quarta-feira, 8 de junho de 2011

Censo 2011 - Brasileiros na Austrália

Quantos brasileiros vivem na Austrália?

Sempre achei que fôssemos entre 16 e 20 mil, incluindo residentes permanentes, temporários, estudantes, turistas, engenheiros e ilegais, até que uma amiga das antigas garantiu que chegavávamos a 30 mil. Achei muito! Já me falaram também que residentes permanentes não passam de 5 mil.

Acredito que, no total, temos aproximadamente 17.892 (ops, 17.898, já que recentemente chegaram a Gabi, o Francisco, o Jan-Antônio, o Enzo, o Bambam e a Yana), mas o fato é que talvez nem o governo australiano saiba ao certo, no máximo tenha uma boa ideia com base na quantidade de pousos e decolagens aqui na ilha.

Mas isso pode mudar.

Em 9 de agosto, a Austrália fará o Censo 2011, que obrigatoriamente deverá ser respondido por todas as pessoas que se encontrarem no país nesta noite, incluindo quem estiver em hospitais, hotéis, acampando ou mesmo em viagem de negócios de apenas um dia.

Mas porque cargas d'água devemos participar do Censo?

Primeiro porque querendo ou não, somos estatística, vivemos aqui, trabalhamos, estudamos, enfim, independentemente do caso, estamos na Austrália.

Segundo porque pode ser uma boa oportunidade para começarmos a ter um pouco mais de reconhecimento e representatividade, pois comparados a outras nacionalidades, nossa força é pífia.

Por que?

1. Somos em pouco número (será?).
2. Não temos uma comunidade organizada.

Mas como disse acima, isso pode mudar!

Uma vez que soubermos quantos somos e termos ideia do nosso tamanho, isso pode nos dar um impulso em termos de comunidade, ao mesmo tempo em que fortalece a nossa representatividade diante dos governos australiano e brasileiro. E a partir daí, quem sabe a gente possa ser uma comunidade de verdade, unida, coesa, com cada vez mais voz e recebendo mais serviços, fundos e programas.

Temos um núcleo em português na rádio SBS, um programa semanal de música brasileira na Eastside FM, um evento mensal cult de cinema em Melbourne, um festival anual de cinema, outro que marca o Brazilian Day, temos duas revistas, uma escola de capoeira que proporciona visto, outra que alfabetiza crianças em inglês-português, temos brasileiros fazendo gols todo domingo há quase 40 anos, temos um mega carnaval, nomes consagrados da música vindo todo ano, inúmeros talentos seja na música, nas artes em geral e em vários outros setores, já demostramos que somos solidários e fazemos a coisa acontecer quando brasileiros como o Leandro e o Dione precisam, mas ainda podemos muito mais!

Para participar do Censo

Basta preencher o formulário que os funcionários do Censo começarão a distribuir em todas as residências, a partir de 29 de julho. Se preferir, você pode preencher online através do eCensus com o número do seu formulário.

O sistema é fácil, seguro, rápido e mantém todas as informações confidenciais. Se usar o eCensus, os funcionários não voltarão à sua casa. Se preencher os formulários de papel, eles irão coletá-los a partir de 10 de agosto.

Mesmo quem estiver somente de passagem ou indo embora em definitivo, dê essa forcinha para os que ficam. Com raríssimas exceções, nossa imigração pra cá não tem mais de 40 anos, portanto, ainda somos jovens e temos tempo para nos organizarmos e nos tornarmos gente grande na sociedade australiana.

Curtiu o post? Dê um like no Facebook!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Samba Cine Club e Sydney Film Festival

Austrália multicultural? Sim! Mas é recente, a exemplo da própria idade da Austrália-britânica. A mistura que aqui ainda está acontecendo, no Brasil já foi feita há tempos. E não pára!


Lá, o processo migratório foi acelerado e o mosaico aumentado no início do século XX com a I Guerra Mundial e a chegada, entre outros, de japoneses, italianos e alemães.

Esses três povos, que colocaram a mão na massa e começaram a mudar a cara da população no Brasil, subitamente viraram inimigos durante a II Grande Guerra, foram perseguidos e até confinados em campos de concentração no país.


Um pouco dessa história será exibida na próxima sexta, em Melbourne, claro, durante o Samba Cine Club, com o filme Cinema, Aspirinas e Urubus (Cinema, Aspirins and Vultures), de Marcelo Gomes. Filmaço!

O Samba Cine acontece no 1000£Bend (361 Lt Lonsdale St), haverá diversas atrações como música ao vivo e performances e a entrada custa somente $10. Para mais informações, clique aqui.


Já que o assunto é cinema brasileiro e amanhã começa o Sydney Film Festival, que vai até 19 de junho, anotem aí!

