Em 29 de maio de 2003, publiquei um texto no meu outro site (pensamentododia.com) de nome “Sem nome”. Era sobre o grave problema que sempre enfrentei, especialmente quando visitava amigos em prédio, pois nunca, jamais um porteiro proferiu o meu nome corretamente. Pabulo, Plabo, Pabolo, Pablu, Prábis, Frábis e Frábulo eram algumas das graças mais frequentes.
Pois bem, aqui na Austrália a saga continua. Tudo bem eles mudarem a pronúncia de “Pablo” para “Pêiblo” ou "Péblo", afinal, o “a” local é dierente. Mas me chamarem de “Publa” não dá. E é o que tem acontecido em um dos meus trampos.
Pub, no final da jornada (é se trocar e ir pro pub)
Trabalho casualmente num restaurante que é a cara da Austrália. Não que lá só tenha carne de canguru, coalas descansando nas árvores e bumerangues cruzando o espaço aéreo. Mas por ser um restaurante mexicano, de propriedade de duas australianas, tocado por um chef de Bangladesh, que cozinha cercado de ajudantes do Nepal. Já os garçons e garçonetes se dividem entre Nepal, Brasil, Estado Unidos, Alemanha e México (embora o mexicano tenha cara de brasileiro, e eu, brasileño, tenha cara de mexicano – praticamente um graçom temático). Isso é a Austrália, uma das sociedades mais multi-culturais do planeta. E é lógico que o chef, há muitos anos aqui, mas com o característico sotaque indiano, só me chama de Publa. É “Publa, aqui estão os burritos”, “Publa, o chimichanga está pronto” e por aí vai!
O meu consolo é no final da jornada, quando eles preparam o nosso jantar. Para identificar a “bóia” de cada um, eles escrevem nossos nomes. E o meu, para simplificar, só escrevem “Pub”. Encaro como um “sinal” e, no melhor estilo Speedy González (também conhecio como Ligeirinho), vou direto para o pub irlandês que tem perto do restaurante só para justificar o apelido e abrir o apetite. Arriba, arriba, arriba, mate! Ou: Cheers, cabrón!
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