terça-feira, 21 de junho de 2011

Semana dos Refugiados - Entrevista Mestre Roxinho e Projeto Bantu

Finalmente chegou o dia!

Estamos em plena Semana Mundial dos Refugiados e hoje, às 20h30, vai ao ar na SBS o primeiro episódio do documentário Go Back To Where You Come, saga de seis australianos comuns que são levados a viver entre (e como) refugiados. Imperdível! Os outros dois episódios serão exibidos amanhã e quinta, no mesmo bat-horário, no mesmo bat-canal.


Para falar sobre a questão dos refugiados, entrevistei o Mestre Roxinho, primeiro mestre de Capoeira Angola a se estabelecer na Austrália. Baiano da Ilha de Veracruz, Roxinho faz um trabalho fantástico com crianças refugiadas e aborígenes através do Projeto Bantu, de sua própria autoria.

O que é o Projeto Bantu?
O Projeto Bantu é um programa social e cultural com crianças e adolescentes que utiliza a tradição da Capoeira Angola para um caminho educacional, social e cultural. Hoje em dia, o formato educacional só contribui para os jovens com um conhecimento formal através dos estudos, e não com outros valores que eram muito comuns na minha época, quando o respeito que se tinha pela professora não vinha apenas pelo poder de penalizar na sala de aula por um erro. Existia uma relação muito próxima entre meus pais e minha professora de uma forma que não é comum hoje. E sem isso a referência fica perdida.

Como funciona o trabalho junto ao Service for the Treatment and Rehabilitation of Torture and Trauma Survivors (STARTTS)?
A parceria com o STARTTS começou em 2006, através de uma aluna minha que trabalhava na organização, a Jeannie. Pra mim foi ótimo porque unia tudo o que era necessário e a proposta de trabalho deles casou com a do projeto. A parceria vem sendo ótima e, sem dúvida, abriu várias portas para o projeto.

Quantas crianças vocês atendem?
Hoje, atendemos em torno de 175 crianças entre 7 escolas e 3 espaços fixos como os STARTTS Carramar e Liverpool, e o Guildford Community Centre.

Qual é a condição física e emocional dessas crianças quando ingressam no projeto?
Olha, na verdade, mesmo eu sabendo do problema que elas têm devido às suas histórias de vida, procuro olhar sempre para elas como um indivíduo normal, mas não ingnorando os seus problemas, já que é fácil percebê-los em suas reações com as outras pessoas.

O que o projeto, através da capoeira, proporciona para a criança em termos de transformação?
O projeto, como já citei, utiliza a tradição da Capoeira Angola como a principal ferramenta, portanto, traz consigo o respeito pelos princípios da tradição na prática dos movimentos, o que faz com que ela aprenda a ocupar o espaço dela sem pisar nos outros. Podemos chamar isso de respeito e educação. Um outro ponto é que trabalho a música, retratamos ali a importância dos instrumentos e com isso elas passam a perceber que a cultura é importante, ou seja, ela passa a se importar mais com a sua própria cultura, sua indentidade. E pra finalizar, a prática do jogo requer calma, respeito e equilíbio emocional e físico. Podemos chamar isso de confiança e controle. Juntando tudo que citei, dá um resumo que chamamos de disciplina, que é o que acredito que proporcionamos a elas.


Parece que o projeto já existia no Brasil com outro nome, é isso mesmo?
O Projeto Bantu nasceu em Salvador, Bahia, em 1998, com o mesmo intuito, trabalhando com crianças e adolescentes em situação de risco, com o nome "Projeto Êre Menino vem Gingar", que significa "Projeto Criança vem Gingar". Êre na língua ioruba quer dizer criança. Em 1999, recebi um convite para levar o projeto para a cidade de Caculé, interior da Bahia, onde fiquei por um ano. Logo depois, segui para a cidade de Lins-SP, onde o projeto realmente se desenvolveu atendendo em torno de 269 crianças nas escolas municipais, chegando a ser incluído na grade curricular do município. Hoje, dois alunos oriundos do projeto trabalham desenvolvendo esta atividade. No período de 1994 a 2000, fiz uma pesquisa sobre minha árvore genealógica para saber de qual parte da África eu vinha, e acabei descobrindo que vinha da região de Luanda, na Angola, oriundo dos povos bantos, que também falam a língua Bantu. Assim, decidi utilizar o nome da minha origem linguística no meu projeto, que já chegou na Austrália com o nome Projeto Bantu.

