quarta-feira, 18 de junho de 2008

Mudança de Château



Após 9 meses morando no Château Las Palomas, em Coogee, com a minha irmã e outras flatmates que por lá passaram – entre elas Aline Brognoli, a melhor flatmate do mundo; e Ciara e Cara, respectivamente irlandesa e escocesa que, acreditem, bebem mais do que eu – mudei de chateâu.



Desde maio estou no Château Lecon, na incrível North Bondi, em frente a um campo de golfe onde o vento literalmente sobe do mar, faz a curva, passa pelos buracos sete, douze e quatorze e congela absolutamente tudo o que tem pela frente, incluindo narinas, orelhas e formas orgânicas redondas provenientes das partes baixas.



A nova vida no Château é fácil. Fácil porque moro com o meu amigo de mais de década e meia Alexandre “Lecão” Rubial; com Filippo Latella, o único italiano overseas que torce para o Torino; e porque nossa Carta Magna é regida por um simples artigo: sem vinho, não entra.



É verdade! Os amigos, conhecidos e convivas em geral que querem entrar, podem trazer cerveja, vodka, tequila, o que for, mas sem uma botejinha, não passam da porta (eno-tolerância zero, apesar de que sempre tem uns que ludibriam a Imigração e cruzam a fronteira desprovidos de boteja)!

Bem, para celebrar a primeira semana no novo château, fizemos um jantar. A idéia era uma noite romântica: eu, minha ex-namorada eslovaca de um dia, mais Alê e a namorada Mari Garotinha. Mas tivemos alguns problemas. Primeiro: o telefone do Alê não pára de tocar. Segundo: todos que ligavam automaticamente descobriam a senha para entrar no Chatêau.

Assim, o que era para ser um nhoque romântico com poucas botejas, tornou-se a I Festa Anual do Nhoque de North Bondi, com direito a 13 pessoas, 17 vinhos, uma caixa e meia de cerveja (daquelas grandes de 32 garrafas), violão e batucada a partir da meia-noite comandada pelo Mestre Cadinho, assalto aos chocolates do flatmate italiano que trabalha na Ferrero Rocher, assassinato da planta de dois anos do flatmate italiano que trabalha na Ferrero Rocher e uma ex-namorada eslovaca de um dia.



Ou seja, tecnicamente não foi um bom começo, mas em termos de diversão, não poderia ter sido melhor. Por isso, se você quiser nos visitar, seja bem-vindo (a). Já tivemos grandes presenças por aqui e o Château está quase sempre aberto para todos. Mas, por favor, nem pense em nos visitar sem uma botejinha.


Em caso de real esquecimento, na chapa acima temos a bottle shop mais perto de casa e, na chapa abaixo, o ponto final de diversos ônibus que páram na frente. Não tem erro, não dói e não me venha com desculpas.

Um brinde ao Château!

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