sábado, 6 de novembro de 2010

Inferno astral ou falta de manutenção?

Exceto para um grupo de descrentes de toda e qualquer natureza esotérica, é sabido que nós, seres humanos nascidos sob as influências de um signo e um ascendente, sofremos com o chamado inferno astral, aquela sequência quase ininterrupta de maus agouros que nos persegue, anualmente, durante os 30 ou 31 dias anteriores ao dia do nosso aniversário.



O que eu não sabia, e tenho certeza de que vocês também não, é que o referido período também afeta máquinas, principalmente voadoras, talvez pelo fato de estarem mais próximas do astral, não sei, mas o fato é que a Qantas, a principal companhia aérea australiana, a empresa que se autodenomina The Spirit of Australia (não entrarei no mérito aborígene da questão), enfrentou o seu.

Hoje, 6 de novembro, a companhia que voa com um canguru na rabeta completa 90 anos e, para celebrar, recebeu até a visita de seu embaixador hollywoodiano, John Travolta, um dos melhores amigos da Oprah, que desembarcou em Sydney a bordo do seu Qantas particular.



O que os executivos da companhia não esperavam eram dois reversos seguidos na véspera, um ocorrido na quinta-feira e assunto do post anterior deste blog, e outro ontem, em Singapura, quando um Boeing 747 carregando 400 passageiros precisou retornar para o aeroporto 6 minutos após alçar vôo, pois fumaças e faíscas saíam do motor número um.

A exemplo de quinta-feira, ontem, graças ao Bom Deus (ou aos astros, como preferirem) ninguém se feriu, e, (mais uma vez) graças ao Bom Deus (ou aos astros, como preferirem), finalmente chegou o dia do aniversário, o que automaticamente acaba com o inferno astral, devolvendo à empresa que tanto se orgulha de nunca ter tido um grave acidente, e que tanto brasileiro transporta, a liberdade para voar longe desta influência infernal, ou então fazendo-a rever a política de manutenção de suas aeronaves.

Um comentário:

Jo Turquezza disse...

Vamos acreditar nos dois: esperar passar o inferno astral e esperar acabar a manutenção. Mas seguro, né?