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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

I Les Murray Cup

A verdade é uma só: o australiano médio, aquele tomador de VB em RSL, está pouco se lixando para o futebol (ou soccer, como ainda chamam por aqui).

Independentemente do que rola na Fifa, o que mais contou contra a candidatura australiana foi o desinteresse da população em ver o país sediando a competição, e a oposição interna de diversos setores, incluindo meios de comunicação e entidades esportivas como NRL e, principalmente, AFL.

Afinal, eles sabem do perigo que o futebol representa para as diferentes ligas de rugby, para o Australian Football, cricket etc, pois uma vez que pegar, vai estourar e ficar pra sempre. Mas, por ora, o soccer não passa de esporte de imigrante e wog (filho de imigrante nascido na Austrália).



A única emissora que realmente apoia o futebol no país é a SBS, que transmite alguns jogos internacionais ao vivo, possui programas especializados, abre espaço em seus noticiários e, acima de tudo, transmite a Copa do Mundo desde 1986 (só não mostra mais porque a Fox Sports compra tudo e o governo não protege a transmissão em tv aberta de futebol como de outros esportes nacionais). E ninguém simboliza melhor o futebol na emissora e na própria Austrália do que o lendário Les Murray, australiano nascido na Hungria apaixonado pelo esporte que esteve presente na transmissão de todas as Copas exibidas pela SBS.

Com esse perfil e trabalhando há décadas na única emissora realmente multicultural do país, não é de se estranhar que o cara é um entusiasta do futebol brasileiro e, infelizmente, vascaíno. Mas tem explicação. E matemática!



Les Murray está para o futebol australiano assim como os Canarinhos estão para o futebol brasileiro em Sydney. Ou seja, pensou em jogar uma pelada com brasileiros na cidade, o primeiro pensamento que vem à cabeça é o Sydney Brazilian Social Club, o popular Canarinhos, que desde 1972 joga religiosamente todo santo domingo, sendo que há pelo menos 20 anos no campo 7 do Centennial Park, oficialmente batizado de Brazilian Fields.

Pois bem, há tempos Les Murray é, digamos, patrono dos Canários, não em termos financeiros, mas no sentido de apoiar e dar força ao clube, já que o nome do homem pesa. Em 2004, por exemplo, juntamente com o atual presidente, Gel Freire, e o grande Dinamite, o maior artilheiro do Centennial Park caso o gol fosse 2 metros mais alto, Murray esteve no Brasil e acabou se convertendo ao time de São Januário.

E agora, para homenageá-lo e retribuir o apoio, os Canários criaram a I Les Murray Cup, competição que acontece neste domingo, no... Centennial Park, a partir das 9h30. A copa será disputada por 12 times formados por jogadores de diferentes nacionalidades e localidades. Serão 13 partidas no total, incluindo a grande final. Além do futebol, claro, vai rolar muita festa nos arredores, com participação especial do próprio Les Murray, que fará o discurso de abertura. Entrada grátis!



E para celebrar a primeira edição, às 17h, todos seguem para o Selina's, no Coogee Bay Hotel, onde rola mais uma edição do Beach Samba, festa da Baluart com batucada de esquenta e Samba Groove até às 22h. A entrada é grátis até às 19h - tanto pra mulher quanto pra homem. Depois é $10.



Enfim, se o australiano não gosta de futebol, o problema é dele. Nós gostamos! Se a Rússia e o Catar tem quantidades intercontinentais de petro-dólares, bom para a Fifa. Por aqui, um viva ao Les Murray e aos Canários (clique aqui para ler a história dos Canarinhos na íntegra)!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Abuka, Vote for Mary e Vote for Australia

Enquanto aguardo o anúncio da Fifa sobre o país que sediará a Copa do Mundo de 2022, o que resultará em post com Les Murray Cup, samba, futebol e cia, vamos ao que rola hoje à noite, na música, e já estendendo para o sabadão.

Daqui a pouco, das 20h às 22h, o Abuka Duo se apresenta no Hugos Lounge, em evento especial de Natal. O lance é aquele de sempre, música de boa qualidade, pizza + taça de vinho por $10, mulher saindo pelo ladrão e, como é dezembro, deixem os seus presentes na árvore de Natal da casa, que depois serão distribuídos para as crianças assistidas pela instituição de caridade Bernardos (não, não é do nosso Bernardo Daudt).

