja, é um pouco do sabor das antigas com a troca cultural que vivemos aqui.
De verdade, não posso reclamar, mas isso não significa que não sinto tristeza por não estar com o meu pai, minha mãe, minha avó, meus irmãos, primos, primas, tios, tias, sobrinhos e sobrinha que acabou de chegar, cunhados, cunhadas e mais amigos. Mas, claro, a Austrália não é mais uma colônia penal, e eu escolhi estar aqui, ninguém me mandou.
Importante: se a minha mãe está lendo esse post, estamos falando de lágrimas. Portanto, frase que postei ontem no Facebook para dar uma descontraída:
E ainda me cobram para ser pai! Minha ex-flatmate esqueceu um simpático cacto em casa e pediu para eu cuidar. Resultado: perdemos o cacto. Sim, a planta que sobrevive no deserto morreu. Ass: Uncle Pablo
Voltando ao Natal. Ontem fiquei sabendo que os pais do Leandro chegaram em Sydney. E também ontem vimos que se o dinheiro não compra o sistema, compra um bom advogado para se aproveitar das falhas do sistema. Estou falando do caso da Suellen (post anterior).
Sinto tristeza sim por não estar com toda a família, mas não tenho nenhum direito de ficar triste. Desde 2001, quando conheci a música do compositor Vince Guaraldi, essa tem sido a trilha do meu Natal. O cara é um jazzista que compôs vários temas para o desenho do Snoopy. Esqueçam as imagens abaixo, mas ouçam a música. Este é o meu Feliz Natal a todos os brasileiros que acompanharam o blog ao longo deste ano, e uma homenagem à Dona Solange, ao Leandro e suas respectivas famílias.
Marcadores:
Austrália,
Fundraiser for Leandro Santos,
Suellen Domingues,
Sydney
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Fundraiser for Leandro Barata
Assunto seríssimo!
No último sábado, Leandro Santos "Barata", que pertence ao grupo Rhythm Brazil daqui de Sydney, sofreu acidente em Bondi. O estado dele é muito grave, os médicos diagnosticaram tetraplegia e Leandro está respirando por aparelhos.
Domingo, das 20h às 3h, no Favela (Potts Point, Sydney), acontece evento para arrecadar fundos com entrada a $20. Quem não puder ir, tem a opção de transferir para a conta que foi aberta em nome dele.
Account Name: Leandro Santos Fundraising Account
Account Number: 491928339
BSB: 112-879
Vamos ajudar!
Abaixo, texto retirado da página do Rhythm Brazil no Facebook, que está rolando na internet.
Our beloved brother Leandro Santos (Barata) was in a tragic accident at Bondi Beach on Saturday and is in a critical condition in hospital. Leandro came to Australia in September with two of his best friends, Daniel and Joao to study English. He met Timbalada the day he arrived, connected with his passion for capoeira and his culture and immediately became part of the Rhythm Brazil family.
From the bottom of our hearts, we can say that Leandro is truly one of the most special souls placed on this earth. His gigantic smile, infectious energy and frequent outburts of “porra!” and “beleza!” have infiltrated the hearts of so many.
At this stage, the doctors have diagnosed that Leandro is quadriplegic as a result of the accident and at present he is fighting to regain breathing of his own accord without the support of machines. They have said that only a miracle could see his recovery… And it’s a good thing that we all believe in miracles! If ever there was a soul who deserves a miracle, it’s our darling Leandro.
His recovery will be a long process and in order for him to stay positive and have every chance of that miraculous recovery, it is vital for him to have his family here to support him. We are holding a fundraiser and accepting donations to assist his family to come to Australia from Brazil, as well as for the on-going treatment that he will need.
$20 at the door. Please come and show your support! With love and gratitude.
For those who can't make it and would like to make a donation, please do so to the following account:
Account Name: Leandro Santos Fundraising Account
Account Number: 491928339
BSB: 112-879
No último sábado, Leandro Santos "Barata", que pertence ao grupo Rhythm Brazil daqui de Sydney, sofreu acidente em Bondi. O estado dele é muito grave, os médicos diagnosticaram tetraplegia e Leandro está respirando por aparelhos.
Domingo, das 20h às 3h, no Favela (Potts Point, Sydney), acontece evento para arrecadar fundos com entrada a $20. Quem não puder ir, tem a opção de transferir para a conta que foi aberta em nome dele.
Account Name: Leandro Santos Fundraising Account
Account Number: 491928339
BSB: 112-879
Vamos ajudar!
Abaixo, texto retirado da página do Rhythm Brazil no Facebook, que está rolando na internet.
Our beloved brother Leandro Santos (Barata) was in a tragic accident at Bondi Beach on Saturday and is in a critical condition in hospital. Leandro came to Australia in September with two of his best friends, Daniel and Joao to study English. He met Timbalada the day he arrived, connected with his passion for capoeira and his culture and immediately became part of the Rhythm Brazil family.
From the bottom of our hearts, we can say that Leandro is truly one of the most special souls placed on this earth. His gigantic smile, infectious energy and frequent outburts of “porra!” and “beleza!” have infiltrated the hearts of so many.
At this stage, the doctors have diagnosed that Leandro is quadriplegic as a result of the accident and at present he is fighting to regain breathing of his own accord without the support of machines. They have said that only a miracle could see his recovery… And it’s a good thing that we all believe in miracles! If ever there was a soul who deserves a miracle, it’s our darling Leandro.
His recovery will be a long process and in order for him to stay positive and have every chance of that miraculous recovery, it is vital for him to have his family here to support him. We are holding a fundraiser and accepting donations to assist his family to come to Australia from Brazil, as well as for the on-going treatment that he will need.
$20 at the door. Please come and show your support! With love and gratitude.
