terça-feira, 22 de junho de 2010

How Far We've Come



Em 26 de janeiro deste ano, Australia Day e férias escolares, eu estava atolado em trabalho. Mal conseguia sair de casa. Paola, amiga que entre suas funções no planeta está a de colocar pessoas em contato, me ligou dizendo que comemoraria o feriado pátrio em Tamarama Beach, pertinho de casa. Falei que dificilmente iria. Passados 5 minutos, fui.

Mesmo com a fanfarra armada no parque da praia, com direito a lona molhada com cerveja para os australianos deslizarem e se arrebentarem, consegui conversar com um casal muito bacana recém-apresentado pela... Paola.

Os dois são mineiros e moram há anos aqui. Eduardo, designer, trabalha com arquitetura, teatro, cinema, ópera e televisão, e vive na Austrália há 15 anos. Fernanda, jornalista e coordenadora de produção da SBS Online, mora há 6. Falamos bastante, trocamos emails, telefones e não perdemos mais contato.


No The Pitanga Project I, conversando com o chef.

Seis meses se passaram e hoje o post é da Fernanda, que ontem lançou um importante e maravilhoso projeto online, desses que mudam paradigmas.

O nome é How Far We've Come e traz histórias de refugiados que vieram para a Austrália nas últimas décadas. De pintor chinês que se sentia um refugiado mental diante do regime político de seu país a habitante de Kosovo fugindo da guerra civil do final dos anos 1990, tem um pouco de tudo.

Este é o primeiro trabalho produzido pela Fernanda na SBS. Ela concebeu a ideia, viabilizou o projeto, orquestrou uma grande equipe e trabalhou na finalização, passando boa parte do tempo abrindo caixas de arquivos da emissora, revirando gavetas empoeiradas e conversando com os funcionários mais antigos na tentativa de localizar os arquivos certos sobre o tema produzidos nos últimos 25 anos pela emissora.



Quando encontrava alguma pista, precisava achar a pessoa. Aí era ligar para o clube uruguaio e perguntar se eles sabiam de algum tal de Juan. Obviamente, eles conheciam 874 Juans, mas até chegar no que estavam procurando, haja portunhol e spanglish.

Na universidade, uma das razões que a motivou a escolher o jornalismo foi a possibilidade de trabalhar com questões humanitárias e lidar com direitos humanos, o que ela acaba de fazer em How Far We've Come.

A questão dos refugiados é muito séria em todo o mundo. O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado trouxe o problema no início dos anos 2000 com o impactante The Children: Refugees and Migrants. Lembro que vi a exposição em São Paulo e saí atordoado.



Por aqui, o tema é polêmico e muitas vezes abordado de maneira distorcida, já que o governo australiano oferece proteção para refugiados através de programas humanitários. Os termos asylum seekers, refugees e illegal immigrant muitas vezes são colocados no mesmo saco, o que é um grande erro. Esta página do projeto é bastante esclarecedora: http://www.sbs.com.au/refugees/myths.html

Estamos na Semana do Refugiado (20 a 26 de junho), portanto, hora certa para tomarmos conhecimento do assunto. Ainda mais com How FarWe've Come, que está lindo e trazendo histórias de cortar o coração. Segundo a própria Fernanda:

"Ninguém é refugiado, a pessoa passa a ser."

Well done Fê!


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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Fabuloso desencanta

Clique aqui para ler texto sobre Brasil 3 x 1 Costa do Marfim que publiquei no site da Radar Magazine.

E, Fernando Jatobá, parabéns, champ! O senhor acertou o resultado em cheio no bolão da SBS e faturou este belíssimo óculos comprado pelo nosso âncora, Rafael Aiolfi, em alguma loja de grife de Porto Alegre.



I-RA-DO!!!

sábado, 19 de junho de 2010

Brasil x Ivory Coast - Fan-farra verde e amarela

Este, sem dúvida, será o maior esquenta de todos os tempos da próxima semana. Antes de mais nada, domingão, 20 de junho, é aniversário da minha irmã Paloma, a mãe dos gêmeos. Parabéns, Pá!

Bem, mas a fanfarra em verde e amarelo (no caso desta, green and gold) começa daqui a pouco, à meia-noite, com Austrália x Gana. É ganhar, ganhar ou, na pior das hipóteses, golear. Se empatar ou perder, aí somente em 2022, em casa.



