terça-feira, 16 de agosto de 2011

Goa Hippy Tribe - Mais uma da SBS

Enquanto a rádio 2GB, mencionada no post anterior, juntamente com canais de TV como o 7 e o 9, especialmente seus telejornais, entre outros veículos, representam o que há de mais arcaico e reacionário na mídia australiana, a SBS, cada vez mais, está em compasso com o presente.

Não digo isso porque tenho bons amigos lá, ou por ter coberto os jogos do Brasil na última Copa do Mundo, e sim porque sou realmente fã da emissora, que acaba de lançar mais um produto maravilhoso.


Em junho, durante a Semana dos Refugiados, eles vieram com o tapa na cara Go Back To Where You Came From, épico; no início deste mês foi a vez de Goa Hippy Tribe, documentário feito para a internet e nascido no Facebook (isso mesmo, FB) que pode ser descrito como "Movimento Hippy - Ascenção e Queda".

Na virada dos anos 1960/70, auge do movimento, pessoas de várias partes do mundo foram para Goa, na Índia, atrás das máximas sexo, drogas, rock n' roll, paz, amor e um guru pra cultuar. Encontraram tudo, experimentaram tudo e os excessos fizeram a maioria desandar.


Em Goa, dois hippies geraram Darius Devas, hoje um cineasta australiano independente que viveu seus três primeiros anos na Índia e depois cresceu em Byron Bay - reduto do movimento na Austrália.

Em 2009, alguém teve a ideia de fazer uma página no Facebook para tentar encontrar os, digamos, sobreviventes desse grupo. Informações foram chegando, pessoas aparecendo, até que a comunidade virtual decidiu reunir, após 30 anos, a comunidade original, novamente em Goa. E Darius, com a possibilidade de descobrir um pouco de sua história, também viu o reencontro como uma oportunidade para produzir um documentário.


Não um documentário tradicional, para TV ou cinema, com começo, meio e fim, e sim para a internet, com as entrevistas e os encontros sendo publicados semanalmente no Facebook e disponibilizados no website juntamente com diversos outros conteúdos produzidos exclusivamente.

O projeto foi apresentado para a SBS, que entrou de cabeça, e o resultado pode ser visto no espetacular site criado pelo craque Matt Smith, que reúne 13 entrevistas e 78 itens entre música, vídeo, mapas e artigos que são carregados em um mochilão conforme o usuário navega.

Está realmente fantástico e conta com produção da brasileira Fernanda de Paula Macedo. Já o projeto traz a essência hippy com um grau de auto-crítica que acaba com qualquer glamourização barata.

Assistam ao trailer, naveguem no site e vejam a página no Facebook, que conta com mais de 23 mil likes.


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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Tax Carbon e o Blues da Ignorância

Quem manda na Austrália não é nenhum dos dois partidos políticos, Liberal ou Labour, muito menos Rupert Murdoch, Crocodile Dundee ou a rainha Elizabeth II, e sim os mineiros.

Em tempo: não estou falando dos mineiros Vlad, Val, Marcone e Edu, mas das companhias mineradoras, que têm no ferro e no carvão as duas maiores forças motrizes da economia do país.

Dito isso, vamos a alguns fatos:

- A Austrália produz mais poluição por pessoa do que qualquer outra nação desenvolvida do mundo, incluindo os Estados Unidos.

- A expectativa, se nada for feito, é que a emissão de carbono na Austrália cresça média de 2% ao ano até 2020.

- O governo australiano se comprometeu a cortar, até 2020, pelo menos 5% do carbono que emitia em 2000, o que significa pelo menos 23% do que emite hoje.

- Traduzindo: nos próximos 10 anos, a Austrália deixaria de mandar para a atmosfera 160 milhões de toneladas de poluentes por ano, o equivalente a tirar 45 milhões de carros de circulação. Sentiram o alívio?

- Para 2050, a meta é cortar 80% do que emitia em 2000.

