quarta-feira, 23 de junho de 2010

Uruguai 1, México 0 e 2 Penetras



Agora a pouco, durante o programa Vibez Brazil, falei no ar que saindo de lá iria até Darling Harbour assistir ao jogo do meu Uruguai contra o México. Os caras não acreditaram, acharam que eu estava de sacanagem, uma vez que começaria à meia-noite e terminaria às duas. Mais! Ao ar livre e há pouquíssimos dias do ápice do inverno. Mau e Rapha... fui!



Antes de mais nada, gostaria de parabenizar o técnico do Uruguai Oscar Tabarez, que mudou radicalmente a filosofia da seleção uruguaia. Nas últimas, digamos, duas décadas e meia, eles entravam em campo para dar porrada. E depois jogar bola.

Agora, desde que deixaram a porrada de lado e passaram a focar apenas no futebol, um futebol aguerrido, é verdade, mas com amor à camisa e tocando a bola, os caras voltaram a ganhar. E bem!



Principalmente porque contam com um equilíbrio fantástico entre defesa e ataque tendo o grande Lugano como xerife lá atrás. E o técnico e veloz Diego Forlán na frente, trabalhando junto com o perigoso Luis Suarez. Só faltou mesmo um meia armador mais criativo, que poderia ser o Nicolas Lodeiro, porém ele ainda é muito novo. O Messi talvez cairia bem, mas seria banco.



Hoje, o time foi perfeito. Saiu para o jogo desde o começo e, apesar do México ter tido mais posse de bola, o Uruguai criou algumas chances de perigo e abriu o placar no final do primeiro tempo. Podendo empatar, o time recuou no segundo mas sem retranca, jogando apenas com inteligência, oferecendo espaço para o México e saindo com perigo no contra-ataque. O resultado está aí!



Estamos classificados em primeiro do grupo, o confronto com a Argentina provavelmente está adiado, retornamos às oitavas em Copa do Mundo após 20 anos e o mais importante: recuperamos o respeito e a auto-estima.



Sim, meus amigos, a Celeste voltou e trazendo consigo dois penetras. Este que vos escreve e aparece na foto abaixo.



E esse boludo corneteiro!





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terça-feira, 22 de junho de 2010

How Far We've Come



Em 26 de janeiro deste ano, Australia Day e férias escolares, eu estava atolado em trabalho. Mal conseguia sair de casa. Paola, amiga que entre suas funções no planeta está a de colocar pessoas em contato, me ligou dizendo que comemoraria o feriado pátrio em Tamarama Beach, pertinho de casa. Falei que dificilmente iria. Passados 5 minutos, fui.

Mesmo com a fanfarra armada no parque da praia, com direito a lona molhada com cerveja para os australianos deslizarem e se arrebentarem, consegui conversar com um casal muito bacana recém-apresentado pela... Paola.

Os dois são mineiros e moram há anos aqui. Eduardo, designer, trabalha com arquitetura, teatro, cinema, ópera e televisão, e vive na Austrália há 15 anos. Fernanda, jornalista e coordenadora de produção da SBS Online, mora há 6. Falamos bastante, trocamos emails, telefones e não perdemos mais contato.


No The Pitanga Project I, conversando com o chef.

Seis meses se passaram e hoje o post é da Fernanda, que ontem lançou um importante e maravilhoso projeto online, desses que mudam paradigmas.

O nome é How Far We've Come e traz histórias de refugiados que vieram para a Austrália nas últimas décadas. De pintor chinês que se sentia um refugiado mental diante do regime político de seu país a habitante de Kosovo fugindo da guerra civil do final dos anos 1990, tem um pouco de tudo.

Este é o primeiro trabalho produzido pela Fernanda na SBS. Ela concebeu a ideia, viabilizou o projeto, orquestrou uma grande equipe e trabalhou na finalização, passando boa parte do tempo abrindo caixas de arquivos da emissora, revirando gavetas empoeiradas e conversando com os funcionários mais antigos na tentativa de localizar os arquivos certos sobre o tema produzidos nos últimos 25 anos pela emissora.



