sábado, 28 de maio de 2011

Luz no final do túnel para o futebol?

Na última quarta-feira, juntei-me ao Sydney Brazilian Social Club, o popular Canarinhos, em um jantar de gala da Johnny Warren Football Foundation, evento que reuniu os principais nomes do futebol na Austrália, entre eles o técnico da seleção australiana, Holger Osieck, o apresentador Les Murray e alguns ex-Socceroos, incluindo vários que disputaram a Copa de 1974.


Em seu discurso, Les Murray mencionou a presença dos Canarinhos, citando-os como "os representantes do futebol brasileiro na Austrália", e destacando dois ex-jogadores presentes, Nélio Borges e Agenor Muniz, este último ex-Vasco que defendeu a seleção australiana nos anos 1970.

De um figurão da Football Federation Australia, ouvimos que se a FIFA realmente tirar a Copa de 2022 do Catar e reabrir o processo de escolha da sede, a Austrália automaticamente reapresentará a candidatura, porém, sem gastar mais nenhum centavo do dinheiro do contribuinte (a mesma consideração que se tem no Brasil).


Na quinta-feira, no Footy Show, programa do Channel 9 100% Rugby League que foi ao ar um dia depois do State of Origin, o jogo de maior rivalidade desse esporte, esteve presente no estúdio ninguém menos do que Tim Cahill, o melhor jogador da seleção australiana de futebol.

Fizeram as piadinhas de praxe, mas levantaram demais a bola do esporte e do próprio Cahill, o que é absolutamente atípico em qualquer canal de televisão do país que não seja a SBS. Importante: sabendo que não tem virgem na zona e nenhuma emissora dá ponto sem nó, talvez seja um bom indicador.

Agora a pouco, sábado de manhã, lendo o Sydney Morning Herald, me deparei com a manchete que jamais imaginei ver na Austrália: The game God will be watching, referência à e-p-e-t-a-c-u-l-a-r final de amanhã cedo (4h10 na SBS) entre Barcelona e Manchester United (go Messi!).


Detalhe: era o terceiro artigo esportivo mais lido do dia, atrás somente da inesperada derrota da tenista australiana Samantha Stosur, em Roland Garros, e da nova medida do governo de proibir que comentaristas esportivos incentivem os telespectadores a apostarem no decorrer dos jogos (parece pouca coisa, mas o fato é que o jogo é um câncer na sociedade australiana que paga as contas de muita gente).

E sabendo que o interesse econômico da Austrália no Brasil, através do Ministério das Relações Exteriores, é cada vez maior, e deverá crescer muito nos próximos anos, incluindo aí os efeitos causados pela Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016 - e quem sabe a Copa aqui em 2022 -, não tenho dúvida em acreditar que, sim, há luz no final do túnel para o futebol na Austrália...



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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Vivid Sydney de volta


Criado em 2009 para preencher lacuna na programação cultural da cidade entre o outono e o inverno, ao mesmo tempo em que posiciona Sydney como polo de ideias da região da Ásia-Pacífico, o festival chega a sua terceira edição mais iluminado, musical e criativo do que nunca.


Hoje, às 18, as luzes serão acesas na Opera House marcando a abertura oficial, e permanecerão nas próximas três semanas nos arredores da Circular Quay e The Rocks. Até lá, todos os dias, muitos eventos acontecerão das 18h às 23h59, incluindo shows, pirotecnia na harbour, instalações ao ar livre, debates e muito mais.


O meu destaque são os shows que o The Cure (eles mesmos) fará nos dias 31 de maio e 1 de junho, na Opera House. Contando com membros das formações antigas e da atual, a banda simplesmente tocará seus três primeiros álbuns na íntegra (Three Imaginary Boys, Seventeen Seconds e Faith, de 1979, 80 e 81, respectivamente). Só não vou falar que é imperdível pois os ingressos já estão esgotados desde o dia em que cogitaram trazê-los.


Para quem não vai muito para a City à noite, vale a pena marcar uma cerveja de final de tarde em The Rocks (The Australian Hotel pode ser um bom começo), seguida por uma volta no bairro onde várias instalações estão espalhadas, depois um pulo na Circular Quay via Museum of Contemporary Art para ver a Opera House e a Customs House, além dos fogos na baía. No final, claro, o pabão (aumentativo de pub) de sua preferência.


