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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Austrália 2 x 1 Nova Zelândia

A Austrália acaba de vencer a Nova Zelândia por 2 a 1. Quem não viu o jogo pode pensar: deu a lógica, os Socceroos têm muito mais time, são mais experientes e venceram tranquilos. Não foi nada disso.

O primeiro tempo constrangeu. Tá certo que a Austrália jogou desfalcada do goleiro Schwarzer e dos titulares Harry Kewell, Brett Emerton, Luke Wilkshire, Scott Chipperfield e Josh Kennedy, mas o futebol apresentado foi bem abaixo do esperado. Em 45 minutos, o máximo que conseguiram foi tirar o meia Leo Bertos de campo.

Primeiro numa entrada criminosa do volante Vicenzo Grella, que ficou no lucro ao receber somente um amarelo. Depois com o melhor do time, Tim Cahill, que acertou a outra perna do neozelandês, tirando-o da partida. Sendo um jogo amistoso às vésperas da Copa do Mundo, duas entradas vergonhosas.

Vince Caligiuri


Quem dominou as ações foram os visitantes, que aproveitando-se da lentidão dos australianos, chegavam mais no ataque e abriram o placar aos 16 minutos com Chris Killen, após bola alçada na área que desviou num companheiro e confundiu a defesa australiana. Foi só.

No segundo tempo, a Austrália voltou melhor. O técnico Pim Verbeek fez várias substituições e o time passou a tocar a bola com mais velocidade, jogando mais próximo da área adversária. Aos 12 minutos, em boa trama pela direita, a bola sobrou dentro da área para o jaqueta 10 Dario Vidosic, que pegou de primeira batendo para o chão. Belo gol.

Após o empate, o ritmo caiu novamente, poucas chances foram criadas e quando parecia que nada mais aconteceria, Carl Valeri meteu uma bola sensacional para Brett Holman, que virou a partida já nos acréscimos, liquidando os neozelandeses e garantindo uma vitória, cai entre nós, nada merecida.

Final das contas, 2 a 1 Austrália, que vai precisar evoluir muito se quiser passar da primeira fase. O próximo amistoso, na África do Sul, contra a forte Dinamarca, vai ser um ótimo teste. Já a Nova Zelândia, apesar de ter jogado muito acima do que eu esperava, terá motivos de sobra para comemorar se conseguir arrancar um empatezinho de Itália, Paraguai ou Eslovênia no grupo F.

Socceroos x All Whites

Hoje à noite, as seleções de futebol da Austrália e Nova Zelândia fazem o último amistoso antes de embarcarem para a África do Sul. A partida será no Melbourne Cricket Ground, às 19h30, e vai ser a primeira transmissão em 3D da história da televisão australiana (caso não tenha FOXTEL e uma TV HD 3D, confira a programação do seu local pub - estaremos no Robin Hood).

Photo: Vince Caligiuri


Os Socceroos, que já não são uma potência, jogarão desfalcados de alguns dos principais jogadores como o ex-meia do Liverpool Harry Kewell e o centroavante Joshua Kennedy. Já o goleiro Mark Schwarzer e os meias Brett Emerton e Tim Cahill, a estrela do time, são dúvidas. Mas eles devem passar pelos All Whites, que são muito menos potência ainda.

A Austrália vai para a sua terceira Copa do Mundo (1974 e 2006), enquanto a Nova Zelândia para a segunda (1982). Ambas já enfrentaram o Brasil na competição. A Nova Zelândia, em 1982, perdeu por 4 a 0 (gols de Zico <2>, Falcão e Serginho Chulapa), e a Austrália, na última edição, foi derrotada por 2 a 0 (gols de Adriano e Fred).

A Austrália ainda fará dois amistosos antes da estreia contra a Alemanha, em 14 de junho, pelo grupo D. O primeiro diante da Dinamarca, em 2 de junho, e na sequência contra os Estados Unidos, em 6 de junho.

O provável time titular para a Copa é: Schwarzer (Fulham), Chipperfield (Basel), Neill (Galatasaray), Moore e Wilkshire (Dinamo Moskva); Grella (Blackburn Rovers), Culina (Gold Coast United), Emerton (Blackburn Rovers), Cahill (Everton) e Kewell (Galatasaray); e Kennedy (Nagoya Grampus). O técnico holandês Pim Verbeek joga no 4-2-3-1, com 4 jogadores na defesa, dois volantes, três meias de ligação e um atacante.

Além da Alemanha, também estão no grupo Sérvia e Gana.

A pergunta que não quer se calar é: irão os All Whites fazer o tradicional hacka antes do jogo?

domingo, 23 de maio de 2010

Dica de leitura: 15 Days In June

Galera, não dói, não mata e não tem contra-indicação.



Há pouco mais de 15 dias do início da Copa do Mundo (sou jornalista, não sei fazer a conta exata de quantos faltam), segue uma ótima dica de leitura:

15 Days In June: How Australia Became a Football Nation (Hardie Grant Books)

Nesse livro, o jornalista especializado em futebol Jesse Fink conta sua experiência acompanhando os quatro jogos da seleção australiana na Alemanha, durante a Copa do Mundo de 2006.