Quando encontrava alguma pista, precisava achar a pessoa. Aí era ligar para o clube uruguaio e perguntar se eles sabiam de algum tal de Juan. Obviamente, eles conheciam 874 Juans, mas até chegar no que estavam procurando, haja portunhol e spanglish.

Na universidade, uma das razões que a motivou a escolher o jornalismo foi a possibilidade de trabalhar com questões humanitárias e lidar com direitos humanos, o que ela acaba de fazer em How Far We've Come.

A questão dos refugiados é muito séria em todo o mundo. O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado trouxe o problema no início dos anos 2000 com o impactante The Children: Refugees and Migrants. Lembro que vi a exposição em São Paulo e saí atordoado.



Por aqui, o tema é polêmico e muitas vezes abordado de maneira distorcida, já que o governo australiano oferece proteção para refugiados através de programas humanitários. Os termos asylum seekers, refugees e illegal immigrant muitas vezes são colocados no mesmo saco, o que é um grande erro. Esta página do projeto é bastante esclarecedora: http://www.sbs.com.au/refugees/myths.html

Estamos na Semana do Refugiado (20 a 26 de junho), portanto, hora certa para tomarmos conhecimento do assunto. Ainda mais com How FarWe've Come, que está lindo e trazendo histórias de cortar o coração. Segundo a própria Fernanda:

"Ninguém é refugiado, a pessoa passa a ser."

Well done Fê!


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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Fabuloso desencanta

Clique aqui para ler texto sobre Brasil 3 x 1 Costa do Marfim que publiquei no site da Radar Magazine.

E, Fernando Jatobá, parabéns, champ! O senhor acertou o resultado em cheio no bolão da SBS e faturou este belíssimo óculos comprado pelo nosso âncora, Rafael Aiolfi, em alguma loja de grife de Porto Alegre.



I-RA-DO!!!

sábado, 19 de junho de 2010

Brasil x Ivory Coast - Fan-farra verde e amarela

Este, sem dúvida, será o maior esquenta de todos os tempos da próxima semana. Antes de mais nada, domingão, 20 de junho, é aniversário da minha irmã Paloma, a mãe dos gêmeos. Parabéns, Pá!

Bem, mas a fanfarra em verde e amarelo (no caso desta, green and gold) começa daqui a pouco, à meia-noite, com Austrália x Gana. É ganhar, ganhar ou, na pior das hipóteses, golear. Se empatar ou perder, aí somente em 2022, em casa.



Passado o aperitivo da madrugada, o esquenta deste domingo começa com a Festa Junina do BraCCA, a mais tradicional destas bandas. A exemplo de 2009, este ano também será no Fraser Park, das 11 às 18h, na sede do clube português (100 Marrickville Road - próximo à Sydenham Station). Vai ser bem bacana, a entrada custa somente $5 e terá muita comida típica (além de drinks e Canarinhos, é claro).



De lá é seguir para o meu novo local pub número 1, o Beach Road, onde o Cultura Bondi trará Samba Groove das 18h às 22h com entrada grátis. Mas é só o começo! O próximo destino? Darling Harbour, onde vocês podem escolher entre as opções fan outdoor ou fan-farra indoor.

A opção fan outdoor é o International Fifa Fun Fest, que desde às 21h30 estará mostrando Eslováquia x Paraguai, à 0h passa para Itália x Nova Zelândia e à 4h30 Brasil-sil-sil x Costa do Marfim (ou Ivory Coast - como eles dizem aqui). Ontem fui lá e vi Alemanha 0 x 1 Sérvia. Está simplesmente sen-sa-cio-nal. Méritos de Joseph Blatter e Flávia Fontes.



Aliás, uma pausa: vocês lembram o que escrevi sobre os "Tambores da África"? Vocês acham que as chances perdidas pela Alemanha e o pênalti pessimamente batido foram coincidências? E o frango do goleiro inglês seguido pelo empate com a Argélia? O que falar de Suíça 1 x 0 Espanha - a favorita? E Itália, França, Portugal... os colonizadores e quem tem acertos de contas históricos estão perdidos!



