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quinta-feira, 19 de maio de 2011
Quinta de Música na Austrália e no Brasil
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quarta-feira, 18 de maio de 2011
Entrevista com Artur Cimirro
Você vem para a Oceania para tocar em dois modelos bem diferentes de piano. Fale um pouco sobre eles.
Na minha opinião, o ponto mais interessante dos pianos da Stuart & Sons é a capacidade que estes instrumentos tem de alcancar expressões antagônicas que vão de um fortíssimo brutal a um pianíssimo inigualável graças ao seu quarto pedal. Além disso, os pianos Stuart & Sons possuem 102 teclas, ou seja, 14 teclas a mais que o piano padrão. Estamos fazendo gravações para um CD no momento, e ao que tudo indica, haverá outras vindas minhas à Austrália para fazermos mais CDs e recitais, so, let`s wait and see!
Tenho muitas expectaivas em relação aos pianos que usarei na Nova Zelândia, mas ainda não os conheço, de modo que só poderei comentar após conhecê-los bem. De qualquer forma, o Alexander Piano parece ser muito interessante em relação ao timbre, pois possui cordas maiores devido ao seu tamanho (5,7 metros de comprimento).
Onde mais tocará por aqui?
Viver como músico no Brasil é complicado, como músico erudito, então, imagino que seja muito mais. É isso mesmo? Você mora no Brasil ou no exterior?
Mande um recado para os brasileiros que estão na Austrália e Nova Zelândia e ainda não compraram ingressos para os seus recitais.
terça-feira, 17 de maio de 2011
Planking
Eu tábuo
Tu tábuas
Ele tábua
Nós tabuamos
Vós tabuais
Eles tábuam
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Entrevista Les Murray
Entrevista publicada na edição 15 (março/2011) da Radar Magazine.
“Garrincha é a alma do futebol”
A frase é do homem que é a cara e a voz do futebol na Austrália, Les Murray, apresentador e comentarista com sete Copas do Mundo na bagagem e três décadas de SBS Television. Nascido na Hungria e vivendo na Austrália desde 1957, Murray fala sobre o futebol no país, faz revelações e não tem dúvida de quem foi o melhor entre Pelé e Maradona.
Na Copa de 2010, os dois principais jogadores da Austrália foram expulsos nos dois primeiros jogos. Se eles estivessem vestindo a camisa do Brasil, da Argentina ou da Itália, a decisão do árbitro teria sido a mesma?
Não sei. A expulsão do Tim Cahill foi boba e a do Harry Kewell foi falta de sorte, pois para ser marcado mão na bola é preciso ter a intenção, não pode ser acidental, e além disso ele estava com o braço junto ao corpo. Portanto, é questionável. Mas não é possível perder Cahill e Kewell nos dois primeiros jogos e sobreviver.
Além das expulsões, quais foram os principais erros da Austrália no Mundial?
Más decisões do técnico Pim Verbeeck no primeiro jogo (contra a Alemanha). Pim Verbeeck não entendeu a mentalidade australiana, que é muito diferente da europeia, por exemplo. Você não pode falar para um jogador australiano que ele não é bom o suficiente para vencer a Alemanha, pois ele acredita que pode. Você tira a força mental dele. Gus Hiddink, o técnico anterior, compreendeu isso e foi pra cima do Brasil na Copa de 2006. Tudo bem, a Austrália perdeu por 2 a 0, mas dominou a maior parte do jogo. Eles não eram defensivos. Já Verbeeck armou o time com dez jogadores dentro da área e eles se revoltaram no vestiário, não queriam ir para o jogo, precisou um oficial da FIFA bater na porta e avisar que era hora de ir, senão perderiam a partida. Os jogadores estavam totalmente confusos.
Qual é o estilo do futebol da Austrália e para onde deve olhar?
A Austrália é um país multicultural e isso é bom, pois você tem garotos que nascem na Austrália, crescem aqui mas são filhos de pais croatas, por exemplo, portanto, recebem influências dos dois países que, combinadas, podem ser muito fortes. O estilo australiano, de vez em quando, precisa de correções, e a melhor maneira é espelhando nos melhores da época. Por muitas décadas nós tivemos a influência britânica, mas não precisamos dela. Nós já temos a mentalidade britânica, somos fortes, durões, altos, por que precisamos da influência britânica? Não temos a técnica, nosso controle de bola é ruim, precisamos de coisas que não temos.
A audiência do futebol na Austrália, tanto na televisão quanto nos estádios, vem crescendo. Quais são as principais razões?
