sexta-feira, 24 de junho de 2011

Guia de Vinho 2011 - Categoria 3



Categoria 3
Para combinar com comida

Abrindo os trabalhos
Antes de iniciar os trabalhos, nada como um espumante para molhar as palavras e abrir o apetite enquanto você joga conversa fora e decide o que vai pedir.

Taltarni Sparkling Brut 2008 VIC $17 a $20


Feito com o corte de uva clássico da Champagne - Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier -, o Taltarni traz aromas cítricos no nariz, certa cremisodade e refrescância com final prolongado e mel.

Canguru
Sim, se é um Guia para o inverno australiano, é preciso incluir algo extremamente local no cardápio. E se você ainda não comeu um filé ou steak de canguru, chegou a hora.

D'arenberg The High Trelis McLaren 2009 SA $19


Vinho redondo, de corpo médio e boa estrutura de taninos, traz frutas, o tradicional pimentão do Cabernet e ganhou maciez com os meses que passou em barris. Vinho fácil de ser encontrado, tudo o que você precisa fazer é sair do mercado com uma bandejinha de canguru (
Coles ou Woolies sempre têm)
, passar no bottle shop mais próximo e sapecar essa botejinha com o
rótulo do River Plate (versão primeira divisão). Em breve trarei receita para ajudar!

Queijo e Vinho
Ano passado sugerimos um vinho mais forte para surpreender no queijo e vinho, esse ano vamos para o tradicional.

Grant Burge Hillcot Merlot Barossa 2009 SA $16


Se levar um Merlot a um queijo e vinho é se manter na zona de conforto - o que não tem nada de errado -, ir com este Grant Burge 2009 é a zona de conforto em estado bruto. Vinho facílimo de ser tomado, bem frutado, com toque herbáceo e amaciado pelo tempo que passou em carvalho.

Churrasco
Shiraz é sinônimo de Austrália e Austrália é sinônimo de Shiraz. Dito isso, vamos ao BBQ, ou Barbie, ou qualquer outra forma que australiano chama churrasco, verdadeira paixão nacional. E nada como um Shirazão aussie
aussie
aussie oi oi oi
para segurar a onda e ressaltar os sabores da carne (ou vice-versa).

Kilikanoon Killerman's Run Shiraz 2009 SA $19


Muito do que se espera de um Shiraz australiano em perfeita harmonia. Assim é o Kilikanoon, vinho de bastante complexidade que traz frutas bem maduras, algo de madeira e chocolate, textura aveludada e toque de especiarias.

Comida tailandesa
Fiquemos na política da boa vizinhança, já que temos restaurantes tailandeses em toda a esquina, assim como vinhos neozelandeses, principalmente Sauvignon Blanc, o grande orgulho kiwi. E o que é melhor: eles se combinam!

The Ned Sauvignon Blanc 2010 NZ $16


The Ned traz algumas das principais características da região de Marlborough como aromas e sabores
cítricos, certa mineralidade e grama,
tudo em perfeito
balanço e incrível pureza (100% pure é o slogan do país). Leve-o para o BYO tailandês, que você não vai se arrepender. Chok dee!

Comida italiana
Não tem jeito, brasileiro ama comida italiana, australiano ama comida italiana e não há no
mundo
vinho melhor para combinar com comida italiana do que... italiano.

Ruffino Aziano Chianti Classico 2008 ITA $25


Produzindo vinho há 130 anos no coração da Toscana, a família Ruffino faz este Chianti Classico com mínimo de 80% de uva Sangiovese e o restante Canaiolo e Merlot. Com textura aveludada e corpo médio, o vinho traz frutas, violetas, algo de especiarias e herbáceo. Vai bem desde a pizzinha em casa até o italiano BYO.

Sobremesa
Vinho de sobremesa não é muito familiar aos brasileiros, mas sugiro que vocês experimentem, ao menos uma vez, e sintam o prazer que essas botejinhas amareladas proporcionam com um, digamos, cheescake, por exemplo.