Voltando: a opção fan-farra indoor será na Home, onde acontece a festa oficial dos brasileiros em Sydney com direito a samba ao vivo, telão, DJ's, enfim, a partir das 23h a festa vai rolar solta e só terminará por volta das 6h30 da segunda-feira, com o apito final seguido de um heróico e retumbante call sick. Um oferecimento Baluart, Fibra e Dunga. Entrada 20 doletas.



Já para os conservadores, a dica é: Pablito na SBS. Isso mesmo! O jogo começa às 4h30, mas a partir das 4h, na Rádio SBS 2, estarei nos estúdios comentando a partida ao lado de Milton Rocha e Rafael Aiolfi, além de Raphael Brasil-sil-sil, que estará congelando em Darling Harbour entrevistando a galera.

A coisa é simples: entramos no ar às 4h, depois passamos para a Rádio Bandeirantes com o grande José Silvério, que transmitirá direto da África, voltamos no intervalo, Silvério narra mais 45 minutos com comentários de Mauro Beting, e retornemos no pós-jogo até às 7 da manhã, ouvindo as coletivas, comentando e tomando quantidades industriais de cafezinho da SBS.

De lá, como bom estudante internacional, sigo para a escola, onde às 9h15 apresentarei um plano de marketing de 15 minutos para uma banca examinadora e, se sobreviver, entro de férias escolares até meados de julho, aumentando a cota de Copa do Mundo e fanfarra. Brasil-sil-sil!


Como o assunto é fan-farra, Vlad ao fundo.

Rádio SBS 2
On digital radio: 97.7FM Sydney, 93.1FM Melbourne, 105.5FM Canberra

Rádio SBS na internet http://www.sbs.com.au/radio/

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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Guia de Vinho para o Inverno (até $25)



É com muita alegria que lanço o I Guia PablitoAustrália de Vinho. Na verdade, não lanço, mas lançamos, já que não estou sozinho, mas com a minha amiga Izabella Rodrigues, sommelier formada pela ABS-RJ, e os parceiros All Tax (a minha empresa de contabilidade, remessa de dinheiro e consultoria em imigração) e Braza (a melhor churrascaria brasileira de Sydney).

A ideia é simples: vinhos voltados para o brasileiro tomar no inverno australiano. Para isso, levamos 3 aspectos em consideração: valor, facilidade de compra e categorias.

O valor, mais do que ser acessível, é ter qualidade por um bom preço, sendo muitos destes vinhos grandes barganhas. Pra isso, estipulamos o teto de $25 e fomos atrás. Pode ter certeza, dificilmente você vai se arrepender comprando algum destes vinhos. Claro, pode ser que não goste, pois vinho é algo absolutamente subjetivo e pessoal, mas pelo que pagou, não será nenhum sofrimento e provavelmente alguém que esteja com você gostará.

Facilidade de compra leia-se disponilidade. A maioria dos vinhos está à venda nas grandes redes como Dan Murphy's e Vintage Cellars, que estão espalhadas por toda a Austrália. Muitos deles também podem ser encontrados em bottle shops menores, sejam de bairro ou localizados ao lado de supermercados.

O grande diferencial deste Guia são as categorias. Criamos 4 categorias subdivididas em 5 subcategorias, num total de 40 vinhos. Para cada subcategoria, descrevemos um vinho e apontamos um segundo como opção. Todas a categorias e sub foram totalmente pensadas no brasileiro que vive na Austrália, levando em conta não só o nosso cotidiano por aqui, como também o nosso background de vinho, ou seja, o que fazíamos e tomávamos no Brasil.

Até o final do inverno, trabalharemos o Guia no blog trazendo informações extras, dicas, receitas para harmonizar e textos adicionais. Caso queira mandar sugestões, comentários ou tirar dúvidas, fique à vontade para escrever (pablonacer@terra.com.br). Talvez eu demore um pouco, mas responderei.