O governo australiano está tentando através do carbon tax, o imposto sobre a emissão de carbono, tomar medidas concretas em relação às mudanças climáticas (89 países, que representam 80% das emissões globais e 90% da economia mundial, já aderiram), mas a tarefa não é fácil, pois mexe no bolso de muita gente.

Programado para entrar em vigor em julho do ano que vem, caso aprovado na íntegra, numa primeira instância o imposto teria impacto sobre os 500 maiores poluidores do país, incluindo todas as mineradoras que operam por aqui. Eles teriam de pagar ao governo $23 por tonelada de poluição emitida.

Numa segunda instância, parte desta conta seria repassada para a população através do aumento de preço de vários produtos. E é aí que entra o terror!

As mineradoras, juntamente com diversos setores da sociedade, estão desembolsando milhões de dólares em propaganda contrária ao tax carbon, dizendo que o custo de vida vai aumentar absurdamente e a família australiana, não tendo condições de arcar, vai quebrar. Grande bobagem!

De acordo com o projeto do governo, mais da metade do dinheiro arrecadado com o novo imposto será usado para reduzir o valor de outros impostos e aumentar os ganhos de aposentados, pensionistas e demais beneficiários (quem mora aqui sabe que o governo, independentemente de labour ou liberal, é uma mãe neste sentido - os $900 durante a crise financeira mundial é um exemplo). Parte do dinheiro também será investido em fontes de energia renováveis, a alternativa para os combustíveis convencionais.

O governo estima que o impacto do imposto sobre o custo de vida seja de 0.7% entre 2012-2013, bem abaixo dos 2.5% causados pelo GST e 2.9% da média anual de inflação entre 2001-02 e 2009-2010.

Espera-se que a conta de eletricidade, por exemplo, suba média de $3.30 por semana e a de gás $1.50. Em contrapartida, o governo planeja assistir cada residência com média de $10 por semana.

Além disso, famílias que recebem assistência através do Family Tax Benefit terão os valores aumentados, assim como aposentados e pensionistas. Mais do que isso, a partir de 1 de julho de 2012, todos os contribuintes que recebem até $80 mil por ano terão impostos reduzidos, sendo que 60% terão corte de pelo menos $300 por ano.

Já o valor para entrar na faixa de isenção do imposto de renda subirá dos atuais $6 mil por ano para $18.200, beneficiando quase 1 milhão de pessoas.

Importante: não gosto da Julia Gillard, a primeira-ministra, nem sou um entusiasta do Labour Party. Simplesmente, acho fundamental a Austrália acompanhar o restante do planeta no que diz respeito às mudanças climáticas e, mais do que isso, odeio o modo como Liberal Party, 2GB e grande parte da mídia e sociedade estão propagandeando contra o tax carbon. Dá nojo!

Um bom exemplo é este blues, The Carbon Tax Blues, composto pelo músico Danny Elliot para o programa de rádio de Chris Smith, um desses conservadores insuportáveis que não têm a menor noção do que se passa além da ilha. Ouçam: 2GB Media Player - The Carbon Tax Blues

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domingo, 14 de agosto de 2011

Dia dos Pais hospitalar com Cat Stevens

Entre os músicos que aprendi a gostar através do meu pai está Yusuf Islam, à época conhecido como Cat Stevens. Escrevendo letra ou música, o cara sempre foi um monstro.

Em 2010, Yusuf veio para uma série de apresentações na Austrália e Nova Zelândia, e eu, sem grana, não ia. Até que meu pai soube e deu o ultimato: "Filho, compre o ingresso com o meu cartão e mesmo que não possa ir, vá por mim."

Lógico que fui e não tive como não chorar quando tocou Father and Son.


Mês passado, quando estive no Brasil, levei de presente o DVD Yusuf Roadsinger Live in Australia, gravado justamente na apresentação que fui, em Sydney. E vimos no domingo em que o meu pai preparou um assado uruguaio para assistirmos à final da Copa América, jogo envolvendo o Uruguai, seu país natal, e o Paraguai, da Larissa Riquelme (3 a 0 Celeste, claro!).