Deen De Bortoli Vat 5 Botrytis Semillon 2007 NSW $11


O Botrytis que aparece no nome nada mais é do que um simpático fungo que age sobre as uvas maduras. Mas não se preocupe, ele é usado há séculos na produção de vinhos de sobremesa e nunca matou ninguém. O Vat 5 é a porta de entrada ideal para você conhecer este tipo de vinho, já que o preço é uma barganha pela qualidade e o vinho, com a
romas de laranja e floral, textura licorosa e sabores de mel, castanha e até biscoito, proporciona uma ótima ideia.

Gran Finale
Pra mim, não há fechamento melhor para uma refeição do que uma taça de vinho fortificado (ou duas, três, quatro…). É o gran finale para um grande almoço, um ótimo jantar e, por que não, para um guia de vinho.

Drayton's Pioneer Tawny NSW $14


Secular família do Hunter Valley mais famosa por três tragédias ocorridas entre 1979 e 2007 do que pelos vinhos, a Drayton's têm longa tradição em fortificados. Este tawny, a exemplo do vinho de sobremesa daqui de cima, é um bom cartão de visitas para quem está iniciando nos fortificados, já que não é tão forte e nem tão doce. Traz sabores de compota, marmelo e um final prazeroso.

Categoria 1 -
Para bebericar (em casa) clique
Categoria 2 - Para socializar e namorar

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Vulcão, Festa à fantasia, Canários e Dione no Bracca

Hoje, a redação funciona nos moldes das antigas, quando alguns jornais lançavam o diário pela manhã e depois do almoço vinham com outra publicação, mais leve e atualizada.


Comecemos com um recado para as pessoas que estão com visto vencendo e passagem marcada para o Brasil, mas não conseguiram (ou não conseguirão) embarcar por conta do cancelamento dos voos após a erupção do vulcão Puyehue, no Chile.

Para permanecer legal na Austrália, caso não consiga embarcar antes do seu visto vencer, você precisa tirar o Bridging Visa B. É verdade! Sei que é burocrático, não é culpa sua que o Puyehue infestou o céu com cinzas, mas regra é regra.

Se o seu voo foi cancelado nos últimos dias, leve alguma evidência sobre isso para o Departamente de Imigração mais próximo (pode ser comunicado da companhia divulgado no website, entregue para os passageiros, o que for) juntamente com o seu passaporte e bilhete (ver qual é o escritório mais próximo).

Se o seu voo será nos próximos dias, confirme o cancelamento com a companhia e faça o mesmo procedimento.

No início desta semana, fui à Imigração pedir o meu Bridging Visa B, mas por outras razões, e foi bem tranquilo. No caso do vulcão, tenho certeza de que será ainda mais.


Para os que ficam, neste sábado acontece a Black Magic – Brazilian Costume Party, festa à fantasia do Balu no Coogee Bay Hotel (Selina’s), em Sydney. A fanfarra vai das 21h às 3h, terá participação dos melhores DJ's brasileiros de Rn'B, House, TechHouse e Progressive House - entre eles, o grande Fabeta -, e os ingressos estão à venda na Ozzy Study Brazil. Se você ainda não comprou o seu, vá hoje até a agência de Bondi ou Sydney (fecham às 17h) e garanta o seu. Apenas $10 e fantasia obrigatória.


E no domingo, no Sydney Portuguese Community Club Fraser Park, em Marrickville (100 Marrickville Road), acontece a festa junina do Bracca. Além das comidas e bebidas típicas e do forró, destaque também para a barraca dos Canarinhos, o Sydney Brazilian Social Club, que estará vendendo steak a $7.50, sendo que $2.50 será revertido para a Let's Help Dione. Isso mesmo! Excelente iniciativa para ajudar a Dione Schaaf na luta contra o câncer.


Fechando o post matinal, aviso que no início da tarde lanço a segunda edição do Guia PablitoAustralia de Vinho, o primeiro guia de vinho para o brasileiro tomar no inverno australiano. Com botejas até $25, ele vem com tudo! Afinal, hoje é sexta-feira, o frio está pegando e nada melhor do que uma botejinha pra começar (e terminar) o final de semana.

Cheers!


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quinta-feira, 23 de junho de 2011

SBS e a Semana dos Refugiados

Em plena Semana Mundial dos Refugiados, SBS escancara a ferida com o que provavelmente será o turning point não só na discussão, como também na política em relação aos refugiados.

