terça-feira, 6 de outubro de 2009

Austrália Top 2 – Galvão, eu já sabia!



Não sei se é a terceira ou a quarta pesquisa que vejo este ano sobre qualidade de vida - e elas sempre ranqueam bem as cidades australianas. Mas desta vez ranquearam os países.

E a Austrália, entre 182 nações, ficou em segundo lugar, atrás apenas da Noruega (é o mínimo, imaginem a qualidade de vida em um país habitado quase 100% por norueguesas).




A pesquisa, o Human Development Report 2009 das Nações Unidas, este ano focou na questão da imigração, o que para nós, alcoholic Brazilians overseas, é bem interessante.

Eu não sabia, por exemplo, que somos 200 milhões de imigrantes vivendo em outros países, mas que apenas 1/3 foi de um país em desenvolvimento para um desenvolvido.

Nem mesmo que a grande maioria das pessoas que não mora na cidade natal vive no próprio país. São cerca de 740 milhões. Eu já fui um desses e quase me tornei novamente, quando, no início de 2007, estava considerando deixar São Paulo para voltar a morar em Florianópolis, ou mesmo ir para Salvador (sim, o foco principal era a praia), mas o descontentamento com o Brasil era maior e, felizmente, optei pela Austrália.



A pesquisa levou em consideração expectativa de vida, escolarização e renda. E os destaques foram:



Nível muito alto de desenvolvimento
1. Noruega
2. Austrália
3. Islândia
4. Canadá
5. Irlanda
6. Holanda
7. Suécia
8. França
9. Suíça
10. Japão
13. Estados Unidos
20. Nova Zelândia
21. Grã-Bretanha

Nível alto de desenvolvimento
44. Chile
49. Argentina
50. Uruguai
51. Cuba
53. México
58. Venezuela
75. Brasil-sil-sil
77. Colômbia
78. Peru
80. Equador

Nível médio de desenvolvimento
101. Paraguai

Nível baixo de desenvolvimento
181. Afeganistão
1
82. Níger

Portanto, antes que me chamem de “brasileiro desnaturado”, que falem “então fica aí mesmo e não volte mais” ou então “você é persona non-grata na Copa 2014 e nas Olimpíadas 2016”, os números estão aí para mostrar que não sou tão desnaturado assim.

O que busco é qualidade de vida. E aqui eu tenho!

domingo, 4 de outubro de 2009

O coelho assassino (coisas da Austrália)

Demente

Cruel

Impiedoso

Esa é a verdadeira face de um assassino!



Só mesmo na Austrália!

Dos 10 animais mais perigosos do mundo, 6, 7 ou 8 (sei lá exatamente quantos), estão aqui.

Imagino que este nada simpático coelho selvagem de cara amigável não esteja no top 10, mas ele é perigoso.



Vejam as cenas abaixo. Além da famigerada cobra, quase sobrou para um pássaro que estava de passagem, para um indefeso esguicho e uma senhora árvore.


sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Loooong weekend (literalmente)



Segunda-feira, 5 de outubro, é feriadão na maior parte da Austrália. Como o país está em clima total de primavera – querendo chegar no verão – teremos um intenso final de semana pela frente.



A começar pelo Manly Jazz Festival, que acontece sábado, domingo e segunda em Manly, a maior concentração de brasileiros das Northern Beaches. Durante os 3 dias, diversas bandas nacionais e internacionais se apresentarão nos palcos espalhados entre a balsa (Wharf), o Corso e a praia.



Destaque para o norte-americano George Coleman Jr, que já tocou com Chet Baker e Dizzy Gillespie, e cujo pai, George Coleman, integrava o Miles Davis Quintet. As-sus-ta-dor!



Ainda no sábado, na The Eastern, em Bondi Junction (o epicentro comercial da maior concentração de brasileiros dos Eastern Suburbs), vai rolar a 3ª edição da Fancy Dress Party, a já tradicional festa à fantasia promovida pelo nosso glorioso Big Joseph, o Zezão, que também vai comemorar os aniversários do Vlad e do Pedrones. Só fi-gu-ra-ças!



Domingo, às 17 horas, direto do ANZ Stadium, em Sydney, começa a grande final da temporada 2009 da Rugby League. De um lado, Melbourne Storm, o favorito, time que chega pela quarta vez consecutiva na Grand Final (venceu em 2007, perdeu em 2006/08), e tem tudo para consagrar Billy Slater como o jogador da temporada.



