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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Geléia - Como você nunca viu



A fera vai embora. Pouca gente conquistou tantos corações em tão pouco quanto Leonardo Paixão, ou Léo Paixão, ou Geléia, Jam Léia... Carismático, talentoso e, acima de tudo, um ser humano raro, o capixaba-carioca que em 2 anos de Austrália gravou seu nome para sempre na comunidade brasileira, em especial na de Sydney, volta no próximo dia 8 de agosto para o Brasil, onde vai morar em Porto Alegre.

O show de despedida com a Tropical Jam, a banda que o tem acompanhado, acontece nesse domingo, a partir das 18 horas, no Beach Road, e, mais do que nunca, quem não for não vai para o Céu.

Antes, no sábado, Balu, um de seus principais incentivadores, vai fazer um almoço especial com Tutu de feijão, bistequinha e banana à milaneza, do meio-dia às 17h, ao som de chorinho ao vivo tocado por Andrezinho, um dos parceiros musicais do Geléia. A entrada é grátis e o Mocean está na 34a Campbell Parade (Bondi Beach).



A seguir, Geléia fala dos motivos pelos quais está voltando, de sua experiência na Austrália, música, preconceito, homessexualismo e, acrditem, IT.

Por que você vai embora?
Nossa, difícil explicar… Um conjunto de acontecimentos aqui e no Brasil me levaram a tomar esta decisão. Mas basicamente, não conseguia ficar preso às limitações de um visto, preciso de liberdade para realizar os meus projetos e estava cada dia mais difícil sustentar todas estas etapas.

Você está mais feliz por voltar para o Brasil ou mais triste por deixar a Austrália?
Não sei o que me aguarda no Brasil nesta volta, toda uma ansiedade relativa ao novo, mas confesso que não está sendo fácil deixar a Austrália. Tristeza é uma palavra que não entra no meu vocabulário, mas posso dizer que deixo a Austrália ja com muitas saudades.

Em praticamente dois anos, você se tornou uma das pessoas mais populares e conhecidas da comunidade brasileira de Sydney, além de cantor com público cativo. Você esperava isso quando desembarcou na Austrália?
Bom saber que sou conhecido e popular na comunidade brasileira… (risos). Não esperava essa notoriedade toda. Vim pra cá para descobrir e desafiar o meu eu artístico, revolucionário, precisava dessa experiência… E as coisas foram acontecendo naturalmente. Quando vi estava cantando, envolvido em projetos de arte, comunicação, falando com as pessoas e cantando, que é uma das minhas maiores paixões.



Aliás, quando decidiu vir para a Austrália, qual era o seu objetivo?
Foi uma decisão bem rápida, mas sempre sonhada. Sempre tive vontade de ter uma experiência internacional, falar inglês, experimentar outras vivências e nunca tinha tido oportunidade. Em maio conversei com meu irmão (meu guru) e tomei a decisão. No mesmo mês avisei os meus gerentes e em julho eu estava chegando na Austrália. Meu objetivo principal aqui era aprender inglês e viver novas experiências… Realizei ambos.

Nestes dois anos, o que mais você gostou da Austrália e o que menos lhe agradou?
Sucintamente falando, adoro o jeito despojado dos australianos, os vinhos da região, a consciência ecológica e a segurança que temos aqui. De negativo, acho a indústria da comunicação e entretenimento, que tem muito a melhorar, e a distância do Brasil. Poucos, né?

Quando a música surgiu na sua vida?
Cresci com minha mãe cantando Elis Regina, Clara Nunes, Emilinha Borba, Amelinha, entre outras, e o meu pai escutando o rádio às cinco da matina com o melhor do sertanejo. Nelson Goncalves é o seu favorito. Meu primeiro CD foi do 14Bis, presente do meu irmão. Meus irmãos me influenciaram com o movimento dos anos 80, por eles serem praticamente 10 anos mais velhos do que eu, e nasci no interior, né, roda de violão, garrafão de vinho (daqueles Sangue de Boi) e boas músicas nunca faltaram na minha infância e adolescência. Me reencontrei com a música em 2007/2008 quando comecei a frequentar as aulas de cantoterapia da Sonia Joppert ali na Gávea, no Rio de Janeiro.



Quando descobriu que tinha talento para cantar?
Quando comecei a frequentar as aulas de cantoterapia, a Sonia e os colegas de classe ficavam impressionados com as escalas que eu atingia e a potência da minha voz. Fizemos alguns workshops na região serrana do Rio e tínhamos que cantar para um pequeno público do hotel onde estávamos hospedados. Minha perna tremia "quinem vara verde". No final, os aplausos eram bem entusiasmados. Daí comecei a pensar no assunto. Será mesmo? Minha professora Sonia chegou bem pertinho de mim e falou: "Você pode tudo o que voce quiser!". Arrepiei, né.