Dias 13 e 16 de junho tem exibição de Tropa de Elite 2 (Elite Squad: The Enemy Within), um dos raros, se não for o único filme na história que a continuação é ainda melhor do que o primeiro - que já era sensacional. Quem ainda não assistiu, vá (ingressos aqui)!


Nos dias 10 e 18 de junho é a vez de Vento (Wind), curta-metragem de Marcio Salem com a atriz Vivianne Pasmanter. A direção de arte parece ser fantástica (ingressos aqui) e o argumento bem interessante - um misto entre avoado e sonhador.



Um filme que não é brasileiro e sim sobre um brasileiro é Senna, documentário britânico sobre o piloto Ayrton... Senna. Ele será exibido somente uma vez, em 19 de junho, dia do fechamento do festival, portanto, é bom correr (sem trocadilhos) para garantir o ingresso (por aqui). Aliás, o mesmo serve para Tropa de Elite 2. Voe!


Curtiu o post? Dê um like no Facebook!

domingo, 5 de junho de 2011

Eu amo Melbourne!

Momentos iPhônicos de 3 dias e meio em Melbourne.






























Dêem uma olhada no gênio!

sábado, 4 de junho de 2011

Garage Sale e Manly Food and Wine Festival

Hoje, depois de passar no garage sale em prol da Dione Schaaf, que acontece até às 16h, em Bondi (50, Glasgow Ave), a dica é atravessar a Sydney Harbour e, a exemplo do Captain John Hunter, em 1788, aportar em Manly.


Garage sale, agora a pouco.

Motivo? Neste sábado e domingo, das 11h30 às 17h, rola o Manly Food and Wine Festival, evento que reúne dezenas de vinícolas de New South Wales, dezenas de barracas de comidas de tudo quanto é país e é simplesmente e-p-e-t-a-c-u-l-a-r.



A entrada é grátis, paga-se somente o que consumir.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Reggae nesta sexta na Austrália e no Brasil

Como diria o Guilherme Infante, pelo amor de Jah!



Lembram do reggae patrocinado pela Ozzy Study que rolava às terças, em Bondi Junction? Ele volta hoje ao Cock n' Bull, onde permanecerá todas as sextas-feiras, a partir das 21h, alternando Ziggy and Wild Drums e Caribbean Soul.

Tudo num esquema fácil, extremamente fácil, pra você e eu e todo mundo fanfarrear juntos, uma vez que a entrada é grátis, o steak custa somente $1 (na compra de um drink) e a cerveja $3 (até às 23h).

Detalhe: a festa vai até às 2 da manhã, o que significa que pode ser tanto a balada em si, quanto um esquenta para depois.


Já no Brasil, a Fibra Entertainment leva o Katchafire, uma das bandas de reggae neozelandesas mais populares entre os brasileiros da Austrália, para se apresentar pela primeira vez no país.

A turnê começa hoje à noite, no Kazebre, Zona Leste de São Paulo, onde a banda toca ao lado de nomes como Bnegão, DJ Negralha e Ponto de Equilibrio (ingressos, aqui).

Palpite: acho que tem tudo para agradar o público no Brasil também (Xixão, vai lá, tu vai gostar!).

A turnê continua nas seguintes cidades:

Sábado, 4 de junho - Ribeirão Preto
Domingo, 5 de junho - Curitiba
Sexta, 10 de junho - Maceió
Sábado, 11 de junho - Recife
Domingo, 12 de junho - Brasília


É o neo-intercâmbio cultural Terceiro continente à sua escolha-Brasil / Brasil-Terceiro continente à sua escolha apenas começando...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Garage Sales "Let's Help Dione" neste sábado

Neste sábado, 4 de junho, é dia de ir às compras por uma ótima causa.

É verdade! Após semanas recebendo doações, chegou a hora de colocar tudo à venda, com preço lá em baixo e objetivo único de arrecadar o máximo de dinheiro para a Dione Schaaf, brasileira que vive em Sydney e está em plena batalha contra o câncer.


O Charity Garage Sales "Let's Help Dione" acontece das 9h às 16h, em Bondi (50, Glasgow Ave).

Quem está organizando é a amiga de longa data Mariana Purchio juntamente com Elisa Midori, Belle Delboni, Luiza Bianquini e Sarah Oliveira (que gentilmente cedeu a casa/garagem), entre outras.

Para saber mais detalhes, conversei com a Mari Purchio:

Você sabe, aproximadamente, quantos produtos receberam?
Não tenho muita ideia de números, mas só aqui em casa são 20 grandes caixas de doacões, separadas por estilos.

O que doaram?
Vestidos, tops femininos, roupas de criança, sapatos, acessórios, livros, bijoux, calças feminina e masculina, dois tapetes grandes, taças de Champagne, um colchão e até um casaco de pele (risos). Estamos fazendo questão de checar todas as doações porque não queremos colocar à venda roupa suja, furada etc.

