quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Princesão dos cartazes rodoviários

Este post é em homenagem às minhas amigas do blog Essa Até Deus Duvida.

Ontem pela manhã, na Barrenjoey Rd, rodovia que liga Avalon e Palm Beach à Sydney, um cara espalhou alguns cartazes no acostamento.



Romântico, o primeiro dizia (em tradução livre para o português):

Jennifer, você casa comigo?

Não tenho dúvidas de que o princesão da Barrenjoey Rd derretou o coração da moça.

Porém, na sequência, ele muda "um pouco" o discurso:

Brincadeira, estamos terminando.

Se havia derretido o coração, agora também derreteu a cabeça. De ódio!

Um pouco à frente, outro cartaz:

Você tem 6 dias pra ir embora.

É o chamado "sangue nosóio".

Os cartazes já foram retirados, mas as dúvidas permanecem:

1. Quem é a tal da Jennifer?
2. Seria o princesão dos cartazes o mais recente corno das northern beaches?
3. Ou tudo isso não passa de brincadeirinha?

Meu veredicto: opção "b".

E vocês, o que acham?

Aliás, neste caso, como a vingança é um prato que se come frio (é isso mesmo?), eu não queria estar na pele do princeso!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Wolverine, James Bond e um bundão



Quarta-feira passada, na Broadway (a americana, não a nossa entre a Central Station e Glebe), os atores Hugh Jackman e Daniel Craig estavam no meio de uma cena intensa da peça A Steady Rain, quando um celular tocou (sim, ainda há cretinos que o deixam ligado).

Jackman parou de atuar, se dirigiu à platéia e pediu para a pessoa atender. O telefone continuou. Impaciente, ele falou: “Apenas desligue, não tem problema, a não ser que você tenha uma história melhor, queira subir aqui e contar pra gente.” O público, claro, caiu na risada e o aplaudiu. Os dois tentaram retomar, mas o telefone continuou. Constrangimento total e perigo.



Sim, perigo! A pessoa conseguiu, em pouquíssimos segundos, irritar o Wolverine e o James Bond. De uma só vez! Nem mesmo o Sabretooth e o Dr. No conseguiram tamanho feito.



Ainda bem que não era o meu celular!

Lembro que no início dos anos 90, quando os celulares começaram a aparecer e eram caríssimos (ou seja, só os barões e as “baroas” tinham), havia uma piadinha que era mais ou menos assim:



Sabe qual é a semelhança entre o celular e a celulite?
Resposta: todo bundão tem!

E era bem isso!

Clique aqui pra ver o vídeo.

domingo, 27 de setembro de 2009

Update esportivo

Este post é dedicado aos brasileiros recém-chegados na Austrália.

Neste final de semana, tivemos três grandes decisões de rugby, envolvendo dois tipos diferentes de rugby, que resultaram em um grande campeão.



Para que os recém-chegados não fiquem igual a mulher que não gosta de futebol em época de Copa do Mundo, ou seja, perguntando quem é o número 9 da seleção brasileira, e porque os jogadores usam as mãos para cobrar lateral e o pé quando o lateral é na "quina" do campo, segue uma geral no que aconteceu neste final de semana. E-que-final-de-semana!

Sexta à noite tivemos um derby: Parramatta Eels x Bulldogs. Parramatta é um subúrbio da área metropolitana de Sydney, uma espécie de São Bernardo do Campo em relação à São Paulo. E os Bulldogs são de Sydney.



O jogo foi válido pela semifinal do Rugby League, um dos 3 tipos de rugby mais populares na Austrália, o preferido nos estados de News South Wales e Queensland.

A exemplo do que aconteceu com o Santos no Brasileirão de 2002, quando ainda era no sistema de mata-mata, o Parramatta entrou no play-off por último, ou seja, em oitavo lugar, e de cara enfrentou o primeiro colocado. Desbancou o favorito! E na sexta venceu os Bulldogs - que fizeram a segunda melhor campanha - por 22 a 12. Partidaça!