Quais são as suas principais influências musicais?
Nao tenho influência musical. Acho que prefiro falar assim. Detesto limitacões. Não posso escolher um estilo de música para me emocionar, eu sou movido pelo som, pela harmonia que toca a minha alma, se vai ser um JAZZ ou um SERTANEJO, só o momento vai me dizer. Existe uma música certa para o momento certo. Toda música e toda musicalidade tem o seu valor, por mais pobre que uma música possa parecer para alguns, a mesma música pode ser trilha sonora de bons momentos para outros.

Como começou o lance de cantar aqui na Austrália?
Há um ano, talvez mais, eu frequentava as festas brasileiras e um dia os meninos do Samba Australia me chamaram pra cantar. Fui! Daí soltei um Tim Maia, bem ao estilo Maia de ser e a galera curtiu. Em Outubro do ano passado, o Andrezinho me convidou pra fazer um domingo todo meu no Coogee Bay Hotel, num projeto da Baluart Productions. Dali em diante não parei mais. Consegui mais duas datas, fiz o CarnaCoogee e o Carnaval na Home, em Darling Harbour, o Cultura Bondi e estava planejando almejar outros voos, mas tive que colocar estes outros projetos on hold.


Qual foi a sensação de saber que independentemente de onde fosse cantar, um grande número de fãs o seguiria?
A sensação foi de muita responsabilidade. Todos nós sabemos o quanto as pessoas trabalham no dia-a-dia e, se saem de casa, é porque elas querem diversão, entreter-se, relaxar. Esse é o meu papel no palco, levar energia, matar a saudade do Brasil, colocar todo mundo pra dançar, interpretar as músicas na vivência das letras, buscar o olhar das pessoas, usar minha voz como instrumento de amor, de amizade, de alegria e também de saudade. Tenho que fazer o meu melhor sempre.

Como foi cantar para algumas pequenas multidões, como o CarnaCoogee, com cerca de 2 mil pessoas, por exemplo? Aliás, qual foi o seu maior público? E qual foi o seu show inesquecível?
Uau! Fazer o CarnaCoogee foi algo mágico e foi o meu maior público, acredito. Não somente pela grandiosidade do evento mas também pela conquista pessoal e o trabalho como produtor artístico, juntamente com o Balu e com o Andrezinho. Levar dois músicos australianos para o palco e eles serem responsáveis pelos sopros nas marchinhas foi algo bem desafiador. Talvez as pessoas não consigam entender a representatividade deste projeto visto que marchinhas de carnaval fazem parte da nossa cultura e da nossa história musical. Um marco pra mim foi minha estreia no Bondi Samba Project, onde a banda foi toda montada por mim e tive que assumir o papel de band leader, gerenciando pessoas, ensaios, repertórios, custos, etc. Todos os meus amigos estavam na plateia para me assistir. Foi confortante tê-los.



Onde você não cantou que gostaria de ter cantado?
Ah, estamos falando de sonho, de goal, de pensar grande? The Basement!

Negro, homessexual e gordo. Tanto no Brasil quanto na Austrália, é uma combinação que foge do padrão de beleza/comportamento socialmente imposto. Mesmo assim você venceu. Por que?
Porque eu não fiquei envolto disso. A primeira atitude é aceitar o seu corpo, o seu jeito de ser e de agir. Uma vez que você se aceita como você é, as coisas ficam bem mais fáceis de serem digeridas. Eu levo amor dentro do meu peito, levo respeito, levo amizade, levo sorriso, levo sinceridade para todas as outras coisas eu, definitivamente, uso MASTERCARD.



Onde você sofre (sofreu) mais preconceito, aqui ou lá? E por quais fatores?
Posso dizer que nunca sofri preconceito, nem por ser gay e nem por ser negro. O que já rolou por exemplo é a pessoa que eu sento no ônibus e a pessoa do lado dar aquela olhadinha pensando “nossa, que gordo me encostando” (risos). Mas falando sério, claro que já rolaram coisinhas do tipo “olha o viadinho”, “o gordo mais gordo” e tal, mas não dava atenção a estas pessoas e como sempre fui muito querido, eu nunca tinha tempo de responder às agressões verbais, primeiro porque eu detesto confusão e segundo porque sempre tinha um amigo que falava antes de mim. Sempre fui rodeado de grandes amigos. Em relação ao fato de ser negro, nunca sofri nada!

Desde que chegou, você emagreceu bastante. Você foi atrás disso ou foi algo que ocorreu naturalmente pelo estilo de vida daqui?
Emagreci 25 kilos pela música. Precisava respirar melhor, melhorar o meu condicionamento físico, ter potência de voz, não dá pra dançar, cantar, interpretar e ainda dar tchauzinho com 140kg, né. Ja vim do Brasil com este pensamento e consegui colocar este projeto em andamento com a ajuda da minha personal trainer Vanessa Lima.

Você teve grandes amores na Austrália? Viveu grandes paixões?
Não. Acho que esse é um ponto que eu queria ter vivido e não rolou. Tive uma vida muito corrida aqui, não tinha tempo pra nada, depois com os shows, então, piorou. Mas posso dizer que provei do tempero australiano… e gostei, viu. Acho que eles são mais tranquilos em relacão a relacionamento, às vezes essa “latinidade” que temos é exagerada.