For those who can't make it and would like to make a donation, please do so to the following account:
Account Name: Leandro Santos Fundraising Account
Account Number: 491928339
BSB: 112-879
Marcadores:
Austrália,
Bondi Beach,
Fundraiser for Leandro Santos,
Sydney
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Gabi, Oprah e Bono
Ela não poderia ter escolhido dia mais concorrido para chegar em Sydney. Na verdade, no planeta. Com o típico céu azul de verão, não tomou conhecimento de que Oprah Winfrey estava velejando com Russel Crowe na Sydney Harbour, nem mesmo que o U2 fazia seu show de abertura da turnê 360 na cidade.
Mas ontem, Gabriella Gilani Gimenez, 3,86kg / 50 cm, estreou com tudo. Gabi é filha do Balu, praticamente dono desse blog, com a Carol, que deu à luz através de parto "super natural e tranquilo", segundo a própria. Para dar as boas-vindas, vou explicar para a Gabi exatamente o que acontecia em Sydney no dia em que ela nasceu.
Gabi, quando você veio ao mundo, a cidade estava uma loucura. Tia Oprah, a mulher mais poderosa do planeta (depois da mamãe, é claro), veio lá do outro lado do mundo para vender a Austrália. Parece estranho, mas você vai entender quando crescer. Tudo o que ela toca ou fala vira ouro ou presidente dos Estados Unidos, e foi com essa ideia que a trouxeram para gravar alguns episódios da última temporada do programa na Austrália.
Em poucos anos, quando papai levar você pra passear no zoológico, você vai ver canguru, coala e outros bichinhos que só têm por aqui. Esse país que você nasceu é uma imensa ilha com bichos diferentes, pouca gente, forte herança colonial e longe pra chuchu, o que talvez explique esse louvor provinciano em torno da Tia Oprah. Não me entenda mal, a tia é legal, ajuda as pessoas, salva os bichinhos, mas uma apresentadora de tv causar a Oprahmania que estamos vivendo, é de mais.
Já o Tio Gladiador, que também é muito famoso em todo mundo, deve ter pago um dinheirão ou usado toda a influência, poder ou seja lá o que foi, para conseguir vender o peixe dele, na verdade, o coelhinho dele, que é o South Sydney Rabbitohs, time de Rugby League. É praticamente impossível calcular o preço para que Tia Oprah use um boné com um logotipo. Se, por exemplo, papai quisesse colocar o logo da Barbiecrew ou da Baluart no chapéu da Tia, ele precisaria estar vendendo quantidades industriais de picanha e trazendo shows para a Austrália do tamanho do U2, o que não é fácil.
Sim, Gabizinha, Tio Bono é outro cara legal que ajuda as pessoas, salva os bichinhos e tem livre acesso ao presidente dos Estados Unidos. Ele também estava ontem na cidade. Uncle Bono veio com seus amigos de longa data do U2 para se apresentar para 60 mil pessoas. Ter amiguinhos é muito importante. Hoje à noite ele se apresenta novamente, mas você ainda é muito pequititita para ir ao concerto. Quem sabe em alguns anos.
Todos eles são grandes estrelas, o que dá para falar que você nasceu em Sydney, 13 de dezembro de 2010, sob a luz das constelações de Oprah Winfrey, U2 e Bono Vox. Acredite, não é pouco! E no horóscopo chinês das celebridades, no ano do coelhinho (ou rabbithos, como dizemos aqui).
Bem-vinda, Babi, e parabéns Carol e Balu!
Mas ontem, Gabriella Gilani Gimenez, 3,86kg / 50 cm, estreou com tudo. Gabi é filha do Balu, praticamente dono desse blog, com a Carol, que deu à luz através de parto "super natural e tranquilo", segundo a própria. Para dar as boas-vindas, vou explicar para a Gabi exatamente o que acontecia em Sydney no dia em que ela nasceu.
Gabi, quando você veio ao mundo, a cidade estava uma loucura. Tia Oprah, a mulher mais poderosa do planeta (depois da mamãe, é claro), veio lá do outro lado do mundo para vender a Austrália. Parece estranho, mas você vai entender quando crescer. Tudo o que ela toca ou fala vira ouro ou presidente dos Estados Unidos, e foi com essa ideia que a trouxeram para gravar alguns episódios da última temporada do programa na Austrália.
Em poucos anos, quando papai levar você pra passear no zoológico, você vai ver canguru, coala e outros bichinhos que só têm por aqui. Esse país que você nasceu é uma imensa ilha com bichos diferentes, pouca gente, forte herança colonial e longe pra chuchu, o que talvez explique esse louvor provinciano em torno da Tia Oprah. Não me entenda mal, a tia é legal, ajuda as pessoas, salva os bichinhos, mas uma apresentadora de tv causar a Oprahmania que estamos vivendo, é de mais.
Já o Tio Gladiador, que também é muito famoso em todo mundo, deve ter pago um dinheirão ou usado toda a influência, poder ou seja lá o que foi, para conseguir vender o peixe dele, na verdade, o coelhinho dele, que é o South Sydney Rabbitohs, time de Rugby League. É praticamente impossível calcular o preço para que Tia Oprah use um boné com um logotipo. Se, por exemplo, papai quisesse colocar o logo da Barbiecrew ou da Baluart no chapéu da Tia, ele precisaria estar vendendo quantidades industriais de picanha e trazendo shows para a Austrália do tamanho do U2, o que não é fácil.
Sim, Gabizinha, Tio Bono é outro cara legal que ajuda as pessoas, salva os bichinhos e tem livre acesso ao presidente dos Estados Unidos. Ele também estava ontem na cidade. Uncle Bono veio com seus amigos de longa data do U2 para se apresentar para 60 mil pessoas. Ter amiguinhos é muito importante. Hoje à noite ele se apresenta novamente, mas você ainda é muito pequititita para ir ao concerto. Quem sabe em alguns anos.
Todos eles são grandes estrelas, o que dá para falar que você nasceu em Sydney, 13 de dezembro de 2010, sob a luz das constelações de Oprah Winfrey, U2 e Bono Vox. Acredite, não é pouco! E no horóscopo chinês das celebridades, no ano do coelhinho (ou rabbithos, como dizemos aqui).
Bem-vinda, Babi, e parabéns Carol e Balu!
