quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Summer Connection no Coogee Bay Hotel



Amanhã, sexta-feira (22/jan), no Coogee Bay Hotel (Selinas), vai rolar a Summer Connection, a primeira grande festa Brazil/Australia de 2010.

Marcada para às 21h, o primeiro a subir no palco será Ziggy & Wild Drums. O Ziggy, pra quem não sabe, é o fundador do Acústico Reggae, banda que fez e ainda faz muito sucesso em Porto Alegre. Já os Wild Drums são um guitarrista kiwi e dois australianos que, juntos, fazem um dos melhores reggaes de Sydney.



Na sequência tem Kid Mac, o australiano filho de brasileiros (na verdade, do grande Macário) que quebra absolutamente tudo. O cara faz um rap e um hip hop de primeira, tem influência de música brasileira e vem com a banda toda. Son-zei-ra, como podem ver abaixo!




Fechando a noite, ninguém menos do que Mad Professor, DJ britânico que fisicamente é uma mistura de Tio Carlinhos (da rua) com Quincy Jones e é conhecido como o rei do Dub.

Cunhece!!!



Pra garantir o seu ingresso a $15, passe até às 17h em uma das agências da Ozzy Study Brazil. Aproveite, pois na porta estará $25.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Princeso William em Sydney



O príncipe William está em Sydney. O que ele realmente veio fazer na ex-colônia penal de férias da Grã-Bretanha só a vó sabe, a Vó-ssa Majestade, mas o fato é que William Arthur Philip Louis, ou simplesmente príncipe William de Gales, ficará três dias por aqui.

Filho do príncipe Charles com a princesa Diana e segundo na linha sucessória ao trono real, princeso William obviamente está mobilizando a imprensa, a metade da população que ainda é monarquista e, claro, as mulheres, que, se estiverem no lugar certo na hora certa, podem ganhar um herdeiro do rei ou até mesmo acordar rainha do Reino Unido.



A Austrália é o que a gente chama de "monarquia para inglês" ver. Exxxxplico: o regime ainda é a monarquia constitucional, mas o sistema de governo é a democracia parlamentar. Ou seja, a rainha não apita mais nada, porém ainda é a soberana-mor do país. É ela quem indica o governador-geral para legitimar a escolha do primeiro-ministro, posar pra foto, essas coisas. Atualmente, temos uma governadora-geral, a primeira da história (abaixo, ao lado do princeso).



Os laços jurídicos com a nave-mãe foram cortados definitivamente em 1986, quando Vossa Majestade retirou todos os poderes sobre a Austrália. Em 1999, houve um referendo popular para decidir se o país mudava para federação ou continuava sob os auspícios da monarquia. Com 55% dos votos contra, mantiveram a monarquia.



Parece que não, mas saindo um pouco de Sydney, Melbourne, Adelaide e talvez Perth, no resto do país a população é bem conservadora. Aliás, nessas cidades também, mas é um pouco mais aberta.

Bem, em homenagem ao princeso, tomarei o chazinho do pai dele, o príncipe de Gales.



Mas com VEGEMITE, mate!













segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Juizes-de-linha (já repararam?)



Como devem ter percebido, estou em total clima de tênis. Na verdade, também de críquete, mas não escrevo sobre o assunto porque a audiência do blog despencaria, uma vez que brasileiro odeia o esporte, e também para não ser acusado de "aussieófilo" - seja lá o que isso significa.

Mas o fato é que, quando não tem deusa russa em quadra, acabo reparando em outros fatores que envolvem uma partida, e um deles em especial tem me chamado a atenção: a institução juízes-de-linha.



Já repararam neles, aqueles três seres que ficam no fundo de cada lado da quadra? Que aflição! Pra começar, os caras passam a maior parte do jogo debruçados sobre os joelhos, numa posição ainda mais corcunda que a do nosso saudoso australopithecus. Haja relaxante muscular para as costas.