Por que você escolheu trabalhar com refugiados?
Escolhi na verdade trabalhar com aborígenes e refugiados, porque entendi que eles tinham os mesmos problemas que temos com os jovens no Brasil. Só muda o país e a língua, pois os refugiados possuem traumas por terem sofrido violência física, mental ou sexual, por vários motivos, guerra etc. Os aborígenes têm o mesmo trauma por terem sofrido violência doméstica, física e mental, como também sexual, pelo excesso de uso de álcool e drogas dos seus pais etc. As crianças brasileiras têm traumas por abandono, violência física, mental e sexual, por motivos de álcool e drogas, portanto, trata-se dos mesmos problemas, mas com jovens que moram em outros países e falam outras línguas.

Como vê a questão dos refugiados na Austrália?
Vejo como um problema da desigualdade racial, no Brasil e no mundo. Primeiro, é extremamente necessário passar a entender a questão de uma formas mais governamental, e não pessoal, conservadora, embora os partidos sejam criados por indivíduos. Acredito que necessitamos de um caminho educacional para que o cidadão australiano passe a entender melhor a questão e com isso o governo possa também ver estas pessoas como seres humanos em desvantagem, dando-lhes melhores condicões de vida e direitos. fim


Para conhecer a fundo o projeto e os problemas relacionados, leiam o excelente artigo publicado hoje no On Line Opinion assinado pelo Raphael Brasil (Vibez Brazil e Radio SBS) e pela advogada especializada em direitos humanos Kali Goldstone. Os dois mergulharam de cabeça e trazem vários aspectos. Parabéns para a dupla! Ir para o artigo>>>

Ainda hoje à noite, a partir das 21h30, o mesmo Rapha receberá na Vibez Brazil a DJ Juliana Cesso, o que significa programa especial de vinis. A Juliana tem uma das melhores coleções de LP's nacionais do terceiro continente à sua escolha e é sempre garantia de pérolas. A Vibez vai ao ar às 21h30, na Eastside Jazz (89.7 FM ou clique aqui) e, obviamente, também abordarão a questão.

E antes, às 20h, o Foreign Correspondent, da ABC, exibe programa sobre o Brasil mostrando como o país, marcado por inúmeros problemas, está prestes a se tornar a quinta maior economia do mundo. A dica é do Erick Paixão, patrocinador e agora pauteiro do blog, que me ligou às pressas para eu dividir a dica. Valeu, Erick!

Fotos de Raphael Brasil

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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Princesão do Tumulto de Vancouver

Semana passada, postei no Facebook (aquela página do Zuckerberg) foto que está correndo o mundo do casal deitado na rua durante tumulto nas ruas de Vancouver.


Quando vi pela primeira vez, achei que fosse montagem. Photoshop barato. Mas ao ver o crédito da chapa e onde havia sido publicada, acreditei na veracidade e passei para frente.

Os dois principais motivos da desconfiança foram:

1. A impertinência do ato, afinal, ninguém em sã consciência aproveita um momento de calmaria durante um tumulto envolvendo policiais armados para dar uns amassos.

2. A exposição das pernas da moça, afinal, ninguém em sã consciência aproveita um momento de calmaria durante um tumulto envolvendo policiais armados para dar uns amassos e chegar a tal clímax que meia nádega fica de fora.

Mas a foto é realmente verídica e o melhor de tudo é o fato do princesão do tumulto de Vancouver ser um australiano. É verdade! Um aussie aussie aussie oi oi oi natural de Perth, Western Australia, aspirante a comediante e ator de 29 anos.


A história é a seguinte. Em 15 de junho, Scott Jones e a namorada canadense Alexandra Thomas foram à finalíssima da Stanley Cup, o principal campeonato de hóquei do planeta, envolvendo Vancouver Canucks e Boston Bruins. A série estava 3 a 3 e quem ganhasse faturaria o cobiçado caneco.

Jogando em casa, o Vancouver Canucks era o favorito, porém, com grande atuação do goleiro Tim Thomas e dos centers Patrice Bergeron e Brad Marchand, os Bruins sapecaram 4 a 0 no placar e conquistaram a Stanley Cup após 39 anos.