Marcadores:
Baluart 03 Productions,
Russell Crowe,
Sydney
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Suellen Domingues - Revoltante
Há pouco mais de um ano, publiquei post no blog sobre a Sullen Domingues, brasileira que conheci na escola cerca de um mês antes de morrer no apartamento do neurocirurgião Suresh Surendranath Nair.
Segundo o médico que fez a autópsia no corpo, foi encontrado nível letal de cocaína no organismo da estudante. Porém, no período entre os primeiros sinais que estava perdendo a consciência e a deterioração, o neurocirurgião teve, pelo menos, 20 minutos para tentar salvá-la.
Não o fez porque, segundo as informações que estão surgindo da Downing Centre Local Court, em Sydney, onde o caso está em andamento, o homem consumia e oferecia quantidades cavalares de cocaína, não somente para Suellen, mas para algumas garotas de programa que foram chamadas após a morte.
Sim, Suellen morreu em 19 de novembro. Na madrugada do dia 20, pelo menos três prostitutas foram chamadas ao apartamento, e de lá eles foram para um hotel. O corpo foi achado no dia 21.
Em fevereiro do ano passado, Victoria McIntyre também morreu no mesmo apartamento e pela mesma causa: overdose de cocaína. Neste caso, três ou quatro garotas de programa foram enviadas por uma agência.
Desde que o caso voltou a mídia no início desta semana, tenho recebido emails de amigos brasileiros indignados com a imprensa australiana. E eles têm toda razão, uma vez que, desde o ano passado, quando foi achada morta, os textos referem-se a ela como prostituta.
Apesar de evidências, em nenhum momento foi compravado que a gaúcha era garota de programa. Porém, a grande imprensa, essa dos veículos "oficiais" de comunicação que felizmente estão perdendo cada vez mais força e espaço com a revolução tecnológica que estamos vivendo, presumiram que ela era prostituta e ponto. O que é um total desrespeito não só com a memória dela, mas com Dona Solange, a mãe, toda a família, amigos e até mesmo com a mulher brasileira.
Se o mesmo tivesse acontecido com uma australiana e não com uma estrangeira cuja família está do outro lado do mundo, será que também a chamariam de prostituta sem antes procurar saber se de fato era?
De coração, espero que os órgãos oficiais do Brasil estejam dando todo suporte à família, ou pelo menos acompanhando o caso, já que os familiares têm todo o direito de saber o que está acontecendo através de fontes oficiais e não somente de jornais escritos em inglês e via internet.
E, indo um pouco além, será que o governo brasileiro não poderia entrar com uma ação contra esses veículos que a estão difamando? Se fosse a filha de um distinto deputado, senador ou ministro, permitiriam que a chamassem de prostituta ou o Itamaraty já teria sido acionado?
Segundo o médico que fez a autópsia no corpo, foi encontrado nível letal de cocaína no organismo da estudante. Porém, no período entre os primeiros sinais que estava perdendo a consciência e a deterioração, o neurocirurgião teve, pelo menos, 20 minutos para tentar salvá-la.
Não o fez porque, segundo as informações que estão surgindo da Downing Centre Local Court, em Sydney, onde o caso está em andamento, o homem consumia e oferecia quantidades cavalares de cocaína, não somente para Suellen, mas para algumas garotas de programa que foram chamadas após a morte.
Sim, Suellen morreu em 19 de novembro. Na madrugada do dia 20, pelo menos três prostitutas foram chamadas ao apartamento, e de lá eles foram para um hotel. O corpo foi achado no dia 21.
Em fevereiro do ano passado, Victoria McIntyre também morreu no mesmo apartamento e pela mesma causa: overdose de cocaína. Neste caso, três ou quatro garotas de programa foram enviadas por uma agência.
Desde que o caso voltou a mídia no início desta semana, tenho recebido emails de amigos brasileiros indignados com a imprensa australiana. E eles têm toda razão, uma vez que, desde o ano passado, quando foi achada morta, os textos referem-se a ela como prostituta.
Apesar de evidências, em nenhum momento foi compravado que a gaúcha era garota de programa. Porém, a grande imprensa, essa dos veículos "oficiais" de comunicação que felizmente estão perdendo cada vez mais força e espaço com a revolução tecnológica que estamos vivendo, presumiram que ela era prostituta e ponto. O que é um total desrespeito não só com a memória dela, mas com Dona Solange, a mãe, toda a família, amigos e até mesmo com a mulher brasileira.
Se o mesmo tivesse acontecido com uma australiana e não com uma estrangeira cuja família está do outro lado do mundo, será que também a chamariam de prostituta sem antes procurar saber se de fato era?
De coração, espero que os órgãos oficiais do Brasil estejam dando todo suporte à família, ou pelo menos acompanhando o caso, já que os familiares têm todo o direito de saber o que está acontecendo através de fontes oficiais e não somente de jornais escritos em inglês e via internet.
E, indo um pouco além, será que o governo brasileiro não poderia entrar com uma ação contra esses veículos que a estão difamando? Se fosse a filha de um distinto deputado, senador ou ministro, permitiriam que a chamassem de prostituta ou o Itamaraty já teria sido acionado?
Marcadores:
Austrália,
Suellen Domingues,
Sydney
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
I Les Murray Cup
A verdade é uma só: o australiano médio, aquele tomador de VB em RSL, está pouco se lixando para o futebol (ou soccer, como ainda chamam por aqui).
Independentemente do que rola na Fifa, o que mais contou contra a candidatura australiana foi o desinteresse da população em ver o país sediando a competição, e a oposição interna de diversos setores, incluindo meios de comunicação e entidades esportivas como NRL e, principalmente, AFL.
Afinal, eles sabem do perigo que o futebol representa para as diferentes ligas de rugby, para o Australian Football, cricket etc, pois uma vez que pegar, vai estourar e ficar pra sempre. Mas, por ora, o soccer não passa de esporte de imigrante e wog (filho de imigrante nascido na Austrália).