O interesse aumentou muito depois da Copa de 2006. Mas em 2002, quando a Austrália não disputou a Copa, 15 milhões de australianos assistiram ao Mundial. A principal razão é a globalização. Há 30 anos, não havia transmissão na tv, artigos nos jornais, nada, apenas os imigrantes seguiam. Com a globalização, nós tivemos que ficar por dentro do que o restante do mundo fazia e jogava. E os australianos, primeiramente na SBS e depois na tv paga e na internet, começaram a acompanhar o futebol assistindo o melhor do mundo através dos campeonatos inglês, espanhol, italiano e brasileiro. Eles passaram a apreciar e achar que deveriam ser bons também no futebol. Em 2005, quando a Austrália se classificou para a Copa de 2006 ao vencer o Uruguai (em Sydney, nos pênaltis), esse país simplesmente explodiu. Nunca tivemos nada parecido. Havia um sentimento de okay, somos bons no rugby, no críquete, no golf, mas quem se importa? Esse é o esporte que todo mundo realmente se interessa. Foi muito importante para os australianos terem voltado à Copa do Mundo. Agora, provavelmente se classificará para todas e o sonho passa a ser vencê-la um dia. Não será hoje, nem amanhã, mas esse deve ser o sonho.
Falando em sonho, para você, que é um entusiasta do futebol brasileiro, o que pensa sobre cobrir a Copa no “país do futebol”?
Acho que será a minha última Copa do Mundo como profissional de tv, portanto, seria um encerramento brilhante para uma carreira. É um dos meus países e culturas preferidas, seria perfeito.
O futebol na Austrália está no caminho certo?
Muitas coisas precisam ser acertadas. A principal é o desenvolvimento técnico, o que é devagar e leva tempo. O futebol organizado começa muito cedo, antes dos seis anos de idade. Os garotos são colocados em times e tratados como pequenos soldados, eles não têm o futebol de rua, onde simplesmente pegam a bola e jogam, como na América do Sul, na África e em outros lugares. O garoto é escalado de zagueiro e não lhe é permitido sair daquela posição, driblar, nada, isso é muito agressivo e essa cultura precisa mudar, começando nos subúrbios. Outra coisa, a Football Federation Australia investe muito dinheiro no futebol, mas apenas nos jogadores de elite. Se hoje cerca de um milhão de pessoas jogam futebol na Austrália, menos de mil são de elite. E o restante? E os garotos aborígenes, que não podem comprar um par de chuteiras e possuem talento nato? AFL e Rugby League pegam eles, o futebol não, e isso é um erro. Um dos meus sonhos é ver, antes de eu morrer, o primeiro jogador aborígene de futebol milionário, como Harry Kewell ou Tim Cahill.
Quem foi melhor, Pelé ou Maradona?
Pra mim, Maradona. Uma das razões é porque mal vi o Pelé jogar. Eu era muito novo e só pude vê-lo mesmo quando estava se aposentando, no Cosmos de Nova York. Não pude vê-lo no auge, jogando pelo Santos, acompanhando semanalmente. Já o Maradona assisti em quatro Mundiais e foi o melhor que vi. Outra diferença é que o Pelé sempre jogou com grandes jogadores, seja no Santos ou na Seleção Brasileira, Maradona raramente tinha bons atacantes ao lado, a maioria era fraco, e ele sempre liderava o time, era o capitão e obteve grandes conquistas sem ter os melhores ao lado.
Quem é o seu grande ídolo no futebol?
Meu grande ídolo, meu ídolo espiritual no futebol é o Mané Garrincha, que representava a verdadeira essência do futebol, o futebol de rua, aquele que ele jogou até a morte. Figura trágica, mas por isso é tão amado. Me disseram que no Brasil Pelé é admirado, enquanto Garrincha é amado. Acredito nisso. Quando estive no Rio, fui até Pau Grande, cidade onde nasceu, visitei a casa em que ele cresceu e o túmulo. Foi uma busca particular minha pela alma do futebol, e é isso o que ele significa pra mim, Garrincha é a alma do futebol.
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domingo, 15 de maio de 2011
Um brinde à Luiza!
sábado, 14 de maio de 2011
Sexta-feira 13, os 4 Planetas e os 2 Princesos de Jé-dai
Que dia! Ontem, sexta-feira 13 com 4 planetas alinhados (para não dizer em rota de colisão) e há apenas alguns meses de 2012, tinha tudo para ser astrologicamente caótica, mentalmente pertubadora, fisicamente massacrante e emocionalmente avassaladora. Se alguém passou por algo parecido, seja bem-vindo ao clube.