Voltando alguns anos, quando descobriu a sua homessexualidade?
Quando eu estava na faculdade e consegui minha independência financeira. Fiz 2 meses de terapia e fui me jogar pelas nights gay do Rio de Janeiro. Uma vez me aceito como gay, quis contar para o mundo.



Como foi falar para a família? Qual foi a reação deles?
Foi maravilhosa! Meus irmãos, meus melhores amigos só ficaram preocupados com a reação dos meus pais. Minha mãe me veio com a frase: "Quer dizer que eu não vou ter um neto de voce? É temporario?" (risos) Uma fofa! E o meu pai simplesmente falou que queria a minha felicidade e que me amaria da mesma maneira. Com isso, liguei o foda-se para o resto do mundo! Piegas, mas tenho uma família de ouro!

E depois, no seu ciclo de amizades, na vizinhança, o que aconteceu? Fale um pouco onde você vivia naquela época?
As pessoas já sabiam. O problema estava dentro de mim mesmo, e eu consegui me assumir. A partir desse momento, eu conseguia falar de sexo, homossexualismo, bissexualismo com muita naturalidade. Os meus amigos da faculdade (detalhe, todos heteros) me abraçaram e ficaram felizes por mim, por eu ter verbalizado os meus sentimentos. Eu vivia numa prisão emocional e não sabia. Voltei a sorrir com mais entusiasmo quando me aceitei gay.

Aliás, voltemos mais ainda no tempo. Onde você nasceu e por quais cidades passou até desembarcar em Sydney?
Adoro contar essa história. Nasci em Guacuí-ES, uma cidadezinha perto de Cachoeiro do Itapemirim (cidade do rei Roberto Carlos), com 4.5Kg. Praticamente com dois meses de idade, né? (risos). Mudei pra capital Vitória com 14 anos para me preparar para o vestibular e, aos 17 anos, passei no vetibular na UFF, em Niterói, e começou a minha história no Rio de Janeiro, onde vivi 11 anos antes de vir para Sydney.

Você está voltando para reiniciar a carreira em IT. No que se formou?
Me formei na Universidade Federal Fluminense no curso de Bacharel em Ciência da Computação. Sou especialista em Data Warehouse e Business Inteligence. Complexo, né?

Sei que você também adora teatro, sarau e outras formas de manifestações artísticas, além da música. Pretende segui-las? Dar continuidade?
Enquanto eu estiver vivo estarei envolvido com arte. Já era muito envolvido anteriormente assistindo e atrás das câmeras, mas agora eu quero estar em spot light. Me faz bem e alimenta minha alma. Já tenho alguns projetos em vista no Brasil, assim que eles estiverem em fase de conclusão eu mando notícias pra você colocar aqui e a galera ficar sabendo.



Pensando no futuro, quem o fará mais feliz, o cantor/artista Geleia ou o profissional de IT Leornardo Paixão?
Acho que cantar sempre será minha terapia, meu elo, minha vida, mas não posso negar que a parte financeira é importante, e só agora tenho uma consciência melhor sobre isso, talvez porque eu tenha chegado aos 30 anos. Acho que estarei sempre voltado para o público, sempre em contato com pessoas, e é isso que me faz feliz, independentemente da carreira que eu vier a seguir.

Sei que tem uma multidão de gente triste com a sua ida e que certamente entupirá o Beach Road no próximo domingo. Eu, desde que soube da notícia, lá mesmo, sou um deles. Se quiser, use esse espaço para deixar uma mensagem para os que ficam.
Deixo este país com a certeza de que deixarei amigos e pessoas fortes que lutam pelos seus ideais, sonhos e realizações. Agradeço todo carinho, toda atenção, cada sorriso e abraço recebido, levarei comigo as melhores energias, os melhores momentos, mas a certeza de que um dia nos encontraremos novamente, mesmo que seja por recordações de fotos, mensagens ou mesmo inusitadamente pelos caminhos desencontrados da vida.

“Canto que é do canto que eu vou chegar… ” Marcelo Camelo



Modelo - Léo Paixão
Figurino - Léo Paixão / Flavinha Marquez
Assistente de direção artística - Paola Penina
Produção - Vassi Dyulgerova / Guilherme Infante
Assistente de produção - Vassi Dyulgerova
Direção e fotografia: Guilherme Infante

sexta-feira, 16 de julho de 2010



Antes de mais nada, Jana, parabéns e muitas felicidades! Adoraria dar uma passada aí hoje pra tomar um café com a senhora e o chef, seguido de quantidades industriais de botejas, mas não conseguirei. Motivo?



Logo mais irei para o nosso glorioso Ceará australiano, também conhecido como Gold Coast. É verdade! Esta será a minha primeira vez por aquelas bandas, estou com novo equipamento fotográfico e em breve postarei chapas e posts sobre a capital do surfe do nordeste australiano.