Passado o aperitivo da madrugada, o esquenta deste domingo começa com a Festa Junina do BraCCA, a mais tradicional destas bandas. A exemplo de 2009, este ano também será no Fraser Park, das 11 às 18h, na sede do clube português (100 Marrickville Road - próximo à Sydenham Station). Vai ser bem bacana, a entrada custa somente $5 e terá muita comida típica (além de drinks e Canarinhos, é claro).



De lá é seguir para o meu novo local pub número 1, o Beach Road, onde o Cultura Bondi trará Samba Groove das 18h às 22h com entrada grátis. Mas é só o começo! O próximo destino? Darling Harbour, onde vocês podem escolher entre as opções fan outdoor ou fan-farra indoor.

A opção fan outdoor é o International Fifa Fun Fest, que desde às 21h30 estará mostrando Eslováquia x Paraguai, à 0h passa para Itália x Nova Zelândia e à 4h30 Brasil-sil-sil x Costa do Marfim (ou Ivory Coast - como eles dizem aqui). Ontem fui lá e vi Alemanha 0 x 1 Sérvia. Está simplesmente sen-sa-cio-nal. Méritos de Joseph Blatter e Flávia Fontes.



Aliás, uma pausa: vocês lembram o que escrevi sobre os "Tambores da África"? Vocês acham que as chances perdidas pela Alemanha e o pênalti pessimamente batido foram coincidências? E o frango do goleiro inglês seguido pelo empate com a Argélia? O que falar de Suíça 1 x 0 Espanha - a favorita? E Itália, França, Portugal... os colonizadores e quem tem acertos de contas históricos estão perdidos!



Voltando: a opção fan-farra indoor será na Home, onde acontece a festa oficial dos brasileiros em Sydney com direito a samba ao vivo, telão, DJ's, enfim, a partir das 23h a festa vai rolar solta e só terminará por volta das 6h30 da segunda-feira, com o apito final seguido de um heróico e retumbante call sick. Um oferecimento Baluart, Fibra e Dunga. Entrada 20 doletas.



Já para os conservadores, a dica é: Pablito na SBS. Isso mesmo! O jogo começa às 4h30, mas a partir das 4h, na Rádio SBS 2, estarei nos estúdios comentando a partida ao lado de Milton Rocha e Rafael Aiolfi, além de Raphael Brasil-sil-sil, que estará congelando em Darling Harbour entrevistando a galera.

A coisa é simples: entramos no ar às 4h, depois passamos para a Rádio Bandeirantes com o grande José Silvério, que transmitirá direto da África, voltamos no intervalo, Silvério narra mais 45 minutos com comentários de Mauro Beting, e retornemos no pós-jogo até às 7 da manhã, ouvindo as coletivas, comentando e tomando quantidades industriais de cafezinho da SBS.

De lá, como bom estudante internacional, sigo para a escola, onde às 9h15 apresentarei um plano de marketing de 15 minutos para uma banca examinadora e, se sobreviver, entro de férias escolares até meados de julho, aumentando a cota de Copa do Mundo e fanfarra. Brasil-sil-sil!


Como o assunto é fan-farra, Vlad ao fundo.

Rádio SBS 2
On digital radio: 97.7FM Sydney, 93.1FM Melbourne, 105.5FM Canberra

Rádio SBS na internet http://www.sbs.com.au/radio/

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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Guia de Vinho para o Inverno (até $25)



É com muita alegria que lanço o I Guia PablitoAustrália de Vinho. Na verdade, não lanço, mas lançamos, já que não estou sozinho, mas com a minha amiga Izabella Rodrigues, sommelier formada pela ABS-RJ, e os parceiros All Tax (a minha empresa de contabilidade, remessa de dinheiro e consultoria em imigração) e Braza (a melhor churrascaria brasileira de Sydney).

A ideia é simples: vinhos voltados para o brasileiro tomar no inverno australiano. Para isso, levamos 3 aspectos em consideração: valor, facilidade de compra e categorias.

O valor, mais do que ser acessível, é ter qualidade por um bom preço, sendo muitos destes vinhos grandes barganhas. Pra isso, estipulamos o teto de $25 e fomos atrás. Pode ter certeza, dificilmente você vai se arrepender comprando algum destes vinhos. Claro, pode ser que não goste, pois vinho é algo absolutamente subjetivo e pessoal, mas pelo que pagou, não será nenhum sofrimento e provavelmente alguém que esteja com você gostará.

