terça-feira, 1 de setembro de 2009

O Princesão e a Primavera na Austrália

Lembram do Princesão do QVB, o australiano que está em frente ao Queen Victoria Building, em Sydney, cobrando $1 por beijo?



Então, na maioria dos países do hemisfério sul, a primavera começa em 22 de setembro e vai até 21 de dezembro, período que astrologicamente vai do equinócio de setembro ao solstício de dezembro (algo sim).

Não sei se por alguma lógica anglo-saxônica ou qualquer outro motivo, a Austrália, que tem o Cruzeiro do Sul na bandeira e como um de seus principais símbolos pátrios, simplesmente ignorou esta história de equinócio, solstício, plutão na casa 4 e, mesmo sendo um país austral (o próprio nome vem de terra do sul), decidiu que a primavera e todas as outras estações do ano começariam no primeiro dia do respectivo mês.



Assim, hoje, primeiro de setembro, mesmo sem os animais e as plantas terem sido avisados, entramos oficialmente na primavera.

E, na frente do Queen Victoria Building, na hora do almoço, Lachlan Christie, o princesão do QVB, além da plaquinha "Kisses $1", também segurava outra com a palavra "Spring", enquanto dançava um som aborígene com batidas eletrônicas que havia ligado de fundo.

Fi-gu-ra-ça!



Ah! E não por acaso, hoje é o dia da Golden Wattle, a flor nacional da Austrália. Para vê-la em Sydney, vá ao Botanic Gardens.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Batalha Naval em Wooloomooloo Bay



153 - J



Água!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Beijo a $1

Não, não estou mudando de ramo, muito menos dando os primeiros passos para aderir à profissão mais antiga do mundo.

Quem está vendendo beijos a $1 é o australiano de 24 anos Lachlan Christie, que há duas semanas os distribui em frente ao Queen Victoria Building, no coração de Sydney.


Ela poderia ser brasileira, mas é portugesa.

Segundo o princesão do QVB, "isso é um experimento social para ver a reação das pessoas". Sei! No meu tempo tinha outro nome.

Em 2004, em Martin Place, a poucos quarteirões dali, outro australiano começou o "Free Hugs", movimento que se espalhou pelo mundo inteiro. Lachlan diz que se inspirou nele.

De qualquer maneira, no melhor estilo Xuxa brincando com a Sasha no Twitter (ou seria Sacha? Ou seria Saxa? Bem, português não importa), após beijos a 1 dólar e abraços na faixa, resta saber quem distribuirá apertos de mão.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Gemma e Rafa - Australia's Perfect Couple

Acabou, agora a pouco, o reality show Australia’s Perfect Couple. Ao todo, 8 casais permaneceram em uma bela mansão durante 6 semanas disputando o prêmio de 25o mil dólares.



Conforme escrevi a um mês e meio, não sou chegado em televisão, muito menos em reality shows, mas este acompanhei porque um dos casais é nosso chapa.

E não é que eles venceram?

Rafael, chef brasileiro do Alto da Boa Vista, em São Paulo, e Gemma, modelo de biquini neozelandesa, faturaram a grana.



Entre choques, furos de olho, drinks, intrigas e risadas, os participantes foram eliminados a cada semana, até que na final, disputando o título de casal perfeito da Austrália, chegaram Raf/Gemma e Dan/Robbie.



Detalhe: além dos dois que não nasceram aqui, o outro casal era de homossexuais.



Isso mesmo! Com certeza, muitos australianos xiitas não gostaram nada, mas e daí? O importante é que a festa no Beach Road já deve ter começado e o quarto de milhão tem dono!

Congratulations Rafa e Gemma, the Australia’s Perfect Couple!

Pablo Nacer na Copa 2014



Atendendo ao pedido do meu amigo e irmão Rafael Cury, e com base no último post, lanço aqui a campanha Pablo Nacer 2014 - Levantando a bandeira da moral na arbitragem brasileira.

Email do Rafa:

Querido auxiliar Pablo Nacer,

Acho que a atual fase será muito útil em terras tupiniquins. Lanço agora sua candidatura a fazer parte do quadro de árbitros da FIFA. Um bandeira com sua índole, ética e competência é o que falta para moralizar a arbitragem mundial. Sugiro lançar a campanha no seu blog agora mesmo: Pablo Nacer, o bandeira oficial da copa de 2014. Não senhor, não haverá quarto-zagueiro uruguaio que intimide você. Não cairá em faltas cavadas pelo Robinho. Tampouco a Nike poderá fazer conchavos com você lá. Chega de incompetência! Chega de ladroagem. Pablo Nacer levanta a bandeira da moral na arbitragem (belo slogan, hein?).

Grande abraço,
Rafa



Rafael, campanha lançada. E na dúvida:

SAME LINE! SAME LINE!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Bandeirando



Quando o Sydney Brazilians Social Club, o popular Canarinhos, parecia que iria engrenar, a coisa novamente desandou e saímos de campo com mais uma derrota, além de um futuro incerto na competição. O time começou jogando bem, Celê voava na ala esquerda, mas os jogadores não conseguiram empurrar a bola pra dentro. Na segunda etapa (ops, segundo round), nosso goleiro falhou, o ataque não marcou e a vaca foi para o brejo: 1 a 0 Phoenix.



