Se a sua ideia para este domingo é passar a manhã lavando o carro com esguicho, ir para o Coles com o possante distribuindo monóxido de carbono pelo caminho, fazer as compras do mês usando 54 sacolas plásticas, ligar o chuveiro quente, ir conversar com a família no Skype e, depois de meia-hora, entrar no banho - para mais 46 minutos debaixo do chuveiro, fechando a jornada com uma boa noite de sono dormida no quarto infernalmente aquecido pelo aquecedor que foi ligado às 19h e só será desligado às 7h do dia seguinte, tenho uma sugestão melhor.
Que tal mover a bunda, tomar algumas ruas de Sydney e participar do Walk Against Warming 2010? A ideia é simples! Partindo do Belmore Park (perto da Central Station), ao meio-dia, dezenas de milhares de pessoas vão seguir pela Elizabeth Street até a Bathurst St, voltando para o Belmore Park pela Castlereagh St.
Tudo para mostrar aos digníssimos candidatos a primeiro-ministro e toda a classe política que a população quer ações práticas em relação ao aquecimento global, às mudanças climáticas e outras questões relacionadas ao planeta.
O Walk Against Warming é uma iniciativa do Greenpeace, onde nossa amiga Paola Penina trabalha, e rolará em todos os estados e territórios australianos. Portanto, clique aqui, veja se terá na sua cidade e participe!
Depois, a partir das 18 horas, rola a última edição do Cultura Bondi. Pelo menos por enquanto. A festa, organizada pela Fibra, que tem agitado o Beach Road todo domingo desde junho, vai dar uma parada. E no palco, fazendo a saideira, um dos melhores reggaes de Sydney com Ziggy and Wild Drums. Entrada grátis!
sábado, 14 de agosto de 2010
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Sexta 13 e o Ataque das Ondas Gigantes
Sim, meus amigos, neste exato momento estamos sendo atacados por ondas gigantes (pelo menos para os padrões dos Eastern Suburbs). E em plena sexta-feira 13! Coincidência?
Você não está enxergando coisas, é um cemitério na parte de cima da foto.
Não sei! Mas se tem um cara que tomou Johnny Walker com Activia no café da manhã é este silvícola das ondas, que está, literalmente, cagando e andando, pois caiu no mar para enfrentá-las. Well done!
Chapas tiradas em North Bondi.
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quinta-feira, 12 de agosto de 2010
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Eleições 2010 (na Austrália)
Pode não parecer, mas estamos há exatos 10 dias das eleições que decidirão o primeiro-ministro (ou a primeira-ministra) que dirigirá a Austrália pelos próximos, humm, digamos, 3 anos.
A incerteza pelo tempo deve-se ao sistema eleitoral daqui, que não determina eleição de x em x anos, e sim em no máximo 3 anos a partir da primeira reunião do novo Parlamento.
A propósito, disputando cabeça-a-cabeça estão a atual primeira-ministra Julia Gillard, do Label Party, e Tonny Abbott, líder do Liberal Party, porém, os eleitores não votarão diretamente neles, mas no parlamentar de sua preferência do distrito onde mora. Assim, o partido que tiver maioria na House of Representatives, o Parlamento daqui, tem o seu líder nomeado como primeiro-ministro.
Alguns amigos que viajaram em junho/julho tomaram um susto quando retornaram e viram que Kevin Rudd, o então primeiro-ministro, havia deixado o cargo. Na verdade, foi obrigado a se retirar numa das manobras políticas mais feias que vi na vida (e olha que sou brasileiro), sendo derrubado pelo próprio partido.
Os motivos são vários, sendo o principal a intenção de aumentar os impostos sobre os lucros da extração de minérios no país (a maior indústria da Austrália). Foi suicídio! Porém, oficialmente, o Label Party forçou sua saída sob o pretexto de que o governo estava saindo dos eixos, perdendo popularidade e, com as eleições em vista, Julia Gillard, então Ministra da Educação, teria mais chances. É o famoso blá, blá, blá político.
Ela, natural do País de Gales, uma das caras do governo Rudd, assumiu na maior saia-justa, foi vista como traidora por grande parte da opinião pública, mas por ser mulher, inteligente e batalhadora, conseguiu contornar sem grandes estragos à sua imagem.
Já Tony Abbott é um maluco mantido 24 horas com camisa de força pelo seu partido, pois quando abre a boca em geral só fala abobrinha. Agora não, pois como eu disse, está sendo vigiado de perto pelos seus partidários. Atleta, o que mais assusta é quando ele sai pedalando de sunga e chapeuzinho dos salva-vidas, bem ao estilo 1989 de Fernando "o presidente dos descamisados" Collor.
Correndo por fora, mas sem nenhuma chance, está o Green Party, uma espécie de Gabeira um pouco mais sério e sem os exageros da sunga de crochê que ele usava nos anos 70, em Ipanema, mas com muita movimentação em Bondi Beach.