Festa no gelo da Rogers Arena e tumulto generalizado na saída, pois os torcedores não se conformaram com a derrota que manteve a sina do Vancouver de jamais ter ganho uma Stanley Cup.

Conhecendo torcedor australiano, sei que o princeso não estava nem aí para o resultado, primeiro porque nem deveria ser o time dele, e segundo porque torcedor australiano, uma vez que o jogo acaba, toca a vida sem descontar as frustrações nos adversários ou na primeira pessoa que passa na frente.

Sendo assim, ele caminhava tranquilamente pelos arredores da Rogers Arena, quando se deparou com o tumulto. Os policiais distribuíam porrada para todo lado, e com o casal não foi diferente. Tomaram "escudadas". A namorada, claro, em pânico, caiu no chão e não teve forças para se levantar. Já o princeso, instintivamente, debruçou-se sobre a moça para protegê-la, confortando-a com um carinhoso beijo.

Foi o momento exato capturado pelo fotógrafo da Getty Images que, em 2099, quando estiverem fazendo a retrospectiva do que sobrou do século XXI, será um dos destaques mostrando "como os bisavós combatiam a violência com atos de amor e não guerra" (alguma distorção assim).

Um viva aos Bruins e ao princesão de Perth!


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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Guia de Vinho 2011 e Reggae

As últimas semanas foram espécie de "business card" do inverno. Ele apareceu com tudo, mostrou a que veio e agora deu uma trégua para, daqui a pouco, voltar pior.

E essa é a deixa que eu precisava para respirar, tomar fôlego e preparar a versão 2011 do Guia de Vinho PablitoAustralia, o primeiro e único guia para brasileiro tomar no inverno australiano.



Amanhã será o grande dia de pegar um balde, papel e caneta, dar um brilho nas taças e passar o dia degustando, pelo menos, 20 vinhos que venho selecionando nos últimos meses. Se todos estiverem realmente bons, vão para o Guia deste ano, que será lançado na próxima sexta-feira, aqui no blog.


Uma jornada como essa só é possível com a colaboração de patrocinadores, pois para manter a total independência do Guia, todos os vinhos são comprados, já que volta e meio recebo umas botejinhas.

Portanto, nada mais justo do que, desde já, agradecer a Ozzy Study Brazil e o Braza Churrascaria, que adquiriram as duas cotas principais de patrocínio e estão viabilizando o Guia. Mara, Alê e Birão, muito obrigado!

Ainda há dois espaços para apoiadores, que oferecerei para algumas empresas no início da próxima semana. Mas caso você tenha interesse, já entre em contato comigo que envio a proposta (pablonacer@terra.com.br).


Mais!

Não somente o Guia conta com patrocinadores, como também o blog, caso contrário, seria muito difícil eu atualizá-lo com a frequência que faço. E nos últimos dias, tanto a All Tax, o primeiro parceiro deste blog, quanto a Academies Australasia, parceiraço para todas as horas, renovaram por mais 3 meses. Antonio, Vivi e Erick, muitíssimo obrigado e vamos em frente!

Aliás, o ano fiscal está acabando e a temporada do Tax Return vem aí. Para brevíssimo, vou preparar post sobre o assunto, abrindo espaço para vocês enviarem suas dúvidas por email. Com elas, farei uma entrevista com o pessoal da All Tax para esclarecê-las. Aviso em breve, mas se já tiverem perguntas, enviem para pablonacer@terra.com.br com o título "tax return".


E já que hoje é sexta e também sou filho de Deus (ou Jah, como chamam por aqui), mais tarde, a partir das 21h, tem Ziggy and Wild Drums no Cock n' Bull, em Bondi Junction. Reggae da melhor qualidade naquele esquema de sempre: entrada grátis, steak a $1 e cerveja a $3 até as 23h.

Agora que teremos vinho, que venha o inverno!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Redação aberta - Canarinhos, Dione, Censo e Tripppin

Redação escancarada, vamos lá!

Os Canarinhos, brasileiros que jogam futebol todo domingo há quase 40 anos, em Sydney, anunciaram que vão doar $2.50 de cada steak vendido durante a festa junina do Bracca, que acontece em 26 de junho, em Marrickville, para a "Let's Help Dione".


