Ontem foi o meu aniversário e a todos que mandaram felicitações, o meu muito obrigado! Sim, fiz 34 e não ligo. Galera da Ozzy, obrigado pelo presente. Será consumido ao som de Ruben Gonzalez.
Aos que estiverem hoje na cidade, comemorarei no Hero of the Waterloo, meu pub preferido em Sydney, onde das 14h às 18h ouviremos jazz da melhor qualidade.
São todos bem-vindos.
What: Hero of Waterloo Where: 81 Lower Fort St (The Rocks) When: Sunday from 2pm to 6pm
Pra quem ainda não conhece o novo trabalho do Fernando Aragones, o Costa Rae - outrora chamado de Dubbly -, segue o recém-lançado clipe da música "Gone forever", filmado em 16mm.
Há pouco mais de um ano, publiquei post no blog sobre a Sullen Domingues, brasileira que conheci na escola cerca de um mês antes de morrer no apartamento do neurocirurgião Suresh Surendranath Nair.
Segundo o médico que fez a autópsia no corpo, foi encontrado nível letal de cocaína no organismo da estudante. Porém, no período entre os primeiros sinais que estava perdendo a consciência e a deterioração, o neurocirurgião teve, pelo menos, 20 minutos para tentar salvá-la.
Não o fez porque, segundo as informações que estão surgindo da Downing Centre Local Court, em Sydney, onde o caso está em andamento, o homem consumia e oferecia quantidades cavalares de cocaína, não somente para Suellen, mas para algumas garotas de programa que foram chamadas após a morte.
Sim, Suellen morreu em 19 de novembro. Na madrugada do dia 20, pelo menos três prostitutas foram chamadas ao apartamento, e de lá eles foram para um hotel. O corpo foi achado no dia 21.
Em fevereiro do ano passado, Victoria McIntyre também morreu no mesmo apartamento e pela mesma causa: overdose de cocaína. Neste caso, três ou quatro garotas de programa foram enviadas por uma agência.
Desde que o caso voltou a mídia no início desta semana, tenho recebido emails de amigos brasileiros indignados com a imprensa australiana. E eles têm toda razão, uma vez que, desde o ano passado, quando foi achada morta, os textos referem-se a ela como prostituta.
Apesar de evidências, em nenhum momento foi compravado que a gaúcha era garota de programa. Porém, a grande imprensa, essa dos veículos "oficiais" de comunicação que felizmente estão perdendo cada vez mais força e espaço com a revolução tecnológica que estamos vivendo, presumiram que ela era prostituta e ponto. O que é um total desrespeito não só com a memória dela, mas com Dona Solange, a mãe, toda a família, amigos e até mesmo com a mulher brasileira.
Se o mesmo tivesse acontecido com uma australiana e não com uma estrangeira cuja família está do outro lado do mundo, será que também a chamariam de prostituta sem antes procurar saber se de fato era?
De coração, espero que os órgãos oficiais do Brasil estejam dando todo suporte à família, ou pelo menos acompanhando o caso, já que os familiares têm todo o direito de saber o que está acontecendo através de fontes oficiais e não somente de jornais escritos em inglês e via internet.
E, indo um pouco além, será que o governo brasileiro não poderia entrar com uma ação contra esses veículos que a estão difamando? Se fosse a filha de um distinto deputado, senador ou ministro, permitiriam que a chamassem de prostituta ou o Itamaraty já teria sido acionado?
Sorte minha que o vizinho do bilhete do automóvel não trabalha para o British Council como preparador da prova do IELTS, caso contrário, eu teria perdido ao menos um ponto no listening ou no reading no último sábado.
Sim, sábado finalmente fiz o famoso teste do IELTS e o resultado receberei em alguns dias. Mas conforme disse acima, já teria perdido um pontinho se o cara tivesse colocado em uma das questões a palavra arsehole, que eu, de maneira errônea no post anterior, achei que ele quisesse dizer asshole. Os amigos Gel e Paul me corrigiram.
E essa é uma das vantagens de viver num país de língua inglesa quando pretende-se aprender inglês e um dia fazer o IELTS, o Cambridge ou qualquer outro teste de proficiência da língua.
Lembro que um dia, quando falei Thanks God, o mesmo Paul me corrigiu, dizendo não me pergunte o motivo, mas é Thank God e não Thanks God. Ou seja, nunca mais vou esquecer e, se tivesse caído no teste, teria garantido um pontinho.
O IELTS, conforme falei, não passa de um teste de proficiência para medir o nível do inglês. Ponto. O que não significa que qualquer nativo da língua vai fazer a prova sem saber do que se trata e passar de primeira. Claro, isso pode acontecer, mas é mais provável que não, o que nos leva a derrubar dois mitos sobre a prova.