Vanessa Feitosa, companheira de firrrma e vereadora de Coolangatta - um mix de Juazeiro com Cariri -, já avisou que posso desempoeirar as Havaianas e as bermudas do fundo do armário. Assim espero! Em breve trago mais informações.

Por ora, anotem na agenda:


Designed by Guia de Motéis

Circus
Sexta-feira, 16 de julho, a partir das 21h, na The Eastern (Bondi Junction)

Kid Mac Europe Tour
Sexta-feira, 16 de julho, na Winston Kinkdom (Amsterdam - HOL)
Sábado, 17 de julho, no Magneetbar Festival (Amsterdam - HOL)
Domingo, 18 de julho, no Zwarte Cross Festival (Amsterdam - HOL)

Ziggy and Wild Drums
Domingo, a partir das 18h, no Beach Road (Bondi Beach)

Tropical Jam (Geléia)
Domingo, a partir das 22h, no Favela (Kings Cross)
- Nos intervalos, sonzeira com o DJ Leo Chaibun, o uruguaio mais brasileiro do terceiro continente à sua escolha

Abuka Duo no The Pitanga Project
Quarta-feira, 21 de julho, a partir das 19h, no M'ocean (Bondi Beach)

Vote For Mary
Sexta-feira, 23 de julho, a partir das 20h, no The Basement (Circular Quay)

Chilli Samba no Tupinikings
Sexta-feira, 23 de julho, a partir das 21h, no Number Five (Melbourne)

Exibição de "Edifício Master" no Samba Cine Club
Sexta-feira, 23 de julho, a partir das 17h30, no 1000 Poun Bent (Melbourne)
- DJ's from Sydney: Mau e Rapha da Vibez Brazil

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Entrando no clima de Brasil x Portugal



Pelo visto, a coisa só vai parar na quarta-feira de cinzas. Vamos lá!

Hoje à noite, no meu former number one local pub, o Robin Hood, tem Abuka Trio. Eles mesmos! Tiago, Sandro e Marcello vão deixar a vuvuzela em casa e tocar mpb da melhor qualidade no brazilian infused grooves que só os 3 fazem.

Quando: Quarta, 23 de junho, das 20h às 23h
Onde: Robin Hood Hotel (203 Bronte Rd, Waverley)
Quanto: Grátis



Amanhã à noite, a partir das 19h30, vai rolar o World Cup Pitanga, a terceira edição do The Pitanga Project. Além da sonzeira de sempre, do astral do M'ocean e do sorteio de ingressos para Brasil x Portugal em Coogee, desta vez toda verba arrecadada irá para o Instituto Nova União da Arte (NUA), organização sem fins lucrativos voltada para o desenvolvimento social, econômico e comunitário da Vila Nova União, um dos bairros mais violentos da Zona Leste de São Paulo.

Minha mãe, Sra. Ana Maria de Carvalho Guimarães, é voluntária no projeto e fará a doação em mãos. Para quem for ao Pitanga, duas certezas: estará ajudando uma das 530 crianças, adolescentes e jovens atendidos pelo projeto, além de garantir um lugar no Céu. Amém!

Quando: Quinta, 24 de junho, das 19h30 à 0h
Onde: M'ocean (1/34 Campbell Pde. Bondi Biaaaatch)
Quanto: 5 simbólicos doletas
Mais infos: http://prezi.com/swwp6nxgjcma/
Sobre o NUA: http://www.institutonua.com.br/ (CNPJ: 07.676.917/0001-50)

Os horários dos jogos da Copa, aqui no terceiro continente à sua escolha, estão exterminando o nosso sono, mas esse aqui não temos do que reclamar. Aliás, até os amigos no Brasil estão com aquela inveja etílica.



Sim, porque Brasil e Portugal entram em campo à meia-noite de sexta para sábado, o que significa fanfarra, antes, durante, no intervalo, aos 45 do segundo tempo, depois do jogo, enfim, festa mesopotâmica.

Para quem está em Melbourne, a dica é o Samba Cine Club, da minha amiga Juliana Frantz. Esta edição será no Bisq Bar & Grill e terá exibição do ótimo ‘Boleiros – Era uma vez o futebol’ (1998), de Ugo Georgetti. A cena do gordinho corintiano subindo no portão do prédio dizendo em tom de grito de guerra que "a Fiel vai invadir" está entre as mais engraçadas do cinema nacional.

Terminado o filme, ninguém vai embora, pois o restaurante servirá jantar especial com churrasco ao som do chorinho do Trio Agogo, enquanto no andar de baixo DJ Hasin vai comandar o esquenta para o jogo, que será transmitido na telona do cinema.