A única emissora que realmente apoia o futebol no país é a SBS, que transmite alguns jogos internacionais ao vivo, possui programas especializados, abre espaço em seus noticiários e, acima de tudo, transmite a Copa do Mundo desde 1986 (só não mostra mais porque a Fox Sports compra tudo e o governo não protege a transmissão em tv aberta de futebol como de outros esportes nacionais). E ninguém simboliza melhor o futebol na emissora e na própria Austrália do que o lendário Les Murray, australiano nascido na Hungria apaixonado pelo esporte que esteve presente na transmissão de todas as Copas exibidas pela SBS.
Com esse perfil e trabalhando há décadas na única emissora realmente multicultural do país, não é de se estranhar que o cara é um entusiasta do futebol brasileiro e, infelizmente, vascaíno. Mas tem explicação. E matemática!
Les Murray está para o futebol australiano assim como os Canarinhos estão para o futebol brasileiro em Sydney. Ou seja, pensou em jogar uma pelada com brasileiros na cidade, o primeiro pensamento que vem à cabeça é o Sydney Brazilian Social Club, o popular Canarinhos, que desde 1972 joga religiosamente todo santo domingo, sendo que há pelo menos 20 anos no campo 7 do Centennial Park, oficialmente batizado de Brazilian Fields.
Pois bem, há tempos Les Murray é, digamos, patrono dos Canários, não em termos financeiros, mas no sentido de apoiar e dar força ao clube, já que o nome do homem pesa. Em 2004, por exemplo, juntamente com o atual presidente, Gel Freire, e o grande Dinamite, o maior artilheiro do Centennial Park caso o gol fosse 2 metros mais alto, Murray esteve no Brasil e acabou se convertendo ao time de São Januário.
E agora, para homenageá-lo e retribuir o apoio, os Canários criaram a I Les Murray Cup, competição que acontece neste domingo, no... Centennial Park, a partir das 9h30. A copa será disputada por 12 times formados por jogadores de diferentes nacionalidades e localidades. Serão 13 partidas no total, incluindo a grande final. Além do futebol, claro, vai rolar muita festa nos arredores, com participação especial do próprio Les Murray, que fará o discurso de abertura. Entrada grátis!
E para celebrar a primeira edição, às 17h, todos seguem para o Selina's, no Coogee Bay Hotel, onde rola mais uma edição do Beach Samba, festa da Baluart com batucada de esquenta e Samba Groove até às 22h. A entrada é grátis até às 19h - tanto pra mulher quanto pra homem. Depois é $10.
Enfim, se o australiano não gosta de futebol, o problema é dele. Nós gostamos! Se a Rússia e o Catar tem quantidades intercontinentais de petro-dólares, bom para a Fifa. Por aqui, um viva ao Les Murray e aos Canários (clique aqui para ler a história dos Canarinhos na íntegra)!
Independentemente do que rola na Fifa, o que mais contou contra a candidatura australiana foi o desinteresse da população em ver o país sediando a competição, e a oposição interna de diversos setores, incluindo meios de comunicação e entidades esportivas como NRL e, principalmente, AFL.
Afinal, eles sabem do perigo que o futebol representa para as diferentes ligas de rugby, para o Australian Football, cricket etc, pois uma vez que pegar, vai estourar e ficar pra sempre. Mas, por ora, o soccer não passa de esporte de imigrante e wog (filho de imigrante nascido na Austrália).
A única emissora que realmente apoia o futebol no país é a SBS, que transmite alguns jogos internacionais ao vivo, possui programas especializados, abre espaço em seus noticiários e, acima de tudo, transmite a Copa do Mundo desde 1986 (só não mostra mais porque a Fox Sports compra tudo e o governo não protege a transmissão em tv aberta de futebol como de outros esportes nacionais). E ninguém simboliza melhor o futebol na emissora e na própria Austrália do que o lendário Les Murray, australiano nascido na Hungria apaixonado pelo esporte que esteve presente na transmissão de todas as Copas exibidas pela SBS.
Com esse perfil e trabalhando há décadas na única emissora realmente multicultural do país, não é de se estranhar que o cara é um entusiasta do futebol brasileiro e, infelizmente, vascaíno. Mas tem explicação. E matemática!
Les Murray está para o futebol australiano assim como os Canarinhos estão para o futebol brasileiro em Sydney. Ou seja, pensou em jogar uma pelada com brasileiros na cidade, o primeiro pensamento que vem à cabeça é o Sydney Brazilian Social Club, o popular Canarinhos, que desde 1972 joga religiosamente todo santo domingo, sendo que há pelo menos 20 anos no campo 7 do Centennial Park, oficialmente batizado de Brazilian Fields.
Pois bem, há tempos Les Murray é, digamos, patrono dos Canários, não em termos financeiros, mas no sentido de apoiar e dar força ao clube, já que o nome do homem pesa. Em 2004, por exemplo, juntamente com o atual presidente, Gel Freire, e o grande Dinamite, o maior artilheiro do Centennial Park caso o gol fosse 2 metros mais alto, Murray esteve no Brasil e acabou se convertendo ao time de São Januário.
E agora, para homenageá-lo e retribuir o apoio, os Canários criaram a I Les Murray Cup, competição que acontece neste domingo, no... Centennial Park, a partir das 9h30. A copa será disputada por 12 times formados por jogadores de diferentes nacionalidades e localidades. Serão 13 partidas no total, incluindo a grande final. Além do futebol, claro, vai rolar muita festa nos arredores, com participação especial do próprio Les Murray, que fará o discurso de abertura. Entrada grátis!
E para celebrar a primeira edição, às 17h, todos seguem para o Selina's, no Coogee Bay Hotel, onde rola mais uma edição do Beach Samba, festa da Baluart com batucada de esquenta e Samba Groove até às 22h. A entrada é grátis até às 19h - tanto pra mulher quanto pra homem. Depois é $10.
Enfim, se o australiano não gosta de futebol, o problema é dele. Nós gostamos! Se a Rússia e o Catar tem quantidades intercontinentais de petro-dólares, bom para a Fifa. Por aqui, um viva ao Les Murray e aos Canários (clique aqui para ler a história dos Canarinhos na íntegra)!