Para quem está no Brasil, alguns destes vinhos estão disponíveis no mercado, mas com preços bem salgados. Dificilmente valem o que cobram, devido à distância e, principalmente, aos impostos. Mas é bom para se familiarizar um pouco com produtores, rótulos e o que se faz por aqui.

Para ver os vinhos, clique abaixo em cada categoria, subcategoria ou então diretamente na relação das botejas. Espero que seja útil.

Bom inverno e vamos bebendo!

Categoria 1
Para bebericar (em casa) clique

Subcategorias
- A taça da saúde
- Enquanto cozinha
- Para esquentar
- Para ler e ouvir
- Para esquecer de tudo

Categoria 2
Para socializar (com os amigos) clique

Subcategorias
- Segunda a quinta à noite
- Sexta à noite
- Sábado à tarde
- Sábado à noite
- Domingão

Categoria 3
Para namorar clique

Subcategorias
- Antes do 1º beijo
- De dia
- Filminho e sofá
- Jantar no restaurante BYO
- A noite

Categoria 4
Para harmonizar (com comida) clique

Subcategorias
- Fondue
- Churrasco
- Queijo e vinho
- Comida japonesa
- Comida italiana

Relação dos vinhos (Top 20)

Cono Sur Organic Cabernet/Carmenere 2008 CHI até $15 clique
Bons Ventos Casa Santos Lima Portugal 2008 POR até $10 clique
Grant Burge Merlot 2008 até $20 clique
Oyster Bay Pinot Noir 2008 NZ até $20 clique
Ingoldby Mclaren Valley Cabernet Sauvignon SA até $15 clique

McWilliam's Essenze Sauvignon Blanc 2009 NZ até $20 clique
Brown Brothers Tempranillo 2006 até $20 clique
Leo Buring Eden Valley Riesling 2008 SA até $25 clique
d’Arenberg The Stump Jump Grenache Shiraz Mourvedre 2008 até $15 clique
Mad Fish Gold Turtle Chardonnay 2007 até $25 clique

Cape Mentelle Sauvignon/Semillon 2009 até $20 clique
La Vieille Ferme Rosé 2009 FRA até $20 clique
Rymill MC2 Merlot/Cabernet Sauvignon/Cabernet Franc 2005 de $15 clique
Jamiesons Run Limestone Coast Cabernet Sauvignon SA até $15 clique
Segura Viudas Brut Vintage Cava ESP até $20 clique

Montes Limited Selection Cabernet Sauvignon Carmenere 2008 CHI até $20 clique
Norton Malbec 2009 ARG até $20 clique
Orlando Liqueur Tawny 2006 até $15 clique
Orlando Trilogy Brut até $15 clique
Romitorio Morellino Di Scansano ITA até $25 clique

Preços aproximados, pois podem variar de loja para loja.

Legendas
Austrália
NSW - New South Wales
SA - South Australia
TAS - Tasmania
VIC - Victoria
WA - Western Australia

Importados
ARG - Argentina
CHI - Chile
ESP - Espanha
FRA - França
ITA - Itália
POR - Portugal
NZL - Nova Zelândia

Guia de Vinho (Categoria 1 - Para Bebericar)


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Categoria 1
Para bebericar (em casa)

A taça da saúde
Vinho tinto leve, de preferência orgânico, discreto mas com presença. Se for branco, que tenha algo mais floral, como os feitos com a uva branca Gewurztraminer.

Cono Sur Organic Cabernet/Carmenere (CHI) $13



Quem nunca ouviu que uma taça de vinho por dia faz bem à saúde? Então imagine uma garrafa! Brincadeiras à parte, este chileno tinto, o famoso orgânico da bicicleta, é um corte de Cabernet Sauvignon com Carmenere que traz compota e pimentão verde. Por ser orgânico, feito sem conservantes e agrotóxicos, requer mais cuidado no plantio da uva e na fermentação do que o habitual, por isso em geral são mais caros. Mas a $13, é bebericar uma tacinha e até pedir reembolso do Medibank.

