domingo, 7 de março de 2010

Cultura Bondi no Beach Road



Conforme finalizei no post anterior, hoje, domingão: zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz.

O que não significa que precisa ser até amanhã. Pelo contrário! O sol está arrebentando lá fora e, como diria o meu jornal local: life's calling (aliás, daqui a pouco vou ao meu irish pub ler o meu diário e sapecar a minha Guinness matinal dos domingos).

O brasileiro não sabe, mas hoje fecha-se um ciclo na Austrália. Oficialmente, termina neste final de semana o verão esportivo, o que significa que acaba a temporada de cricket, tanto na TV, como nas escolas, parques, praias etc. Uma pena! Mas semana que vem o Rugby League vem com tudo e seguirá até outubro, tanto na TV, como nas escolas, parques, praias...



Mas voltando ao domingão, depois do CarnaCoogee de ontem, que quebrou absolutamente tudo, com a dupla Balu & JamLéia transformando o pub num verdadeiro baile de Carnaval, hoje inicia o Cultura Bondi.

O Cultura Bondi vem na esteira do Samba Project, projeto da Fibra Entertainment, da dupla Fernando & Igor, que traz ao Beach Road diferentes bandas a cada domingo, incluindo Ziggy & The Wild Drums tocando com o King Tide, Samba Groove, Soul Brazil e, abrindo hoje, o Samba Australia.



A entrada, como sempre, é grátis, e o Beach Road, como sempre, quebra absolutamente tudo. Portanto, quem sobreviveu a ontem, não tem desculpas pra não ir hoje.

O Cultura Bondi começa às 18h (ou 6pm, como dizem aqui).

quinta-feira, 4 de março de 2010

CarnaGoogee 2010 - De A a Z

Essa semana me perguntaram se o CarnaCoogee seria sábado ou domingo, qual era o valor da entrada e, acreditem, se a festa seria no Bondi Hotel ou no Beach Road.

As duas primeiras, nomais, mas depois dessa terceira, resolvi escrever o Guia CarnaGoogee 2010 - De A a Z, com tudo o que você quer saber sobre a grande festa de Carnaval que acontece neste sábado, em Sydney, mas não tem o celular do Balu para perguntar.



Abadá - Grátis para as duas mil (na verdade, um pouco menos, para as 1784) primeiras pessoas que chegarem e comprarem uma caipirinha.

Barbiecrew - Um dos patrocinadores. Para fazer churrasco em casa com picanha, maminha, alcatra e coração, é só clicar aqui.

Coogee Bay Hotel - O local (esquina da Coogee Bay Rd com a Arden St).

Dia - Sábado, 6 de março.

Entrada - Free! Grátis! Na faixa! No vassssxxco! Só paga o que consumir.

Feijoada - Sim! Não vai faltar comida típica brasileira (by the way, acabo de ser informado que feijoada ficará de fora, mas vai rolar outras delicinhas tupiniquins).

Gatas - Como em toda boa festa de Carnaval, é certeza de presença em massa.

Horário - Das 13h de sábado às 3 do domingo.

Ilha, ilha do amor, Madagascar - Apenas uma sugestão old fashion para o repertório.

JamLéia (pronuncia-se DjémLéia) - O novo nome artístico do Geléia, nosso popular Léo Paixão. Ele é o responsável pela direção artística do evento (uma espécie de Geleinho 30).

Kmart - Se a grana tá curta, é lá que você pode comprar a sua fantasia.

Luiz Gimenez - O Balu. O homem da Baluart 03 Productions. O dono da festa.

Marchinhas - Sim, vai rolar um pouco de tudo, desde as tradicionais marchinhas carnavalescas e sambas-enredo, até os insuportáveis axés. Em tempo: não é que eu deteste axé, longe disso, só não gosto do que foi produzido desde "O Canto da Cidade", ou seja, nos últimos 18 anos.

Na faixa - Só pra reafirmar que a entrada é free, grátis, no vassssxxco!

Ozzy Study Brazil - Um dos patrocinadores.

Pablito na Austrália - Um dos apoiadores, só não está assinando no cartaz porque ainda não tem logomarca. Alguém se habilita?

Quem não for não vai para o Céu - É sério! Pelo menos uma passadinha tem que dar.

Radar Magazine - Um dos patrocinadores. Aliás, a última edição com o Jorge Ben Jor na capa já está nas bancas (ops, nos pontos de distribuição).

Samba Australia - O grupo vai tocar no Selina's, aquela área interna, a partir das 22h. A programação no Selina's começa às 21h.

Transporte - O ônibus 313, 314 e 353 são as melhores opções para quem vai de Bondi Junction. O 353 também é perfeito para quem for de Maroubra. Já 370, 372, 373 e 374 são as alternativas para quem sai da City. Todos param na porta.

Uh - Tererê (só pra entrar no ritmo)!

Vista para o mar - Sempre! Esse é o melhor do beer garden, a área do lado de fora, onde a festa será concentrada durante o dia com batucada, mulatas, DJ's, caipora, capoeira e afins.