Há 5 meses, ninguém seria louco de pensar que Kevin Rudd não se reelegeria. Depois que Julia Gillard assumiu, o Labor Party caiu nas pesquisas e Tony Abbott passou à frente. Hoje, eles estão disputando voto a voto, pois a diferença é mínima, mas ainda é uma eleição para o Labor Party ganhar. Caso isso não ocorra, será muito mais uma derrota monumental do Labor Party do que uma vitória do Liberal.
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segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Especial Caetano Veloso
Sábado passado, Caetano Veloso completou 68 primaveras. Portanto, antes de mais nada, Happy Birthday Caê (no caso da foto abaixo, parabéns irmão de Betânia)!
Mau Buchler, que não faz a menor ideia porque tanta gente ama Caetano Veloso e porque ele é um dos grandes nomes da música brasileira, juntamente com Rapha Brasil, que sabe muito bem porque tanta gente ama Caetano Veloso e porque ele é um dos grandes nomes da música brasileira, ambos da Vibez Brazil, dedicarão o programa de amanhã ao cantor e compositor.
E para dar uma reforçada na trilha sonora, eles convidaram Juliana Cesso, a DJ que mais toca vinil de música brasileira na Austrália (e irmã da Tati Cesso), e eu, que sou uma espécie de filho astrológico de Caetano Veloso.
É verdade! Para saber o motivo, histórias de Caê e, principalmente, ouvir muita música (da pré-seleção de 52 faixas já chegamos a 48, falta cortarmos mais 23), ouça a Vibez Brazil nesta terça, das 21h30 às 23h na Austrália (8h30 às 10h da manhã de terça no Brasil). O programa vai ao ar na 89.7 Eastside Jazz FM de Sydney e pode ser ouvido aqui.
Enquanto Caê não chega, seguem dois curtos vídeos que Mau & Rapha fizeram há duas semanas na minha Melbourne, quando participaram do Samba Cine Club.
Mau Buchler, que não faz a menor ideia porque tanta gente ama Caetano Veloso e porque ele é um dos grandes nomes da música brasileira, juntamente com Rapha Brasil, que sabe muito bem porque tanta gente ama Caetano Veloso e porque ele é um dos grandes nomes da música brasileira, ambos da Vibez Brazil, dedicarão o programa de amanhã ao cantor e compositor.
E para dar uma reforçada na trilha sonora, eles convidaram Juliana Cesso, a DJ que mais toca vinil de música brasileira na Austrália (e irmã da Tati Cesso), e eu, que sou uma espécie de filho astrológico de Caetano Veloso.
É verdade! Para saber o motivo, histórias de Caê e, principalmente, ouvir muita música (da pré-seleção de 52 faixas já chegamos a 48, falta cortarmos mais 23), ouça a Vibez Brazil nesta terça, das 21h30 às 23h na Austrália (8h30 às 10h da manhã de terça no Brasil). O programa vai ao ar na 89.7 Eastside Jazz FM de Sydney e pode ser ouvido aqui.
Enquanto Caê não chega, seguem dois curtos vídeos que Mau & Rapha fizeram há duas semanas na minha Melbourne, quando participaram do Samba Cine Club.
Night Vision from Mau Buchler on Vimeo.
Graffiti melbourne from Mau Buchler on Vimeo.
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domingo, 8 de agosto de 2010
40th City2Surf e Ziggy
A ideia de 80 mil pessoas estarem passando pela porta da sua casa é esquisita, mas ao mesmo tempo divertida. E é o que acontece neste exato momento aqui na frente do "Château El Capitano", onde moro.
Tudo por conta dos 14km da City2Surf, a maior corrida de rua do mundo, que começou às 8h30 com o pelotão de elite saindo do Hyde Park e ainda tem gente chegando na estrutura armada em Bondi Beach.
Essa é a típica corrida que não importa quem chega em primeiro, muito menos quem não vai bater o recorde do lendário Steve Moneghetti, que cravou 40.03 em 1991, mas sim as 75 mil vitórias individuais de cada corredor (ou andador, depende).
Como em toda corrida de rua, em Sydney também tem os personagens de sempre, além, é claro, das musas.
Lembrando que para fechar uma corrida que começa na City e termina no Surf, nada como uma regueira da melhor qualidade. O Beach Road está bombando desde as primeiras horas da manhã e, a partir das 18h, vai ter o Cultura Bondi com ninguém menos do que Ziggy and Wild Drums. Oferecimento da Fibra com o apoio institucional do Gustavo Daresi, o careca mais gaúcho de Sydney (ou seria o gaúcho mais careca dessas bandas?).
Speed e Gonzales
Speedo e Speedo, depois de pegarem atalho pela Oxford Street.
Peter Parker
Se você conhece esse brasileiro, mande a foto pra ele.
