Povo de Sucupira, sucupiranos, neste exato momento, a Austrália possui pouco mais de 22.5 milhões de habitantes, sendo que 1/4 não nasceu aqui. Destes 5.5 milhões que foram paridos fora, apenas 1.1% veio da Américas, algo em torno de 242 mil.
No ranking dos 50 países com mais habitantes vivendo na Austrália, somente 3 são das Américas: Estados Unidos, Canadá e Chile, cada um com, respectivamente, 81, 43 e 28 mil habitantes.
O Brasil, com cerca de 20 mil pessoas down under, algo em torno de 0.1%, em termos populacionais não faz nem cócega. Quando falam que a Austrália está cheia de brasileiros, é porque nos concentramos em Bondi e arredores, Manly e arredores, e mais algumas pouquíssimas cidades, o que dá a impressão de sermos em grande número. Mas não somos!
Há poucos meses, ao sermos informados de que haveria aquela eleição para o Conselho de Representantes de Brasileiros no Exterior, estava claro, conforme escrevi algumas vezes no blog, que a única maneira de elegermos alguém seria juntarmos as forças em torno de um candidato de consenso e trabalharmos arduamente na divulgação para que o maior número de brasileiros que vivem aqui votassem.
Mas, infelizmente, não foi o que aconteceu. Dezenas de candidaturas foram lançadas sem se preocuparem em formar uma base de apoio e divulgação. Resultado:
A Austrália não conseguiu nenhuma das quatro vagas do grupo IV, que incluia países repletos de brasileiros como Japão e Líbano. Não sapecou nem mesmo vaga de suplente!
Que fique a lição para a próxima vez pois, se os brasileiros daqui não se unirem em prol do coletivo, da construção de uma comunidade brasileira de verdade, seremos sempre isso aí, uma meia-dúzia de brasileiros vivendo do outro lado do mundo com irrisória representatividade interna e nenhuma externa.
Parabéns a Siham Hussein Harati (Líbano), Ângelo Akimitsu Ishi (Japão), Carlos Sussumo Shinoda (Japão) e Newton Takahiro Sonoki (“Sonoki”, Japão), os representantes eleitos da Ásia, África, Oriente Médio e Oceania; e também aos suplentes Khaled Hamad Haymour (Líbano), Roberto Khatlab (Líbano), Sandra Mieko Kudeken (“Professora Sandra”, Japão) e Wilson Hayashida (Japão).
2 comentários:
Ola Pablo meu nome e Tatiana e eu participei como candidata do Conselho. Li sua materia e sua indignacao, o que nao e de se espantar diante da forma como a COMUNIDADE BRASILEIRA se comporta na australia.
Concordo em parte na ideia de um candidato unico, porem temos um grande historico de desuniao o que tem se tornado, infelismente,uma caracteristica comum dentro da comunidade brasileira DA Australia.
Entretanto, acredito que mais do que isso, nao foi possivel conseguir uma cadeira por falta de informacao geral.
Eu trabalho diretamente com estdantes em uma agencia e confesso que fiquei surpressa e frustrada quando percebi que NINGUEM sabia que tinha uma eleicao a vista e muito menos para que. Nao sabiam o que era o conselho e para meu espanto, recebi varios parabens por estar apenas na posicao de candidata, oque me pareceu "entrelinhas" que nao iriam votar, entao ja me parabenizavam de antemao por ter sido pelo menos candidata.
Acho que isso tambem e uma caracteristica muito comum de varios brazileiros que diferentemente dos indianos e asiaticos nao se unem com o proposito de se ajudar nao se importam uns com os outros em geral.
fazer escadinha na cabecas dos outros muitas vezes parece mais divertido, pode se dizer assim.
Eu gostaria de deixar registrado meu desapontamento em relacao, nao ao fato em nao ter sido eleita, mas sim por nao termos tido nenhuma possibilidade de expor nossa situacao neste ano na conferencia do Conselho de Representantes de Brasileiros no Exterior CRBE.
QUEM SABE ANO QUE VEM?
1- levando ao conhecimento de todos que este conselho exite, foi criado para nos ajudar e que poderemos ter muitos ganhos se trabalhamos em uniao.
2- selecionarmos um candidato unico , como voce mesmo disse e assim dedicar esforcos para que ele/ela seja eleito e leve nossas consideracoes em 2011.
obrigada pelo espaco.
tatiana bosch
tatiana@studentworld.com.au
É isso aí, Tatiana! Quem fiquem as lições para 2011. E quando precisar, pode contar com o espaço aqui. Um abraço!
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