Destaque para o fullback dos Eels Jarryd Hayne, 21 anos (foto acima). Rápido, habilidoso e do tipo que chama os adversários para o drible, ele lembra um pouco o Robinho naquele mesmo ano de 2002, quando a então promessa decidiu o campeonato para o Santos dando show (pena que ficou na promessa).

Com a vitória, os Eels garantiram presença na grande final que acontecerá no próximo domingo, no ANZ Stadium, o estádio olímpico de Sydney, contra o Melbourne Storm.



Eu não gostaria de enfrentar um time chamado Storm na semana seguinte à passagem de duas dust storm. Principalmente porque eles têm Billy Slater, na minha humilde (põe humilde nisso) opinião de sul-americano, o melhor jogador das finais até o momento.

O cara está simplesmente arrasador, tanto na defesa quanto no ataque, e, sem trocadilhos infames, não só faz chover como já provocou tempestade, ao marcar 4 dos 7 tries do Melboune na exibição de gala da semana passada, quando abriram as finais humilhando o Manly Sea Eagles por 40 a 12.



Ontem à noite, na semifinal contra o Brisbane Broncos, Slater (foto acima) conduziu o Melbourne a uma tranquila vitória por 40 a 10, e desembarcará em Sydney como favorito na decisão.

Torcerei para os Eels, apostarei nos Eels (10 doletas, só pra brincar - tchu-tchin), mas acho que vai dar Storm.

E ontem à tarde, em Melbourne, aconteceu a grande decisão do AFL, o rugby mais popular do estado de Victoria. Num jogo emocionante decidido somente nos minutos finais, o Geelong Cats, que esteve atrás do placar no final dos 3 primeiros quartos, cresceu na hora certa, pressionou e conquistou o título ao vencer o St Kilda Saints por 80 a 68.



Essa foi a terceira decisão de AFL que vi desde que cheguei na Austrália, e os Cats disputaram as três. Venceram em 2007 e 09, perderam em 08. Quase o mesmo aconteceu com o Melbourne Storm. Eles ganharam em 2007, perderam em 06 e 08 e, no próximo domingo, só Deus sabe o que vai acontecer.

Que vença o melh... (ops, que vença o Eels, já que colocarei 10 doletas neles - tchu-tchin)!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Bad news!

Não quero ser chato, pessimista ou alarmista, mas pelo que tudo indica, uma nova tempestade de poeira está a caminho.



Vinda diretamente do Outback, da parte localizada em South Australia, neste exato momento a caravana da asma está novamente tumultuando a vida dos moradores de Broken Hill - NSW (onde foi filmado o vídeo do post anteior). O aeroporto, por exemplo, já foi fechado.

Segundo os metereologistas, a exemplo da última quarta-feira, o dust storm deve passar por cidades nos estados de New South Wales e Queensland.

Não sei se é coincidência ou se é psicológico, mas o fato é que agora, 16h44, meu nariz está começando a me irritar. Como acabei de dar um tapinha na casa pra receber os gêmeos mais sensacionais da Oceania, talvez seja isso. Espero!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Quer brincar? Vai no Playcenter!

Ainda sobre o dust storm que rolou ontem em Sydney...

No final do meu texto, postei um videozinho filmado da minha casa. Piada! Brincadeirinha de criança! Vejam este abaixo, que impressionante!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O dia em que Sydney amanheceu alaranjada



Depois do "Dia em que Sydney parou", neste exato momento temos o "Dia em que Sydney amanheceu alaranjada - e sem exergar absolutamente nada".

Nunca vi nada igual. No melhor estilo Outback (o deserto, não o restaurante), após chuvas torrenciais e tempestades na noite passada, estamos assim desde às 4h30. O sol, dizem que deu o ar de sua imensa e calorosa graça às 5h45, mas, por ora, ninguém o viu.





As fotos foram tiradas um pouco depois das 6 da manhã da sacada do Château Elle Macpherson, o apartamento onde moro, e só agora, quase 7 horas, ouvi os primeiros pássaros (mas eles já se calaram novamente). As chapas ensolaradas, claro, são de dias normais, sem invasões alienígenas.