Mais do que isso, através da ignorância da moreninha da suástica, Go Back To Where You Came From expõe o preconceito inserido em parte do DNA australiano.

A Austrália é um país maravilhoso, o povo é sensacional, mas que há preconceito, como em praticamente todo canto do planeta, há!

Números fresquinhos divulgados hoje pela Australian Bureau of Statistics (ABS):

- O crescimento populacional em 2010 foi de somente 1.5% (em 2008, quando bateu recorde, foi de 2.2%).
- Desse 1.5%, mais da metade deve-se aos imigrantes (53%), enquanto que os 47% referem-se à diferença entre nascimento e morte.

Simplificando: em 2009, a diferença entre o número de imigrantes que chegou e o número que partiu foi de 264,200, enquanto que em 2010 ficou em apenas 171,100.

Agora números divulgados pela própria SBS.

Em 2010, a Austrália recebeu 8.250 pedidos de asilo em terra, apenas 2.2% dos 358,840 pedidos solicitados em 44 nações industrializadas no referido ano.

Para efeito de comparação, a Alemanha (aquela mesma!) possui cerca de 590,000 refugiados, enquanto que na Austrália não passam de 22,500.

Ou seja, os refugiados, "a grande ameaça ao Australian way of life", representam apenas 1% da população do país (22 477.4 em dezembro do ano passado).

Fechando: segundo o ABS, a contribuição dos imigrantes para o total da população na Austrália atingiu pico de 66% no ano fiscal de 2008/09, enquanto que o mais baixo foi registrado em 1992/93, quando ficou em apenas 17%. Coincidência ou não, o início dos anos 1990 foi marcado na Austrália por uma das piores crises econômicas enfrentadas pelo país.

Go Back To Where You Came From é uma chance de ouro para a Austrália começar a ver a entrada dos refugiados como saída para eles. Mais! Imigrante trabalhando legalmente, como acontece com a grande maioria dos estudantes internacionais, a quarta maior indústria do país, significa mais força de trabalho, mais gente impulsionando a economia.

E espaço para crescer é o que não falta, afinal, ainda é uma imensa ilha com um gigantesco deserto no meio isolada de boa parte dos restante do planeta.

Mas vai precisar deixar o preconceito de lado, encarar a questão de frente e mudar a política.

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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Tripppin na Índia

O último Tripppin está simplesmente e-p-e-t-a-c-u-l-a-r!

Mau Buchler continua a saga asiática e desembarca na Índia em busca de sua, digamos, espiritualidade. Se a encontrou, só Deus sabe, mas que achou o caminho para o Tripppin, não tenho dúvida. O cara até fundou sua própria religião.


Quebrou tudo, Mau!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Semana dos Refugiados - Entrevista Mestre Roxinho e Projeto Bantu

Finalmente chegou o dia!

Estamos em plena Semana Mundial dos Refugiados e hoje, às 20h30, vai ao ar na SBS o primeiro episódio do documentário Go Back To Where You Come, saga de seis australianos comuns que são levados a viver entre (e como) refugiados. Imperdível! Os outros dois episódios serão exibidos amanhã e quinta, no mesmo bat-horário, no mesmo bat-canal.


Para falar sobre a questão dos refugiados, entrevistei o Mestre Roxinho, primeiro mestre de Capoeira Angola a se estabelecer na Austrália. Baiano da Ilha de Veracruz, Roxinho faz um trabalho fantástico com crianças refugiadas e aborígenes através do Projeto Bantu, de sua própria autoria.

O que é o Projeto Bantu?
O Projeto Bantu é um programa social e cultural com crianças e adolescentes que utiliza a tradição da Capoeira Angola para um caminho educacional, social e cultural. Hoje em dia, o formato educacional só contribui para os jovens com um conhecimento formal através dos estudos, e não com outros valores que eram muito comuns na minha época, quando o respeito que se tinha pela professora não vinha apenas pelo poder de penalizar na sala de aula por um erro. Existia uma relação muito próxima entre meus pais e minha professora de uma forma que não é comum hoje. E sem isso a referência fica perdida.