Isso mesmo! O prato vai custar $7.50 e 33.333333333333% (a chamada dízima periódica) será revertido para ajudar a batalha da brasileira Dione Schaaf contra o câncer.

Batalha essa que está indo muito bem. A cirurgia realizada na quarta-feira passada foi um grande sucesso e agora ela se prepara para as sessões de quimio.

Sensibilizados, os brasileiros daqui do baixo clero têm se mobilizado e levantado fundos.


O garage sales, por exemplo, ocorrido há dois sábados, arrecadou cerca de $2.500. Doze amigos da Dione estão fazendo uma corrente na qual, toda semana, alguém deposita uma grana. Uma igreja fez um jantar beneficente e também arrecadou. Em primeiro de julho, o grande Nicolas, head chef do RSL de Coogee, fará no Diggers evento com samba ao vivo e outras atrações com lucro em prol da Dione (trago mais informações em breve). E assim vai...

Aliás, aproveitando que na festa junina haverá grande concentração de brasileiros e empresas brasileiras, outras ações poderiam ser feitas para ajudá-la (com a permissão do Bracca, claro). Quem sabe uma arrecadação de golden coins ou algo do tipo.


Já que o assunto é brasileiro, seguem dados fresquinhos divulgados hoje pelo Australian Bureau of Statistics sobre a origem da população que vive na Austrália.

Meus destaques:

- 25% das pessoas que vivem no país nasceram no exterior.
- O Brasil não aparece nem no top 25. Como sempre falo, não fazemos cócegas, mas quem sabe, após o Censo desse ano, teremos uma noção melhor do que representamos.

Austrália 15.607.815
Reino Unido 1.141.041
Nova Zelândia 445.097
China (não inclui SARs e Taiwan) 259.177
Itália 227.334
Vietnã 185.455
Índia 180.133
Filipinas 140.016
Grécia 133.388
Alemanha 124.436
África do Sul 120.251
Malásia 107.144
Holanda 91.541
Líbano 86.477
Hong Kong (SAR da China) 83.150
Estados Unidos 72.890
Sri Lanka 71.725
Croácia 71.328
Polônia 62.023
Coreia do Sul 60.309
Irlanda 59.482
Indonésia 59.381
Fiji 56.150
Malta 51.214
Antiga República Iugoslava da Macedônia 49.867

Total nascido fora da Austrália 5.090.065
Total nascido na Austrália20.697.880

Outro dado interessante divulgado pela ABS:

- Entre 2008 e 2009, o total líquido de estudantes (a conta é: estudantes que chegaram menos estudantes que deixaram o país) foi de 122.400, recorde absoluto que contribuiu para aumento de 27% na taxa de crescimento da população total da Austrália (e tem muita gente que desdenha de estudante e do impacto que ele tem na economia daqui). Os três países que mais mandaram estudantes foram:

1. Índia 43.000
2. China 24.700
3. Nepal 10,500

O Brasil, certamente, vem logo atrás!

Por último, mas obviamente não menos importante, segue o mais recente Tripppin do Mau Buchler, o professor brasileiro que viaja o mundo ensinando inglês enquanto surfa (não necessariamente nesta ordem).


Boa, Mau!!!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

State of Origin - Tudo azul!

A Mirella e o Dave que me perdoem, mas está na hora dessa gente azulada mostrar o seu valor. E acho que é hoje!


Sim, meu amigos, desde que pisei na Austrália pela primeira vez, em agosto de 2007, não vi New South Wales ganhar o State of Origin. O máximo foram algumas vitórias isoladas, mas jamais a série, uma vez que Queensland tem dominado desde 2006.


Mas algo me diz que hoje à noite vai mudar!


O State of Origin, para quem não sabe, é o evento esportivo de maior rivalidade na Austrália. Esqueçam Wallabies x All Blacks no Rugby Union, Austrália x Inglaterra no The Ashes de cricket ou Liberal x Labour na..., nenhuma rivalidade é maior no país do que New South Wales x Queensland (ou Blues x Marrons, como preferirem).

Pausa para ilustrar a afirmação.









Detalhe: muitos dos que saem na mão defendem o mesmo clube na liga. Pausa desfeita.

O State of Origin acontece desde o início dos anos 1980 e é disputado, anualmente, no meio da temporada da Rugby League, em melhor de três jogos.