Do outro lado, Parramatta Eels, a sensação do campeonato, time que se classificou por último para os play-offs, eliminou o primeiro colocado, despachou o segundo, e agora dependerá muito de Jarryd Hayne (o homem acima) para ser campeão. Acho que vai dar Storm, mas torcerei para os Eels.



E segunda-feira, feriado do Dia do Trabalho na maioria dos estados australianos, vai ter festa no Coogee Bay Hotel (Selina’s). É a Brazilian Fever, organizada pela Baluart 03 Productions, e patrocinado pela Ozzy Study Brazil.



No palco, o reggae do Ziggy and the Wild Drums, e o samba do Samba Soul. E nas pick-ups, pela primeira vez ao vivo e a cores, Juliana Cesso, a DJ das pérolas de vinil. Na Austrália, só ela mistura Clara Nunes, Bezerra da Silva, Tim Maia, Zeca Pagodinho, Jorge Benjor e Roberto Carlos no mesmo set. E com LP’s. Imperdível! Mulheres $5 (free até às 18h) e homens $10. A festa começa às 17h.

Que São Pedro ajude e terça-feira venha com mais um grande call sick!

Horário de verão (daylight saving), de primavera, de outono...



Às duas horas da madrugada do próximo sábado pra domingo, 4 de outubro, começa o horário de verão na Austrália. Bem, em quase toda a Austrália...

Se você mora em Canberra (ACT), New South Wales, South Australia, Victoria ou Tasmania, adiante o seu relógio uma hora e aproveite os próximos 6 meses, pois o daylight saving vai até 4 de abril de 2010.

Isso mesmo! Nesses estados e no Distrito Federal (ops, no Australian Capital Territory), o horário começa na primavera, atravessa o verão e termina no outuno. Parece coisa do Brasil!




Caso você viva em Western Australia, o horário de verão começa somente em 25 de outubro (não me pergunte porquê), também às duas da manhã, e termina em 28 de março de 2010.

Se você vive em Queensland, não se preocupe, pois aí não tem horário de verão.

E se você vive em Northern Territory, onde também não há daylight saving, pergunto: o que você está fazendo aí, no meio de tanto crocodilo gigante de água salgada?


Crocodilo de 5.5 m capturado em 18/set, em Darwin

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Princesão dos cartazes rodoviários

Este post é em homenagem às minhas amigas do blog Essa Até Deus Duvida.

Ontem pela manhã, na Barrenjoey Rd, rodovia que liga Avalon e Palm Beach à Sydney, um cara espalhou alguns cartazes no acostamento.



Romântico, o primeiro dizia (em tradução livre para o português):

Jennifer, você casa comigo?

Não tenho dúvidas de que o princesão da Barrenjoey Rd derretou o coração da moça.

Porém, na sequência, ele muda "um pouco" o discurso:

Brincadeira, estamos terminando.

Se havia derretido o coração, agora também derreteu a cabeça. De ódio!

Um pouco à frente, outro cartaz:

Você tem 6 dias pra ir embora.

É o chamado "sangue nosóio".

Os cartazes já foram retirados, mas as dúvidas permanecem:

1. Quem é a tal da Jennifer?
2. Seria o princesão dos cartazes o mais recente corno das northern beaches?
3. Ou tudo isso não passa de brincadeirinha?

Meu veredicto: opção "b".

E vocês, o que acham?

Aliás, neste caso, como a vingança é um prato que se come frio (é isso mesmo?), eu não queria estar na pele do princeso!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Wolverine, James Bond e um bundão



Quarta-feira passada, na Broadway (a americana, não a nossa entre a Central Station e Glebe), os atores Hugh Jackman e Daniel Craig estavam no meio de uma cena intensa da peça A Steady Rain, quando um celular tocou (sim, ainda há cretinos que o deixam ligado).

Jackman parou de atuar, se dirigiu à platéia e pediu para a pessoa atender. O telefone continuou. Impaciente, ele falou: “Apenas desligue, não tem problema, a não ser que você tenha uma história melhor, queira subir aqui e contar pra gente.” O público, claro, caiu na risada e o aplaudiu. Os dois tentaram retomar, mas o telefone continuou. Constrangimento total e perigo.