Opção: Pipers Brook Gewurztraminer 2008 $24

Enquanto cozinha
Vinho não muito encorpado para ser tomado enquanto cozinha e usado no preparo. Pode ser tanto um branco como um tinto, depende do que estiver cozinhando.

Bons Ventos Casa Santos Lima (POR) 2008 $10



De cara, compota e aquele aroma de toffee de caramelo (lembram da balinha?). Um tinto não tão encorpado, mas redondo. Na boca, algumas notas de frutas vermelhas bem maduras. Para tomar enquanto cozinha, é perfeito, pois não traz muita informação, ao mesmo tempo em que é prazeroso. Ou seja, você não vai errar no vinho nem na receita. É como se estivesse cozinhando acompanhado daquela sua tia portuguesa que você nunca conheceu mas sempre ouviu falar. Pelo preço, vale dividir uma caixinha de 6 ou 12 com os amigos que o preço cai para $7 a $8 por garrafa.

Opção: Moondah Brook Verdelho 2008 $16

Para esquentar
Nessas noites cada vez mais frias, nada melhor do que um Merlot para esquentar sem pesar no bolso e que pode ser tomado sozinho ou com comida.

Grant Burge Merlot 2008 $17



Se você está começando uma adeguinha na sua casa, compre dois deste tinto. Um para tomar agora e outro para daqui a um ano. Você verá que no próximo inverno estará ainda melhor, o que não significa que neste não está bom. Com corpo de sobra para envelhecer mais um pouco, mas não pesado, este Merlot pede comida e traz um perfume delicado de ameixa. É acima da média.

Opção: Logan Weemala Merlot 2007 $20

Para ler e ouvir
Vinho leve mas que traga alguma informação e certa complexidade, não para competir com a música ou o livro, mas justamente para elevar o espírito com eles. Vá de Pinot Noir!

Oyster Bay Pinot Noir 2008 $19



Não abra este vinho e sirva imediatamente. Ao abrir, deixe-o respirar por pelo menos 20 minutos. No mínimo. Aí sim, beba! Quando aproximar a taça do nariz, sentirá a turma toda do Pinot Noir, incluindo aromas delicados, muita flor, madeira e toffee. Tinto elegante, com bom corpo e equilibrado, o Oyster Bay é um dos neozelandeses mais famosos e fáceis de serem encontrados por aqui.

Opção: De Bortoli Gulf Station Pinot Noir 2009 $16

Para esquecer de tudo
Uma bomba. Tinto encorpado com as tintas Shiraz ou Cabernet Sauvignon para aqueles dias difíceis. É tomá-lo em casa para esquecer do chefe, namorada (o), flatmate, trabalho, escola, homesick ou o que quer que seja.

Ingoldby Mclaren Valley Cabernet Sauvignon $11



Se você quer saber do que se trata um Cabernet Sauvignon da Austrália, este é um bom começo. Muito encorpado, equilibradíssimo, com berries escuras e um pimentão verde, é um exemplar típico que, para aqueles dias em que nada deu certo, vai fazer a alegria (ou derrubar de vez) com a promessa de que você amanhecerá melhor. Pelo preço: ca-ber-ne-za-ço!

Opção: Brokenwood Shiraz Barossa Valley,McLaren Vale 2007 $21

Categoria 2 - Para socializar (com os amigos)
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Categoria 3 - Para namorar clique
Categoria 4 - Para harmonizar (com comida) clique

Guia de Vinho (Categoria 2 - Para Socializar)


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Categoria 2
Para socializar (com os amigos)

Segunda a quinta à noite
Vinho leve, frutado e descontraído, afinal, amanhã é dia de labuta ou escola. Sauvignon Blanc da Nova Zelândia, em especial da região de Marlborough, ou da Tasmânia.

