segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Perdemos Arden St!



Força, Clovelly Rd!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Happy New Year - 10 resoluções para 2008

O reveillon de Sydney gira em torno da Harbour Bridge, a famosa ponte que (literalmente) ao lado da Opera House, dos cangurus e da capa do álbum The Best of Men at Work, estão entre os principais ícones da Austrália. A festa na ponte é famosa no mundo inteiro não só pela queima de fogos, mas por ser um dos primeiros lugares do planeta a entrar no ano bom. Como sou novato por aqui, claro que tentei passar o mais próximo possível. Mas até a véspera, a missão de achar o lugar ideal não estava fácil.

Em primeiro lugar, o meu visto é de estudante (categoria alcoholic oversea student), e isso significa que que não tenho condições de pagar AU$ 1.000 nas festas vips ali do lado, nem mesmo AU$ 300 nos bares, restaurantes e clubes não tão vips assim. Deste modo, o mais viável era achar um lugar público nas imediações. Parques não faltam em Sydney, especialmente com boa vista para a ponte, mas para conseguir um bom lugar eu teria que chegar, no máximo, até às 9 da manhã, passar o dia inteiro espremido entre milhares de pessoas e com extrema dificuldade para as 4 principais necessidades de um dia como este: cerveja, banheiro, boa visão da queima de fogos e mais cerveja.

A solução foi descolar um lugar alternativo, que não precisasse chegar tão cedo e com ótima logística cerveja-banheiro-boa visão da queima de fogos-mais cerveja. Encontrei!

Por sugestão da família australiana de uma amiga suíça, fomos às cegas a um lugar chamado Strickland House. Tudo o que sabíamos era que no lugar havia uma casa particular, com acesso a uma praia, cuja praia tinha uma rede de proteção contra tubarões. Também fomos informados de que poderíamos levar comes e bebes à vontade, de que teríamos ótima visão da festa e não precisaríamos chegar tão cedo, pois a tal da Strickland House não é muito popular. O único “senão” era o toque de recolher: uma da manhã deveríamos zarpar de lá. Levando em conta que chegaríamos no meio da tarde e a maioria das festas públicas e muitas privadas da cidade não passariam das 3, achamos justo.

Assim, aportamos por lá às 16h12 do dia 31 de dezembro para desfrutar de uma das melhores relações cerveja-banheiro-boa visão da queima de fogos-mais cerveja de Sydney.

Vejam as fotos e as resoluções para 2008!


A chegada


A casa


A prainha


Parte da galera


Zoom na ponte






Zoom na Opera House



A atmosfera


Jesus também apareceu por lá


Fim de tarde


Pôr-do-sol


Sol se despedindo de 2007


Último anoitecer


Queima de fogos das 9h (para a criançada)



Happy New Year








Resoluções de Ano Novo:
1. Cortar o cabelo
2. Trabalhar mais
3. Escrever mais
4. Beber menos (porém melhor)
5. Conhecer a maior diversidade possível de cozinhas
6. Interagir com a Nicole Kidman
7. Parar de sonhar em interagir com a Nicole Kidman
8. Viajar mais pela Austrália
9. Passar férias no Brasil
10. Conquistar a Oceania, a Ásia e mais um terceiro continente a sua escolha







E para colocar as resoluções de ano novo em prática, nada melhor do que flambar uns maus espíritos que pairavam no ar!

Cicarelli na Austrália (ou quase)

Falando em celebridades, como sabem, em São Paulo eu era vizinho da supergata (e agora saudosa) Daniella Cicarelli. Comprávamos pãozinho no mesmo português bigodudo e mal-humorado, acompanhávamos as manchetes/escândalos sobre ela na mesma banca de jornal, frequentávamos o mesmo parque, onde corríamos entre as mesmas flores, o mesmo jardim, enfim, vivemos uma linda história de amor (só falta alguém avisá-la). Cheguei até a compor uns versinhos, que virou o tema do casal:

“A mesma padoca, a mesma banca, as mesmas flores, o mesmo jardim...”

