sexta-feira, 9 de outubro de 2009
The book is on the table mate
Há um bom tempo, mais precisamente em fevereiro de 2008, quando ainda trabalhava como garçom e era, disparado, o pior do mundo, escrevi sobre o grave problema da água.
Não sobre a inevitável e planetária falta que está a caminho, mas a dificuldade de ouvir e pronunciar corretamente a palavra em inglês.
Que é "water" todo mundo sabe, mas vai falar para um irlandês com o nosso sotaque américo-tupiniquim "uóter“, ou vai entender o que um australiano quer dizer com "uóta" (o "t" com som mudíssimo, quase beliscando a bunda do "r").
Como estava há apenas 6 meses na Austrália, eu achava que o problema era 100% meu.
Pois bem, Julia Gillard, nossa ministra da educação, esteve em Washington (USA) esta semana visitando algumas escolas e conversando com as crianças. Numa delas, um norte-americanozinho, confuso, perguntou a ela se a língua que falam na Austrália é ou não é o inglês, pois não entendia nada.
Simplesmente sen-sa-cio-nal!
Uma criança sendo alfabetizada em inglês, ouvindo uma ministra de estado australiana, não conseguiu decifrar se o que ela falava era a mesma língua dele.
The book is on the table mate!
Nós, brasileiros, respiramos mais aliviados.
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quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Sinal Divino - Take Away
De um mês pra cá, a moda aqui na costa leste de New South Wales é conseguir algum sinal Divino.
Não que as pessoas estejam ficando mais religiosas, passando dias em jejum com os ascetas na floresta ou meditando à sombra de figueiras, mas elas estão, literalmente, pegando um sinal de Jesus e levando pra casa.
Os sinais, na verdade banners publicitários no melhor estilo "times de baseball norte-americano", trazem os dizeres Jesus. All About Life.
Um oferecimento da Bible Society, que reuniu 15 diferentes igrejas independentes e lançou campanha de 6 semanas com comerciais de TV, anúncios em ônibus e centenas de banners colados nas portas das igrejas.
Só na Central Coast, onde a minha irmã mora com os gêmeos mais lindos da Austrália, 80 dos 100 banners foram roubados.
Uns aparecem jogados no chão, enquanto outros simplesmente desaparecem. O preço unitário de cada peça é $300 (falei em tom de produtor gráfico em homenagem ao grande Rubão Perrone).
Caso tenha pego um e não pensa em devolver, cuidado, pois você provavelmente não vai pro Céu!
Não que as pessoas estejam ficando mais religiosas, passando dias em jejum com os ascetas na floresta ou meditando à sombra de figueiras, mas elas estão, literalmente, pegando um sinal de Jesus e levando pra casa.
Os sinais, na verdade banners publicitários no melhor estilo "times de baseball norte-americano", trazem os dizeres Jesus. All About Life.
Um oferecimento da Bible Society, que reuniu 15 diferentes igrejas independentes e lançou campanha de 6 semanas com comerciais de TV, anúncios em ônibus e centenas de banners colados nas portas das igrejas.
Só na Central Coast, onde a minha irmã mora com os gêmeos mais lindos da Austrália, 80 dos 100 banners foram roubados.
Uns aparecem jogados no chão, enquanto outros simplesmente desaparecem. O preço unitário de cada peça é $300 (falei em tom de produtor gráfico em homenagem ao grande Rubão Perrone).
Caso tenha pego um e não pensa em devolver, cuidado, pois você provavelmente não vai pro Céu!
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terça-feira, 6 de outubro de 2009
Austrália Top 2 – Galvão, eu já sabia!
Não sei se é a terceira ou a quarta pesquisa que vejo este ano sobre qualidade de vida - e elas sempre ranqueam bem as cidades australianas. Mas desta vez ranquearam os países.
E a Austrália, entre 182 nações, ficou em segundo lugar, atrás apenas da Noruega (é o mínimo, imaginem a qualidade de vida em um país habitado quase 100% por norueguesas).
A pesquisa, o Human Development Report 2009 das Nações Unidas, este ano focou na questão da imigração, o que para nós, alcoholic Brazilians overseas, é bem interessante.
Eu não sabia, por exemplo, que somos 200 milhões de imigrantes vivendo em outros países, mas que apenas 1/3 foi de um país em desenvolvimento para um desenvolvido.