Por sorte, descobri cedo que o dia seria assim, o que me permitiu apertar o muitas vezes necessário botão do fod$-%& e continuar a jornada igual a cavalo em desfile de 7 de setembro (literalmente, cagan*# e andando).
Com Mercúrio, Vênus, Júpiter e Marte alinhados pela primeira vez desde 1910 (exatamente o tempo que o Corinthians não conquista uma Libertadores) e perfeitamente visível aqui na Austrália, fui tirado da cama por volta das 5 e pouco da manhã. Não pela curiosidade jornalística ou pela paixão galiléica, mas pela própria força da conjunção, já que a cabeça estava um turbilhão.
Ao ligar o rádio e lembrar que o fenômeno estava acontecendo, peguei a câmera fotográfica e corri para o campo de golfe em frente a minha casa. Quando cheguei no topo, com o oceano de um lado, a Harbour Bridge do outro e o céu mais parecendo o planetário, em SP, não consegui fotografar nada, pois acabara a bateria.
Irritado e morrendo de frio, corri para casa, peguei a outra câmera e, ao retornar ao campo, o sol já dava o ar gélido de sua graça, o que significa que as estrelas e o fenômeno já haviam se retirado. Frustração total e nariz escorrendo!
Chegando em casa, ouvi que a referida Harbour Bridge estava fechada em função do protesto de um cara, um único cara, e o tráfego começara a ficar insuportável. Ainda mais sendo sexta-feira. E 13!
Sem sono, corri para o computador (após passar um cafezinho, claro) e tentei acessar o Blogger, a plataforma que uso para atualizar este blog. A ideia era avisar os amigos e leitores de Sydney para evitarem as imediações da ponte e fornecer algumas rotas alternativas (afinal, àquela altura o quarto/redação já funcionava a pleno vapor). Porém, durante o dia inteiro – não esqueçam, estamos falando de sexta-feira 13 –, o Blogger ficou em manutenção e o máximo que consegui foi colocar um recado no Facebook.
Tudo isso na semana em que veio a notícia de que dois brasileiros, na Austrália, foram presos por um dos motivos mais cretinos que li na vida. Sem absolutamente nada para fazer, e munidos de um laser verde, os dois “princesos de Jedi” (pronuncia-se Jé-dai), 21 e 27 anos, foram denunciados por um piloto de aviação comercial que teve a visão atrapalhada durante decolagem no aeroporto de Sydney, quando a dupla apontou o laser na cara dele. Sério!
Segundo uma amiga virtual, eles foram entrevistados na TV, na terça-feira, e disseram não saber que tratava-se de uma ofensa penal (obviamente sem usar estes termos), pois no Brasil isso é normal. Re-pe-tin-do: "no Brasil isso é normal"! É de brasileiros assim que precisamos. Os dois continuam presos e vão à julgamento em duas semanas.
Se foi realmente isso, que a força esteja com a lei!
quinta-feira, 12 de maio de 2011
De Dione Schaaf a Arnaldo Baptista
Aliás, para não sobrecarregar a Mari e concentrar tudo em Bondi, uma boa ideia é fazer o mesmo em outros lugares e, de preferência, na mesma data. Já imaginaram? No mesmo sabadão, "Charity Garage Sale Let's Help Dione" nas Northern Beaches, em Melbourne, Gold Coast... Quem fizer, me avisa que ajudo a divulgar o arrastão da solidariedade! Todas as informações sobre a Dione estão aqui.
Falando em Northern Beaches, hoje, às 19h, tem Ziggy and Wild Drums no Deck 23, em Dee Why. Regueira acústica da melhor qualidade.
O filme conta a história do músico, desde a infância, passando pela formação da banda, ápice, casamento com Rita Lee, mergulho nas drogas, depressão e a volta triunfante de 2006.
A direção é de Paulo Henrique Fontenelle, que traz depoimentos de Sérgio Dias, Dinho Leme, Tom Zé, Gilberto Gil, Rogério Duprat, entre tantos outros.
Mãe, pai, lembram que falei deste filme? Não percam! Se perderem, será exibido novamente neste sábado, às 16h. É a Balada do Louco em seu estado mais bruto. Porém, como bem diz a música: "Mas louco é quem me diz / E não é feliz, eu sou feliz".