domingo, 20 de setembro de 2009

Um (f***ing) dia de fúria



Quem proferiu as seguintes frases em pouco menos de 15 segundos?

I don't care what you f***ers think!
You can get f***ed!
Don't you f***ing understand?

a) Samuel L Jackson antes de apagar um nigger mother f***er em Pulp Fiction

b) O tal do Kanye West, bêbado, estragando alguma premiação da MTV

c) Tommy Lee tomando café da manhã romântico com a Pamela Andreson

d) Kevin Rudd, primeiro-ministro da Austrália, em seu gabinete, no Parlamento



Se você optou pelo alternativa "d", a sua resposta está eeeeeee... xata!

Para os alunos do Objetivo Santo Amaro: em testes de múltipla escolha, se você não sabe a resposta, chute sempre "d" (em último caso, se estiver errada, o Marquinhos te passa).



Educado, poliglota (fala até mandarim fluente) e muitas vezes chamado de nerd pela imprensa local, Kevin Rudd, nosso primeiro-ministro, foi o autor dos impropérios acima.

Há duas semanas, Rudd recebeu um grupo de líderes do seu próprio partido, o Labour Party, em Canberra (incluindo 3 mulheres). O assunto em pauta era uma questão seríssima: o corte de $25,000 nos gastos em impressos.

Descontentes com a restrição ao Xerox e às impressoras governamentais, eles tentaram argumentar o contrário. O primeiro falou, o segundo cutucou e o terceiro insistiu. Quando chegou a vez do quarto, o senador David Feeney, Rudd explodiu e soltou, primeiro para todos:

I don't care what you f***ers think!

Depois, específico para o senador:

You can get f***ed! Don't you f***ing understand?

É por isso que eu amo a Austrália!

Aqui, problema de soberania nacional que faz o nosso pacato primeiro-ministro perder a cabeça é verba pra impressão.



Nada como um país que funciona!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Brazilian Day e os 3 tipos de brasileiros na Austrália



Importante:
Se você é daqueles que pagam pra ficar longe de brasileiros, mantenha-se a, pelo menos, 10 km de distância de Darling Harbour, em Sydney, no próximo domingo.



Podemos dividir os brasileiros na Austrália em 3 categorias: os que odeiam brasileiros, os que só andam com brasileiros, e o caminho do meio.

Os que odeiam brasileiros, em geral, são mal-humorados e levemente arrogantes. Eles acham que ter nascido no Brasil foi um acidente de percurso, uma falha Divina, e fazem de tudo para não interagir com os conterrâneos. Pior! Sempre tentam disfarçar a origem, mas os traços luso-indígena-ítalo-tupiniquim não deixam enganar. Ah, e são os primeiros a procurar um brasileiro quando a coisa aperta.

Os que só andam com brasileiros são aqueles que, no fundo, não querem nada com nada. Vivem exatamente como viviam no Brasil, fazem as mesma brasileirices que faziam no país, acham que todo mundo é obrigado a ouvir o pandeiro desafinado a qualquer hora, em qualquer lugar, e, em sua grande maioria, queimam o filme por aqui.

Eu sou o caminho do meio, a exemplo de grande parte dos brasileiros de bem. No melhor estilo búdico, o caminho do meio não perde as raízes, convive muito bem com os conterrâneos, mas também está ligado na cultura australiana e na convivência com os outros estrangeiros (quase ¼ da população) que vivem aqui. É a mistura da feijoada com o fish n’ chips, da Tooheys New com a caipirinha, do futebol com o Rugby League e, claro, do cabelo moreno com os olhos azuis (biônicos no caso das “suécias”).

Mas o que isso tem a ver com o domingo?



Bem, no próximo domingo, 20 de setembro, vai rolar em Darling Harbour o 9th Ritmo Brazilian Festival. Das 11 da manhã às 6 da tarde, terá apresentação de bandas nacionais, grupos de capoeira e dança, além de barracas com feijoada, pão de queijo, brigadeiro, Guaraná e outras delícias. São esperadas mais de 25 mil engenheiros (ops, pessoas), entre brasileiros, australianos, kiwis, latinos em geral, européias que estão chegando pra fugir do inverno e asiáticas que vivem nas redondezas e amam o Kaká.