Ao contrário do que aparenta, o critério de seleção não é o estado de origem dos jogadores, mas o estado a que pertence o último time que defenderam antes de entrarem para a liga principal.

Ou seja, mesmo que o jogador tenha nascido em Queensland, caso o último time seja de New South Wales, o cara vai defender as cores de NSW. Outro requisito: é preciso estar apto a defender a seleção australiana, os Kangooroos, o que elimina grandes jogadores como os neozelandeses Benji Marshall e Jason Nightngale, por exemplo.


Na primeira partida deste ano, há três semanas, os cane toads, como também são conhecidos os jogadores de QLD, venceram os cockroaches (outro apelido dos Blues) por 16 a 12, placar apertado definido no finalzinho (imagem abaixo) que deu muita esperança a NSW, já que vem de uma série horrorosa de derrotas, incluindo 3 jogos a 0 em 2010.


O bom desempenho na primeira partida, apesar da derrota, trouxe de volta o respeito perdido e elevou o moral dos jogadores, que têm tudo para vencerem essa noite, em Sydney, e conquistarem a série no próximo jogo, em três semanas.

E um dos responsáveis, caso isso ocorra, será o novo técnico, Ricky Stuart, que fez algumas alterações, deu novo ânimo aos jogadores e até chorou durante discurso inflamado na apresentação do novo uniforme.


Abaixo, treino/ensaio dos Blues na última sexta, no oval de Coogee. Vai ser difícil, pois o time deles tem com craques como Billy Slater, Johnathan Thurston, Darren Lockyer, Cameron Smith, Petero Civoniceva, Greg Inglis e ainda é melhor, porém, já não é tão superior como nos últimos anos.


Hoje, às 20h, no Channel 9

GO BLUES!!!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Redação aberta - Post/Poste

Sabem aqueles postes de rua que têm 34 cartazes colados anunciando de festivais e eventos a pais de santo que tiram mal olhado e unha encravada?

Então, este post é uma versão digital deles (mas sem o pai de santo, claro)!


Nesta semana, tem mini turnê do Ziggy. Na quarta, o Brazilian reggaeman faz show acústico no 4 Pines, excelente bar de Manly que fabrica a própria cerveja, na quinta ele toca acompanhado de sua Wild Drums no Shore Club, também no lado de lá da harbour, e na sexta Ziggy é a atração do Tropical Heat, o reggae que acontece toda semana no Cock n' Bull, em Bondi Junction. Os três são grátis!

Ziggy and Wild Drums
Quarta, 15/6, às19h - 4 Pines (Manly)
Quinta, 16/6 às 21h30 - Shore Club (Manly)
Sexta, 17/6, às 21h - Cock'n'Bull Hotel (Bondi Junction)


Também nesta quinta, o forró mais fancy do terceiro continente à sua escolha volta ao Hugos com a noite brasileira trazendo forró e samba ao vivo, entrada grátis e pizza e drinks a $5. Mais Brasil impossível!

Só fique ligado no figurino, pois se você for Brasil demais, não entra, já que o dress code da casa não tem nada de brasileiro (boné e tênis sujo devem ficar em casa, assim como a regata e a bermuda).

E tudo na conta do Jarbas, o dono da festa que faz aniversário (ops, brincadeira!).

Forró + Samba ao vivo no Hugos (Kings Cross)
Quinta, 16/6, às 20h



Na sexta, a banda de origem sulamericana de maior sucesso da Austrália, o Watussi, se apresenta no The Basement, a melhor casa de shows da cidade.

A noite marca o lançamento do single Cuando Sera e terá as participações especiais de Samba Frog e Nativo Soul. Parte da renda irá para a SERES, organização australiana que ajuda comunidades da América Latina.

Watussi no The Basement (29 Reiby Place)
Sexta, 17/6, às 20h
Ingressos: pré-venda a $20 + taxa (www.moshtix.com.au / 1300 438 849) ou $25 na porta (se ainda restarem)


No sábado, 18 de junho, o Samba Australia se apresenta no Seven-8 (ali no BB's), em Bondi Beach. O evento está marcado para às 18h, mas a banda deve começar a tocar lá pelas 20h30. Entrada grátis e fanfarra garantida!