Foto: Revista Trip


Pois bem, por aqui a coisa é diferente. Em vez da Cica, quem dá o ar da graça na vizinhança são 3 bêbadas que costumeiramente arremessam pratos, sandálias e xícaras pela janela (ver texto “Um domingo qualquer”). Até uns meses atrás, toda vez que eu saía na sacada e via algum objeto voador totalmente identificável partindo do apartamento 21, meu coração apertava de saudade. Até que numa bela manhã de segunda-feira, na Geos – a escola de inglês onde estudei de agosto a novembro –, ela apareceu!

Na verdade, não exatamente Daniella Cicarelli, mas Natacha Carabajal, supergata feita à imagem e semelhança da minha musa tupiniquim, mas argentina, que vive no Chile e se tornou minha vizinha... de classe. Tínhamos a mesma turma, frequentávamos o mesmo parque, tomávamos as mesmas botejinhas de vinhos, enfim...


Turma da Geos, domingo no parque (ela é a primeira da esquerda).

Natacha, para a minha tristeza, já retornou para o outro lado do Pacífico e, assim como Dani Cica, ficou com um pedaço do meu coração. Mas para amenizar tamanha dor, novamente escrevi uns versinhos extremamente profundos de recordação:

“Quase a mesma classe, o mesmo parque, as mesmas botejas, o mesmo tin-tin...”

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Genéricos chegam para o Australia Open

O Australia Open 2008 só começa no dia 14 de janeiro, em Melbourne, mas algumas das maiores estrelas do mundo do tênis já chegaram por aqui.

No último dia 31 de dezembro, em Nielsen Park, foram flagrados nada menos do que o maior nome da atualidade, o suíço Roger Federer, tricampeão do Australia Open (2004, 2006 e 2007), e dois ex-top 1 do mundo: o alemão Boris Becker, bicampeão do torneio em 1991 e 1996, e o chileno cabeça quente Marcelo Rios, finalista em 1998.

É só o começo!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Santa Claus existe - Vocês reconhecem a mãozinha?

Conheço o nosso glorioso Papai Noel há tempos. Em 3 décadas de vida pedi muito cartucho de Atari, Comandos em Ação e, claro, a tão sonhada bicicleta. Já o Santa Claus eu ainda não havia tido o prazer.



Era final de tarde de uma terça-feira, 18 de dezembro, quando uma fonte vitoriana (muito comum aqui) me relevou que ele estaria por estas bandas para um rápido reconhecimento do terreno. Afinal, estamos às vésperas do grande dia.

Com uma máquina na mão e um gorro natalino na cabeça (Cinema Novo em estado bruto), fui para o local onde o mais famoso filho da Lapônia supostamente estaria. E ao chegar lá, para minha surpresa descobri que a bela fonte vitoriana é, na verdade, uma grande fofoqueira, já que centenas (talvez milhares) de pessoas também o esperavam.



Embuído do meu dever jornalístico, fiz das tripas coração para tentar conseguir alguma imagem. Mas não foi fácil. Tive que passar por mal encarados seguranças kiwis, serelepes crianças ávidas para entregar a lista de presentes em mãos, pais e mães consumindo quantidades homéricas de vinho e cerveja, além da guarda pessoal do Santa, formada por renas eunucas no cio.

Assim que passei por todos estes obstáculos e me aproximei, notei que o bom velhinho (good little old man por aqui) de maneira alguma queria ser fotografado. Pior! Quando me viu, nosso tricolor do Pólo Norte - no melhor estilo celebridade de saco cheio (sem trocadilhos) - virou o rosto e tentou se esconder atrás da janela do Papai Noel Móvel (o trenó só funciona na “noite mágica”). Mas com a astúcia de um Chaves (o do México, não o da Venezuela), a velocidade de um Mário Tilico e o senso de oportunismo de um Romário, consegui, contra tudo e contra todos, este impressionante furo fotojornalístico. Vocês reconhecem a mãozinha?



Feliz Natal a todos, Merry Christmas e Feliz Navidad!!!

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

O dia em que a letra “C” foi à praia



O litoral brasileiro é campeão em lançar modismos. Nos anos 70, por exemplo, nosso então ex-guerrilheiro e futuro deputado, Fernando Gabeira, lançou a máscula sunguinha de crochê (uma glaça!). Na década de 80 tivemos o revolucionário fio-dental, uma das grandes marcas da mulher brasileira (na verdade, uma marquinha). Nos anos 90 foi a vez do arrastão, novidade do verão carioca que repercutiu no mundo inteiro. E mais recentemente, na primeira década do século XXI, foram os insuportáveis sungas-vermelhas que deram o ar da graça nas areias tupiniquins, especialmente no litoral sul do País (do Rio pra baixo).