Se você ainda não se convenceu, veja o vídeo abaixo! Mas antes, compre o Daily Telegraphic de hoje para ganhar uma surpresinha que pode lhe render um balão dourado. FOR WHAT???? Veja lá!



Viva Sydney (ops, Vivid Sydney)!

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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Quinta musical para esquentar

Se vocês não aguentam mais ficar em casa por conta do frio e da chuva/garoa/fog que tem congelado Sydney, espécie de Londres paulistana com nuances de Melbourne e toques de Alaska (a parte mais fria do Alaska), seguem 3 opções para esquentar hoje à noite (sendo que a última é para incendiar).


O esquenta começa às 19h30, no Deck 23, em Dee Why, com o Neandertown, projeto musical do figuraça Tiago Passos com o cantor e compositor Marcelo d’Avila. Os caras vão do samba ao rock passando por reggae e funk numa mescla de sons originais e covers. Programa obrigatório para quem mora no outro lado da harbour, seja Manly, Curl Curl, Narabeen, Woy Woy ou Surfers Paradise (ops, longe demais).


Também fazendo covers e tocando músicas próprias (sim, meus amigos, temos músicos bons e criativos por estas bandas), o Abuka Trio se apresenta no The Golden Sheaf, em Double Bay, das 20h às...


Sandro Bueno, Tiago De Lucca e Marcello Maio adorariam tocar por várias horas, mas precisarão colocar um ponto final na apresentação às 23h, pois seguirão para o meu pub de música ao vivo número um da Austrália, o Macquarie Hotel (42 Wentworth Ave Surry Hills), onde vão se juntar ao Samba Mundi para a tradicional Late Night Latin Funk, fanfarra generalizada que começa à meia-noite e vai até às 3 da manhã.

Além da sonzeira, o Mac também é incendiado pelas excepcionais cervejas que eles mesmos produzem, incluindo a Red Bavarian e a Dark Beer, perfeitas para este clima paulistano de Londres com nuances de Alaska e toques de Melbourne (ops, era quase isso).

Quanto? É tudo grátis!

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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Van Halen na Austrália (em setembro)!

Em fevereiro desse ano, postei sobre a remota, porém levemente viável, possibilidade do Van Halen vir para a Austrália.


E de fato, uma das maiores banda de todos os tempos, banda que figura entre as 5 do meu top 3 (sim, meu top 3 tem 5), está mais do que confirmada para o Soundwave Revolution, festival que acontece em 5 cidades australianas, em setembro e outubro, e contará, entre outros, com Alice Cooper, Bad Religion, Hole, The Sisters of Mercy e Machine Head.

Mas quem se importa com os outros (com todo respeito ao Cooper), quando Van Halen está vindo para a cidade?

Eu até preferiria que fosse show só deles, no ANZ Stadium, por exemplo, pois detesto esses mega festivais. Mas não posso reclamar! Principalmente porque há anos eu já estava conformado que jamais os veria.


Pelo que tudo indica, a banda está terminando um novo álbum, o primeiro com faixas inéditas desde 2004, e o primeiro com David Lee Roth gravando todos os vocais em 27 anos.

Isso mesmo! David Lee Roth está de volta e junta-se aos irmãos Eddie e Alex, e ao filho de Eddie, Wolfgang Van Halen, no baixo.


Meu amigo, se você ouviu algum solo de guitarra nos últimos 30 anos, a chance dele ter alguma influência do gênio Eddie Van Halen é tão grande quanto a quantidade de discos que a banda vendeu (estão entre os 20 maiores vendedores de álbuns de todos os tempos).

A pré-venda de ingressos para "membros do festival" acontece nessa semana e a venda para o público geral na semana que vem, a partir de 2 de junho.

Datas
Brisbane - 24 de setembro
Sydney - 25 de setembro
Melbourne - 30 de setembro
Adelaide - 1 de outubro
Perth - 3 de outubro

Mas corra, pois vai esgotar rápido (ingressos aqui!).

Quem viver, verá!