Jesse detalha cada partida e os bastidores, incluindo a derrota para o Brasil por 2 a 0 e a sofrida eliminação para a Itália, nas oitavas-de-final, quando os futuros campeões venceram no último lance do jogo em um pênati mais do que mandrake.



Jesse vai além e retoma a dura classificação para essa Copa, em novembro de 2005, quando os Socceroos conquistaram a vaga nos pênaltis batendo o meu Uruguai, em Sydney. Feito histórico, já que não participavam de um Mundial desde 1974.



Ele também mostra a resistência no país em relação ao soccer, os avanços conquistados nessa área (principalmente com o desempenho na última Copa) e os interesses por trás da mudança da Football Federation Australia para a Asian Football Confederation, ocorrida em primeiro de janeiro de 2006, que transformou a Austrália em um país asiático no mapa-mundi do futebol.

No final tem uma relação bem bacana com todos os jogadores que passaram pela seleção australiana desde 1922, incluindo o nosso grande Agenor Muniz (abração, mestre!).

O livro está à venda nas principais livrarias e pode ser encontrado e retirado gratuitamente nas bibliotecas públicas.

Aproveitem sem moderação!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Risoto com redução de... (preço)

Aqui na Austrália é assim. Em certos horários, você sempre encontra produtos com preços reduzidos (e ainda frescos, claro). Isso ocorre principalmente à noite, mas é possível achar a qualquer hora.



Após uma degustação monstra de Pinot Noir na terça (pra eu falar monstra, podem ter certeza, foi), e uma excelente noite na quarta ao som do Abuka Trio, ontem, a única coisa que eu queria era ficar em casa. E, já terminado todos os textos do dia por volta das 17h47, por que não preparar um jantar um pouco mais, digamos, princeso?

Abri o armário da cozinha (o meu) para ver o que tinha. A cena não era das mais animadoras: café Pilão, pão de fôrma no final, arroz, chás, Vegemite (si, me gusta), Weet-Bix (o cereal matinal oficial dos Socceroos) e meio pacote de arroz arbório, o que foi uma luz no fim do túnel. Peguei.



Tendo um potencial risoto em mãos, a grande questão era: do quê?

Abri a geladeira e a situação também não estava nada animadora. Sendo hoje o dia de receber, ela não apresentava muita opção além do trivial do dia-a-dia. Abri o freezer. Ops, outra luz. Cinco duplas de chorizo do meu supplier oficial, a Barbiecrew. Passei a ter um potencial risoto de chorizo. Mais! Como havia feito a outra metade do arbório há uns dias, sobraram dois containers com o stock, o famoso caldo. Ou seja, praticamente o goleiro, a zaga e o centroavante. Faltava apenas o meio-cancha para dar a liga. E é aí que entra em campo o supermercado com preços reduzidos.

Subi para Bondi Junction como um franco atirador. A ideia era simples: achar alguma delicinha que desse liga gastando o menos possível. Afinal, na volta para casa teria uma parada estratégica em um bottle shop.

Tendo o chorizo como atacante, arisco, nervoso, precisava de um meio-cancha mais técnico, classudo, que cadencie o jogo, desses jaquetas 10 que não se têm mais atualmente. Bem, o Corinthians tem, o Danilo, mas o Mano não sabe usá-lo. Enfim, fui direto para os queijos, pois estava com a sensação de que era ali que eu acharia a peça que faltava. E não deu outra!

Na Austrália, temos o gorgonzola, mas é muito mais comum encontrarmos o blue cheese. É ele que usamos para subtituir o gorgô. Já o brie é o brie. Eu não misturaria um gorgonzola com um chorizo, principalmente tratando-se de um risoto, mas quando vi um blue brie, achei interessante. O brie por si só seria perfeito, daria aquela liga para o chorizo, bem ao estilo Danilo, mas o brie puxado para o blue, que eu nunca tinha visto, me pareceu uma espécie de Zidane, que além de distribuir o jogo, chega com tudo no ataque e ainda faz golaços. Levei!



No caminho, comprei o Shiraz/Grenache Art Series 2008 do nosso amigo Peter Lehmann, ícone do vinho australiano, especialmente na região do Barossa. O Shiraz pensando no chorizo e a Granache pra harmonizar com o queijo. Essa linha, a $11.60, é uma das mais em conta, mas sabia que era boa pois, sendo um ótimo produtor, a chance de errar é bem pequena.



O risoto não teve mistério. Apesar da foto horrorosa, fiz do jeito de sempre, a combinação do chorizo com o blue brie ficou perfeita, o vinho estava redondo enquanto eu cozinhava, mas depois ficou um pouco abaixo, pois faltou estrutura para segurar o chorizo e, principalmente, o cayenne pepper.



Sim, meus amigos, o meu armário estava vazio, porém, o armário coletivo aqui do Château Elle Macpherson mais parecia a Ilha das Molucas, de tanta especiaria. A princípio eu queria usar um açafrão-da-terra, mas na falta, sapequei o tal do cayanne, que nem sei o equivalente em português, mas levantou ainda mais o sabor da comida, sobrecarregando o vinho.