No sábado, o Vote For Mary de Laura, Manduka, Júlio e Mark abrirá o show da lendária banda australiana Ganggajang, no Coogee Diggers. Formada em 1984, o Ganggajang é o autor do clássico local Sounds Of Then (This is Australia) e já esteve no Brasil três vezes. O show começa às 20h30 e os ingressos estarão à venda na porta.

Bem, sabendo da dificuldade que será para a Austrália ganhar o bid da Fifa e que os 22 oficiais com direito a voto são senhores ricos e poderosos na faixa dos 60 anos, segue o meu lobby particular.

Com voês, Elle Macpherson, integrante do comitê australiano que ontem deu um show durante a apresentação na sede da entidade!











sábado, 19 de junho de 2010

Brasil x Ivory Coast - Fan-farra verde e amarela

Este, sem dúvida, será o maior esquenta de todos os tempos da próxima semana. Antes de mais nada, domingão, 20 de junho, é aniversário da minha irmã Paloma, a mãe dos gêmeos. Parabéns, Pá!

Bem, mas a fanfarra em verde e amarelo (no caso desta, green and gold) começa daqui a pouco, à meia-noite, com Austrália x Gana. É ganhar, ganhar ou, na pior das hipóteses, golear. Se empatar ou perder, aí somente em 2022, em casa.



Passado o aperitivo da madrugada, o esquenta deste domingo começa com a Festa Junina do BraCCA, a mais tradicional destas bandas. A exemplo de 2009, este ano também será no Fraser Park, das 11 às 18h, na sede do clube português (100 Marrickville Road - próximo à Sydenham Station). Vai ser bem bacana, a entrada custa somente $5 e terá muita comida típica (além de drinks e Canarinhos, é claro).



De lá é seguir para o meu novo local pub número 1, o Beach Road, onde o Cultura Bondi trará Samba Groove das 18h às 22h com entrada grátis. Mas é só o começo! O próximo destino? Darling Harbour, onde vocês podem escolher entre as opções fan outdoor ou fan-farra indoor.

A opção fan outdoor é o International Fifa Fun Fest, que desde às 21h30 estará mostrando Eslováquia x Paraguai, à 0h passa para Itália x Nova Zelândia e à 4h30 Brasil-sil-sil x Costa do Marfim (ou Ivory Coast - como eles dizem aqui). Ontem fui lá e vi Alemanha 0 x 1 Sérvia. Está simplesmente sen-sa-cio-nal. Méritos de Joseph Blatter e Flávia Fontes.



Aliás, uma pausa: vocês lembram o que escrevi sobre os "Tambores da África"? Vocês acham que as chances perdidas pela Alemanha e o pênalti pessimamente batido foram coincidências? E o frango do goleiro inglês seguido pelo empate com a Argélia? O que falar de Suíça 1 x 0 Espanha - a favorita? E Itália, França, Portugal... os colonizadores e quem tem acertos de contas históricos estão perdidos!



Voltando: a opção fan-farra indoor será na Home, onde acontece a festa oficial dos brasileiros em Sydney com direito a samba ao vivo, telão, DJ's, enfim, a partir das 23h a festa vai rolar solta e só terminará por volta das 6h30 da segunda-feira, com o apito final seguido de um heróico e retumbante call sick. Um oferecimento Baluart, Fibra e Dunga. Entrada 20 doletas.



Já para os conservadores, a dica é: Pablito na SBS. Isso mesmo! O jogo começa às 4h30, mas a partir das 4h, na Rádio SBS 2, estarei nos estúdios comentando a partida ao lado de Milton Rocha e Rafael Aiolfi, além de Raphael Brasil-sil-sil, que estará congelando em Darling Harbour entrevistando a galera.

A coisa é simples: entramos no ar às 4h, depois passamos para a Rádio Bandeirantes com o grande José Silvério, que transmitirá direto da África, voltamos no intervalo, Silvério narra mais 45 minutos com comentários de Mauro Beting, e retornemos no pós-jogo até às 7 da manhã, ouvindo as coletivas, comentando e tomando quantidades industriais de cafezinho da SBS.

De lá, como bom estudante internacional, sigo para a escola, onde às 9h15 apresentarei um plano de marketing de 15 minutos para uma banca examinadora e, se sobreviver, entro de férias escolares até meados de julho, aumentando a cota de Copa do Mundo e fanfarra. Brasil-sil-sil!