Derrubando 2 mitos Brasileiro quando falha na segunda tentativa começa a culpar o governo, dizendo que o IELTS não passa de uma maneira de fazer dinheiro. De fato, o teste é uma excelente fonte de renda, assim como todo o sistema educacional, mas isso não quer dizer que eles fazem todos repetirem inúmeras vezes propositalmente para engordar os cofres públicos.
A amiga Ana Paula, por exmplo, passou de primeira com nota 8 ou 8.5 em cada seção da prova. O máximo é 9. Minha irmã, na primeira vez que fez, estava numa ressaca monstra. Falhou por meio ponto, mesmo tendo um excelente inglês desde mil novecentos e nada. Na segunda tentativa, ficou em casa na sexta à noite e acordou normal. Passou tranquila. Pergunto: a culpa foi do governo na primeira tentativa?
Outro mito é dizer que os critérios para avaliação do speaking e no writing são subjetivos. Balela! Poucas coisas são tão matemáticas como essas duas seções da prova. O writing, dividido em uma cartinha de 150 palavras e um ensaio de 250, tem um esqueleto a ser seguido e critérios absolutamente claros de avaliação como "cobrir os pontos do enunciado", "gramática correta", "vocabulário", "bom uso dos connectors" etc. O candidato só precisa mostrar que entendeu o que foi pedido e que sabe fazer bom uso da língua para discorrer sobre. Obviamente, não é simples, mas essa é a razão de um teste de proficiência.
Eu também preferiria que o teste fosse dividido em "Mímica avançada em Inglês", "Recorte e colagem de newspapers e magazines", "Pintura e gravura com giz-de-cera blue, red and yellow" e "Ligue a figura ao nome do animal". Mas como é uma prova para medir o nível de inglês e, para tal, foi estabelecido um padrão para justamente ser possível chegar a uma conclusão objetiva, é fundamental que o candidato aprenda a fazer a prova, saiba o que eles querem ler e ouvir, quanto tempo tem e daí em diante.
Ainda não sei se passei, a probabilidade de precisar fazer um novo teste é sempre maior do que de passar de primeira, mas tudo é possível. E como sei que são muitos os brasileiros que também estão na fase australiana do IELTS, resolvi escrever essas 10 dicar para a prova, com base no que achei fundamental. Vamos lá:
Antes de pensar em marcar a prova #1. Sei que é irado ir para o trabalho ou para a escola ouvindo Lady Gaga, Rhianna e Só Pra Contrariar no seu iPod ou iPhone, mas considere, desde o momento em que pisar na Austrália, ouvir rádios locais, especialmente AMs como 2GB e ABC, entre outras. Acostumar-se com esse tipo de locução fará grande diferença no listening. Sem contar que você também ficará bem informado.
#2. Sei o quão importante são os livros de auto-ajuda em português para quem vive do outro lado do mundo e as revistas australianas que trazem as últimas sobre Jolie & Pitt, mas considere, desde o início, ler os jornais locais, outros tipos de revistas e também livros. Lugares com grande concentração de brasileiros como Bondi Junction têm bibliotecas públicas onde você fica membro sem pagar absolutamente nada e pega diversos livros igualmente sem custo algum. Fará diferença nas quatro seções da prova.
#3. Sei que um churrasco com os mano e as mina todo final de semana em alguma praia com parque é sensacional, mas integrar-se com pessoas de outras nacionalidades é fundamental para desenvolver o inglês. Sei também que às vezes dá preguiça de falar, isso é normal, mas tente não ficar 100% do seu tempo só com brasileiro e falando em português.
Decidi marcar a prova #4. Inscreva-se em uma escola ou universidade que seja familiar pra você. Não necessariamente a instituição, mas a área, a localização do prédio, para que você possa chegar com tranquilidade, se sentir à vontade e não começar a se estressar assim que sair de casa. Outra coisa, antes de marcar, descubra dois amigos que fizeram no mesmo lugar e pergunte o que acharam, se a acústica é boa, se as mesas não são muito próximas, se os fiscais não são uns trogloditas, essas coisas.
#5. Antes do governo começar a flambar o sistema de imigração australiano, era muito mais concorrido marcar a prova. Ano passado, por exemplo, dependendo da época e do local, era preciso marcar com três meses de antecedência. Agora, é possível achar vaga para a mesma semana. Mas sempre tenha em mente que, por mais elizabético que seja o seu inglês, você precisará de tempo para se preparar.
Prova marcada, hora de estudar #6. Um bom curso preparatório para o IELTS ou uma boa professora particular são fundamentais. São eles quem vão mostrar o que é a prova e como se faz, além de dar dicas valiosíssimas. A partir daí, meu chapa, é com você. Se prestar atenção, fizer os exercícios e praticar bastante, a chance de êxito é grande.