Ainda é possível doar?
Sei que ainda tem gente querendo doar, mas infelizmente na minha casa não cabe mais nada, então peço para quem quiser, para levar direto no 50, Glasgow Ave, o endereço da garage sale.

Qual será a média de preço?
As roupas não vão exceder $10, casacões de inverno, por exemplo, tops. Calças ficarão entre $5 e $7. É bom mencionar que tem bastante coisa de inverno. E tudo negociável, claro! Quero me desfazer do máximo possível, o que sobrar vou doar pro centro espírita em Kograh que também doou muitas coisas pra gente.

O que vai acontecer se chover no sábado?
Bom, se chover um pouco, vai rolar. Somente se cair o mundo vamos passar para o domingo, no mesmo horário. Mas isso em último caso. Haverá updates no Facebook.

E se a pessoa for até lá e não encontrar nada que interessa? Como ela pode ajudar?
Golden coins! Moedas de $1 e $2 também serão bem-vindas!

Para mais informações, visite a página criada no Facebook para ajudar a Dione. E por favor, se você estiver em Sydney, vá! Avise também os amigos, o vizinho e até o mala do seu flatmate.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Três da redação: Barista no Mc, Caveman de Bondi e AC/DC

Os mais próximos sabem que detesto McDonald's, apesar das evidências contrárias, e se tem algo que nunca engoli (sem trocadilhos, por favor), é aquele café da manhã mandrake que o Ronald oferece.


Num país como a Austrália, com uma cultura quase obsecada por café (o que é maravilhoso), não faz o menor sentido pedir um takeaway no Maccas - como é chamado por aqui.

Se os funcionários mal conseguem atender o público com um sorriso, imagine tirar um cafezinho. Ainda mais no padrão daqui, que é pura arte (no caso de North Bondi, coisa de artisxxta).


Mas agora, após uma enxurrada de reclamações, o Ronald finalmente reconheceu que o café dele é uma porcaria. Mais do que isso, a partir de domingo fará uma gigantesca campanha se desculpando e, pasmem, contratará baristas.

É verdade! Não sei se para todas as lojas, uma vez que são mais de 650 em todo o país, mas sabendo da importância do faturamento matutino, o Mc vai investir no profissional especializado em tirar um café, no mínimo, honesto.

Portanto, se você é barista, se não é mas já fez algum daqueles cursos de sábado, se pretende virar ou se acabou de chegar na Austrália e ainda não sabe o que fazer, fique de olho pois surgirão dezenas, talvez centenas de vagas nas próximas semanas.


Ainda por aqui, Peter James Paul Millhouse, mais conhecido como Caveman de Bondi, não irá a julgamento, depois que a acusação de ataque sexual foi retirada.

Caveman é aquele cara que vivia há pelo menos uma década nas pedras do cliff de Bondi Beach, caminho para Tamarama, com uma das melhores vistas da cidade (praticamente em cima do mar).


Ele levava uma vida pacata cercado por 5 toneladas de lixo, alimentando pássaros, recebendo turistas e brigando contra o Waverley Council, que há anos queria tirá-lo de lá.

Até que em novembro de 2009, durante a Sculpture by the Sea, Peter James Paul Millhouse (nome de lord britânico: Sir Peter James Paul Millhouse) foi acusado de atrair uma visitante para a sua pedra/casa/cafofo e atacá-la sexualmente.

Ontem, porém, ele foi liberado, o que infelizmente não significa que poderá voltar ao cliff, seu habitat natural.

Detalhe: durante os anos de batalha, os moradores de Bondi fizeram diversos abaixo-assinados contra o Council, impedindo que fosse despejado.

Pergunto: com a acusação retirada e a área devolvida, seria ele mais um Mike Tyson, Kobe Bryant ou Julian Assange?


Por último, mas não menos bizarro, a Adventure Bay Charter, operadora de turismo da Eyre Peninsula (já ouviu falar nessa região?), em South Australia, disse que as músicas If You Want Blood e You Shook Me All Night Long do AC/DC têm uma peculiaridade bem especial: atraem o grande tubarão branco mais do que qualquer outra coisa, incluindo aí isca com peixe (e foto do Spielberg).

Se é verdade, não sei, mas que o marketing é bom, é. Você, por exemplo, já ouviu falar na Eyre Peninsula?

Missão cumprida!

Nos próximos posts...
- Tudo sobre o Charity Garage Sale em prol da Dione Schaaf, que acontece neste sábado, em Bondi.
- A volta do Tropical Heat, o reggae de Bondi Junction que agora será às sextas, a partir desta.
- Show do Katchafire, banda de reggae da Nova Zelândia que a Fibra levou para o Brasil e se apresenta também nesta sexta, em São Paulo, juntamente com Bnegão, entre outros.