sexta-feira, 18 de abril de 2008

Eu odeio dança



Aviso importante: se você gosta de dança, não perca tempo lendo este texto. Mas se você, assim como eu, não suporta ver um monte de gente feliz fazendo careta enquanto pula de um lado para o outro, vá em frente.

Esta tarde, cobrindo a minha irmã no trabalho, fiz um trampo diferente: baby sitter. É verdade! Eu, que não sou muito chegado em animais domésticos, relacionamentos duradouros e frutos de relacionamentos duradouros, volta e meia tomo conta de um casal de pimpolhos de 6 e 8 anos, além de um gato pervertido que fica se esfregando no meu pé.

Como estamos em época de férias escolares, levei-os ao cinema. A idéia inicial era assistir ao filme Spiderwick, uma aventura infanto-juvenil criada a partir de uma viagem alucinógena de um adulto mal resolvido com o tio-avô – espécie de versão século XXI do clássico oitentista História Sem Fim. Ou seja, nada mal para uma tarde de quinta-feira; e bem melhor do que se fôssemos assistir à Xuxa em Sonho de Menina ou Turma do Didi em Sonho de Menino.



Mas, infelizmente, alegria de estudante internacional na Austrália dura pouco. Quando entramos na fila, notei que a próxima sessão só começaria às 16:45 (eram duas da tarde). O jeito então foi achar outro filme com programação livre. E aí iniciou o meu pesadelo vespertino. O próximo começaria em 20 minutos e atendia por Step Up 2: The Streets. Eu nunca ouvira falar. Pior: nem sabia que outrora alguém lançou Step Up. Mas não tive opção.

Com os tickets, refrigerantes e baú de pipoca na mão, perguntei sobre o que se tratava. Resposta: dance. Gelei! Perguntei mais uma vez, já que poderia ter sido uma falha de entendimento do meu inglês. A resposta foi a mesma e, automaticamente, 4 pedaços de pipoca entalaram na minha garganta. É verdade que eu estava sendo pago para aquilo, mas filme de dança não dá. Já não suporto musicais – não há nada mais detestável do que ver um ator dialogando com outro e, sem mais nem menos, ele começa a cantar e dançar, o outro o acompanha, de repente todos na cena fazem o mesmo e, quando nos damos conta, vemos um monte de gente feliz fazendo careta. In-su-por-tá-vel! Salvo raríssimas exceções como Hair e Moulin Rouge, o resto não dá.



O tal do Step Up 2 não era um musical propriamente dito, mas um filme adolescente sobre dança de rua. Isso mesmo! Dança de rua nos Estados Unidos. A quantidade de adolescentes usando bonés e fazendo careta enquanto dançavam era impressionante. O complexo enredo se desenvolveu mais ou menos assim: de um lado tínhamos jovens de origem humilde (e boné) que dançavam nas ruas. Do outro, jovens (de boné) que estudavam numa escola de dança. No meio, uma pentelha rebelde da turma da rua que conseguiu uma vaga na escola. Inicialmente, ela era vista com desconfiança (e sempre de boné, claro), mas depois inverteu a situação e ganhou o respeito de todos, ao mesmo tempo em que se distanciou da antiga turma, agora seus rivais. Coisa original. E o pior é que eu nem podia dormir pois tinha que ficar de olho nas crianças.

Duas lentas horas depois, não sei como, sobrevivi! À noite, quando a mãe das crianças chegou e perguntou como foi o filme, eles responderam empolgados: OH, IT WAS SO COOL! Para não decepcioná-los, também disse o mesmo (bem, quase o mesmo): OH, UM COOL!

4 comentários:

Junior Gonella disse...

Uuuuuu garotinho !!!

Adoro filmes de danças (principalmente os hip-hops americanos). Manda pra mim o nome em Português se é que já saiu aqui.

Dá uma sapiada na minha coleção já apreciadas por mim:

- No balanço do amor
- Se ela dança eu danço
- Ritmo Quente

Vem comigo Amigón !!!

E mais:

- Xanadú
- Footlose
- Flashdance
- Dirty Dancing

Agora, aguentar um Angorá ou um Persa roçando no meu calcanhar ia ser bica pra tudo quanto é lado.

Abrasssssssss, Din

Anônimo disse...

a dança é a ignorância expressiva da mente, no corpo claro!rs...
odeio dança, musicais, dança dos famosos rsrs! enfim, sem preconceito, apenas uma opinião isolada.

spartacus7377@hotmail.com disse...

Dança é a expressão ignorante da mente no corpo! primitivo etc. bom, uma opnião isolada... talvez, mais sincera e sem preconceito.

Anônimo disse...
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