Marcadores:
Austrália,
Baluart 03 Productions,
Canarinhos,
Centennial Park,
Copa do Mundo,
futebol,
SBS,
Sydney
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Sydney Bicycle Film Festival
O que você faria se estivesse pedalando serelepemente a sua bicicleta, em Nova York, e fosse acertado por um ônibus?
Brendt Barbur, o campeão abaixo, não teve dúvida. Em 2001, após o acidente, em vez de jurar nunca mais subir numa magrela ou jamais pegar um ônibus, criou o Bicycle Film Festival, evento que se espalhou por mais de 30 cidades, incluindo São Paulo, Melbourne e Sydney, e este ano chega à décima edição.
O BFF de Sydney começa hoje e vai até domingo com exibição de curtas e longas-metragens no Dendy Newtown (251-263 King St) e no Beach Road Hotel (Bondi), além de exposição de arte e feira de rua.
A abertura acontece nesta quarta, a partir das 18h, no Baresford Hotel, ali na Bourke Street. Amanhã, no District 01 (74-76 Oxford St, Darlinghurst), tem mostra coletiva de artistas e designers emergentes (imagem acima), seguida por after party. E no sábado, das 12h às 17h, na Hill St (perto do Beresford Hotel), tem feira de rua com muita coisa relacionada à... bicicleta, claro.
Os ingressos para os filmes custam $10 e estão à venda na Moshtix. Veja a programação:
Sexta, 19 de novembro
Dendy Newtown
18h30 Program 1: Bike Shorts + Birth of Big Air
20h30 Program 2: Bike Shorts + Empire
Sábado, 20 de novembro
Dendy Newtown
18h30 Program 3: Shorts + Riding the Long White Cloud
20h30 Program 4: Urban Bike Shorts
Domingo, 21 de novembro
Beach Road Hotel
19h30 Program 5: BFF Greatest Hits
Com festa/fanfarra de fechamento.
Para saber mais, visite o site do Bicycle Film Festival.
Ou então, pegue a sua BMX Monark e pedale até lá!
Brendt Barbur, o campeão abaixo, não teve dúvida. Em 2001, após o acidente, em vez de jurar nunca mais subir numa magrela ou jamais pegar um ônibus, criou o Bicycle Film Festival, evento que se espalhou por mais de 30 cidades, incluindo São Paulo, Melbourne e Sydney, e este ano chega à décima edição.
O BFF de Sydney começa hoje e vai até domingo com exibição de curtas e longas-metragens no Dendy Newtown (251-263 King St) e no Beach Road Hotel (Bondi), além de exposição de arte e feira de rua.
A abertura acontece nesta quarta, a partir das 18h, no Baresford Hotel, ali na Bourke Street. Amanhã, no District 01 (74-76 Oxford St, Darlinghurst), tem mostra coletiva de artistas e designers emergentes (imagem acima), seguida por after party. E no sábado, das 12h às 17h, na Hill St (perto do Beresford Hotel), tem feira de rua com muita coisa relacionada à... bicicleta, claro.
Os ingressos para os filmes custam $10 e estão à venda na Moshtix. Veja a programação:
Sexta, 19 de novembro
Dendy Newtown
18h30 Program 1: Bike Shorts + Birth of Big Air
20h30 Program 2: Bike Shorts + Empire
Sábado, 20 de novembro
Dendy Newtown
18h30 Program 3: Shorts + Riding the Long White Cloud
20h30 Program 4: Urban Bike Shorts
Domingo, 21 de novembro
Beach Road Hotel
19h30 Program 5: BFF Greatest Hits
Com festa/fanfarra de fechamento.
Para saber mais, visite o site do Bicycle Film Festival.
Ou então, pegue a sua BMX Monark e pedale até lá!
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Beach Samba Summer 2010/11
Se as terças-feiras em Sydney virou sinônimo de reggae, o domingo vai voltar a ser de samba. E naquele mesmo esquema pé na areia do ano passado, de sair da praia e fechar a semana no Coogee Bay Hotel.
Estou falando do Beach Samba, festa do Balu que voltou no domingo, 14 de novembro, e quebrou absolutamente tudo. No palco, Samba Groove e convidados. Antes e no intervalo, ninguém menos do que o DJ Leo Chaibún, o uruguaio que mais conhece de música brasileira na Austrália.
O Beach Samba acontece semana sim semana não, das 17h à 22h no Selina's, dentro do Coogee Bay Hotel. Ó próximo será neste domingo, 28 de novembro. A entrada é $10, sendo que mulher não paga até às 19h.
Estou falando do Beach Samba, festa do Balu que voltou no domingo, 14 de novembro, e quebrou absolutamente tudo. No palco, Samba Groove e convidados. Antes e no intervalo, ninguém menos do que o DJ Leo Chaibún, o uruguaio que mais conhece de música brasileira na Austrália.
O Beach Samba acontece semana sim semana não, das 17h à 22h no Selina's, dentro do Coogee Bay Hotel. Ó próximo será neste domingo, 28 de novembro. A entrada é $10, sendo que mulher não paga até às 19h.
Marcadores:
Austrália,
Baluart 03 Productions,
Coogee,
Sydney
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Abrasileirando o canguru
Receita de Estrogonofe de canguru com mandioca palha e purê de batata com fundo de palmito publicada na edição 12 da Radar Magazine.
A ideia inicial era simples. Escolher algum ícone da Austrália e abrasileirá-lo. Tratando-se de comida, não foi difícil, já que poucos animais no planeta representam tanto um país como o simpático canguru. Quando se pensa em abrasileirar um prato, as possibilidades são muitas, uma vez que a nossa terra produz uma gama incontável de frutos, raízes, sementes e demais alimentos. Mas como partimos do princípio que a receita deve ser executada na Austrália e na casa do leitor, sempre buscamos ingredientes fáceis de serem encontrados e feitos através de métodos simples.