Pois bem, como estou há apenas 4 meses aqui, ainda não tive tempo de realizar uma pesquisa aprofundada sobre os modismos locais. Mas estes dias vi algo sensacional (na verdade, Cen-sa-cio-nal). Lembram dos aviões monomotores que passavam com faixas da Kibon e outros anunciantes nas praias? Então, no último sábado vi uma versão terrestre e com bunda deste ícono do verão brasileiro.



Eu estava na minha cadeirinha cativa em Coogee Beach, quando levei um susto ao ver a letra “A” chegando na praia. Ela tinha aproximadamente um metro e meio e era vermelha (talvez por causa do sol). Olhei bem e pensei: Pronto! Era o que me faltava. Agora as letras vão à praia, se divertem... Se a situação já estava difícil para nós, jornalistas, redatores e escritores, agora que elas não precisam mais da gente, é o fim. Pra piorar, o “A” não estava sozinho, mas muito bem acompanhado pelas letras “H”, “C”, pela sua irmã gêmea de mesmo nome, e pelo “P”. Definitivamente, era o fim!

Não preciso dizer que a praia parou para olhar, e eu, com a curiosidade de ex-jornalista (sim, acabara e jogar a toalha), também. Conforme as letras se aproximaram, notei algo diferente. De longe, sou péssimo para enxergar sem óculos, mas de perto, vi que as letras tinham pernas (muito bem torneadas por sinal), bunda, braços, belos pares de seios e até madeixas (chu-ín!).


Durante uns 20 minutos não teve uma pessoa que não parou para observar o desfile das belas letras que formavam a palavra “PACHA”, danceteria que, imagino pelo teor do folder, deve ter algo de inferninho ou coisa do tipo.

Mas o fato é que por alguns instantes, observando a maravilhosa letra “C” (pausa para uma revelação bombástica: a letra “C” é loira!!!), apaixonei-me na hora . Não vou dizer que foi amor à primeira vista, pois eu já a conheço há pelo menos 26 anos – desde que aprendi a escrever Pablo NaCer no final do jardim de infância – mas que estou apaixonado pela letra “C”, ahhhhh estou!
Vou inclusive convidá-la para um cafezinho sem compromisso lá em casa, onde comeremos camarões e caranguejos, beberemos um chardonnay e um cabernezinho, fechando a celebração com um cheescake de cereja e um cappuccino. Cen-sa-cion-al (ops)!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

O tal do cricket



Desde que a temporada de rugby acabou por aqui, há uns 2 meses, o cricket se tornou o esporte da vez. Como bom rapaz latino-americano, sem dinheiro no bolso, sem parentes importantes e vindo do Brasil, tenho me esforçado para entender o plério. Mas não é fácil. Por ora, desvendei a logística das açõs – o cricket nada mais é do que o nosso taco de rua com pompa britânica e jogado como se fosse beisebol – e estou impressionado com o “approche” do arremesso (vejam o vídeo, é arte pura, mais um pouquinho e o cara sai voando). Mas o problema tem sido a pontuação.



Me desculpem, mas um placar que mostra Austrália 5/363, pra mim, não diz absolutamente nada. E o problema se agrava quando a TV mostra uma porção de números e gráficos que, tenho certeza, nem mesmo Sir Joseph Cricekt, o saudoso inventor do jogo, entende.



Por conta disso, resolvi boicotar as partidas televisionadas e só tenho assistido aos jogos ao vivo, como este que rolou no último sábado, no campo do lado de casa. Não sei quem estava jogando, não sei quanto foi, não vi números como 5/363 e muito menos gráficos.



Mas sei que um dos times de branco venceu (os dois times estavam de branco) e eu me diverti um bocado tomando uma cerveja gelada e relembrando os bons tempos de taco da infância, quando a cada 2 minutos o jogo era interrompido para dar passagem para um Monza, uma Caravan, uma Brasília ou um Fusca.

Ah! E falando em pompa britânica, vejam o modelito dos juízes!