Como o assunto é fan-farra, Vlad ao fundo.

Rádio SBS 2
On digital radio: 97.7FM Sydney, 93.1FM Melbourne, 105.5FM Canberra

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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O dia em que Sydney parou (viva o call sick)

Duas festas fizeram o domingão dos brasileiros em Sydney.

By Carol Favero


Primeiro, durante todo o dia, foi o 9th Ritmo Brazilian Festival, em Darling Harbour. Organizado pelo BraCCA, o festival juntou cerca de 15 mil pessoas (eu contei 15.543, mas posso ter esquecido alguém), e foi bem bacana.

By Carol Favero


Na sequência, a Fibra, juntamente com a Sollarium, mais a Ozzy Study Brazil e outras empresas, fizeram a We Love Brazil, festa que reuniu cerca de duas mil pessoas na Home, também em Darling Harbour. A casa (sem trocadilhos) simplesmente bombou!

By Carol Zatt


A consequência foi um recorde histórico de call sick nesta manhã. É verdade! O call sick é uma instituição local que foi rapidamente incorporada pelos brasileiros na Austrália.

By Carol Zatt


Ele nada mais é do que aquele telefonema em cima da hora, em geral feito da cama (nos dias de semana) ou da praia ou churrasco (aos finais de semana), dizendo ao boss que está muito doente e é impossível ir ao trabalho.



No melhor estilo Raulzito Seixas na Ozzyland, o que tivemos nesta segunda-feira foi mais ou menos assim:

O australiano não foi tomar café,
Pois sabia que a garçonete brasileira não estava lá
E o kitchen hands brasileiro não foi para o café
Pois sabia que o chef brasileiro também não estava lá
O professor não foi lecionar,
Pois sabia que os estudantes brasileiros não estavam lá
E os estudantes não foram estudar
Pois sabiam que os professores brasileiros não iriam acordar

No dia em que Sydney parou (Êêê)
No dia em que Sydney parou (Ôôô)
No dia em que Sydney parou (Ôôô)
No dia em que Sydney parou

Dona de casa não saiu pra comprar pão
Pois sabia que o baker brasileiro também não tava lá
A madame não saiu para se arrumar
Pois sabia que a manicure brasileira também não tava lá
E a saidinha não foi se depilar
Pois sabia que o brazilian wax não iam aplicar
E as agências de intercâmbio não puderam funcionar
Pois todo o staff brasileiro ainda estava a festejar

No dia em que Sydney parou (Êêê)
No dia em que Sydney parou (Ôôô)
No dia em que Sydney parou (Ôôô)
No dia em que Sydney parou

Os restaurantes tiveram que fechar
Pois não tinha motorista brasileiro para a carne entregar
E a function não pôde começar
Pois não tinha brasileiro para circular
O avião da Qantas não pôde pousar
Pois não não tinha brasileiro, ali pra sinalizar
E o doutor não foi trabalhar
Pois mesmo com tanto call sick não havia ninguém pra medicar

No dia em que Sydney parou (Êêê)
No dia em que Sydney parou (Ôôô)
No dia em que Sydney parou (Ôôô)
No dia em que Sydney parou

Agora todo mundo junto!



sexta-feira, 4 de setembro de 2009

After Party no Coogee Bay




Pra quem acha que o domingão acaba depois do Father's Day no Centennial Park, esqueça! Saindo do Brazilian Fields (mundialmente conhecido como CT dos Canarinhos), a festa continua no Coogee Bay Hotel com a Beach Samba Party.

O Coogee Bay todo mundo sabe, é de frente pra praia, tem muita gente bonita e rola aquela lambança de sempre. A festa, organizada pela Baluart 03 Productions (do meu chapa Balu), e com patrocínio da Ozzy Study Brazil (a empresa para qual trabalho), terá como atração principal o Samba Australia, banda que não tem nem um ano e já está arrebentando por aqui (os homens estão com a agenda cheia até dezembro).



O ingresso custará $5 para as mulheres (antes das 18h elas entram na faixa), $10 para os cuecas (a qualquer hora) e a caipirinha de Sagatiba estará somente $5. Ou seja, segunda-feira tem call sick!

Nos vemos lá!