Sem problema! A botella já estava quase no fim, pois também havia usado para redução do arbório. Porém, a grande redução da noite foi mesmo a do blue brie, no caso, redução de 33% do valor, custando apenas $2.94 (e ainda bem fresco).



E tudo ao som da minha amiga Carlotta Centanni, gata italiana de voz potente e entusiasta da música brasileira que me presenteou com seu belo CD, Respiro. Salute!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Só pra confirmar - Go Socceroos!

A vaga para a Copa do Mundo de 2010 na África do Sul já estava garantida, e com a vitória (de virada) por 2 a 1 contra o Japão, agora a pouco, em Melbourne, a seleção australiana confirmou a primeira colocação no grupo 1 asiático (sim, estamos na Oceania mas disputamos na Ásia - coisas do terceiro continente à sua escolha).



Os dois gols australianos foram marcados por Tim Cahill (o da jaqueta 4 fazendo careta), meio-campista do Everton que na Copa de 2006 havia feito outros dois gols contra o mesmo Japão na estréia das duas seleções. Já o gol japonês foi marcado pelo brasileiro Tulio Tanaka (sim, ele nasceu no Brasil mas joga pelo Japão - coisa do continente azul claro acima do terceiro à sua escolha).

domingo, 7 de junho de 2009

Estamos na Copa!



Com um zero a zero mirrado frente ao Catar, em Doha, os Socceroos, como é conhecido o escrete australiano de futebol, conquistou uma vaga para a Copa do Mundo do ano que vem, na África do Sul.



Mesmo tendo ainda dois jogos pela frente, contra Bahrain e Japão, a Austrália é a primeira seleção a se classificar. Se não forem roubados novamente, como foram na Copa da Alemanha contra a Itália, acho que podem surpreender e chegar até uma semi.



Para comemorar a classificação, nada melhor do que Kid Mac, o australiano filho de brasileiros que está fazendo um Hip Hop da melhor qualidade. Sábado passado ele abriu o show do Marcelo D2 em Sydney e mandou muito bem. E neste sexta, começando o feriadão da rainha, Kid Mac se apresentou no Beach Road, um dos meus pubs preferidos da cidade, e quebrou absolutamente tudo.



Com ótima presença de palco, grande empatia com o público e excelente repertório, Macário de Souza, o Kid Mac, mostrou mais uma vez que tem tudo pra ir longe. Focado na música e no cinema (ele é co-diretor do documentário Bra Boyz), o homem tem um futuro artístico promissor. E tenho certeza de que ainda fará sucesso no Brasil.



As fotos do Kid Mac foram tiradas pelo meu chapa Eduardo Castro, gaúcho que resume bem o espírito dos brasileiros na Austrália. Eduardo é surfista, ama pegar ondas e fotografá-las. Mas viver só disso não é fácil (e por aqui não dá visto). A solução então foi partir pra cozinha, outra grande paixão.
Eduardo fez curso de chef na Austrália, e hoje, além de pegar onda, ele também cozinha e está se especializando em fotografar pratos, o que não é fácil. É ele quem clica os pratos da seção de gastronomia para qual escrevo na Radar Magazine. Outros trabalhos podem ser encontrados no site http://www.coastalwatch.com/gallery/galleryImages.aspx?Page=1.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Quase lá! (Ah, e antes que yo me esqueça...)



Com gols de Josh Kennedy e Harry Kewell, ontem à noite, em Sydney, a Austrália bateu o Uzbequistão por 2 a 0, praticamente garantido a vaga para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. A seleção só não carimbou o passaporte porque o Bahrein venceu o Catar por 1 a 0 (se tivessem empatado, a Austrália seria a primeira seleção do planeta a se classificar). Agora, os Socceroos - como são conhecidos - só precisam de um empatezinho nos próximos 3 jogos (sendo que 2 são em casa).

Mas vocês, que passaram boa parte dos anos 1980 debruçados em um tabuleiro de Wars, devem estar se perguntando: por que diabos a Austrália está jogando contra Uzbequistão, Bahrein e Catar, se o país fica na Oceania – o terceiro continente à sua escolha? Onde estão Sumatra, Bornéo e Papua-Nova Guiné?



O fato é que o futebol na Oceania é tão fraco, mas tão fraco, que a Austrália optou por se desligar da confederação local e passar para a asiática, pois cansou de golear Tonga, Samoa e Ilhas Cook por 10 a 0, e depois apanhar de times não tão medíocres. Disputando torneios mais fortes (ou menos fracos), o nível da seleção tende a subir.



Mas, na verdade, absolutamente nada disso importa, se do outro lado do mundo, nossos queridos hermanos sobem para La Paz e tomam de 6 da Bolívia, cujo principal atacante é o grosso do Marcelo Moreno, que passou pelo Vitória da Bahia e não chegava aos pés do glorioso Itacaré, o nosso centroavante (leia texto sobre o Itacaré) que ficava injustamente no banco.

Antes que eu me esqueça:

Choooooooooorassss, boludos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!