Outro fator interessante que só é possível ver quando não tem russa em quadra é o movimento pós-saque. Notem! O juiz-de-linha que está na quadra oposta ao sacador, na metade que o tenista recebe a bola, posiciona-se na linha do jogo de dupla e, após a devolução do saque, dá um passinho tipo anos 80 (aquele que um pé passa por trás do outro) para o lado, ficando de frente para a linha do jogo de simples (coisa de quem já usou muito iate quadriculado).

Nesse mesmo momento acontece o efeito pistão. Até o ponto ser decidido, não sei porque cargas d'água, o juiz do meio, que no momento do saque estava debruçado sobre os joelhos, ergue-se e permanece ereto até o ponto ser decidido.

Logística, numerologia, campo de visão, sinceramente, não sei porque os da ponta ficam de castigo e o do meio relaxadão, mas tem coisas que nem a van filosofia explica.



Obviamente só falei dos juizes do fundo de quadro, pois são os que aparecem na TV. Os da lateral são vistos apenas quando tomam espouuurro, como aconteceu com essa simpática japinha no ano passado.



Mas as perguntas que realmente não querem se calar são:

1. Quanto ganha um juiz-de-linha?

2. É por jogo, torneio ou mensal?

3. Como é a formação? Tem curso específico? Universidade?

4. Existe uma associação ou sindicato?

5. Se existe, a classe é unida, são coorporativistas ou é cada um por si?

6. Alguém conhece um juiz-de-linha ou é tipo enterro de anão?

7. E por último, mas não menos importante, quem é o grande nome do juizismo-de-linha mundial?

Hit for Haiti



Ontem, oito e meio dos melhores jogadores de tênis do mundo dividiram a mesma quadra em prol do Haiti. "Meio" porque Bernard Tomic, a maior promessa australiana, só tem 17 anos e jogou somente os minutos finais.

Roger Federer, Rafael Nadal, Novak Djokovic, Andy Roddick, Lleyton Hewitt, Serena Williams, Kim Clijsters e Samantha Stosur - mais Bernard Tomic - atraíram uma multidão para o Rod Laver Arena, em Melbourne, que viram 90 minutos de show.



A russa (e deusa) Maria Sharapova, que não pôde jogar, doou $10,000, $20,000 foram arrecadados só de latinhas recolhidas nas proximidades do Melbourne Park e $159,000 em ingressos e doações do público.

Daqui a pouco começa o Australian Open pra valer, mas esse Hit for Haiti organizado em menos de 24 horas pelo Federer, já valeu por toda a temporada!

sábado, 16 de janeiro de 2010

Update pré-Australian Open e Hit fo Haiti

Acabou nesse instante o último torneio de aquecimento para o Australian Open 2010. Na verdade, o penúltimo, pois Roger Federer, o cara, juntou alguns dos melhores tenistas do mundo para realizarem um evento beneficente, amanhã, em prol do Haiti. Mas falo sobre isso depois.



Marcos Baghdatis, tenista do Chipre que é um misto de Serginho Malandro com Nandão (da rua), acaba de vencer o francês Richard Gasquet por 2 sets a 0, parciais de 6/4, 7/6 (3), conquistando o Medibank Sydney International. E ontem, a sempre elegante Elena Dementieva atropelou a número um do planeta Serena Williams por 2 a 0 (6/3, 6/2), faturando o feminino.



No domingo passado, dia 10, o norte-americano Andy Roddick venceu por 2 a 0 o tcheco Radek Stepanek num jogo que mais parecia xadrez, parciais de 7/6 (2), 7/6 (7). E no feminino, no duelo épico das belgas, Kim Clijsters levou a melhor sobre a ex-número 1 do mundo Justine Henin, ao vencer por 2 a 1. De quebra, Clijsters doou os $37,000 de prêmio para o Brisbane’s Royal Children’s Hospital. Sem comentários!



Também no final de semana passado, acabou, em Perth, o Hyundai Hopman Cup. A Espanha, dos tenistas Maria Jose Martinez Sanchez e Tommy Robredo, venceu a Grã-Bretanha da sensação Laura Robson, 15 anos, e do eterna promessa Andy Murray.