Se você conhece esse brasileiro, mande a foto pra ele.
Se você conhece esse argentino, mande ele pra... Ops, apenas lembre-o dos 4 a 0 da Alemanha.
Elvis is dead!
Santa simpatia, Batman!
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sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Happy Hiato Day!
Se tem uma data que todo brasileiro que mora na Austrália sabe decór é o dia em que chegou no país. Se perguntar o dia em que deixou o Brasil, ele vai parar um segundo para pensar, lembrar da data que chegou, fazer as contas e depois responder. Mas se perguntar, por exemplo, em que ano chegou? Ele responderá:
- 2007, 7 de agosto de 2007.
Entre essas duas datas, existe o Hiato Day, que é justamente aquelas 24 horas passadas em algum ônibus com asas da Aerolineas Argentinas ou avião da Qantas, Emirates etc.
Hoje, 6 de agosto, é o meu Hiato Day, o que significa que ontem fez 3 anos que deixei o Brasil e amanhã fará 3 anos que vivo na Austrália. E que 3 anos!
A minha ideia é ficar. Amo a Austrália e o estilo de vida daqui, acredito que é uma sociedade que está em um movimento profundo de transformação, principalmente por conta do processo de imigração e consequente miscigenação, além, é claro, de ser uma ilha continental de infinitas oportunidades.
Claro, tem seus problemas, muitos deles crônicos como a inevitável fata de água em décadas (estamos falando do país mais seco do mundo) e da absurda dependência econômica de recursos naturais, mas adoro quando eles tratam questões pequenas como grandes problemas, o que só mostra como eu estava mal acostumado no Brasil.
É evidente que o futuro a Deus pertence, como diria algum coroinha, o que não significa que ficarei sentado num café em North Bondi esperando ele decidir por mim. Na verdade, neste exato momento estou sim num café em North Bondi, mas tocando a minha vida, agilizando o máximo de coisas que posso fazer, para quem sabe conseguir ficar cada vez mais por estas bandas.
Sou brasileiro, sulamericano e tenho orgulho disso, mas viver num país onde você não é julgado pela roupa que veste, o carro da garagem (ou por usar transporte público), a casa em que mora e o que quer fazer da vida, é algo absolutamente sem preço. Na verdade tem, pago ele a cada 3 meses quando vence a minha escola, além de sentir saudade de algumas pessoas e ocasiões do Brasil, mas se colocar tudo na balança... Advance Australia Fair (o hino local).
Sinto que o meu tempo está apenas começando no terceiro continente à sua escolha (na verdade, não sei se sinto ou se é o que desejo), por isso quero dobrar e ficar mais 3 anos e, se a Dilma realmente ganhar as eleições, pelo menos mais 4.
Happy Hiato Day!
- 2007, 7 de agosto de 2007.
Entre essas duas datas, existe o Hiato Day, que é justamente aquelas 24 horas passadas em algum ônibus com asas da Aerolineas Argentinas ou avião da Qantas, Emirates etc.
Hoje, 6 de agosto, é o meu Hiato Day, o que significa que ontem fez 3 anos que deixei o Brasil e amanhã fará 3 anos que vivo na Austrália. E que 3 anos!
A minha ideia é ficar. Amo a Austrália e o estilo de vida daqui, acredito que é uma sociedade que está em um movimento profundo de transformação, principalmente por conta do processo de imigração e consequente miscigenação, além, é claro, de ser uma ilha continental de infinitas oportunidades.
Claro, tem seus problemas, muitos deles crônicos como a inevitável fata de água em décadas (estamos falando do país mais seco do mundo) e da absurda dependência econômica de recursos naturais, mas adoro quando eles tratam questões pequenas como grandes problemas, o que só mostra como eu estava mal acostumado no Brasil.
É evidente que o futuro a Deus pertence, como diria algum coroinha, o que não significa que ficarei sentado num café em North Bondi esperando ele decidir por mim. Na verdade, neste exato momento estou sim num café em North Bondi, mas tocando a minha vida, agilizando o máximo de coisas que posso fazer, para quem sabe conseguir ficar cada vez mais por estas bandas.
Sou brasileiro, sulamericano e tenho orgulho disso, mas viver num país onde você não é julgado pela roupa que veste, o carro da garagem (ou por usar transporte público), a casa em que mora e o que quer fazer da vida, é algo absolutamente sem preço. Na verdade tem, pago ele a cada 3 meses quando vence a minha escola, além de sentir saudade de algumas pessoas e ocasiões do Brasil, mas se colocar tudo na balança... Advance Australia Fair (o hino local).
Sinto que o meu tempo está apenas começando no terceiro continente à sua escolha (na verdade, não sei se sinto ou se é o que desejo), por isso quero dobrar e ficar mais 3 anos e, se a Dilma realmente ganhar as eleições, pelo menos mais 4.
Happy Hiato Day!
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