Aquele foi meu último domingo com a família no Brasil.


Hoje, a situação está um pouco diferente por lá. Meu irmão Christian, que pegou uma infecção após uma cirurgia, está há alguns dias no hospital. Ele se recupera bem. Esta cirurgia é muito parecida com a que o meu pai fará ainda esta semana. Daqui a pouco, ele vai visitá-lo no hospital e levar o Thiagão, filho do Christian. Junto também irão a Ashraf, minha mãe e o Fabian, meu irmão mais velho, que levará o filho Lucas. Por aqui, farei a conexão hospitalar via Skype, assim como minha irmã Paloma, que também vive na Austrália e colocará na linha Georgia e Patrick, os filhos dela, e o Rob, pai das crianças.

Família reunida no domingo para almoçar no hospital não é a celebração ideal para um Dia dos Pais. Um assado uruguaio em casa seria muito melhor. Mas devido às circunstâncias, faz parte. Afinal, a vida é assim, família é pra isso e tenho certeza de que será engraçadíssimo.

Aproveitando que todos estarão reunidos no hospital (e meu irmão provavelmente com aquelas roupas hospitalares que deixam a bunda de fora), gostaria de desejar um Feliz Dia dos Pais ao meu pai, aos meus irmãos e todos os demais familiares e amigos, incluindo o sogro Luiz Fernando.

A todos vocês que um dia fizeram aquela sementinha mais esperta chegar do lado de lá, meus parabéns e, acima de tudo, muita saúde!


PS: Se alguém ainda não comprou presente, este DVD não tem erro!

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sábado, 13 de agosto de 2011

Vinho do AC/DC

Mantendo a linha etílica, fanfarrona e aussie aussie aussie oi oi oi do último post, segue uma novidade em primeiríssima mão que chegou esta manhã em alguns bottle shops da Austrália.


Isso mesmo! As caixas estavam no carrinho quando o meu, digamos, contato no local bottle shop me avisou que Angus Young estava na área.

É verdade! A vinícola Warburn Estate, de Riverina (NSW), pegou a Shiraz, a uva mais emblemática da Austrália, colocou o AC/DC no rótulo, a maior banda da história do país, e criou o AC/DC Back in Black Shiraz 2010, o mais novo petardo australiano.


Ainda não abri, pois acabei de acordar, mas assim que o fizer, escreverei no blog.

Esta primeira linha também traz os vinhos Highway to Hell Cabernet Sauvignon, Hells Bells Sauvignon Blanc e You Shook Me All Night Long Moscato, e estará disponível nacionalmente no próximo dia 18 de agosto, nas redes Dan Murphy’s, BWS e Woolworths Liquor. Preço: entre $15 e $20


Enquanto isso, aproveite o clima ainda invernal querendo ser primaveril e experimente algumas botejas do Guia do blog deste ano. Basta clicar na imagem abaixo e aproveitar. Se preferir, imprima a versão em pdf.

*************Patrocinadores do Guia***************

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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Consumo de cerveja e vinho na Austrália

Amyr Klink, o irmão da Ashraf, observou em seu "100 Dias entre o Céu e o Mar" que o consumo alcoólico em terras insulares é muito maior do que nas continentais.

Para vocês terem uma ideia da situação por aqui, a Austrália é uma ilha tão grande, mas tão grande que é considerada continente, já que num passado não tão distante, um norte-americano determinou que a Groenlândia é a maior ilha do planeta, e com isso, qualquer porção contínua de terra maior do que ela seria considerada continente.


Como a Austrália é maior do que a "Grô", tecnicamente somos uma ilha ao cubo - de gelo, etilicamente falando, uma espécie de nação on the rocks com a Antárctica logo abaixo.

E hoje, ao receber do Australian Bureau of Statistics os últimos dados sobre o consumo alcoólico por aqui, fiquei muito feliz em saber que em 2010 tivemos na Austrália 68 452 000 litros de vinhos disponíveis para o consumo no mercado, sendo que cada pessoa acima de 15 anos bebericou média de 3.81 litros, o que dá cerca de 5 garrafas por ano.