Nem mesmo que a grande maioria das pessoas que não mora na cidade natal vive no próprio país. São cerca de 740 milhões. Eu já fui um desses e quase me tornei novamente, quando, no início de 2007, estava considerando deixar São Paulo para voltar a morar em Florianópolis, ou mesmo ir para Salvador (sim, o foco principal era a praia), mas o descontentamento com o Brasil era maior e, felizmente, optei pela Austrália.
A pesquisa levou em consideração expectativa de vida, escolarização e renda. E os destaques foram:
Nível muito alto de desenvolvimento
1. Noruega
2. Austrália
3. Islândia
4. Canadá
5. Irlanda
6. Holanda
7. Suécia
8. França
9. Suíça
10. Japão
13. Estados Unidos
20. Nova Zelândia
21. Grã-Bretanha
Nível alto de desenvolvimento
44. Chile
49. Argentina
50. Uruguai
51. Cuba
53. México
58. Venezuela
75. Brasil-sil-sil
77. Colômbia
78. Peru
80. Equador
Nível médio de desenvolvimento
101. Paraguai
Nível baixo de desenvolvimento
181. Afeganistão
182. Níger
Portanto, antes que me chamem de “brasileiro desnaturado”, que falem “então fica aí mesmo e não volte mais” ou então “você é persona non-grata na Copa 2014 e nas Olimpíadas 2016”, os números estão aí para mostrar que não sou tão desnaturado assim.
O que busco é qualidade de vida. E aqui eu tenho!
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domingo, 4 de outubro de 2009
O coelho assassino (coisas da Austrália)
Demente
Cruel
Impiedoso
Esa é a verdadeira face de um assassino!
Só mesmo na Austrália!
Dos 10 animais mais perigosos do mundo, 6, 7 ou 8 (sei lá exatamente quantos), estão aqui.
Imagino que este nada simpático coelho selvagem de cara amigável não esteja no top 10, mas ele é perigoso.
Vejam as cenas abaixo. Além da famigerada cobra, quase sobrou para um pássaro que estava de passagem, para um indefeso esguicho e uma senhora árvore.
Cruel
Impiedoso
Esa é a verdadeira face de um assassino!
Só mesmo na Austrália!
Dos 10 animais mais perigosos do mundo, 6, 7 ou 8 (sei lá exatamente quantos), estão aqui.
Imagino que este nada simpático coelho selvagem de cara amigável não esteja no top 10, mas ele é perigoso.
Vejam as cenas abaixo. Além da famigerada cobra, quase sobrou para um pássaro que estava de passagem, para um indefeso esguicho e uma senhora árvore.
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sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Loooong weekend (literalmente)
Segunda-feira, 5 de outubro, é feriadão na maior parte da Austrália. Como o país está em clima total de primavera – querendo chegar no verão – teremos um intenso final de semana pela frente.
A começar pelo Manly Jazz Festival, que acontece sábado, domingo e segunda em Manly, a maior concentração de brasileiros das Northern Beaches. Durante os 3 dias, diversas bandas nacionais e internacionais se apresentarão nos palcos espalhados entre a balsa (Wharf), o Corso e a praia.
Destaque para o norte-americano George Coleman Jr, que já tocou com Chet Baker e Dizzy Gillespie, e cujo pai, George Coleman, integrava o Miles Davis Quintet. As-sus-ta-dor!
Ainda no sábado, na The Eastern, em Bondi Junction (o epicentro comercial da maior concentração de brasileiros dos Eastern Suburbs), vai rolar a 3ª edição da Fancy Dress Party, a já tradicional festa à fantasia promovida pelo nosso glorioso Big Joseph, o Zezão, que também vai comemorar os aniversários do Vlad e do Pedrones. Só fi-gu-ra-ças!
Domingo, às 17 horas, direto do ANZ Stadium, em Sydney, começa a grande final da temporada 2009 da Rugby League. De um lado, Melbourne Storm, o favorito, time que chega pela quarta vez consecutiva na Grand Final (venceu em 2007, perdeu em 2006/08), e tem tudo para consagrar Billy Slater como o jogador da temporada.
Do outro lado, Parramatta Eels, a sensação do campeonato, time que se classificou por último para os play-offs, eliminou o primeiro colocado, despachou o segundo, e agora dependerá muito de Jarryd Hayne (o homem acima) para ser campeão. Acho que vai dar Storm, mas torcerei para os Eels.
