O litoral brasileiro é campeão em lançar modismos. Nos anos 70, por exemplo, nosso então ex-guerrilheiro e futuro deputado, Fernando Gabeira, lançou a máscula sunguinha de crochê (uma glaça!). Na década de 80 tivemos o revolucionário fio-dental, uma das grandes marcas da mulher brasileira (na verdade, uma marquinha). Nos anos 90 foi a vez do arrastão, novidade do verão carioca que repercutiu no mundo inteiro. E mais recentemente, na primeira década do século XXI, foram os insuportáveis sungas-vermelhas que deram o ar da graça nas areias tupiniquins, especialmente no litoral sul do País (do Rio pra baixo).
Pois bem, como estou há apenas 4 meses aqui, ainda não tive tempo de realizar uma pesquisa aprofundada sobre os modismos locais. Mas estes dias vi algo sensacional (na verdade, Cen-sa-cio-nal). Lembram dos aviões monomotores que passavam com faixas da Kibon e outros anunciantes nas praias? Então, no último sábado vi uma versão terrestre e com bunda deste ícono do verão brasileiro.
Pois bem, como estou há apenas 4 meses aqui, ainda não tive tempo de realizar uma pesquisa aprofundada sobre os modismos locais. Mas estes dias vi algo sensacional (na verdade, Cen-sa-cio-nal). Lembram dos aviões monomotores que passavam com faixas da Kibon e outros anunciantes nas praias? Então, no último sábado vi uma versão terrestre e com bunda deste ícono do verão brasileiro.
Eu estava na minha cadeirinha cativa em Coogee Beach, quando levei um susto ao ver a letra “A” chegando na praia. Ela tinha aproximadamente um metro e meio e era vermelha (talvez por causa do sol). Olhei bem e pensei: Pronto! Era o que me faltava. Agora as letras vão à praia, se divertem... Se a situação já estava difícil para nós, jornalistas, redatores e escritores, agora que elas não precisam mais da gente, é o fim. Pra piorar, o “A” não estava sozinho, mas muito bem acompanhado pelas letras “H”, “C”, pela sua irmã gêmea de mesmo nome, e pelo “P”. Definitivamente, era o fim!
Não preciso dizer que a praia parou para olhar, e eu, com a curiosidade de ex-jornalista (sim, acabara e jogar a toalha), também. Conforme as letras se aproximaram, notei algo diferente. De longe, sou péssimo para enxergar sem óculos, mas de perto, vi que as letras tinham pernas (muito bem torneadas por sinal), bunda, braços, belos pares de seios e até madeixas (chu-ín!).
Durante uns 20 minutos não teve uma pessoa que não parou para observar o desfile das belas letras que formavam a palavra “PACHA”, danceteria que, imagino pelo teor do folder, deve ter algo de inferninho ou coisa do tipo.
Mas o fato é que por alguns instantes, observando a maravilhosa letra “C” (pausa para uma revelação bombástica: a letra “C” é loira!!!), apaixonei-me na hora . Não vou dizer que foi amor à primeira vista, pois eu já a conheço há pelo menos 26 anos – desde que aprendi a escrever Pablo NaCer no final do jardim de infância – mas que estou apaixonado pela letra “C”, ahhhhh estou!
Vou inclusive convidá-la para um cafezinho sem compromisso lá em casa, onde comeremos camarões e caranguejos, beberemos um chardonnay e um cabernezinho, fechando a celebração com um cheescake de cereja e um cappuccino. Cen-sa-cion-al (ops)!
Nenhum comentário:
Postar um comentário