Não sei se é a terceira ou a quarta pesquisa que vejo este ano sobre qualidade de vida - e elas sempre ranqueam bem as cidades australianas. Mas desta vez ranquearam os países.
E a Austrália, entre 182 nações, ficou em segundo lugar, atrás apenas da Noruega (é o mínimo, imaginem a qualidade de vida em um país habitado quase 100% por norueguesas).
A pesquisa, o Human Development Report 2009 das Nações Unidas, este ano focou na questão da imigração, o que para nós, alcoholic Brazilians overseas, é bem interessante.
Eu não sabia, por exemplo, que somos 200 milhões de imigrantes vivendo em outros países, mas que apenas 1/3 foi de um país em desenvolvimento para um desenvolvido.
Nem mesmo que a grande maioria das pessoas que não mora na cidade natal vive no próprio país. São cerca de 740 milhões. Eu já fui um desses e quase me tornei novamente, quando, no início de 2007, estava considerando deixar São Paulo para voltar a morar em Florianópolis, ou mesmo ir para Salvador (sim, o foco principal era a praia), mas o descontentamento com o Brasil era maior e, felizmente, optei pela Austrália.
A pesquisa levou em consideração expectativa de vida, escolarização e renda. E os destaques foram:
Nível muito alto de desenvolvimento
1. Noruega
2. Austrália
3. Islândia
4. Canadá
5. Irlanda
6. Holanda
7. Suécia
8. França
9. Suíça
10. Japão
13. Estados Unidos
20. Nova Zelândia
21. Grã-Bretanha
Nível alto de desenvolvimento
44. Chile
49. Argentina
50. Uruguai
51. Cuba
53. México
58. Venezuela
75. Brasil-sil-sil
77. Colômbia
78. Peru
80. Equador
Nível médio de desenvolvimento
101. Paraguai
Nível baixo de desenvolvimento
181. Afeganistão
182. Níger
Portanto, antes que me chamem de “brasileiro desnaturado”, que falem “então fica aí mesmo e não volte mais” ou então “você é persona non-grata na Copa 2014 e nas Olimpíadas 2016”, os números estão aí para mostrar que não sou tão desnaturado assim.
O que busco é qualidade de vida. E aqui eu tenho!