Como funciona o trabalho junto ao Service for the Treatment and Rehabilitation of Torture and Trauma Survivors (STARTTS)?
A parceria com o STARTTS começou em 2006, através de uma aluna minha que trabalhava na organização, a Jeannie. Pra mim foi ótimo porque unia tudo o que era necessário e a proposta de trabalho deles casou com a do projeto. A parceria vem sendo ótima e, sem dúvida, abriu várias portas para o projeto.

Quantas crianças vocês atendem?
Hoje, atendemos em torno de 175 crianças entre 7 escolas e 3 espaços fixos como os STARTTS Carramar e Liverpool, e o Guildford Community Centre.

Qual é a condição física e emocional dessas crianças quando ingressam no projeto?
Olha, na verdade, mesmo eu sabendo do problema que elas têm devido às suas histórias de vida, procuro olhar sempre para elas como um indivíduo normal, mas não ingnorando os seus problemas, já que é fácil percebê-los em suas reações com as outras pessoas.

O que o projeto, através da capoeira, proporciona para a criança em termos de transformação?
O projeto, como já citei, utiliza a tradição da Capoeira Angola como a principal ferramenta, portanto, traz consigo o respeito pelos princípios da tradição na prática dos movimentos, o que faz com que ela aprenda a ocupar o espaço dela sem pisar nos outros. Podemos chamar isso de respeito e educação. Um outro ponto é que trabalho a música, retratamos ali a importância dos instrumentos e com isso elas passam a perceber que a cultura é importante, ou seja, ela passa a se importar mais com a sua própria cultura, sua indentidade. E pra finalizar, a prática do jogo requer calma, respeito e equilíbio emocional e físico. Podemos chamar isso de confiança e controle. Juntando tudo que citei, dá um resumo que chamamos de disciplina, que é o que acredito que proporcionamos a elas.


Parece que o projeto já existia no Brasil com outro nome, é isso mesmo?
O Projeto Bantu nasceu em Salvador, Bahia, em 1998, com o mesmo intuito, trabalhando com crianças e adolescentes em situação de risco, com o nome "Projeto Êre Menino vem Gingar", que significa "Projeto Criança vem Gingar". Êre na língua ioruba quer dizer criança. Em 1999, recebi um convite para levar o projeto para a cidade de Caculé, interior da Bahia, onde fiquei por um ano. Logo depois, segui para a cidade de Lins-SP, onde o projeto realmente se desenvolveu atendendo em torno de 269 crianças nas escolas municipais, chegando a ser incluído na grade curricular do município. Hoje, dois alunos oriundos do projeto trabalham desenvolvendo esta atividade. No período de 1994 a 2000, fiz uma pesquisa sobre minha árvore genealógica para saber de qual parte da África eu vinha, e acabei descobrindo que vinha da região de Luanda, na Angola, oriundo dos povos bantos, que também falam a língua Bantu. Assim, decidi utilizar o nome da minha origem linguística no meu projeto, que já chegou na Austrália com o nome Projeto Bantu.

Por que você escolheu trabalhar com refugiados?
Escolhi na verdade trabalhar com aborígenes e refugiados, porque entendi que eles tinham os mesmos problemas que temos com os jovens no Brasil. Só muda o país e a língua, pois os refugiados possuem traumas por terem sofrido violência física, mental ou sexual, por vários motivos, guerra etc. Os aborígenes têm o mesmo trauma por terem sofrido violência doméstica, física e mental, como também sexual, pelo excesso de uso de álcool e drogas dos seus pais etc. As crianças brasileiras têm traumas por abandono, violência física, mental e sexual, por motivos de álcool e drogas, portanto, trata-se dos mesmos problemas, mas com jovens que moram em outros países e falam outras línguas.