Sim, perigo! A pessoa conseguiu, em pouquíssimos segundos, irritar o Wolverine e o James Bond. De uma só vez! Nem mesmo o Sabretooth e o Dr. No conseguiram tamanho feito.



Ainda bem que não era o meu celular!

Lembro que no início dos anos 90, quando os celulares começaram a aparecer e eram caríssimos (ou seja, só os barões e as “baroas” tinham), havia uma piadinha que era mais ou menos assim:



Sabe qual é a semelhança entre o celular e a celulite?
Resposta: todo bundão tem!

E era bem isso!

Clique aqui pra ver o vídeo.

domingo, 27 de setembro de 2009

Update esportivo

Este post é dedicado aos brasileiros recém-chegados na Austrália.

Neste final de semana, tivemos três grandes decisões de rugby, envolvendo dois tipos diferentes de rugby, que resultaram em um grande campeão.



Para que os recém-chegados não fiquem igual a mulher que não gosta de futebol em época de Copa do Mundo, ou seja, perguntando quem é o número 9 da seleção brasileira, e porque os jogadores usam as mãos para cobrar lateral e o pé quando o lateral é na "quina" do campo, segue uma geral no que aconteceu neste final de semana. E-que-final-de-semana!

Sexta à noite tivemos um derby: Parramatta Eels x Bulldogs. Parramatta é um subúrbio da área metropolitana de Sydney, uma espécie de São Bernardo do Campo em relação à São Paulo. E os Bulldogs são de Sydney.



O jogo foi válido pela semifinal do Rugby League, um dos 3 tipos de rugby mais populares na Austrália, o preferido nos estados de News South Wales e Queensland.

A exemplo do que aconteceu com o Santos no Brasileirão de 2002, quando ainda era no sistema de mata-mata, o Parramatta entrou no play-off por último, ou seja, em oitavo lugar, e de cara enfrentou o primeiro colocado. Desbancou o favorito! E na sexta venceu os Bulldogs - que fizeram a segunda melhor campanha - por 22 a 12. Partidaça!



Destaque para o fullback dos Eels Jarryd Hayne, 21 anos (foto acima). Rápido, habilidoso e do tipo que chama os adversários para o drible, ele lembra um pouco o Robinho naquele mesmo ano de 2002, quando a então promessa decidiu o campeonato para o Santos dando show (pena que ficou na promessa).

Com a vitória, os Eels garantiram presença na grande final que acontecerá no próximo domingo, no ANZ Stadium, o estádio olímpico de Sydney, contra o Melbourne Storm.



Eu não gostaria de enfrentar um time chamado Storm na semana seguinte à passagem de duas dust storm. Principalmente porque eles têm Billy Slater, na minha humilde (põe humilde nisso) opinião de sul-americano, o melhor jogador das finais até o momento.

O cara está simplesmente arrasador, tanto na defesa quanto no ataque, e, sem trocadilhos infames, não só faz chover como já provocou tempestade, ao marcar 4 dos 7 tries do Melboune na exibição de gala da semana passada, quando abriram as finais humilhando o Manly Sea Eagles por 40 a 12.



Ontem à noite, na semifinal contra o Brisbane Broncos, Slater (foto acima) conduziu o Melbourne a uma tranquila vitória por 40 a 10, e desembarcará em Sydney como favorito na decisão.

Torcerei para os Eels, apostarei nos Eels (10 doletas, só pra brincar - tchu-tchin), mas acho que vai dar Storm.

E ontem à tarde, em Melbourne, aconteceu a grande decisão do AFL, o rugby mais popular do estado de Victoria. Num jogo emocionante decidido somente nos minutos finais, o Geelong Cats, que esteve atrás do placar no final dos 3 primeiros quartos, cresceu na hora certa, pressionou e conquistou o título ao vencer o St Kilda Saints por 80 a 68.



Essa foi a terceira decisão de AFL que vi desde que cheguei na Austrália, e os Cats disputaram as três. Venceram em 2007 e 09, perderam em 08. Quase o mesmo aconteceu com o Melbourne Storm. Eles ganharam em 2007, perderam em 06 e 08 e, no próximo domingo, só Deus sabe o que vai acontecer.

Que vença o melh... (ops, que vença o Eels, já que colocarei 10 doletas neles - tchu-tchin)!