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terça-feira, 24 de maio de 2011

Júlio Araújo lança álbum na Vibez Brazil

Hoje à noite, estarei na Vibez Brazil, programa de música brasileira, em inglês, na 89.7 Eastside Jazz FM, juntamente com o Rapha para entrevistar o Júlio Araújo, baterista, percussionista, saxofonista, flautista, pianista, enfim, músico na melhor acepção da palavra - sem dúvida, um dos melhores que já conheci.



Sério! E sem exagero!


Nosso comendador, também conhecido pelo trabalho com a banda Vote For Mary, lançará o álbum Júlio Araújo and The Afro-Brazilian Jazz Band, gravado no Brasil no ano passado, durante suas férias. "O álbum-demo foi todo produzido e gravado em um mês. Duas das músicas foram escritas no avião. O legal é que fui pensando nas músicas e voltei ouvindo-as", conta Júlio.

No programa de hoje, além de apresentar cinco das sete faixas do álbum, Júlio também vai tocar os sons que vem o influenciando, falará sobre a gravação, projetos, concepção musical...


"O álbum é basicamente uma mistura das minhas influências musicais. E o mais interessante é o fato dele ter sido gravado com os músicos que eu cresci junto musicalmente e intelectualmente, o que o torna uma expressão muito grande dos meus pensamentos musicais."

O programa vai ao ar nesta terça-feira, às 21h30, na 89.7 FM de Sydney. Caso esteja em qualquer outro lugar do planeta, basta clicar aqui para ouvir (8h30 da manhã de terça no Brasil).

Segue uma ideia da sonzeira!



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domingo, 22 de maio de 2011

1, 2 3... testando!

Finalmente, acabou o meu plano de celular, o que significa que aderi ao iPhone. Para ver se ele de fato agiliza a minha vida - e a do blog -, hoje farei um teste.

Como está um belo domingo de sol e irei ao meu bairro preferido de Sydney (na verdade, ao meu pub número um na Austrália), passarei o dia tirando chapas e publicando neste post para ver se realmente funcionam, se a qualidade é boa etc.

Espero que gostem!

Em tempo: não consegui fazer o upload do celular para o blog como planejara. Precisei baixar as chapas no computador após a jornada e atualizar o blog de uma vez. Mas aprenderei para a próxima vez.

















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sábado, 21 de maio de 2011

Copa do Mundo de 2022 na Austrália?

Até a Georgia e o Patrick, meus sobrinhos aussie-leiro-uru-croatos de dois anos e sete meses que acreditam em Papai Noel, no Coelhinho da Páscoa e no Channel Nine sabiam que a escolha do Catar para sediar a Copa do Mundo de 2022 tinha algo errado. Na verdade, tudo errado!

O Patrick comentara: Uncle Pabu, poo, poo. Enquanto a Georgia confidenciou: Uncle Plabo, totô, totô.


Semanas antes da FIFA anunciar os países que sediariam as Copas de 2018 e 2022, em dezembro do ano passado, três oficiais da entidade foram suspensos acusados de terem vendido seus votos. Às vésperas do anúncio, outros três distintos presidentes de confederações também foram denunciados. Mesmo assim, a cerimônia ocorreu normalmente e Rússia e Catar faturaram, repectivamente, o pepino (ops, o direito) de receber o Mundial em 2018 e 2022.

Nas últimas semanas, o escândalo veio à tona e foi parar no parlamento britânico, onde evidências sobre a compra de votos poderão ser mostradas nos próximos dias. Se isso acontecer, Joseph Blatter, o presidente da FIFA, confirmou que haverá novo processo para escolher a sede de 2022.

E a Austrália, que saiu totalmente frustrada da marmelada de dezembro com apenas um voto, já considera concorrer novamente, conforme afirmou ontem à noite o ministro dos esportes Mark Arbib.



Poucos países no mundo possuem infra-estrutura tão boa e situações econômica e política tão estáveis para sediar uma Copa como a Austrália. Claro, é necessário fazer investimentos, injetar dinheiro em transporte, nos estádios etc, mas a coisa aqui está muito mais avançada do que, por exemplo, o Brasil, que sediará em exatos 3 anos e ainda nem sabe onde será a partida de abertura.

E para boa parte da imprensa australiana, que é contra o futebol, e para os ogros de plantão que trabalham contra o football por aqui, let the game come!

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