Quem: Beach Samba Party
Quando: Domingo, 6 de setembro, das 16h às 22h
Onde: Coogee Bay Hotel (Selina's) - Coogee - Sydney
Quanto: $5 mulher (free antes das 18h) e $10 homem

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Dia dos Pais no Brazilian Fields Centennial Park

Seguindo a linha do post anterior, não é apenas a primavera que segue o estilo micareta por aqui, ou seja, fora de época. Mas o Dia dos Pais também.



É verdade! A maioria dos países que celebram o Father’s Day, o faz no terceiro domingo de junho, incluindo aí Argentina, Chile, África do Sul, França, Holanda, Estados Unidos, Irlanda, Japão e Malásia.

Outros países como Portugal, Espanha, Itália, Andorra, Bolívia, Honduras e a minha saudosa Liechtenstein comemoram em 19 de Março, dia de St Joseph, o popular São José de Nazaré.



No Brasil, como sabemos, a data é celebrada sempre no segundo domingo de agosto. Já na Austrália...

Bem, certamente por razões que só os nativos do terceiro continente à sua escolha conhecem, por aqui e na vizinha Nova Zelândia o Dia dos Pais é comemorado no primeiro domingo de setembro, dia 6 este ano.



E já que se trata do próximo, nós, do Sydney Brazilian Social Club, mais conhecido como Canarinhos, faremos uma grande festa no nosso campo, o Brazilian Fields Centennial Park (veja mapa no link abaixo).

Se você estiver em Sydney, apareça! A festa será das 10 da manhã às 4 da tarde, e além da tradicional pelada (futebolisticamente falando), teremos muita cerveja, refrigerante, churrasco e, claro, um especialíssimo e delicioso feijão tropeiro preparado pela Mana.



Isso mesmo! Feijãozinho da tropa 100% tupiniquim. Traga a família, os amigos, os flatmates gringos e venha passar um domingão ensolarado no melhor endereço brasileiro de Sydney: o Brazilian Fields Centennial Park.

Who: Father's Day 2009
When: 6th September - 10am to 4pm
Where: Brazilian Fields (field number 7) - Centennial Park - Sydney
Entry: Free

QUEM ESTIVER NA CIDADE E NÃO FOR, NÃO VAI PARA O CÉU!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Bandeirando



Quando o Sydney Brazilians Social Club, o popular Canarinhos, parecia que iria engrenar, a coisa novamente desandou e saímos de campo com mais uma derrota, além de um futuro incerto na competição. O time começou jogando bem, Celê voava na ala esquerda, mas os jogadores não conseguiram empurrar a bola pra dentro. Na segunda etapa (ops, segundo round), nosso goleiro falhou, o ataque não marcou e a vaca foi para o brejo: 1 a 0 Phoenix.



Mas o destaque mesmo foi a minha estréia como linesman. Isso mesmo! Ban-dei-ri-nha! A Austrália nos proporciona coisas fantásticas, entre elas iniciar atividades jamais pensadas anteriormente.



Desde que cheguei, trabalhei um ano como garçom, 2 dias numa obra, 1 dia em uma bakery, virei cartola de futebol e ontem bandeirinha. Cada um, claro, tem as suas manhas e segredos.

Na bakery, por exemplo, o segredo é ficar sempre atento, pois padeiro distraído acaba queimando a rosca. E essa, definitivamente, não é a idéia. Já os segredos de um bom bandeira são 3: ele não pode ficar parado, deve manter um olho no peixe e outro no gato e ter uma cerveja gelada sempre à mão. Explico!



Acompanhar os lances correndo transmite maior credibilidade. Toda vez que o La Cicciolina ou o 4 in Hand atacavam, eu ia junto com a bandeira abaixada. Quando marcava ou deixava de marcar alguma coisa, os jogadores, vendo que eu estava em cima, respeitavam a decisão. Apenas em um lance polêmico, que resultou em gol, tive problemas. Dois zagueiros reclamaram bastante, mas eu mandei um sonoro “Same line! Same line!”, “Keep playing or I’ll report you to the referee”, e os caras ficaram quietos. Fácil!

Foto tirada pelo Tira-Teima

Lance dificílimo, mas não para um bandeira que voa.

O ideal seria que todo bandeira fosse vesgo. Mas aquele vesgo com um olho para cada lado, não os dois para o centro. Só assim ele teria 100% de precisão para marcar os impedimentos decorrentes de lançamentos de longa distância. Fico imaginando que craques como Gérson e Pita eram os terrores dos bandeiras. Eu, que não sou vesgo, tive certa dificuldade, pois os australianos jogam muito na base do chutão. E aí, era sempre um olho no zagueiro que chutava lá de trás e outro nos atacantes lá na frente.