McWilliam's Essenze Sauvignon Blanc 2009 NZ $19



No nariz, uma explosão de maracujá, típica dos Sauvignons da Nova Zelândia, que depois se transforma em aspargos, também característicos dos Sauvignons kiwis. Durante a evolução do maracujá para os aspargos, vem um forte aroma de, digamos, ônibus lotado no Brasil às 6 da tarde, o que significa “cecê”. Isso mesmo! No mundo dos vinhos, alguns aromas desagradáveis do dia-a-dia como esterco de vaca e pêlo de cavalo, não apenas são comuns, como também são muito contemplados. Seguindo a linha dos sauvignons kiwis, este é leve, cítrico, refrescante, tem acidez bem agradável e um equilíbrio fantástico. Pelo preço... bar-ga-nha!

Opção: Ninth Island Sauvignon Blanc 2009 $17

Sexta à noite
Um tinto diferente, para de certa forma surpreender aonde quer que você vá. Por isso, indicamos uvas não muito usuais por aqui como Tempranillo e Carmenere, a uva símbolo do Chile.

Brown Brothers Tempranillo 2006 $19



Violeta no nariz, seguido por um defumado. Na boca mantém os dois e ainda traz café. Numa degustação às cegas, jamais falaria que é um Tempranillo, uva típica da região do Rioja, na Espanha. Mas a Brown Brothers vem produzindo vinhos com essa casta há alguns anos e está cada vez melhor. Um espanhol, provavelmente, não vai gostar. Mas como você é brasileiro, aproveite!

Opção: Casillero del Diablo Carmenere (CHI) $15

Sábado à tarde
Sábado à tarde é dia de rei. Ou rainha! Portanto, nada melhor do que um Riesling, uva branca que na Austrália traz lima e maracujá, e mais na frente um tostado. É ótimo para ser tomado tanto sozinho como acompanhado de aperitivos, e perfeito para começar os trabalhos etílicos no sábado sem queimar a largada.

Leo Buring Eden Valley Riesling 2008 $22



Leo Buring é sinônimo de Riesiling na Austrália. Este, produzido no Eden Valley, é um vinho sem excessos. Na medida. Com aromas de flor e levemente amanteigado no nariz, na boca ele é bastante mineral e traz um sal nada comum no final que é muito agradável. Vinho elegante para agradar em cheio aqueles que torcem o nariz para vinhos muito frutados.

Opção: Henschke Julius Riesling 2009 $24

Sábado à noite
Um Shiraz, mas corte, ou seja, essa uva tinta misturada com alguma outra ou algumas outras para dar uma quebrada e trazer ainda mais exoticidade. Afinal, é sábado à noite.

d’Arenberg The Stump Jump Grenache Shiraz Mourvedre 2008 $13



De cara vem um aroma forte de mineral no nariz. Pedras! Levemente licoroso, ele enche a boca, é equilibradíssimo e rico. Melhora a cada gole, crescendo em complexidade. O rótulo, bem Novo Mundo, não corresponde ao vinho, que é sério e não tão fanfarrão, como aparenta. The Stump Jump é excelente para harmonizar com comida e também para ser apenas tomado naquela tradicional pegada do sábado à noite. Pelo preço, barganha!

Opção: St. Hallet Gamekeepers Shiraz / Cabernet 2008 $15

Domingão
Chardonnayzão amanteigado, frutado, talvez até um reserva para dar aquela estrutura, enfim, domingo pede um Chardonnay.

MadFish Gold Turtle Chardonnay 2007 $21



Riquíssimo, no início se mostra um pouco tímido no nariz mas guarda absolutamente tudo para a boca. Vinho branco longo, persistente e complexo. É preciso abrir e esperar pelo menos meia-hora (ou mais!) antes de tomá-lo. Se ele, o vinho, esperou desde 2007 para ser aberto, por que você não pode esperar meia-horinha para degustá-lo? Que vinho! Que produtor! Que preço!

Opção: Brookland Valley Vessel 1 Chardonnay 2008 $18

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Categoria 4 - Para harmonizar (com comida)
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