#7. Muito cuidado com o curso que vai comprar. Tem escola que vende preparatório para o IELTS part-time à noite que não passa de um encaixe no meio de um curso full-time. O que isso signiifca? Você chega para estudar das 18h30 às 20h30, só que descobre que a sua classe de fato começou às 16h. Ou seja, você quer que aquelas duas horas renda o máximo possível, enquanto todo o restante não aguenta mais ficar na escola e só pensa em ir pra casa (incluindo alguns professores). Entrei numa dessas e nunca mais!
#8. Lembra das rádios AM que falei, dos livros etc? Uma vez com a prova marcada, é obrigação ler e ouvir todo dia. Se precisar, vai fazer compra no Coles para praticar inglês com a mulher do caixa, mas é hora de imersão total na língua e intensivão em todas as skills.
Véspera da prova #9. Se você vem fazendo os oito itens anteriores, na sexta-feira, véspera do teste, faça um favor a você mesmo: esqueça a prova. É verdade! Não estou falando para ir no Beach Road e quebrar tudo, mas tente ter um dia tranquilo, faça um esporte de leve, dê um mergulho, passe no bottleshop e leve uma cerveja para tomar à noite e durma cedo. Claro, ouça o máximo que puder de rádio AM, mas sem stress. Afinal, como bem disse Chainsaw no clássico Férias de Verão da Sessão da Tarde, o cérebro humano precisa de descanso.
Dia da prova #10. Sei que não é fácil, mas simplesmente relaxe. Como? Chegue cedo. Respire fundo, várias vezes. Alongue braços, pescoço e ombros. Ouça atentamente todas as instruções desde a chegada e, mais importante, siga. No speaking, sorria para a pessoa que vai entrevistá-lo. Seja educado. Leve uma garrafinha d'água para beber durante a prova, mas beba devagar, pouco, pois se der vontade de ir ao banhairo, você estará perdido. Aliás, nove minutos antes de iniciar o teste, dê uma última ida ao banheiro. Mais! Deixe todos os problemas em casa, ou junto com a última ida no banheiro, mas esqueça do mundo. Uma vez lá dentro, evoque Volpone, fecha-se em uma bolha e não deixe que o nervosismo, a malandragem, a petulância e o que mais estiver a sua volta tire a sua concentração. E na hora de fazer a prova, lembre-se que aquela é uma oportunidade para você mostrar o seu nível de inglês dentro daquele formato, e não o governo ou seja lá quem for querendo acabar com você. Portanto, aproveite!
E se acordar no dia, e achar que não sabe nada, fique tranquilo pois você não será o primeiro (ou talvez nem seja isso). Mais uma vez, o mestre Chainsaw (abaixo)...
E já que o assunto é Bondi, essa aconteceu na porta de casa. Como não se tratava de integrante de banda, registrei.
Na primeira chapa, temos dois simpáticos veículos estacionados. Normal.
Na segunda chapa, notamos que há algo colado no vidro da frente do Hyundai. O que será perguntariam os mais curiosos.
Numa aproximação do veículo, vemos que de fato foi colocado um bilhete de maneira bem grosseira, uma vez que os quatro pedaços de fita crepe estão mal e porcamente cortados e colados, sem a menor simetria ou senso estético, o que nos leva a concluir que o acabamento da peça certamente não era prioritário na ocasião - nos remetendo, então, ao conteúdo.
Assim, num trabalho de extrema perícia jornalística e correndo riscos, tamanha gravidade da situação, consegui registrar a mensagem do bilhete, esclarecendo de vez o que levou um ser humano em pleno final de tarde de uma ensolarada terça-feira de verão a digitar um bilhete no computador, imprimi-lo às pressas e colá-lo, com ainda mais pressa e doses cavalares de ódio, no vidro de um carro.
A equação é simples: um motorista folgado + um vizinho de saco cheio do motorista folgado que ocupou duas vagas para estacionar a merda de um carro = um dos melhores bilhetes já escritos e colados em um vidro de todos os tempos.
Importante: vamos relevar o erro de digitação, afinal, o gênio estava com pressa e ódio. Ele quis dizer ASSHOLE!!!
Lembrando que hoje à noite, na The Eastern, em Bondi Junction, começa a turnê do DJ Cia pela Austrália. Eleito o melhor DJ de hiphop da década, o brasileiro, que entre outros trabalhos faz o projeto RZO e atualmente produz o novo álbum dos Racionais Mc's, passará por quatro cidades.
Terça, 7 de dezembro - THE EASTERN HOTEL (SYDNEY) Quarta, 8 de dezembro - MONA VALE HOTEL (SYDNEY) Quinta, 9 de dezembro - ROXANNE PARLOUR (MELBOURNE) Domingo, 12 de dezembro - SIN CITY NIGHT CLUB (GOLD COAST)