Quando: Sexta, 25 de junho, a partir das 17h30 (filme às 19h30)
Onde: Bisq Bar & Grill 107 Flinders Lane - Melbourne
Quanto: Filme e jogo grátis, churrasco $25 por pessoa
Mais infos: http://www.sambacineclub.com/



Para quem está em Sydney, o destino é um só: o meu former former number one local pub Coogee Bay Hotel. Fernando Costa, o maior acertador de resultado de bolão dessas bandas, mais Igor e Balu farão o Coogee Bay ficar pequeno, além de verde e amarelo. A festa começa às 19h30, vai rolar dj, batucada e som ao vivo com a Tropical Jam de ninguém menos do que Geleia, Rogério Pulga e companhia. Imperdível! Mas garanta já o seu ingresso a $10 na Ozzy Study Brazil-zil-zil, pois na porta custará $20.

Quando: Sexta, 25 de junho, a partir das 19h30
Onde: Coogee Bay Hotel (Coogee Bay Road com Arden Street)
Quanto: $10 antecipado na Ozzy e $20 na porta

Independentemente de onde assistir, a certeza é: TV DOWN RADIO UP!



Isso mesmo! Na hora do jogo, abaixe o som da tv que a Rádio SBS vem com absolutamente tudo. Em vez de descrever o que vai acontecer, vou colocar em tópicos, com 10 razões para você assistir ao jogo ouvindo pela SBS:

1. Transmissão em português.

2. Pela primeira e única vez nessa Copa, transmissão em rede nacional em língua que não é o inglês.

3. Transmissão alterada. Um tempo em português brasileiro, outro em português de Portugal.

4. A transmissão no nosso português será da Rádio Bandeirantes, na voz do grande José Silvério (iiiiiiii quiiiiii goolaaaaaaçooo!).

5. Ao sair gol, entra a narração da rádio do país de quem fez.

6. No estúdio, em Sydney, teremos dois comentaristas portugueses, José Duarte e Tony Latino, e dois brasileiros, Milton Rocha e Pablo Nacer (eu).

7. Teremos também Lloyd Martins acompanhando o jogo na comunidade portuguesa e Raphael Brasil-sil-sil passando frio com a comunidade brasileira (leva casaco, Rapha).

8. Tudo sob o comando da Beatriz Wagner e com produção do Rafael Aiolfi.

9. Luis Fabiano

10. Vamos das 23h30 às 4 da manhã (acabarei com o estoque de café da SBS).

Onde ouvir online
http://www.sbs.com.au/radio/

Onde ouvir na vida real
Adelaide 106.3fm : Darwin 100.9fm : Perth 96.9fm : Hobart 105.7fm : Canberra 105.5fm : Brisbane 93.3fm : Melbourne 93.1fm : Sydney 97.7fm : Newcastle 1413am : Adelaide foothills 95.1fm : Wollongong 1485am : Bathurst 88.9fm : Wagga Wagga 103.5fm : Young (nsw) 98.7fm



E na sexta-feira, aqui no blog, para entrar ainda mais no clima do jogo, tem entrevista exclusiva com um produtor português que tem vinho no nosso Guia. Aguardem!


sábado, 19 de junho de 2010

Brasil x Ivory Coast - Fan-farra verde e amarela

Este, sem dúvida, será o maior esquenta de todos os tempos da próxima semana. Antes de mais nada, domingão, 20 de junho, é aniversário da minha irmã Paloma, a mãe dos gêmeos. Parabéns, Pá!

Bem, mas a fanfarra em verde e amarelo (no caso desta, green and gold) começa daqui a pouco, à meia-noite, com Austrália x Gana. É ganhar, ganhar ou, na pior das hipóteses, golear. Se empatar ou perder, aí somente em 2022, em casa.



Passado o aperitivo da madrugada, o esquenta deste domingo começa com a Festa Junina do BraCCA, a mais tradicional destas bandas. A exemplo de 2009, este ano também será no Fraser Park, das 11 às 18h, na sede do clube português (100 Marrickville Road - próximo à Sydenham Station). Vai ser bem bacana, a entrada custa somente $5 e terá muita comida típica (além de drinks e Canarinhos, é claro).



De lá é seguir para o meu novo local pub número 1, o Beach Road, onde o Cultura Bondi trará Samba Groove das 18h às 22h com entrada grátis. Mas é só o começo! O próximo destino? Darling Harbour, onde vocês podem escolher entre as opções fan outdoor ou fan-farra indoor.

A opção fan outdoor é o International Fifa Fun Fest, que desde às 21h30 estará mostrando Eslováquia x Paraguai, à 0h passa para Itália x Nova Zelândia e à 4h30 Brasil-sil-sil x Costa do Marfim (ou Ivory Coast - como eles dizem aqui). Ontem fui lá e vi Alemanha 0 x 1 Sérvia. Está simplesmente sen-sa-cio-nal. Méritos de Joseph Blatter e Flávia Fontes.



Aliás, uma pausa: vocês lembram o que escrevi sobre os "Tambores da África"? Vocês acham que as chances perdidas pela Alemanha e o pênalti pessimamente batido foram coincidências? E o frango do goleiro inglês seguido pelo empate com a Argélia? O que falar de Suíça 1 x 0 Espanha - a favorita? E Itália, França, Portugal... os colonizadores e quem tem acertos de contas históricos estão perdidos!