Numa projeção absolutamente amigável com o meu fígado, vamos chutar que em 2010 tomei somente uma boteja por semana, o que nos dá 52 garrafas no ano ou 39 litros. Tendo em vista a média de 3.81 litros do bureau australiano, só me resta vir a público e pedir desculpas por ter enxugado a cota anual de boa parte da população. I´M SORRY!

PS: no Brasil, o consumo de vinho é de cerca de 2 litros por pessoa, o que significa que o Paulinho e o Fafau deveriam fazer o mesmo.

Mudando da água para o vinho, no caso, do vinho para a cerveja, na mesma pesquisa o ABS divulgou que em 2010 tivemos 79 734 000 litros de cerveja disponíveis no mercado, números que certamente garantiram o bom funcionamento dos pubs, bottle shops e da sociedade australiana, este primor de capitalismo-democrático que teima brincar de monarquia.


Dessa quantia, 4.44 litros foram consumidos por cada pessoa acima dos 15, o que me faria morrer de rir no caso de uma projeção de quanto tomei em 2010. Neste caso, nem pedido de desculpas adiantaria - ser jogado aos cangurus em praça pública talvez fosse o mais justo.

O que mais gostei da pesquisa foi o gráfico de "long term trend", que mostra que nos últimos 50 anos a quantidade de cerveja disponível para consumo caiu drasticamente, ao mesmo tempo em que a de vinho subiu substancialmente (só para usar termos técnicos).

Hoje, 43% do que tem disponível para tomar é cerveja e 37% vinho (em 1960 era 76% contra 12%, respectivamente). Sinal que os ilhéus estão refinando o gosto (ou tomando mais vinhos de caixinha, não sabemos).

Por tudo isso e sendo sexta-feira, preciso admitir que:

1. Estou escrevendo este post no Palace, pub ao lado de casa, já que está rolando inspection por lá (adoro inspections às sextas).


2. Mais tarde, no Cock n´ Bull (Bondi Junction), o pub que mais consumi cerveja no primeiro ano de Austrália, tem reggae ao vivo e de graça com Ziggy and Wild Drums. Imperdível!


3. Para quem está em Manly, Fernando Aragones se apresenta com o Costa Rae no The Old Manly Boatshed (Corso), a partir das 20h.


4. Amanhã tem dica de vinho no blog.

Bom final de semana a todos e saúde!


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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Senna estreia na Austrália

Tan-Tan-Tan

Pegou o Tan-Tan-Tan? Caso não tenha, vai uma dica: tom C.

C G F C G F
e|--3-3--3--3-3--1--3-3--3--3-3--1--|
B|--5-5--3--3-3--1--5-5--3--3-3--1--|
G|--5-5--4--4-4--2--5-5--4--4-4--2--|
D|--5-5--5--5-5--3--5-5--5--5-5--3--|
A|----------------------------------|
E|----------------------------------|


Sim, meus amigos, estou falando do que ficou conhecido como Tema da Vitória, música composta pelo maestro Eduardo Souto Neto e gravada em 1981 pelo nada saudoso Roupa Nova que, a partir de 1983, passou a ser usada pela Rede Globo como trilha sonora das vitórias na Fórmula 1.

Ou seja, quem achava que a música nascera para o Senna, estava redondamente enganado, pois inicialmente era igual a Parabéns pra Você, tocava pra todo mundo, incluindo Alain Prost, o professor, e Nigel Mansell, o leão.

A música só passou a ser exclusiva das vitórias brasileiras em 1986, com o título mundial do piloto... Nelson Piquet. E nos anos seguintes, com o tricampeonato de Ayrton Senna em 1988, 1990 e 1991, a morte do piloto em maio de 1994, a conquista do tetra da seleção brasileira em julho e o desespero do Galvão Bueno, a chanson ficou eternizada com o Senna.