E amanhã, dia em que os tenistas estariam finalizando a preparação para o Australian Open, Roger Federer levará para o Rod Laver Arena, em Melbourne, ninguém menos do que Novak Djokovic, Rafael Nadal, Andy Roddick, Kim Clijsters, Serena Williams e Sam Stosur. É o Hit for Haiti, evento beneficente com 100% da renda revertida para o país. O Hit for Haiti começa às 14h e quem estiver em Melbourne e não for, simplesmente não vai para o Céu. É sério! Compareçam!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Jessica Watson - No Evereste dos Navegadores



Ontem, 13 de janeiro, às 20h4o (horário de Sydney), ela, que não via um pedaço de terra havia 88 dias - desde que partira da Baía de Sydney em 18 de outubro -, não só avistou como contornou.

E não foi qualquer pedaço, mas sim o mítico Cabo Horn, o Monte Evereste dos navegadores, o ponto em território chileno que divide as águas austrais do Pacífico e do Atlântico.



Estou falando de Jessica Watson, a australiana de 16 anos que está tentando, a bordo do seu intrépido Ella's Pink Lady - o barco -, ser a pessoa mais jovem do planeta a circunavegar o globo terrestre sem paradas nem assistência (uma espécie de Amyr Klink de saias).



A previsão inicial para chegar ao Cabo Horn era 11 de janeiro, mas o que são dois dias de "atraso" para uma adolescente que deveria estar numa sala de aula cercada de acnes?



Jessica já navegou 9,800 milhas náuticas até o momento. Saindo de Sydney, ela subiu a sudeste e deu um pulinho no hemisfério norte para validar o feito (é uma das regras); desceu a sudoeste a caminho da Tierra del Fuego, enfrentando as águas mais do que nervosas e os ventos mais do que tresloucados do Pacífico entre a Argentina e a Antárctica (velejou entre 30 a 40 nós nas últimas 24 horas); contornou o Cabo Horn; e agora sobe em direção às Ilhas Malvinas para cumprir a terceira parte da jornada, que é ir de um cabo ao outro (do Horn para o da Boa Esperança, na África).



Como sou fã declarado, a única coisa que posso dizer é: Go Jess!!!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Código dos Surfistas em Manly



As praias da Austrália são mundialmente famosas pelo "swim between the flags", um verdadeiro clássico local que orienta os banhistas onde eles devem entrar e ficar na água.

As duas tradicionais bandeiras vermelhas e amarelas indicam que aquela área não só é a mais segura, como também está sendo vigiada pelos salva-vidas (lembram da Pamela "C. J. Parker" Anderson? É mais ou menos aquilo, só que de amarelo e não tão turbinada).

Com isso, os surfistas automaticamente sabem que devem pegar onda em qualquer outro lugar da água, exceto na área entre as bandeiras.

Charge de Nicholson

Para evitar o que ocorreu no último final de semana, em Byron Bay (NSW), quando um surfista de 10 anos foi atropelado por outro que descia uma onda e ficou seriamente ferido, o council de Manly, praia no norte de Sydney com alta concentração de brasileiros, acaba de lançar o código dos surfistas.



No formato de uma prancha de surfe, eles desenvolveram uma placa com algumas regrinhas e dicas. Coisas do tipo: direito de passagem, o que não fazer para chegar na onda (proibido dropping in ou snake), como remar fora, necessidade de avisar se vai descer pela direita ou esquerda, enfim...



Novatos e turistas, é bom respeitarem as regras, pois não é de hoje que os locais de Manly e de várias outras praias estão irritados com os forasteiros (o que acontece em todo lugar do mundo), e isso inclui muitos brasileiros que chegam em turmas grandes, zoando o barraco e entrando na onda dos outros.



Pior! Se der algum problema, aqui não tem C. J. Parker pra fazer o resgate!