Facilidade de compra leia-se disponilidade. A maioria dos vinhos está à venda nas grandes redes como Dan Murphy's e Vintage Cellars, que estão espalhadas por toda a Austrália. Muitos deles também podem ser encontrados em bottle shops menores, sejam de bairro ou localizados ao lado de supermercados.

O grande diferencial deste Guia são as categorias. Criamos 4 categorias subdivididas em 5 subcategorias, num total de 40 vinhos. Para cada subcategoria, descrevemos um vinho e apontamos um segundo como opção. Todas a categorias e sub foram totalmente pensadas no brasileiro que vive na Austrália, levando em conta não só o nosso cotidiano por aqui, como também o nosso background de vinho, ou seja, o que fazíamos e tomávamos no Brasil.

Até o final do inverno, trabalharemos o Guia no blog trazendo informações extras, dicas, receitas para harmonizar e textos adicionais. Caso queira mandar sugestões, comentários ou tirar dúvidas, fique à vontade para escrever (pablonacer@terra.com.br). Talvez eu demore um pouco, mas responderei.

Para quem está no Brasil, alguns destes vinhos estão disponíveis no mercado, mas com preços bem salgados. Dificilmente valem o que cobram, devido à distância e, principalmente, aos impostos. Mas é bom para se familiarizar um pouco com produtores, rótulos e o que se faz por aqui.

Para ver os vinhos, clique abaixo em cada categoria, subcategoria ou então diretamente na relação das botejas. Espero que seja útil.

Bom inverno e vamos bebendo!

Categoria 1
Para bebericar (em casa) clique

Subcategorias
- A taça da saúde
- Enquanto cozinha
- Para esquentar
- Para ler e ouvir
- Para esquecer de tudo

Categoria 2
Para socializar (com os amigos) clique

Subcategorias
- Segunda a quinta à noite
- Sexta à noite
- Sábado à tarde
- Sábado à noite
- Domingão

Categoria 3
Para namorar clique

Subcategorias
- Antes do 1º beijo
- De dia
- Filminho e sofá
- Jantar no restaurante BYO
- A noite

Categoria 4
Para harmonizar (com comida) clique

Subcategorias
- Fondue
- Churrasco
- Queijo e vinho
- Comida japonesa
- Comida italiana

Relação dos vinhos (Top 20)

Cono Sur Organic Cabernet/Carmenere 2008 CHI até $15 clique
Bons Ventos Casa Santos Lima Portugal 2008 POR até $10 clique
Grant Burge Merlot 2008 até $20 clique
Oyster Bay Pinot Noir 2008 NZ até $20 clique
Ingoldby Mclaren Valley Cabernet Sauvignon SA até $15 clique

McWilliam's Essenze Sauvignon Blanc 2009 NZ até $20 clique
Brown Brothers Tempranillo 2006 até $20 clique
Leo Buring Eden Valley Riesling 2008 SA até $25 clique
d’Arenberg The Stump Jump Grenache Shiraz Mourvedre 2008 até $15 clique
Mad Fish Gold Turtle Chardonnay 2007 até $25 clique

Cape Mentelle Sauvignon/Semillon 2009 até $20 clique
La Vieille Ferme Rosé 2009 FRA até $20 clique
Rymill MC2 Merlot/Cabernet Sauvignon/Cabernet Franc 2005 de $15 clique
Jamiesons Run Limestone Coast Cabernet Sauvignon SA até $15 clique
Segura Viudas Brut Vintage Cava ESP até $20 clique

Montes Limited Selection Cabernet Sauvignon Carmenere 2008 CHI até $20 clique
Norton Malbec 2009 ARG até $20 clique
Orlando Liqueur Tawny 2006 até $15 clique
Orlando Trilogy Brut até $15 clique
Romitorio Morellino Di Scansano ITA até $25 clique

Preços aproximados, pois podem variar de loja para loja.