Mais uma vez, a receita foi concebida e realizada em parceria com o amigo chef Tercio Alexandro. Após escolhermos o canguru, precisávamos definir a maneira como faríamos. E por sugestão de outra amiga, veio a ideia do estrogonofe, que originalmente é russo, mas ganhou variações em diversos países, incluindo o Brasil, onde faz parte do nosso cardápio diário.
Chef Tercio Alexandro, do Mad Cow.
Em geral, o estrogonofe é servido com arroz e batata palha, sendo mais comum o de carne, mas também podendo ser de frango e até camarão. Na nossa receita, o arroz entra somente como opção de acompanhamento, já que fizemos alguns remanejamentos e ficaria muito carboidrato. Para trazer um sabor bem brasileiro, substituímos a batata palha pela mandioca palha, raíz há séculos cultivada pelos índios no Brasil, e também para homenagear o chef Alex Atala, que tivemos a honra de conhecê-lo no início do ano em uma viagem gastronômica à Melbourne e, entre outros pratos, apresentou uma costela de porco com mandioca palha cortada bem fininha e crocante que estava sensacional. Para não ficarmos sem a batata, fizemos um purê, totalmente familiar a brasileiros e australianos, mas acrescido de palmito, alimento produzido em larga escala no Brasil que, devido ao risco de extinção, nas últimas décadas foi sendo substituído pela pupunha, que tem formato e sabor semelhantes.
A mandioca é encontrada em embalagem congelada no bairro de Petersham, em Sydney, sob o nome de cassava, mas também é possível encontrá-la fresca. Você acha tanto nos açougues e lojas portuguesas como nas brasileiras. O canguru está à venda nas grandes redes de hipermercado. Para o estrogonofe, o corte de canguru mais indicado é o fillet. Já o palmito pode ser encontrado em lojas de bairro e também nos grandes mercados. Em geral são importados de Portugal, não do Brasil. E, uma vez em Petersham, vale uma passada no bottle shop para comprar algum vinho português. Para o nosso estrogonofe, fomos de Vinho da Defesa Tinto 2007, produzido pela Herdade do Esporão na região do Alentejo, que traz corte de Touriga Nacioal com Syrah e Aragonês.
Receita
Para 4 a 5 pessoas
Estrogonofe
2 cebolas médias
3 dentes de alho
1kg de filé de canguru cortado em tiras
1 colher (sopa) de extrato de tomate
1 colher (sopa) rasa de mostarda Dijon
100ml de catchup
1 colher (sopa) de molho inglês
1 lata de cogumelos
2 latas de reduced cream (o mais próximo do creme de leite)
Sal e pimenta a gosto
Purê
4 batatas rosa médias cortadas em 4
5 bastões de palmito cortados em rodela e sem a fibra interna
150ml de thickened cream
100g de manteiga
100ml de leite
Sal e pimenta a gosto
Mandioca palha
200g de mandioca cortada em bastões bem fininhos
Óleo para fritar
Preparo
Estrogonofe
Em uma panela, refogue a cebola e o alho em fogo baixo por alguns minutos ou até a cebola começar a ficar transparente. Já em fogo alto, acrescente a carne e refogue por mais 5 minutos mexendo a cada minuto. Adicione o extrato de tomate à mistura da carne e cozinhe até alcançar consistência cremosa. Acrescente então a mostarda, o catchup, o molho inglês, os cogumelos e, em fogo baixo, cozinhe com a panela tampada por 5 minutos. Por fim, incorpore delicadamente o reduced cream, acerte o sal, a pimenta e reserve.
Purê
Depois que as batatas estiverem cozidas, acrescente os palmitos na mesma água. Deixe ferver por um minuto e escorra. Reserve. Em outra panela, ferva o thickened cream com a manteiga e o leite. Desligue. Amasse bem a batata e o palmito e volte essa mistura para a mesma panela. Acrescente, aos poucos, o creme fervido. Cozinhe em fogo baixo até alcançar a consistência cremosa de purê. Acerte o sal e a pimenta.
Mandioca palha
Por ser mais comum encontrar mandioca congelada na Austrália, deixe-a em papel absorvente após cortá-la em bastões bem fininhos. Cozinhe em água fervente com sal por 30 segundos, não mais do que isso, e escorra. Na sequência, frite em óleo quente (180º C) durante máximo de 2 minutos ou até ficar crocante com coloração amarela-ouro.
Designed by Rodrigo Holler
A ideia inicial era simples. Escolher algum ícone da Austrália e abrasileirá-lo. Tratando-se de comida, não foi difícil, já que poucos animais no planeta representam tanto um país como o simpático canguru. Quando se pensa em abrasileirar um prato, as possibilidades são muitas, uma vez que a nossa terra produz uma gama incontável de frutos, raízes, sementes e demais alimentos. Mas como partimos do princípio que a receita deve ser executada na Austrália e na casa do leitor, sempre buscamos ingredientes fáceis de serem encontrados e feitos através de métodos simples.
Mais uma vez, a receita foi concebida e realizada em parceria com o amigo chef Tercio Alexandro. Após escolhermos o canguru, precisávamos definir a maneira como faríamos. E por sugestão de outra amiga, veio a ideia do estrogonofe, que originalmente é russo, mas ganhou variações em diversos países, incluindo o Brasil, onde faz parte do nosso cardápio diário.
Chef Tercio Alexandro, do Mad Cow.
Em geral, o estrogonofe é servido com arroz e batata palha, sendo mais comum o de carne, mas também podendo ser de frango e até camarão. Na nossa receita, o arroz entra somente como opção de acompanhamento, já que fizemos alguns remanejamentos e ficaria muito carboidrato. Para trazer um sabor bem brasileiro, substituímos a batata palha pela mandioca palha, raíz há séculos cultivada pelos índios no Brasil, e também para homenagear o chef Alex Atala, que tivemos a honra de conhecê-lo no início do ano em uma viagem gastronômica à Melbourne e, entre outros pratos, apresentou uma costela de porco com mandioca palha cortada bem fininha e crocante que estava sensacional. Para não ficarmos sem a batata, fizemos um purê, totalmente familiar a brasileiros e australianos, mas acrescido de palmito, alimento produzido em larga escala no Brasil que, devido ao risco de extinção, nas últimas décadas foi sendo substituído pela pupunha, que tem formato e sabor semelhantes.