E a partr das 17h, ali mesmo em Darling Harbour, na Home, vai rolar a festa We Love Brazil. Com 2 lounges, 3 palcos, 4 bandas (entre elas Samba Australia e Pisa na Fulô) e 15 DJ’s, são esperadas 2 mil pessoas. Para garantir o ingresso a $10, basta passar em uma das agências da Ozzy Study Brazil. Na porta custará $20. Já o Ritmo Brazilian é de graça, na faixa, no vasco, você só paga o que consumir.

Nos vemos lá!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O bem dotado homem from Bangkok

Sexta-feira, no aeroporto de Melbourne, um homem vindo de Bangkok foi preso com 7 mil tabletes de esteróides. Detalhe: estava tudo na cueca.

O “pacote”, obviamente, chamou a atenção dos oficiais do aeroporto.

Se entrar na Austrália com alimentos ou coisas do tipo já é complicadíssimo, pois eles são absolutamente neuróticos em relação à fronteira (ou à falta dela), imaginem com 7 mil tablóides ilegais na cueca.



O cara achou que seria fácil dar uma de Lírio, mas rodou!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O maior campo de golf do mundo

Logo mais, em 22 de outubro, vai ser inaugurado na Austrália o maior campo de golf do mundo, o Nullarbor Links. Com 1365 km, o campo cruza dois estados, entre as cidades de Kalgoorie, em Western Australia, e Ceduna, em South Australia. Cada um dos 18 buracos está em uma cidade diferente, e a distância média entre um buraco e outro são 66 km.



Com tamanha grandiosidade e se tratando de Austrália, não preciso dizer que a idéia surgiu com uma botejinha. É verdade! Alf Caputo e Bob Bongiorno, de saco cheio de viverem no meio de uma estrada imensa sem nada pra fazer, idealizaram o projeto enquanto tomavam um vinhozinho tinto. Nada mal!



É óbvio que ninguém fará os 18 buracos em um dia. A idéia é viajar até lá, se hospedar pela região e ir jogando aos poucos. Em 4 dias é possível completar tudo. Alguns buracos estão em campos de golf já existentes que acabaram sendo incorporados ao Nullarbor Links. Outros foram construídos especialmente para o projeto.

Ocupando áreas que vão do Outback ao litoral, ao longo do percurso pela Eyre Highway é possível ver animais típicos como cangurus, wombats, camelos e, acreditem, até baleias, as grandes estrelas do buraco 5.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Mais uma do gordinho arrogante



O gordinho que pensa ter o rei na barriga (sem trocadilhos), não aprende. Kyle Sandilands, co-"estrela" do The Kyle and Jackie O Show, programa de rádio que até pouco tempo era um dos líderes de audiência, viu o reinado começar a ruir há pouco mais de um mês quando fez uma pergunta cretina em um quadro imbecil de seu programa.

O show perdeu anunciantes e foi suspenso por algum tempo, enquanto ele e a co-apresentadora Jackie O foram bombardeados por todos os lados, perdendo não só ouvintes, como também credibilidade. O programa ainda está no ar, mas já não é a mesma coisa.



Pois bem, ontem ele novamente se meteu em confusão ao comentar sobre a comediante Magda Szubanski, uma gordinha que perdeu 25 kg (quase um 1/4 de seu peso) em uma batalha pública documentada diariamente pelos jornais, sites e revistas daqui.

Fazendo as piadinhas sem graça de sempre, Kyle, que definitivamente não está entre as 10 personalidades mais fit da Austrália, disse que ela deveria continuar a campanha e emagrecer mais. Quando Jakie O, sua parceira, falou que talvez Magda não conseguisse por conta da estrutura de seu corpo, ele emendou dizendo que isso é o que todo gordo fala, e era só colocá-la em um campo de concentração que ela perderia peso e ficaria magra.



Detalhe: Magda Szubanski é de origem polonesa, um dos países que mais sofreu nos campos de concentração nazista. Não preciso dizer que o programa perdeu mais anunciantes e foi suspenso por mais duas semanas pelo dono da emissora.

O mundo, depois que entrou na onda do politicamente correto nos anos 90, perdeu muito da graça? Sim! Mas um pouco de bom senso não faz mal a ninguém.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

7 de setembro – Um pití histórico

Texto publicado na edição 6 da Radar Magazine.



Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon. Não, esta não é a escalação do poderoso time do Bangu campeão carioca de 1933, mas o nome completo de ninguém menos do que Dom Pedro I, o primeiro imperador do Brasil (1822-1831) e principal símbolo da proclamação da nossa independência (não por acaso o nosso país é tão enrolado).

A independência do Brasil é comemorada em 7 de setembro, dia em que Dom Pedro I, filho de Dom João VI, então rei de Portugal, e Carlota Joaquina, aquela mesmo do filme da Carla Camurati, proferiu a célebre frase: “Independência ou morte”. O ano era 1822 e ele viajava de Santos para São Paulo quando um mensageiro lhe entregou algumas cartas. Uma delas era de papai, com ordens para que retornasse imediatamente para Portugal, caso contrário, haveria uma ação militar contra o Brasil. Percebendo que a vaca iria para o brejo, em um pití histórico, ele, que estava às margens do rio Ipiranga, ergueu a espada justiceira e soltou o que entrou para a história com o Grito do Ipiranga.



Os problemas entre Brasil e Portugal se agravaram muito a partir de 1808, quando a Corte Portuguesa foi transferida para o Rio de Janeiro, levando cerca de 15 mil pessoas (praticamente uma function além-mar). Com a elevação do Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves, e o enfraquecimento de Portugal por conta das ameaças francesas, espanholas e do descaso inglês, em 1820 eclodiu a Revolução Liberal do Porto, que exigia a volta da Família Real à Portugal. No ano seguinte, o rei Dom João VI não aguentou as pressões e retornou, deixando seu filho Dom Pedro I como Príncipe Regente do Brasil.

Os problemas continuaram e Portugal decidiu rebaixar o Brasil para a condição de colônia (algo como ser mandado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro no tapetão). Pra isso, invalidaram o título de Príncipe Regente e exigiram que Dom Pedro I voltasse à metrópole. Ele, porém, não acatou as ordens e, em 9 de janeiro de 1822, teve o seu primeiro chilique oficial, quando bateu o pé e gritou: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico”, consagrando a data como o “Dia do Fico”. Se fosse hoje, nosso governo diria que Dom Pedro I é luso-brasileiro e não desiste nunca.

A proclamação da independência foi apenas o desfecho destes e de tantos outros fatos que vinham se desenrolando. O importante é que no episódio de 7 de setembro, ao lado de Dom Pedro I estava o seu amigo, jornalista e poeta Evaristo da Veiga, que esboçou algumas linhas sobre o ocorrido e compôs a letra do Hino da Independência (famoso entre as crianças como Hino do Japonês: “Já podeis da Pátria filhos / Ver contente a mãe gentil / Já raiou a liberdade / No horizonte do Brasil...”). No mesmo dia, o próprio Dom Pedro I, notório tocador de piano, flauta, violão, fagote e trombone, entre outros instrumentos, musicou a letra. Era a nossa história sendo cantada às margens plácidas do Ipiranga, praticamente com um banquinho, um violão e a espada justiceira.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

After Party no Coogee Bay




Pra quem acha que o domingão acaba depois do Father's Day no Centennial Park, esqueça! Saindo do Brazilian Fields (mundialmente conhecido como CT dos Canarinhos), a festa continua no Coogee Bay Hotel com a Beach Samba Party.

O Coogee Bay todo mundo sabe, é de frente pra praia, tem muita gente bonita e rola aquela lambança de sempre. A festa, organizada pela Baluart 03 Productions (do meu chapa Balu), e com patrocínio da Ozzy Study Brazil (a empresa para qual trabalho), terá como atração principal o Samba Australia, banda que não tem nem um ano e já está arrebentando por aqui (os homens estão com a agenda cheia até dezembro).



O ingresso custará $5 para as mulheres (antes das 18h elas entram na faixa), $10 para os cuecas (a qualquer hora) e a caipirinha de Sagatiba estará somente $5. Ou seja, segunda-feira tem call sick!

Nos vemos lá!

Quem: Beach Samba Party
Quando: Domingo, 6 de setembro, das 16h às 22h
Onde: Coogee Bay Hotel (Selina's) - Coogee - Sydney
Quanto: $5 mulher (free antes das 18h) e $10 homem