Samba Australia no Seven-8
Sábado, 18/6, às 20h30


No mesmo sábado, às 15h, acontece a abertura oficial do Australian Refugee Film Festival, um dos eventos que marca o início da Semana Mundial dos Refugiados na Austrália, com exibição de 9 curtas-metragens.

A questão dos refugiados é uma das mais polêmicas por aqui. A Austrália possui programa para receber e conceder asilo para os refugiados, mas tem mostrado falhas graves no sistema e sofrido diversas críticas internas e externas.

O problema se agrava na forma deturpada e tendenciosa que a informação chega à população, já que os refugiados são todos colocados num mesmo pacote com rótulos de "bandidos", "inimigos", "invasores" e "imigrantes ilegais", entre outros, e vendidos assim.

O debate precisa ser mais abrangente, mais profundo, mas é justamente o que grande parte da imprensa evita. É por isso que um festival como esse é fundamental.

Australian Refugee Film Festival
De 18 a 24 de junho, na Uniting Church (264 Pitt Street), Sydney
Website


Também marcando a Semana Mundial dos Refugiados, a SBS apresenta o documentário Go Back To Where You Came From, que será exibido em três episodódios nos dias 21, 22 e 23 de junho, às 20h30, mostrando seis australianos comuns vivendo entre (e como) refugiados. Promete ser um tapa na cara. Imperdível!

Go Back To Where You Came From
De 21 a 23 de junho, às 20h30, na SBS One



No outro sábado, 25 de junho, acontece a Black Magic - Brazilian Costume Party, festa à fantasia do Balu no Coogee Bay Hotel que reunirá os melhores DJ's brasileiros de música eletrônica que tem por aqui, incluindo o Fabeta e uma DJ mais do que especial. Ingressos a $10 a partir desta quarta, na Ozzy Study Brazil e outros lugares.

Black Magic - Brazilian Costume Party
Sábado, 25/6, às 21h, no Coogee Bay Hotel



Já no domingo, 26 de junho, acontece a Festa Junina do BraCCA, no Sydney Portuguese Community Club Fraser Park (100 Marrickville Road, Marrickville), com participação do Sydney Brazilian Social Club, o popular Canarinhos. Entrada $5.

Festa Junina do Bracca
Domingo, 26/6, às 11h

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Ops, faltou que na segunda-feira, 20 de junho, o Bondi Jam, jam session de rock n' roll que rola segunda sim segunda não, no BB's, será em homenagem ao Júlio Araújo, grande batera, percussionista e músico que completa mais uma primavera. Entrada grátis e sonzeira da pesada!

Bondi Jam - Special Julio's Birthday
Segunda, 20/6, às 20h, no BB's (Bondi Beach)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Queen's Birthday e a Micareta Real

Hoje, segunda-feira, 13 de junho, a Austrália comemora o Queen's Official Birthday, o aniversário da rainha. Bem, não toda a Austrália, já que o estado de Western Australia tradicionalmente celebra em alguma segunda-feira entre setembro e outubro. Estranho? Vocês ainda não viram nada.

Em um feriado chamado Queen's Birthday, presume-se que na referida data o Palácio de Buckingham, em Londres, seja enfeitado com bexigas e faixas de “happy birthday”, enquanto o príncipe Charles, os filhos William e Henry, Kate e outros mais chegados reúnem-se em torno da rainha Elizabeth II para o sopro de 85 velinhas reais. Certo? Errado!

A rainha Elizabeth II não nasceu em 13 de junho, muito menos em alguma segunda-feira entre setembro e outubro. Ela veio ao mundo em 26 de abril de 1926, o que nos faz perguntar por que cargas d’águas comemora-se o aniversário dela fora da época, uma espécie de micareta real.

A resposta nos leva à Austrália colonial e ao mesmo personagem que deu origem ao Australia Day, o governador Arthur Phillip, que em 1788 aportou com a primeira leva de prisioneiros/colonizadores na Austrália. Para fazer um agrado real, naquele mesmo ano Phillip inventou um feriadão em homenagem ao rei da Grã Bretanha, à época, George III, comemorado no dia do aniversário do monarca.

O festejo continuou com os reis seguintes, alternando a data de acordo com o dia do nascimento de cada um. Até que em 1936, com a morte de George V (o do King's Speech), o feriado foi fixado na segunda segunda-feira de junho e batizado com o nome de Queen's Official Birthday. Tremenda fanfarra real!

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