Weather forecast - A temperatura deverá ficar entre 21 a 29oC. A boa notícia: estará quente. A má notícia: possibilidade de chuva. Mas como tem muita área coberta, sem problema.

Year - 2010 (esqueci de colocar na data lá em cima, não é porque não achei nada melhor com "y").

Xenófilo - O oposto do xenófobo, ou seja, aquele que tem grande apreço pelos estrangeiros e sua cultura. Já que o Coogee Bay Hotel abriu esse espaço, vamos respeitar, dar um bom exemplo e mantê-los xenófilos em relação aos brasileiros.

Zzzzzzzzzzzzzzzz -
Domingo

terça-feira, 2 de março de 2010

Todo mundo pelado na Opera House


Milhares de terrestres saúdam o novo líder Darth Vader.

Aproveitando que a cidade está de pernas para o ar, literalmente, por conta do Mardi Gras 2010, o artista contemporâneo Spencer Tunick, conhecido no mundo inteiro por fotografar multidões nuas, apontou sua câmera para a Opera House.

Assim, na manhã fria de ontem, no nosso primeiro dia de outono, ele reuniu mais de 5 mil pessoas para mais uma de suas sessões.



Em Sydney, em qualquer época do ano, o fotógrafo norte-americano conseguiria juntar milhares de pessoas, pois um evento em que as pessoas precisam ficar peladas é a cara da cidade.

Quem mora aqui adora tirar a roupa! Todo dia, é possível ver alguém pelado (a) na calçada, próximo do carro com o porta-mala aberto, trocando a roupa molhada da praia por uma seca.

Mas a The Base, como foi batizada a instalação (artista adora usar esse termo, uma privada fotografada em um banheiro público é uma instalação), fez parte da programação oficial do Sydney Gay & Lesbian Mardi Gras, o que ajudou a reunir ainda mais pessoas.



Por conta do mau tempo, Spencer fez todo mundo esperar mais de duas horas para ver se o sol apareceria. Como o astro-rei não deu o ar da graça, foi sem ele mesmo. Aliás, correndo atrasadão na foto acima é o nosso glorioso Grant Denyer, o homem do tempo do programa de televisão Sunrise, provavelmente levando a má notícia:

- Come on Spencer, hurry up, hurry up, the weather won’t be better and things are getting smaller!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Vote For Mary no Beach Road


Amanhã, a partir das 21h, no Beach Road Hotel (71, Beach Road - Bondi Beach), tem Vote For Mary, excelente banda formada pelos músicos Laura, Manduka, Mark e Julio (sorry Julio, mas o nome do batera sempre vem por último).

Dizer que o Vote For Mary é uma banda brasileira, é mentira, mas também falar que é uma banda australiana, é complicado. Eles são em 4, sendo 3 brasileiros e 1 australiano, o que talvez dê pra afirmar que a banda é 3/4 brasileira e 1/4 aussie.



Porém, as letras são em inglês, o que torna uma espécie de 3/5 brasileira e 2/5 aussie. E, para complicar ainda mais, formaram a banda aqui na Austrália e vivem em North Bondi, fazendo dela 3/6 brasileira e 3/6 aussie.

Para não perder as contas, vamos aos fatos: amanhã, terça-feira, 2 de março, tem Vote For Mary, banda 50% brasileira, 50% aussie, no Beach Road, a partir das 21 horas. O som deles é 10, a entrada é $0 (free) e quem não for não vai para o Céu.

Ponto!

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Tsunami neste domingo - Evitem as praias

Com o terremoto de magnitude 8.8 (o máximo é 9) que atingiu o Chile ontem, registrando, até o momento, 122 mortes, outras partes do Oceano Pacífico estão em alerta de Tsunami.

Neste exato momento, quase 6 horas da manhã (horário de Sydney), a costa do Havaí está sendo evacuado, e de lá parece que o problema vem para o Japão, Filipinas e também Austrália.

Por ora, não é necessário evacuar nenhuma área. As autoridades só estão pedindo para as pessoas evitaram, de qualquer maneira, irem à praia ou próximo dela (até mesmo para tentar fotografar possíveis ondas gigantes).

O alerta de Tsunami foi dado ontem, às 19h45, pelo The Joint Australian Tsunami Warning Centre (JATWC), e é esperado que atinja a costa de New South Wales às 8h45 deste domingo, e a de Queenslnad às 8h15.

A verdadeira dimensão só será conhecida após atingir o Havaí.

Portanto, para quem está aqui, fiquem em casa, vão para o trabalho, mas nem pensem em ir pra Bondi Beach, Manly, Surfers Paradise ou qualquer outra praia. Para os pais e quem está no Brasil, resta aguardar e não entrar em pânico.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Segundo ouro no freezer canadense



Na primeira medalha de ouro da Austrália nesses Jogos Olímpicos de Inverno, Torah Bright, a gata, teve que desbancar duas norte-americanas. Agora foi a vez de Lydia Lassila, que para conquistar o segundo ouro do país, precisou deixar duas chinesas para trás.