A mandioca é encontrada em embalagem congelada no bairro de Petersham, em Sydney, sob o nome de cassava, mas também é possível encontrá-la fresca. Você acha tanto nos açougues e lojas portuguesas como nas brasileiras. O canguru está à venda nas grandes redes de hipermercado. Para o estrogonofe, o corte de canguru mais indicado é o fillet. Já o palmito pode ser encontrado em lojas de bairro e também nos grandes mercados. Em geral são importados de Portugal, não do Brasil. E, uma vez em Petersham, vale uma passada no bottle shop para comprar algum vinho português. Para o nosso estrogonofe, fomos de Vinho da Defesa Tinto 2007, produzido pela Herdade do Esporão na região do Alentejo, que traz corte de Touriga Nacioal com Syrah e Aragonês.
Receita
Para 4 a 5 pessoas
Estrogonofe
2 cebolas médias
3 dentes de alho
1kg de filé de canguru cortado em tiras
1 colher (sopa) de extrato de tomate
1 colher (sopa) rasa de mostarda Dijon
100ml de catchup
1 colher (sopa) de molho inglês
1 lata de cogumelos
2 latas de reduced cream (o mais próximo do creme de leite)
Sal e pimenta a gosto
Purê
4 batatas rosa médias cortadas em 4
5 bastões de palmito cortados em rodela e sem a fibra interna
150ml de thickened cream
100g de manteiga
100ml de leite
Sal e pimenta a gosto
Mandioca palha
200g de mandioca cortada em bastões bem fininhos
Óleo para fritar
Preparo
Estrogonofe
Em uma panela, refogue a cebola e o alho em fogo baixo por alguns minutos ou até a cebola começar a ficar transparente. Já em fogo alto, acrescente a carne e refogue por mais 5 minutos mexendo a cada minuto. Adicione o extrato de tomate à mistura da carne e cozinhe até alcançar consistência cremosa. Acrescente então a mostarda, o catchup, o molho inglês, os cogumelos e, em fogo baixo, cozinhe com a panela tampada por 5 minutos. Por fim, incorpore delicadamente o reduced cream, acerte o sal, a pimenta e reserve.
Purê
Depois que as batatas estiverem cozidas, acrescente os palmitos na mesma água. Deixe ferver por um minuto e escorra. Reserve. Em outra panela, ferva o thickened cream com a manteiga e o leite. Desligue. Amasse bem a batata e o palmito e volte essa mistura para a mesma panela. Acrescente, aos poucos, o creme fervido. Cozinhe em fogo baixo até alcançar a consistência cremosa de purê. Acerte o sal e a pimenta.
Mandioca palha
Por ser mais comum encontrar mandioca congelada na Austrália, deixe-a em papel absorvente após cortá-la em bastões bem fininhos. Cozinhe em água fervente com sal por 30 segundos, não mais do que isso, e escorra. Na sequência, frite em óleo quente (180º C) durante máximo de 2 minutos ou até ficar crocante com coloração amarela-ouro.
Designed by Rodrigo Holler
Marcadores:
Alex Atala,
Austrália,
canguru,
gastronomia,
Sydney
sábado, 6 de novembro de 2010
Inferno astral ou falta de manutenção?
Exceto para um grupo de descrentes de toda e qualquer natureza esotérica, é sabido que nós, seres humanos nascidos sob as influências de um signo e um ascendente, sofremos com o chamado inferno astral, aquela sequência quase ininterrupta de maus agouros que nos persegue, anualmente, durante os 30 ou 31 dias anteriores ao dia do nosso aniversário.
O que eu não sabia, e tenho certeza de que vocês também não, é que o referido período também afeta máquinas, principalmente voadoras, talvez pelo fato de estarem mais próximas do astral, não sei, mas o fato é que a Qantas, a principal companhia aérea australiana, a empresa que se autodenomina The Spirit of Australia (não entrarei no mérito aborígene da questão), enfrentou o seu.
Hoje, 6 de novembro, a companhia que voa com um canguru na rabeta completa 90 anos e, para celebrar, recebeu até a visita de seu embaixador hollywoodiano, John Travolta, um dos melhores amigos da Oprah, que desembarcou em Sydney a bordo do seu Qantas particular.
O que os executivos da companhia não esperavam eram dois reversos seguidos na véspera, um ocorrido na quinta-feira e assunto do post anterior deste blog, e outro ontem, em Singapura, quando um Boeing 747 carregando 400 passageiros precisou retornar para o aeroporto 6 minutos após alçar vôo, pois fumaças e faíscas saíam do motor número um.
A exemplo de quinta-feira, ontem, graças ao Bom Deus (ou aos astros, como preferirem) ninguém se feriu, e, (mais uma vez) graças ao Bom Deus (ou aos astros, como preferirem), finalmente chegou o dia do aniversário, o que automaticamente acaba com o inferno astral, devolvendo à empresa que tanto se orgulha de nunca ter tido um grave acidente, e que tanto brasileiro transporta, a liberdade para voar longe desta influência infernal, ou então fazendo-a rever a política de manutenção de suas aeronaves.
O que eu não sabia, e tenho certeza de que vocês também não, é que o referido período também afeta máquinas, principalmente voadoras, talvez pelo fato de estarem mais próximas do astral, não sei, mas o fato é que a Qantas, a principal companhia aérea australiana, a empresa que se autodenomina The Spirit of Australia (não entrarei no mérito aborígene da questão), enfrentou o seu.
Hoje, 6 de novembro, a companhia que voa com um canguru na rabeta completa 90 anos e, para celebrar, recebeu até a visita de seu embaixador hollywoodiano, John Travolta, um dos melhores amigos da Oprah, que desembarcou em Sydney a bordo do seu Qantas particular.