Legendas
Austrália
NSW - New South Wales
SA - South Australia
TAS - Tasmania
VIC - Victoria
WA - Western Australia

Importados
ARG - Argentina
CHI - Chile
ESP - Espanha
FRA - França
ITA - Itália
POR - Portugal
NZL - Nova Zelândia

Guia de Vinho (Categoria 1 - Para Bebericar)


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Categoria 1
Para bebericar (em casa)

A taça da saúde
Vinho tinto leve, de preferência orgânico, discreto mas com presença. Se for branco, que tenha algo mais floral, como os feitos com a uva branca Gewurztraminer.

Cono Sur Organic Cabernet/Carmenere (CHI) $13



Quem nunca ouviu que uma taça de vinho por dia faz bem à saúde? Então imagine uma garrafa! Brincadeiras à parte, este chileno tinto, o famoso orgânico da bicicleta, é um corte de Cabernet Sauvignon com Carmenere que traz compota e pimentão verde. Por ser orgânico, feito sem conservantes e agrotóxicos, requer mais cuidado no plantio da uva e na fermentação do que o habitual, por isso em geral são mais caros. Mas a $13, é bebericar uma tacinha e até pedir reembolso do Medibank.

Opção: Pipers Brook Gewurztraminer 2008 $24

Enquanto cozinha
Vinho não muito encorpado para ser tomado enquanto cozinha e usado no preparo. Pode ser tanto um branco como um tinto, depende do que estiver cozinhando.

Bons Ventos Casa Santos Lima (POR) 2008 $10



De cara, compota e aquele aroma de toffee de caramelo (lembram da balinha?). Um tinto não tão encorpado, mas redondo. Na boca, algumas notas de frutas vermelhas bem maduras. Para tomar enquanto cozinha, é perfeito, pois não traz muita informação, ao mesmo tempo em que é prazeroso. Ou seja, você não vai errar no vinho nem na receita. É como se estivesse cozinhando acompanhado daquela sua tia portuguesa que você nunca conheceu mas sempre ouviu falar. Pelo preço, vale dividir uma caixinha de 6 ou 12 com os amigos que o preço cai para $7 a $8 por garrafa.

Opção: Moondah Brook Verdelho 2008 $16

Para esquentar
Nessas noites cada vez mais frias, nada melhor do que um Merlot para esquentar sem pesar no bolso e que pode ser tomado sozinho ou com comida.

Grant Burge Merlot 2008 $17



Se você está começando uma adeguinha na sua casa, compre dois deste tinto. Um para tomar agora e outro para daqui a um ano. Você verá que no próximo inverno estará ainda melhor, o que não significa que neste não está bom. Com corpo de sobra para envelhecer mais um pouco, mas não pesado, este Merlot pede comida e traz um perfume delicado de ameixa. É acima da média.

Opção: Logan Weemala Merlot 2007 $20

Para ler e ouvir
Vinho leve mas que traga alguma informação e certa complexidade, não para competir com a música ou o livro, mas justamente para elevar o espírito com eles. Vá de Pinot Noir!

Oyster Bay Pinot Noir 2008 $19



Não abra este vinho e sirva imediatamente. Ao abrir, deixe-o respirar por pelo menos 20 minutos. No mínimo. Aí sim, beba! Quando aproximar a taça do nariz, sentirá a turma toda do Pinot Noir, incluindo aromas delicados, muita flor, madeira e toffee. Tinto elegante, com bom corpo e equilibrado, o Oyster Bay é um dos neozelandeses mais famosos e fáceis de serem encontrados por aqui.

Opção: De Bortoli Gulf Station Pinot Noir 2009 $16

Para esquecer de tudo
Uma bomba. Tinto encorpado com as tintas Shiraz ou Cabernet Sauvignon para aqueles dias difíceis. É tomá-lo em casa para esquecer do chefe, namorada (o), flatmate, trabalho, escola, homesick ou o que quer que seja.

Ingoldby Mclaren Valley Cabernet Sauvignon $11



Se você quer saber do que se trata um Cabernet Sauvignon da Austrália, este é um bom começo. Muito encorpado, equilibradíssimo, com berries escuras e um pimentão verde, é um exemplar típico que, para aqueles dias em que nada deu certo, vai fazer a alegria (ou derrubar de vez) com a promessa de que você amanhecerá melhor. Pelo preço: ca-ber-ne-za-ço!