Como vê a questão dos refugiados na Austrália?
Vejo como um problema da desigualdade racial, no Brasil e no mundo. Primeiro, é extremamente necessário passar a entender a questão de uma formas mais governamental, e não pessoal, conservadora, embora os partidos sejam criados por indivíduos. Acredito que necessitamos de um caminho educacional para que o cidadão australiano passe a entender melhor a questão e com isso o governo possa também ver estas pessoas como seres humanos em desvantagem, dando-lhes melhores condicões de vida e direitos. fim


Para conhecer a fundo o projeto e os problemas relacionados, leiam o excelente artigo publicado hoje no On Line Opinion assinado pelo Raphael Brasil (Vibez Brazil e Radio SBS) e pela advogada especializada em direitos humanos Kali Goldstone. Os dois mergulharam de cabeça e trazem vários aspectos. Parabéns para a dupla! Ir para o artigo>>>

Ainda hoje à noite, a partir das 21h30, o mesmo Rapha receberá na Vibez Brazil a DJ Juliana Cesso, o que significa programa especial de vinis. A Juliana tem uma das melhores coleções de LP's nacionais do terceiro continente à sua escolha e é sempre garantia de pérolas. A Vibez vai ao ar às 21h30, na Eastside Jazz (89.7 FM ou clique aqui) e, obviamente, também abordarão a questão.

E antes, às 20h, o Foreign Correspondent, da ABC, exibe programa sobre o Brasil mostrando como o país, marcado por inúmeros problemas, está prestes a se tornar a quinta maior economia do mundo. A dica é do Erick Paixão, patrocinador e agora pauteiro do blog, que me ligou às pressas para eu dividir a dica. Valeu, Erick!

Fotos de Raphael Brasil

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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Princesão do Tumulto de Vancouver

Semana passada, postei no Facebook (aquela página do Zuckerberg) foto que está correndo o mundo do casal deitado na rua durante tumulto nas ruas de Vancouver.


Quando vi pela primeira vez, achei que fosse montagem. Photoshop barato. Mas ao ver o crédito da chapa e onde havia sido publicada, acreditei na veracidade e passei para frente.

Os dois principais motivos da desconfiança foram:

1. A impertinência do ato, afinal, ninguém em sã consciência aproveita um momento de calmaria durante um tumulto envolvendo policiais armados para dar uns amassos.

2. A exposição das pernas da moça, afinal, ninguém em sã consciência aproveita um momento de calmaria durante um tumulto envolvendo policiais armados para dar uns amassos e chegar a tal clímax que meia nádega fica de fora.

Mas a foto é realmente verídica e o melhor de tudo é o fato do princesão do tumulto de Vancouver ser um australiano. É verdade! Um aussie aussie aussie oi oi oi natural de Perth, Western Australia, aspirante a comediante e ator de 29 anos.


A história é a seguinte. Em 15 de junho, Scott Jones e a namorada canadense Alexandra Thomas foram à finalíssima da Stanley Cup, o principal campeonato de hóquei do planeta, envolvendo Vancouver Canucks e Boston Bruins. A série estava 3 a 3 e quem ganhasse faturaria o cobiçado caneco.

Jogando em casa, o Vancouver Canucks era o favorito, porém, com grande atuação do goleiro Tim Thomas e dos centers Patrice Bergeron e Brad Marchand, os Bruins sapecaram 4 a 0 no placar e conquistaram a Stanley Cup após 39 anos.


Festa no gelo da Rogers Arena e tumulto generalizado na saída, pois os torcedores não se conformaram com a derrota que manteve a sina do Vancouver de jamais ter ganho uma Stanley Cup.

Conhecendo torcedor australiano, sei que o princeso não estava nem aí para o resultado, primeiro porque nem deveria ser o time dele, e segundo porque torcedor australiano, uma vez que o jogo acaba, toca a vida sem descontar as frustrações nos adversários ou na primeira pessoa que passa na frente.

Sendo assim, ele caminhava tranquilamente pelos arredores da Rogers Arena, quando se deparou com o tumulto. Os policiais distribuíam porrada para todo lado, e com o casal não foi diferente. Tomaram "escudadas". A namorada, claro, em pânico, caiu no chão e não teve forças para se levantar. Já o princeso, instintivamente, debruçou-se sobre a moça para protegê-la, confortando-a com um carinhoso beijo.

Foi o momento exato capturado pelo fotógrafo da Getty Images que, em 2099, quando estiverem fazendo a retrospectiva do que sobrou do século XXI, será um dos destaques mostrando "como os bisavós combatiam a violência com atos de amor e não guerra" (alguma distorção assim).

Um viva aos Bruins e ao princesão de Perth!


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