O que os executivos da companhia não esperavam eram dois reversos seguidos na véspera, um ocorrido na quinta-feira e assunto do post anterior deste blog, e outro ontem, em Singapura, quando um Boeing 747 carregando 400 passageiros precisou retornar para o aeroporto 6 minutos após alçar vôo, pois fumaças e faíscas saíam do motor número um.
A exemplo de quinta-feira, ontem, graças ao Bom Deus (ou aos astros, como preferirem) ninguém se feriu, e, (mais uma vez) graças ao Bom Deus (ou aos astros, como preferirem), finalmente chegou o dia do aniversário, o que automaticamente acaba com o inferno astral, devolvendo à empresa que tanto se orgulha de nunca ter tido um grave acidente, e que tanto brasileiro transporta, a liberdade para voar longe desta influência infernal, ou então fazendo-a rever a política de manutenção de suas aeronaves.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Baleias e Sculptures by the Sea
Os aluguéis podem estar caros, o trânsito aumentando nos horários de pico, os ônibus mais cheios por conta da proximidade do verão, blá, blá, blá, mas qual cidade no planeta proporciona imagens como essa?
Detalhe: mãe e filha não estão em alto-mar, mas dentro da Sydney Harbour, entre a City e Manly, e puderam ser vistas pelas pessoas que iam para o trabalho de ferry essa manhã.
E a partir de hoje até 14 de novembro, entre Bondi Beach e Tamarama (ou seria entre Tamarama e Bondi Beach?), quem andar pelo caminho da costa vai se deparar com mais de 100 esculturas, que fazem parte Sculptures by the Sea, exibição ao ar livre que acontece desde 1997. É pegar uma garrafinha d'água, uma câmera e correr pra lá (clique aqui para ver fotos da Sculptures by the Sea 2008).
Pergunto: qual cidade possui uma costa com praias como Bondi e Tamarama, estendendo-se para Coogee e Maroubra ao sul, passando por Bronte, Clovelly e Gordons Bay?
Como diria o grande Tim Maia:
De Maroubra a Bondi, não há nada igual!
Pa ra papaaaaa para
Detalhe: mãe e filha não estão em alto-mar, mas dentro da Sydney Harbour, entre a City e Manly, e puderam ser vistas pelas pessoas que iam para o trabalho de ferry essa manhã.
E a partir de hoje até 14 de novembro, entre Bondi Beach e Tamarama (ou seria entre Tamarama e Bondi Beach?), quem andar pelo caminho da costa vai se deparar com mais de 100 esculturas, que fazem parte Sculptures by the Sea, exibição ao ar livre que acontece desde 1997. É pegar uma garrafinha d'água, uma câmera e correr pra lá (clique aqui para ver fotos da Sculptures by the Sea 2008).
Pergunto: qual cidade possui uma costa com praias como Bondi e Tamarama, estendendo-se para Coogee e Maroubra ao sul, passando por Bronte, Clovelly e Gordons Bay?
Como diria o grande Tim Maia:
De Maroubra a Bondi, não há nada igual!
Pa ra papaaaaa para
Marcadores:
Bondi Beach,
Bronte,
Coogee,
Sculptures by the Sea,
Sydney,
Sydney Harbour
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Studio Art, cerveja artesanal, jazz e Céu
Se tem alguém que desde o início me ajudou com o projeto de viabilizar a versão em inglês do meu livro na Austrália, essa pessoa é a Marcia Monje. Chegamos perto de trazer um grupo de xavantes pra cá, mas por questões burocráticas não rolou. O projeto, por ora, está parado, mas no dia em que as limitações do visto de estudante se tornarem coisas do passado, ele volta com tudo.
Citei a Marcia porque neste final de semana ela concretizará um projeto maravilhoso que desenvolveu com o australiano Chris Lamaro, o Start Studio Arts Fest.
A ideia é simples: levar o público para dentro dos estúdios e ateliers dos artistas.
Pra isso, ela reuniu 92 artistas de renome, que estão espalhados por 16 estúdios em 10 subúrbios. Levemente megalomaníaco, mas sensacional.
O Start Studio Arts Fest acontece neste sábado e domingo, das 10h às 17h, em Annandale, East Sydney, Leichhardt, Lilyfield, Mosman, Newtown, Redfern, Rozelle, St Peters, Surry Hills e Alexandria.
A entrada é grátis e quem não for não vai para o Céu. É sério!
Dica: tentem passar no de Mosman (Headland Park 1100A Middle Head Road), que segundo ela é fantástico.
Site
Neste sábado e domingo, também tem festival de cerveja.
The Australian Heritage Hotel, um dos pubs mais emblemáticos de The Rocks, promove a sexta edição do seu tradicionalíssimo The Australian Beer & Wine Festival, das 12h às 20h.
Dica: esqueçam o vinho, foquem na cerveja.
Estará participando a nata das cervejarias artesanais (ou de boutique, se preferirem) do terceiro continente à sua escolha, incluindo: 4 Pines, Little Creatures, McLaren Vale, Scharers, Matilda Bay, Blue Tongue, Stone & Wood, Fusion, Endeavour, James Squire e Balmain.
A entrada é grátis, 10 tickets de degustação custam $10 e a caneca $5. Quem não for, claro, não vai para o Céu. Quem for, o espírito subirá e o corpo ficará muito bem servido aqui em baixo.
Site
Também no sábado e domingo, em Balmain e Rozelle, fechando a semana gastronômica que rolou na nobre área, vai ter jazz ao vivo com trio de sax, piano e contra-baixo, das 11h às 14h. Para saber o local exato, clique aqui.
Arte, cerveja artesanal, jazz e, com certeza, muita mulher bonita. Deve ser isso o que chamam de paraíso. Quem não for, já sabe...
Aliás, no domingo, Mary MacKillop será canonizada no Vaticano, tornando-se a primeira santa australiana. Não preciso dizer mais nada.
Amém!
Marcadores:
cerveja,
Meu Avô A'uwê,
Sydney,
The Rocks
Assinar:
Postagens (Atom)