Na verdade, o que temos é uma tempestade de poeira que resultou neste fenômeno (batizaremos de Dia Nacional da Asma). Consequentemente, a cidade está um caos, os vôos atrasados nos aeroportos, as ferries fechadas, os pássaros mudos, a deusa loira do carro verde conversível ainda não foi trabalhar e eu estou aqui atualizando o blog, em vez de dormindo.

Mas tudo em nome do jornalismo laranja!





E como estou num momento musical do blog, quero tranquilizá-los com as sábias palavras de um ex-ministro:

Não é Natal / Nem ano bom / Nem um sinal no céu / Nenhum armagedom / Nenhuma data especial / Nenhum ET brincando aqui / No meu quintal




O vídeo está um pouco trêmulo, pois estamos falando de 6 horas de uma manhã com tempestade de poeira, após noite de drinks no Château.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O dia em que Sydney parou (viva o call sick)

Duas festas fizeram o domingão dos brasileiros em Sydney.

By Carol Favero


Primeiro, durante todo o dia, foi o 9th Ritmo Brazilian Festival, em Darling Harbour. Organizado pelo BraCCA, o festival juntou cerca de 15 mil pessoas (eu contei 15.543, mas posso ter esquecido alguém), e foi bem bacana.

By Carol Favero


Na sequência, a Fibra, juntamente com a Sollarium, mais a Ozzy Study Brazil e outras empresas, fizeram a We Love Brazil, festa que reuniu cerca de duas mil pessoas na Home, também em Darling Harbour. A casa (sem trocadilhos) simplesmente bombou!

By Carol Zatt


A consequência foi um recorde histórico de call sick nesta manhã. É verdade! O call sick é uma instituição local que foi rapidamente incorporada pelos brasileiros na Austrália.

By Carol Zatt


Ele nada mais é do que aquele telefonema em cima da hora, em geral feito da cama (nos dias de semana) ou da praia ou churrasco (aos finais de semana), dizendo ao boss que está muito doente e é impossível ir ao trabalho.



No melhor estilo Raulzito Seixas na Ozzyland, o que tivemos nesta segunda-feira foi mais ou menos assim:

O australiano não foi tomar café,
Pois sabia que a garçonete brasileira não estava lá
E o kitchen hands brasileiro não foi para o café
Pois sabia que o chef brasileiro também não estava lá
O professor não foi lecionar,
Pois sabia que os estudantes brasileiros não estavam lá
E os estudantes não foram estudar
Pois sabiam que os professores brasileiros não iriam acordar

No dia em que Sydney parou (Êêê)
No dia em que Sydney parou (Ôôô)
No dia em que Sydney parou (Ôôô)
No dia em que Sydney parou

Dona de casa não saiu pra comprar pão
Pois sabia que o baker brasileiro também não tava lá
A madame não saiu para se arrumar
Pois sabia que a manicure brasileira também não tava lá
E a saidinha não foi se depilar
Pois sabia que o brazilian wax não iam aplicar
E as agências de intercâmbio não puderam funcionar
Pois todo o staff brasileiro ainda estava a festejar

No dia em que Sydney parou (Êêê)
No dia em que Sydney parou (Ôôô)
No dia em que Sydney parou (Ôôô)
No dia em que Sydney parou

Os restaurantes tiveram que fechar
Pois não tinha motorista brasileiro para a carne entregar
E a function não pôde começar
Pois não tinha brasileiro para circular
O avião da Qantas não pôde pousar
Pois não não tinha brasileiro, ali pra sinalizar
E o doutor não foi trabalhar
Pois mesmo com tanto call sick não havia ninguém pra medicar

No dia em que Sydney parou (Êêê)
No dia em que Sydney parou (Ôôô)
No dia em que Sydney parou (Ôôô)
No dia em que Sydney parou

Agora todo mundo junto!