Voltando: a opção fan-farra indoor será na Home, onde acontece a festa oficial dos brasileiros em Sydney com direito a samba ao vivo, telão, DJ's, enfim, a partir das 23h a festa vai rolar solta e só terminará por volta das 6h30 da segunda-feira, com o apito final seguido de um heróico e retumbante call sick. Um oferecimento Baluart, Fibra e Dunga. Entrada 20 doletas.



Já para os conservadores, a dica é: Pablito na SBS. Isso mesmo! O jogo começa às 4h30, mas a partir das 4h, na Rádio SBS 2, estarei nos estúdios comentando a partida ao lado de Milton Rocha e Rafael Aiolfi, além de Raphael Brasil-sil-sil, que estará congelando em Darling Harbour entrevistando a galera.

A coisa é simples: entramos no ar às 4h, depois passamos para a Rádio Bandeirantes com o grande José Silvério, que transmitirá direto da África, voltamos no intervalo, Silvério narra mais 45 minutos com comentários de Mauro Beting, e retornemos no pós-jogo até às 7 da manhã, ouvindo as coletivas, comentando e tomando quantidades industriais de cafezinho da SBS.

De lá, como bom estudante internacional, sigo para a escola, onde às 9h15 apresentarei um plano de marketing de 15 minutos para uma banca examinadora e, se sobreviver, entro de férias escolares até meados de julho, aumentando a cota de Copa do Mundo e fanfarra. Brasil-sil-sil!


Como o assunto é fan-farra, Vlad ao fundo.

Rádio SBS 2
On digital radio: 97.7FM Sydney, 93.1FM Melbourne, 105.5FM Canberra

Rádio SBS na internet http://www.sbs.com.au/radio/

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terça-feira, 15 de junho de 2010

Coordenadas verde-amarela (das ondas do rádio à Darling Harbour)



Enquanto nosso intrépido ditador Kim Jong Il se prepara para medir forças com mais uma nação capitalista, por aqui entro nos preparativos para a jornada dupla de hoje à noite, que começa às 21h e só termina às 7h da manhã. Tudo, claro, em nome do World Game, como o futebol é chamado por essas bandas.

Antes de mais nada, para que os amigos parem de bombardear o meu email com piadinhas sobre a humilhante sapecada que a seleção australiana tomou da Alemanha, segue texto que escrevi na Radar Magazine com alguns sinais que antecederam a goleada.



Bem, mas a minha jornada particular começa às 21h30 na 89.7 Eastside Jazz FM, onde participarei do Vibez Brazil de hoje. No programa semanal de música brasileira, apresentado esta noite pelo Mau, comentarei sobre a Copa do Mundo, trazendo, entre outros assuntos, o jogo de amanhã, a situação de alguns grupos, o vexame dos Socceroos e Diego Armando Maradona. No Brasil, o programa vai ao ar das 8h30 às 10h30 da manhã desta terça e vocês podem ouvir por aqui.

De lá, conforme falei em posts anteriores, sigo para a SBS, onde vou me juntar à equipe da rádio que trabalhará em Brasil x Coreia do Norte. O negócio é o seguinte: a partir das 4h da matina, o time liderado pela Beatriz Wagner vai a campo com Rafael Aiolfi como âncora, Raphael Brasil como repórter em Darling Harbour (Rapha, leva casaco) e Milton Rocha e yo como comentaristas.



Conversaremos até às 4h30, quando entra a transmissão da Rádio Bandeirantes, provavelmente na voz do grande José "eeee queeeee golaaaaaaaço" Silvério. Uma honra! Voltemos no intervalo e ao término da partida, fechando a transmissão.

Para quem está por aqui, poderemos ser ouvidos na Rádio SBS 2, sintonizada em 97.7 FM Sydney, 93.1FM Melbourne e 105.5FM Canberra. Para os amigos e familiares do Brasil, poderemos ser ouvidos ao vivo via internet a partir das 15h da terça-feira (horário de Brasília) aqui (ao clicar, aparecerá um link direto para a transmissão).

Portanto, a dica é: liguem a TV, abaixem o som e vão de SBS/Rádio Bandeirantes, com Vibez de esquenta!



Já para os fanfarrões, duas mesopotâmicas festas acontecerão em Darling Harbour. A primeira é a 100% brasileira organizada pela Fibra/Baluart que acontecerá na Home, a partir das 23h, com samba ao vivo, batucada e dj's. São esperadas mais de 1500 pessoas e o ingresso custa somente $10 na Ozzy Study Brazil.

Ou então, há a opção de ficar ali mesmo em Darling Harbour no International Fifa Fan Fest, evento que está bombando, tem 4 telões gigantes (sendo 3 sobre a água da baía) e que na última segunda juntou 20 mil pessoas. A vantagem: é grátis. A desvantagem: está frio pra caramba.