Opção: Brokenwood Shiraz Barossa Valley,McLaren Vale 2007 $21

Categoria 2 - Para socializar (com os amigos)
clique
Categoria 3 - Para namorar clique
Categoria 4 - Para harmonizar (com comida) clique

Guia de Vinho (Categoria 2 - Para Socializar)


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Categoria 2
Para socializar (com os amigos)

Segunda a quinta à noite
Vinho leve, frutado e descontraído, afinal, amanhã é dia de labuta ou escola. Sauvignon Blanc da Nova Zelândia, em especial da região de Marlborough, ou da Tasmânia.

McWilliam's Essenze Sauvignon Blanc 2009 NZ $19



No nariz, uma explosão de maracujá, típica dos Sauvignons da Nova Zelândia, que depois se transforma em aspargos, também característicos dos Sauvignons kiwis. Durante a evolução do maracujá para os aspargos, vem um forte aroma de, digamos, ônibus lotado no Brasil às 6 da tarde, o que significa “cecê”. Isso mesmo! No mundo dos vinhos, alguns aromas desagradáveis do dia-a-dia como esterco de vaca e pêlo de cavalo, não apenas são comuns, como também são muito contemplados. Seguindo a linha dos sauvignons kiwis, este é leve, cítrico, refrescante, tem acidez bem agradável e um equilíbrio fantástico. Pelo preço... bar-ga-nha!

Opção: Ninth Island Sauvignon Blanc 2009 $17

Sexta à noite
Um tinto diferente, para de certa forma surpreender aonde quer que você vá. Por isso, indicamos uvas não muito usuais por aqui como Tempranillo e Carmenere, a uva símbolo do Chile.

Brown Brothers Tempranillo 2006 $19



Violeta no nariz, seguido por um defumado. Na boca mantém os dois e ainda traz café. Numa degustação às cegas, jamais falaria que é um Tempranillo, uva típica da região do Rioja, na Espanha. Mas a Brown Brothers vem produzindo vinhos com essa casta há alguns anos e está cada vez melhor. Um espanhol, provavelmente, não vai gostar. Mas como você é brasileiro, aproveite!

Opção: Casillero del Diablo Carmenere (CHI) $15

Sábado à tarde
Sábado à tarde é dia de rei. Ou rainha! Portanto, nada melhor do que um Riesling, uva branca que na Austrália traz lima e maracujá, e mais na frente um tostado. É ótimo para ser tomado tanto sozinho como acompanhado de aperitivos, e perfeito para começar os trabalhos etílicos no sábado sem queimar a largada.

Leo Buring Eden Valley Riesling 2008 $22



Leo Buring é sinônimo de Riesiling na Austrália. Este, produzido no Eden Valley, é um vinho sem excessos. Na medida. Com aromas de flor e levemente amanteigado no nariz, na boca ele é bastante mineral e traz um sal nada comum no final que é muito agradável. Vinho elegante para agradar em cheio aqueles que torcem o nariz para vinhos muito frutados.

Opção: Henschke Julius Riesling 2009 $24

Sábado à noite
Um Shiraz, mas corte, ou seja, essa uva tinta misturada com alguma outra ou algumas outras para dar uma quebrada e trazer ainda mais exoticidade. Afinal, é sábado à noite.

d’Arenberg The Stump Jump Grenache Shiraz Mourvedre 2008 $13



De cara vem um aroma forte de mineral no nariz. Pedras! Levemente licoroso, ele enche a boca, é equilibradíssimo e rico. Melhora a cada gole, crescendo em complexidade. O rótulo, bem Novo Mundo, não corresponde ao vinho, que é sério e não tão fanfarrão, como aparenta. The Stump Jump é excelente para harmonizar com comida e também para ser apenas tomado naquela tradicional pegada do sábado à noite. Pelo preço, barganha!

Opção: St. Hallet Gamekeepers Shiraz / Cabernet 2008 $15

Domingão
Chardonnayzão amanteigado, frutado, talvez até um reserva para dar aquela estrutura, enfim, domingo pede um Chardonnay.

MadFish Gold Turtle Chardonnay 2007 $21



Riquíssimo, no início se mostra um pouco tímido no nariz mas guarda absolutamente tudo para a boca. Vinho branco longo, persistente e complexo. É preciso abrir e esperar pelo menos meia-hora (ou mais!) antes de tomá-lo. Se ele, o vinho, esperou desde 2007 para ser aberto, por que você não pode esperar meia-horinha para degustá-lo? Que vinho! Que produtor! Que preço!

