Produtor: Henschke
Tipo: Branco
Uva: Riesling
Ano: 2007
Região: Edden Valley (South Australia)
Álcool: 12,5%
Preço: AU$ 14,00 (http://www.danmurphys.com.au/ e http://expand.americanas.com.br/)
O Carnaval vai começar no Brasil (na verdade, começou há 508 anos), e para curtir a folia de momo (detesto esses clichês carnavalescos), nada como beber em escala industrial. Por aqui, justificando a resolução número 2 de ano novo (“Trabalhar mais” – vide texto “Happy Ney Year”), labutarei normalmente no final de semana e, na segunda de Carnaval, volto a estudar após 2 meses e meio de férias. Será, tranquilamente, a primeira quarta-feira de cinzas sóbrio e sem ressaca, desde 1991 (que a minha terapeuta não leia isso).
No Brasil, sei que não é todo mundo que vai “pular” Carnaval durante os 4, 5 10, 30 dias (dependendo da região) de folia, tomando e beijando tudo o que encontar pela frente. Para estes (e já aproveitando para colocar em prática a resolução número 4 de ano novo – “Beber menos (porém, melhor)”, segue uma ótima dica de vinho.
Trata-se do Peggy's Hill Eden Valley Riesling 2007, um dos vinhos mais em conta do simpático casal Prue e Stephen Henschke, os produtores do Hill of Grace, um dos melhores vinhos da Austrália (dizem que o Shyrah 2002 chega à perfeição – ainda checarei!). Por apenas AU$ 14 (preço de 3 cervejas num pub), é possível tomar um vinhaço branco, daqueles que ficam um tempão conversando com a gente.
Produzido no Eden Valley (sul da Austrália), em vinhedos com mais de 50 anos, o Peggy's Hill traz um aroma amplo, intenso e persistente, rico em frutas como maracujá e lima (muito comum aqui), além de florais. Time grande! Na boca é uma explosão de sabores – praticamente um furacãozinho de maracujá (usei essa expressão pois quando o tomei estávamos aguardando uma tempestade em Sydney). O vinho tem corpo médio, é macio e sedoso, muito equilibrado, possui acidez fina e ótima evolução no copo. Tá no ponto para ser tomado, mas segura bem por alguns anos. A 14 dólares australianos, é uma ótima compra.
Sei que em São Paulo está um frio lascado, o verão mais polar dos últimos 20 anos – culpa do Al Gore – mas Carnaval e fevereiro são sinônimos de calor. Portanto, no Brasil ou na Austrália, comprem este vinho, dêem uma boa gelada nele e aproveite-o acompanhado de um salmãozinho defumado, algum aperitivo com frutos do mar (quem sabe a porção de Lula à Manacá lá de Camburizinho-SP), ou mesmo solo, apenas sendo bebericado com o pé na areia.
Vamos bebendo e bom Carnaval (ou Mardi Gras) a todos!
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