E, claro, uma cervejinha gelada do lado ajuda. Sabem como é, sol forte, aquela solidão danada, pois só o lateral é seu amigo, e o restante do seu time bebendo no campo ao lado (além de cornetar, claro). O jeito era aproveitar os escanteios do lado do Marcone, o bandeira número dois (ou seria o número um?), e dar uma refrescada.



Ao término da partida, nada de dedo em riste, escolta da polícia, copos com xixi ou referências à dona Ana Maria (minha mãe). Fui ao centro do gramado, parabenizei o árbitro pelo bom trabalho – ele fez o mesmo – e embolsei 25 doletas (tchu-tchín!), que horas depois, no ótimo Australia and Brazil Music Festival, viraram Tooheys New. Aliás, texto sobre o festival nos próximos dias.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Canarinhos x Four in Hand - Rodada 19



Mais uma vez, os Canarinhos não fizeram uma grande partida mas, ao contrário do que vinha acontecendo, pelo menos saíram de campo com a vitória. E merecida!

O time começou melhor, tocando fácil e chegando bem ao ataque. Numa bela jogada pela direita, o atacante Ronaldo (que não é o Fenômeno) esboçou uma pedalada, entortou o zagueiro e mandou para o fundo da rede. Canários 1 a 0.

A partir do gol, foi a história de sempre. O time passou a enfeitar demais, tentar dribles desnecessários, fazer firula e com isso o adversário cresceu. Pra piorar, esqueceram de levar a cerveja e estava difícil assistir ao jogo a seco. O castigo veio ainda no primeiro tempo, quando o jaqueta 8 dos homens sofreu pênalti, ele mesmo bateu no canto direito do goleiro Liminha e empatou a partida: 1 a 1.



Na segunda etapa, mesmo precisando da vitória, os Canarinhos não conseguiram se achar em campo, e, como de costume, começaram a dar chutões pra frente, no pior estilo São Paulo do Muricy Ramalho (thank God ele foi pro Palmeiras).





Se chutões já não funcionam contra brasileiros, imaginem contra anglo-saxões? Este é o jogo deles, não o nosso, e com um poste de quase 2 metros plantado na entrada da área – o jaqueta 17 – e um goleiro que saía bem do gol, os Canários não ameaçavam.

E a gente a seco do lado de fora!







Percebendo que jamais venceriam jogando como um time da quarta divisão inglesa, os jogadores colocaram a bola no chão, passaram a tocá-la com qualidade, Chicão atravessou uma canela pra lembrar que não é só os outros que sabem bater, Balu ficou no lucro com um amarelinho e, naturalmente, em uma boa jogada na área, a redonda sobrou para o Caíque, que tocou pro fundo da rede. A bola foi tão no fundo, mas tão no fundo, que não saiu na foto.



Nos minutos finais, o time jogou com muita inteligência, prendendo a bola no ataque e chamando as faltas, enquanto o bandeira e cantor Marrinho não via a hora do juiz apitar o término pra voar em cima de um bolo envenenado de maracujá que o Renan deixou do lado de fora.





Placar final: 2 a 1 para os Canários que, no melhor estilo São Paulo do Ricardo Gomes, está firme e forte no G-4, já aparecendo como ameaça no retrovisor dos Tigers, Casuals e do La Ciccolina. É o Jason do Centennial Park, jogando contra tudo, contra todos, perdendo pontos no tapetão e renascendo das cinzas. E pobre Marrinho, que deixou o parque com uma tremenda dor de barriga!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Canarinhos x Newtown Slammers – Rodada 18



Com a zaga desprotegida e sem ligação com o ataque, o Sydney Brazilian Social Club, o popular Canarinhos, fez uma partida sofrível ontem à tarde no Centennial Park e perdeu de 4 a 3 para o Newtown Slammers, uma espécie de Fluminense da Inner City Football Association, já que é um dos lanternas.

Os 3 gols dos Canários foram marcados pelo meia-atacante Guilherme, sendo que dois foram golaços: um encobrindo o goleiro de fora da área e outro numa belíssima cobrança de falta.


Guilherme observado pelo Modelo, nosso centroavante.