De qualquer maneira, vejam, escutem, aproveitem e que façamos uma boa estreia!


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sexta-feira, 4 de junho de 2010

Samba Feijoada e Caipirinha

Eu, que acredito em reencarnação e conheço bem o Balu, tenho uma certeza: o cara foi um poste em alguma vida passada. Sim! Porque o homem não pára.

É Balu dos Canarinhos, da Barbiecrew, do CarnaCoogee, do Pitanga Project, dos jogos do Brasil na Copa, da Carol e, a partir de manhã, do Samba Feijoada e Caipirinha.



É verdade! Neste sábado, das 14 às 18h, Baluart Productions leva para o M'Ocean Bar (1/34 A Campbell Parade - Bondi Beach) feijoada da melhor qualidade. Preço: $15. De fundo, chorinho ao vivo com três feras, caipora (lógico que vai ter caipirinha) a $7.50 e baldinho com 4 Coronas a $20.

Com essa chuva torrencial que cai lá fora - e só deve parar na quarta-feira de cinzas - é o programa para o sábado à tarde.

Ah! E na lista acima, esqueci de mencionar que é o Balu do feijãozinho também, o filho (a) que ele está esperando. Quem sejam muito bem-vindos!

Guilherme Jorge

Pra quem não conhece, é o fanfarrão da esquerda.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Hoje, domingo e Copa do Mundo

Já que hoje é o dia mundial da contagem regressiva para as 17h01, vamos lá: 10, 9, 8, 7, 6...



Quem está na City tem a obrigação de sair da "firrrma" (com sotaque) e fazer hora em algum pub até escurecer (o que não passará de 20 minutos). De lá, segue-se para a Opera House, onde a Vivid Sydney está em seu estado mais bruto. Mas, no caminho, deve-se explorar atentamente os arredores, pois por ali estão espalhadas várias atrações.

Sim! O Vivid Sydney começou ontem, vai até o dia 21 de junho e quem não for não vai para o Céu, uma vez que o evento é uma oportunidade única para se atingir a iluminação. Um oferecimento: EnergyAustralia.



Mais tarde, em Newtown, no Funky Cafe (King St City/Town), vai rolar o "King Aragon III", projeto do grande Fernando Aragones com o músico Simon King. Eles farão um dub & soul acústico, a partir das 19h, que vai quebrar absolutamente tudo!



Na sequência, a Circus de hoje traz a City of God II, balada na The Eastern (500 Oxford St - Bondi Junction) que pela segunda vez terá o DJ V.H.S, da Gold Coast - o mesmo que acompanhou o Marcelo D2 na turnê do ano passado por estas bandas. Ou seja, muito funk e hip-hop com entrada free até às 23h (e depois se vocês enganarem o segurança falando que estão na lista do Igor ou do Gustavo, mas não espalhem).



No domingão, a partir das 18 horas, rola mais uma edição do Cultura Bondi, lá no Beach Road, com show do Samba Australia. A entrada é free mas, por favor, sem call sick na segunda, já que na semana passada, no pós-Jorge Ben Jor, a produção na Austrália caiu 7% em função do call sick made in Brazil.



E falando em Brasil, anotem a programação oficial para os jogos da Seleção durante a Copa do Mundo. Na verdade, são duas. A primeira, organizada pela Fibra e Baluart com apoio da Ozzy Study Brazil, além de outras empresas, vai juntar mais de 1500 pessoas por jogo da primeira fase. Vejam as datas e locais:

Brasil x Coreia do Norte
Local: Home (Darling Harbour)
Festa: terça-feira, 15 de junho, a partir das 23h
Início da partida: 4h

Brasil x Costa do Marfim
Local: Home (Darling Harbour)
Festa: domingo, 20 de junho, a partir das 23h
Início da partida: 4h

Brasil x Portugal
Local: Coogee Bay Hotel (Coogee)
Festa: sexta-feira, 25 de junho, a partir das 19h
Início da partida: meia-noite

Nas três festas vai rolar bandas ao vivo, incluindo Tropical Jam (Geléia) e Samba Australia, além de DJ's. O ingresso custa $10 antecipado na Ozzy Study Brazil e $20 na porta (por festa).




Outra opção é juntar-se a uma multidão ainda maior em Darling Harbour, onde um telão gigante estará montado sobre a água. Sydney, juntamente com Berlim, Paris, Roma, Cidade do México e Rio de Janeiro, será cidade FIFA e abrigará o International FIFA Fan Fest, evento oficial da entidade que mostrará ao vivo e a cores todas as partidas. A entrada é grátis!

Portanto, minhas chapas, meu chapas, programem-se!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

3 dicas para a sexta e 1 agradecimento

Sei que o blog está muito musical (o que é bom), mas é fase (provavelmente os ares do Jorge Ben Jor, que se apresenta domingo). Aliás, não há mais ingresso para pista. Se você, como bom brasileiro, deixou para comprar na última hora, a solução chama-se cadeiras (é o mesmo preço e estará à venda na porta).