E segunda-feira, feriado do Dia do Trabalho na maioria dos estados australianos, vai ter festa no Coogee Bay Hotel (Selina’s). É a Brazilian Fever, organizada pela Baluart 03 Productions, e patrocinado pela Ozzy Study Brazil.
No palco, o reggae do Ziggy and the Wild Drums, e o samba do Samba Soul. E nas pick-ups, pela primeira vez ao vivo e a cores, Juliana Cesso, a DJ das pérolas de vinil. Na Austrália, só ela mistura Clara Nunes, Bezerra da Silva, Tim Maia, Zeca Pagodinho, Jorge Benjor e Roberto Carlos no mesmo set. E com LP’s. Imperdível! Mulheres $5 (free até às 18h) e homens $10. A festa começa às 17h.
Que São Pedro ajude e terça-feira venha com mais um grande call sick!
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Horário de verão (daylight saving), de primavera, de outono...
Às duas horas da madrugada do próximo sábado pra domingo, 4 de outubro, começa o horário de verão na Austrália. Bem, em quase toda a Austrália...
Se você mora em Canberra (ACT), New South Wales, South Australia, Victoria ou Tasmania, adiante o seu relógio uma hora e aproveite os próximos 6 meses, pois o daylight saving vai até 4 de abril de 2010.
Isso mesmo! Nesses estados e no Distrito Federal (ops, no Australian Capital Territory), o horário começa na primavera, atravessa o verão e termina no outuno. Parece coisa do Brasil!
Caso você viva em Western Australia, o horário de verão começa somente em 25 de outubro (não me pergunte porquê), também às duas da manhã, e termina em 28 de março de 2010.
Se você vive em Queensland, não se preocupe, pois aí não tem horário de verão.
E se você vive em Northern Territory, onde também não há daylight saving, pergunto: o que você está fazendo aí, no meio de tanto crocodilo gigante de água salgada?
Crocodilo de 5.5 m capturado em 18/set, em Darwin
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quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Princesão dos cartazes rodoviários
Este post é em homenagem às minhas amigas do blog Essa Até Deus Duvida.
Ontem pela manhã, na Barrenjoey Rd, rodovia que liga Avalon e Palm Beach à Sydney, um cara espalhou alguns cartazes no acostamento.
Romântico, o primeiro dizia (em tradução livre para o português):
Jennifer, você casa comigo?
Não tenho dúvidas de que o princesão da Barrenjoey Rd derretou o coração da moça.
Porém, na sequência, ele muda "um pouco" o discurso:
Brincadeira, estamos terminando.
Se havia derretido o coração, agora também derreteu a cabeça. De ódio!
Um pouco à frente, outro cartaz:
Você tem 6 dias pra ir embora.
É o chamado "sangue nosóio".
Os cartazes já foram retirados, mas as dúvidas permanecem:
1. Quem é a tal da Jennifer?
2. Seria o princesão dos cartazes o mais recente corno das northern beaches?
3. Ou tudo isso não passa de brincadeirinha?
Meu veredicto: opção "b".
E vocês, o que acham?
Aliás, neste caso, como a vingança é um prato que se come frio (é isso mesmo?), eu não queria estar na pele do princeso!
Ontem pela manhã, na Barrenjoey Rd, rodovia que liga Avalon e Palm Beach à Sydney, um cara espalhou alguns cartazes no acostamento.
Romântico, o primeiro dizia (em tradução livre para o português):
Jennifer, você casa comigo?
Não tenho dúvidas de que o princesão da Barrenjoey Rd derretou o coração da moça.
Porém, na sequência, ele muda "um pouco" o discurso:
Brincadeira, estamos terminando.
Se havia derretido o coração, agora também derreteu a cabeça. De ódio!
Um pouco à frente, outro cartaz:
Você tem 6 dias pra ir embora.
É o chamado "sangue nosóio".
Os cartazes já foram retirados, mas as dúvidas permanecem:
1. Quem é a tal da Jennifer?
2. Seria o princesão dos cartazes o mais recente corno das northern beaches?
3. Ou tudo isso não passa de brincadeirinha?
Meu veredicto: opção "b".
E vocês, o que acham?
Aliás, neste caso, como a vingança é um prato que se come frio (é isso mesmo?), eu não queria estar na pele do princeso!
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