Fiz essa pequena justiça histórica porque hoje estreia na Austrália Senna, documentário de uma hora e meia que conta a trajetória do piloto. Dirigido por Asif Kapadia, contratado propositalmente pelos produtores por não saber nada sobre Ayrton Senna e Fórmula 1 (a intenção era uma visão imparcial), o filme conta com os avais da família do piloto e da própria Formula One Management, garantias de muitas imagens inéditas.

Senna foi lançado no Sundance Film Festival, neste ano, e ganhou o prêmio de Melhor Documentário segundo o Júri Popular. Por aqui, foi exibido pela primeira vez em junho, no fechamento do Sydney Film Festival, e agora entra no circuito comercial. Para saber onde assistir, confira o guia da sua cidade. Mas antes, veja o trailer (e leia a pérola um pouco mais abaixo).


A pérola: no review do filme publicado no Brisbane Times, Toby Hagon escreve "Much of the commentary is in Brazilian, but the sub-titles do nothing to detract from the engagement."

Well done mate, and yes, Senna was born in Sao Paulo, Brazil's capital city.



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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Westfield no Brasil

No post sobre o censo desta segunda-feira, falei que a Austrália está começando a ficar de olho no Brasil.

Essa notícia só veio confirmar...

Quem vive na Austrália, já leu ou ouviu o nome Frank Lowy pelo menos 17 vezes. Caso não tenha, algo está errado.


Para os boleiros de plantão, Frank Lowy é o chairman da Federação Australiana de Futebol, um apaixonado pelo esporte que assumiu a FFA em 2003 e simplesmente colocou o país no mapa da bola (leia-se ajudou a criar a A-League, a classificar a seleção para uma Copa do Mundo após 22 anos, repetiu o feito no Mundial seguinte, tirou a Austrália da Oceania e mandou para a Ásia - futebolisticamente falando - entre outros).

Para o restante, Frank Lowy é ninguém menos do que o chairman do Westfield, aquele shopping gigantesco onde 11 entre 10 brasileiros vão ao menos 14 vezes por semana.


Nascido na antiga Tchecoslováquia, em 1930, e criado na Hungria, Frank Lowy chegou a ser deportado pelos britânicos para um campo de detenção no Chipre, no final dos anos 1940, quando tentou entrar na Palestina. No início dos anos 1950, juntou-se à família, que havia mudado para a Austrália, e começou seu império fazendo entrega de produtos.

Pouco tempo depois, ao lado do húngaro John Saunders, que também imigrara para a Austrália, Lowy fundou a Westfield Development Corporation, um pequeno conglomerado de lojas em Blacktown, nos Western Suburbs de Sydney. O resto é história (leia-se mais de 23 mil lojas em 119 shoppings espalhados por Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos e Reino Unido, num total de 10,5 milhões m² de área bruta locável. Valor estimado de mercado: US$ 58,2 bilhões ).

Pois bem, desde 2000, quando entrou no Reino Unido, o Westfield não investia em um novo mercado. Até que hoje (9 de agosto no Brasil), foi anunciada joint venture no Brasil com a Almeida Junior no valor de R$1,5 bilhão. "Expande nossa franquia global para uma região nova, de grande amplitude e em franco crescimento", disse Lowy segundo a assessoria de imprensa da parceira brasileira.

A Almeida Junior é uma empresa de São Paulo que atua no sul do país, mais precisamente em Santa Catarina. Eles são um dos oito grupos brasileiros que empreendem no setor (é o maior com atuação regional), tendo quatro shoppings em Balneário Camburiú, Joinville e Blumenau, um em construção em Florianópolis e outros três projetos para Chapecó, Lages e Criciúma.

O Brasil sendo descoberto pela Austrália, é bom para o país, que recebe investimentos, e bom para nós, brasileiros que vivemos aqui, uma vez que as relações entre Canberra e Brasília passam a ter maior importância, e a gente, quem sabe, passa a existir no mapa-mundi dos brasileiros no exterior.

Bondi, Manly, Dee Why, St Kild, Surfers Paradise, Brisbane e Perth agradecem!


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