A medalha veio no esqui aéreo estilo livre, uma espécie de salto ornamental, só que em vez de piscina, trampolim e maiô; neve, rampa, esqui e muita roupa.



E assim como Torah havia conquistado o ouro com uma manobra jamais realizada por uma mulher em competições, Lassila fez o mesmo.

Ela sapecou um inédito salto mortal triplo com uns giros no meio que não faço a menor idéia de como explicar (obviamente não sei nada de esportes praticados sob temperaturas abaixo de 10º C), somando 214.74 pontos, bem mais do que os 207.23 e 205.22 das intrépidas chinesinhas.



A vitória teve um sabor mais do que especial para Lassila, que há exatos 4 anos, nos Jogos de Inverno de Turim, arrebentou o joelho na mesma prova (se tivesse nascido no Brasil diriam que ela é brasileira e não desiste nunca).



Com o feito, a Austrália passa a somar 3 medalhas (duas de ouro e uma de prata). E no momento em que publico este post, ocupamos a 13a posição, sendo o único país do hemisfério sul a aparecer no quadro e estando à frente, inclusive, da matriz Grã-Bretanha, que só tem um ourinho.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

AC/DC - They Saluted Us



O trem de volta, do Estádio Olímpico de Sydney para a Central Station, reuniu a maior concentração de pessoas por metro quadrado que não estavam ouvindo Ipod.

Depois de duas horas de petardos atrás de petardos, clássicos atrás de clássicos, proporcionados pela maior banda de rockn'roll do planeta, ninguém ousou colocar o foninho branco no ouvido. Motivos?

1. A cota de decibéis da noite já havia estourada.

2. Depois de duas horas de AC/DC, vai ouvir o que?



Desde 1990, quando assisti ao meu primeiro grande show em estádio, um Hollywood Rock que juntou Bon Jovi e Marillion na mesma noite, além do tal do EMF (you're unbelievable, lembram?) e Lulu Santos, que tomou uma sonora vaia, venho ticando as bandas que faltam para eu assistir, e o AC/DC era uma que incomodava.

Não consegui vê-los quando foram ao Brasil, nos idos dos 90, e, ao lado de Van Halen e David Bowie, vinham me pressionando no topo da lista. VINHAM!



Assistir ao AC/DC na Austrália, ver os caras na casa deles, tem um sabor especial. É o mesmo que ver o Paul Mccartney tocando com o Ringo Starr em Liverpool, fumar um charuto com o Fidel em Cuba ou participar do especial de final de ano do Roberto Carlos gravado em Cachoeiro do Itapemirim.



Principalmente pra nós que moramos nos Eastern Suburbs de Sydney, cercados por belas praias e gente do mundo inteiro (incluindo suecas). Há dez anos sem se apresentar por aqui, a banda nos deu a oportunidade de presenciar um pouco da Austrália de verdade, do australiano de verdade, que vai muito além do salva-vidas do SLSA e do Mick Dundee com o chapéu e a bermuda do Outback.



E se por uma lado havia figuras únicas, verdadeiros tomadores de VB e Jim Beam, por outro também tinha muitas crianças (crianças mesmo), além de vovôs e vovós. E todos convivendo numa boa, chegando no estádio gritando, empolgados, mas civilizadamente; lá dentro, sem empurra-empurra, respeitando as filas para comprar cerveja e ir ao banheiro; e quando começou o show, sem aquele tradicional arrastão em direção ao palco que esmaga os coitados que madrugaram na porta do estádio para garantir um lugar na frente, e sem aquelas rodas patéticas com uma monte de cara suado se arrebentando.



Quem abriu o show foi o Wolfmother (parece que teve outra mas quando cheguei eram eles), ótima banda australiana que até hoje não se conformou por não ter nascido nos anos 70. Sorte nossa, pois os caras trazem uma forte influência de Sabbath, algo de Deep Purple e Led Zeppelin, mas fazendo um som bem atual, algo que qualquer banda de garagem gostaria de fazer (acreditem, num mundo dominado por dj's, música eletrônica e produtores que só querem faturar, isso é um grande elogio). Sonzeira!



Quanto ao show do AC/DC, não tenho o que falar. Uma banda que há 4 décadas vem produzindo clássicos como The Jack, T.N.T., Highway to Hell, Hells Bells, You Shook Me All Night Long, Back in Black, For Those About to Rock (We Salute You), Thunderstruck e Rock 'n' Roll Train, todas tocadas, na verdade, executadas durante o show, o máximo que posso falar é que o Angus Young, com cada vez menos cabelo e cada vez mais inchado, está a cara do Erasmo Carlos, o Tremendão. E a pergunta que não quer se calar, é:

A brasileira, conhecida mundialmente pela pouca roupa na praia e pelo umbigo de fora em todo lugar, não é adepta do topless. Nos shows do AC/DC, aí no Brasil, durante clássicos sacanas como The Jack e You Shook Me All Night Long, rolaram peitos ao vivo no telão como aqui?



PS: fotos de Guta Campos e Rodrigo Holler (essa última definitivamente de Rodrigo Holler)