Mas o destaque mesmo foi a minha estréia como linesman. Isso mesmo! Ban-dei-ri-nha! A Austrália nos proporciona coisas fantásticas, entre elas iniciar atividades jamais pensadas anteriormente.



Desde que cheguei, trabalhei um ano como garçom, 2 dias numa obra, 1 dia em uma bakery, virei cartola de futebol e ontem bandeirinha. Cada um, claro, tem as suas manhas e segredos.

Na bakery, por exemplo, o segredo é ficar sempre atento, pois padeiro distraído acaba queimando a rosca. E essa, definitivamente, não é a idéia. Já os segredos de um bom bandeira são 3: ele não pode ficar parado, deve manter um olho no peixe e outro no gato e ter uma cerveja gelada sempre à mão. Explico!



Acompanhar os lances correndo transmite maior credibilidade. Toda vez que o La Cicciolina ou o 4 in Hand atacavam, eu ia junto com a bandeira abaixada. Quando marcava ou deixava de marcar alguma coisa, os jogadores, vendo que eu estava em cima, respeitavam a decisão. Apenas em um lance polêmico, que resultou em gol, tive problemas. Dois zagueiros reclamaram bastante, mas eu mandei um sonoro “Same line! Same line!”, “Keep playing or I’ll report you to the referee”, e os caras ficaram quietos. Fácil!

Foto tirada pelo Tira-Teima

Lance dificílimo, mas não para um bandeira que voa.

O ideal seria que todo bandeira fosse vesgo. Mas aquele vesgo com um olho para cada lado, não os dois para o centro. Só assim ele teria 100% de precisão para marcar os impedimentos decorrentes de lançamentos de longa distância. Fico imaginando que craques como Gérson e Pita eram os terrores dos bandeiras. Eu, que não sou vesgo, tive certa dificuldade, pois os australianos jogam muito na base do chutão. E aí, era sempre um olho no zagueiro que chutava lá de trás e outro nos atacantes lá na frente.

E, claro, uma cervejinha gelada do lado ajuda. Sabem como é, sol forte, aquela solidão danada, pois só o lateral é seu amigo, e o restante do seu time bebendo no campo ao lado (além de cornetar, claro). O jeito era aproveitar os escanteios do lado do Marcone, o bandeira número dois (ou seria o número um?), e dar uma refrescada.



Ao término da partida, nada de dedo em riste, escolta da polícia, copos com xixi ou referências à dona Ana Maria (minha mãe). Fui ao centro do gramado, parabenizei o árbitro pelo bom trabalho – ele fez o mesmo – e embolsei 25 doletas (tchu-tchín!), que horas depois, no ótimo Australia and Brazil Music Festival, viraram Tooheys New. Aliás, texto sobre o festival nos próximos dias.

sábado, 22 de agosto de 2009

All Blacks - Post para o cunhado

Este post foi especialmente feito para o meu cunhado Rob, que está de férias no Brasil com a minha irmã e os gêmeos, e, por sorte, não viu nada o que aconteceu por aqui. Mas eu vou contar!

Rob, final de semana esportivo literalmente negro para a Austrália. A lambança começou ontem, com a derrota do mala do Lleyton Hewitt para o Federer por 2 a 0 (6-3 6-4), pelas quartas do Cincinnati Masters. Essa foi a 13ª derrota consecutiva do australiano para o suíço. Muito gritinho de come on pra pouco tênis.



Ainda ontem, na Inglaterra, em jogo válido pelo 5º e último Test do Ashes 2009, cricket, a Austrália iniciou bem a segunda entrada, o jogo estava aparentemente sob controle com 70 e poucas corridas e nenhum eliminado, até que o tal do Stuart Broad começou a derrubar tudo quanto é wicket, detonar os rebatedores e, numa sova histórica, fechou a entrada com 10 wickets em apenas 312 bolas. SO-VA!



E agora a pouco, direto do Estádio Olímpico, em Sydney, a Austrália perdeu para os All Blacks, nos minutos finais, por 19 a 18. Este é o jogo de maior rivalidade do Rugby Union, uma espécie de Brasil x Argentina, e com a derrota, os Wallabies, como são conhecidos os australianos, não têm mais chances no Tri-Nations deste ano. O título ficará entre Nova Zelândia e África do Sul.



Bem, Rob, vou dormir pois aqui já é tarde. No momento, o placar no cricket é 5/168 para a Inglaterra, que lidera com 340.

Para quem não acompanha o esporte, sei que este placar não quer dizer absolutamente nada, mas em bom português significa que, pelo andar da carruagem, a coisa está tão feia, mas tão feia, que como a última esperança para salvar o final de semana é o Mark Webber na Fórmula-1, vai dar Rubinho!



Have a good day mate!