Opção: Brookland Valley Vessel 1 Chardonnay 2008 $18

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Guia de Vinho (Categoria 3 - Para Namorar)


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Categoria 3
Para namorar

Antes do 1º beijo
Branco frutado, alegre, pra cima, tipo Sauvignon Blanc, Semillon ou corte dos dois.

Cape Mentelle Sauvignon / Semillon 2009 $18



Ele começa como a maioria dos Sauvignons, estourando com um maracujá na cara do gol, e depois, por ser corte com Semillon, traz um aroma adocicado, bem floral. Cape Mantelle é um dos produtores mais renomados de Margaret River (WA), daqueles que não erram. Você pode comprar qualquer vinho, de qualquer faixa de preço, cepa ou corte que vai acertar. Esse não deixa mentir!

Opção: Tatachilla Semillon / Sauvignon $15

De dia
O inverno, claro, é frio, mas tem dias fantásticos com céu azul e temperatura agradável. Quando isso acontece, pegue a canga, alguns quitutes, taças, um vinho rosé e passe uma tarde muito bem acompanhado ao ar livre, de preferência num desses maravilhosos parques australianos espalhados pelas principais cidades.

La Vieille Ferme Rosé 2009 (FRA) $18



Este vinho nasceu para casais. Ou mulheres. Ou casal de mulheres! Bem, o fato é que este francês produzido pela La Vielle Farme é leve, totalmente feminino e traz aromas de cereja e algo levemente adocicado. Na boca, também confirma a cereja. Feito com as uvas Cinsault, Grenache e Syrah, o 2009 tem uma coloração bem rosa e, geladinho, é perfeito para uma tarde outdoor.

Opção: Yarra Burn Rose $20

Filminho e sofá
Vinho para o casal sentar no sofá e assistir a um filme ou apenas ficar no sossego. O ideal é um tinto não muito pretensioso, nada pesado, mas que tenha boa estrutura para, se precisar, segurar algum tira-gosto.

Rymill MC2 Merlot/Cabernet Sauvignon/Cabernet Franc 2005 $15



Vinho com o tradicional corte da região francesa de Bordeaux (Merlot, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc) feito com maestria aqui na Austrália, em Coonawarra (SA). Mérito da winemaker Sandrine Gimon, que nasceu na França e assina os vinhos da Rymill. Tinto equilibrado com algo de terra e compota no nariz, traz também o tradicional pimentão do Cabernet e é o terceiro elemento do sofá, já pedindo alguma comida para beliscar.

Opção: Jacobs Creek Three Vines Shiraz Grenache Tempranillo 2008 $15

Jantar no restaurante BYO
Vinhos baratos e coringas, ou seja, aquele que você pagará pouco, levará para qualquer restaurante Bring Your Own que não seja de alta gastronomia e não vai decepcionar.

Jamiesons Run Limestone Coast Cabernet Sauvignon $11



Bem mineral no nariz, seguindo para blackberry. No início, ainda um pouco tânico. Pelo preço e qualidade, é daquele para ser comprado em grande quantidade. Sabe como é, deixa uns para sevir para os amigos (dificilmente não vão gostar) e outros para quando for ao BYO. Um tinto não tão persistente, mas que tem corpo para harmonizar com comida, principalmente se comparado aos seus similares de preço e uva. No final, apresenta um aroma de fruta madura, daquelas que você pegava no quintal da casa da sua tia lá no interior.

Opção: Yalumba Merlot $10

Para “a noite”
“A noite” é sinônimo de Champagne. Como esse Guia é até $25 e não há por esse preço, mantemos o foco nos espumantes.

Segura Viudas Brut Vintage Cava (ESP) $20



Cava é o equivalente espanhol do espumante. Ou, se preferirem, é o primo catalão do Champagne. Sendo assim, antes de mais nada, é preciso gelá-lo. O ideal para espumante seco é entre 6 e 8 ºC. Ele tem o tradicional brioche, algo amanteigado e até uma flor. Ou seja, não só é perfeito para a noite, como também para o café da manhã do dia seguinte.

Opção: Cave de Lugny Crémant de Bourgogne Blanc de Blanc NV $22

Categoria 1 - Para Para bebericar (em casa)
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