Apesar da derrota, o time segue na quarta colocação com boas chances de se classificar para as finais. Mas pra isso os jogadores vão ter que correr muito mais, dar muito mais raça, jogar muito mais bola e, por último mas não menos importante, chegar no campo no horário marcado (o que para brasileiro não é fácil).



Ontem também teve reviravolta na política do clube. Uma nova diretoria foi nomeada, mesclando o pessoal que está há mais tempo com gente nova, além, é claro, da velha guarda. Entre as mudanças, Gel passa a ser o presidente e Balu o vice. Eu fiquei com a parte de imprensa, marketing e, acreditem, IT. Pra comemorar, sopinha preparada pela Mana em pleno parque. That's Australia mate!


Gel, o novo presidente, cornetando dentro de campo.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Canarinhos x Astros - Rodada 16


Agenor Muniz, o homem, a lenda. Defendeu a Austrália por 3 anos.

Domingão, 3 da tarde, o circo estava armado no campo 10 do Centennial Park. No gramado, o Sydney Brazilian Social Club, o popular Canarinhos, enfrentaria os Astros (que de astros não têm nada), pela 16ª rodada do campeonato da Inner City Football Association (ICFA).



Com os Canários é assim, quando não tem ninguém da torcida ou do próprio time enchendo o saco do lado de fora – o que é raro – o jogo começa meio a zero para os brasileiros. E, ao contrário das últimas 3 partidas, quando rolaram lambanças históricas extra-campo, ontem a situação estava tranquila. Era só entrar, jogar futebol e ganhar. O time, que coincidentemente não vencera nos últimos 3 jogos, precisava da vitória de qualquer maneira.

O adversário era aquela coisa de sempre: chutões pra frente, porrada lá trás e o apoio incondicional do juiz, o 12º jogador. Destaque para um velho conhecido da torcida brasileira, o atacante Freddy Rincón/ À Espera de um Milagre, uma muralha de 2 metros.



O primeiro tempo foi fraco. Apesar de manter o jogo sob controle, encurtando os espaços do campo, não deixando a defesa exposta e com muito mais posse de bola (74.3% segundo o DataOzzyland), os Canarinhos pouco chegaram ao gol adversário. O setor de criação não funcionou e faltou um centroavante para trabalhar a bola na área, fazer o pivô e prender uns zagueiros.

Os únicos lances de perigo – que nem foram tão perigosos assim – surgiram de chutes de meia distância. O primeiro do volante Balu e o segundo do zagueiro Junior, que com muita raça, vontade e fazendo boas jogadas, foi o melhor do time nas últimas duas partidas. Já o que tirou todos do sério foram as 3 reversões em cobranças de lateral e os 7 escanteios cobrados baixos no primeiro pau.

O primeiro tempo parecia que acabaria meio a zero para os Canários, quando aos 43 minutos, em um dos famosos bicões pra frente, a bola encontrou a cabeça do Rincon na entrada da área. O goleiro Liminha apostou no golpe de vista, pulou sem erguer os braços e foi encoberto. Um a meio para os Astros, com direito a bolinho no Freddy.


Cigarrinho e celular após substituição.

O segundo tempo começou igual. Os brasileiros com mais posse de bola, mas sem presença na área. Precisando da vitória, a torcida empurrou os jogadores, que partiram pra cima. Alguém tirou a placa de “Proibido pisar na grama” que estava dentro da área e o time começou a chegar com perigo. Até que num cruzamento da esquerda, a bola sobrou para o meia Beto que mandou para o fundo da rede. Um e meio a um para os Canários.



Com a torcida em cima e os jogadores mostrando a disposição que faltou nos últimos jogos, a virada era questão de tempo. O time chegou a perder algumas boas chances, até que num lance na ponta esquerda, o tempo fechou e o pau comeu. Sem clima para continuar, o juiz terminou a partida e, como envolveu o extra-campo, perdemos o meio ponto. Placar final: 1 a 1 e a comprovação de que a fase dos Canários, definitivamente, não está das melhores.



Próximo jogo
Domingo, 26 de julho, Campo 10
15h – Phantoms x SBSC

Classificação (por ora, sem os últimos resultados)

Pts V D E
1. La Ciccolina 38 12 0 2
2. Casuals 36 11 0 3
3. Tigers 32 10 2 2
4. SBSC 30 9 2 3
5. Phantoms 26 8 4 2
12. Astros 4 1 12 1