Bem, sexta-feira movimentada hoje.



Se eu conseguir terminar tudo o que tenho, pretendo, às 18h15, estar com uma cerveja na mão (ops, preciso ver se vai ser permitido) em frente à concha acústica que montaram sob a água de Darling Harbour. É verdade! Hoje começa o Darling Harbour Jazz & Blues Festival, que vai até domingo, e às 18h15 subirá ao palco ninguém menos do que o grande multi-instrumentista James Morrison.

Natural de Boorowa (NSW), ele é um dos maiores trompetistas do planeta, o primeiro australiano a tocar com o mestre Dizzy Gillespie, e tem no currículo passagens com Arturo Sandoval, Wynton Marsalis, Ray Charles e Frank Sinatra, só para citar alguns.

Falando em Ray Charles, a apresentação de hoje chama-se Motown Show, o que significa que ele tocará alguns dos maiores petardos negros da segunda metade do século XX (entenderam porque eu quero estar em frente à concha acústica com a cerveja na mão?).




De lá é pegar um trem para Marrickville e curtir o Samba Mundi, banda de um dos músicos mais requisitados por aqui, o pianista australiano Marcello Maia, que mistura samba com jazz, com groove, com música latina, enfim. Não por acaso a banda tem um japonês que quebra absolutamente tudo no baixo, o Sandro Bueno na percussão e mais 4 músicos, um brazuca e o resto gringo. Tenho o CD (acima), que é ótimo, e ao vivo é ainda melhor. O show acontece no Qirkz 103 (103 Railway Pde esquina com Marrickville Rd), uma das casas mais quirk (com trocadilhos) de Sydney, a partir das 20h. Ingressos entre $20 e $25.



De Marrickville é voltar de trem para Bondi Junction e sair direto na The Eastern, onde a Circus de hoje traz Nino Brown, o melhor DJ de hip-hop do terceiro continente à sua escolha. O cara, membro do grupo internacional de DJ's The Chief Rockers, é simplesmente um monstro. E o melhor é que a Circus oferece: entrada grátis até às 23h, drinks a 5 doletas até à meia-noite e por aí vai. Para quem realmente está na pegada, vai ter festa das escolas de inglês ACE e SELC.



Antes de finalizar, gostaria de agradecer não só em meu nome, como também da Paola, Balu, Raphael e Mau a todos que foram ontem no The Pitanga Project. A festa foi demais, a casa estava cheia, e, apesar dos problemas com o som, foi e-p-e-t-c-u-l-a-r ver a Rafa (foto abaixo)soltando a voz ao lado do Geléia, do Rogério, do Tiago e dos outros músicos que passaram por lá (aliás, brigadão também por abrirem mão do cachê para doarem mais grana). E você, que deixou os seus 5 doletas no baldinho para a Associação Paulista Feminina de Combate ao Câncer, fique tranquilo, pois o seu lugar no Céu está mais do que garantido!



As duas fotos da festa são do fotógrafo Guilherme Jorge.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Pitanga Project em prol do Câncer + entrevista exclusiva com Rafaela Nardi


Essa quinta, 20 de maio, acontece a segunda edição do The Pitanga Project, festa da Vibez Brazil em parceria com a Baluart 03 Productions (e apoio do blog, claro). E dessa vez por uma boa causa. Na verdade, uma ótima causa!

Toda verba arrecadada será doada para a Associação Paulista Feminina de Combate ao Câncer*, de São Paulo, que tem como voluntária a digníssima senhora Maria Nilce Gimenez, mãe do nosso glorioso Balu.

A festa será no M'ocean (1/34 A Campebell Parade - Bondi Beach), a partir das 19h30, serão cobrados simbólicos $5 de entrada e terá apresentação ao vivo de ninguém menos do que Geléia (ou Jam Leia, se preferirem) e Rogério Pulga, que tem o acompanhado na Tropical Jam. Durante a noite, eles contarão com algumas participações, entre elas uma convidada mais do que especial: Rafaela Nardi!



Para quem não a conhece, em 7 de julho de 2009, aos 29 anos, Rafaela foi diagnosticada com câncer de mama, aqui na Austrália. Ela voou para o Brasil, passou por seis sessões de quimioterapia, uma cirurgia, um mês de radioterapia e em fevereiro de 2010 já estava de volta à Austrália, tendo vencido o câncer.

A seguir, entrevista exclusiva com a Rafa.

Quando chegou na Austrália?
Em agosto de 2007, vim para estudar inglês e tentar viver de música. No Brasil é difícil, nunca deu muito certo, mas aqui é diferente, a gente tem mais espaço, os músicos são mais profissionais e estudam música pra valer. Sem contar que adoram Bossa Nova.

Faz tempo que você canta? Conseguiu achar espaço por aqui?
Eu estudo música desde criança, sempre cantei e é o que gosto de fazer. Após quase dois anos na Austrália, as coisas estavam começando a rolar legal pra mim. Estava me apresentando em functions, bares e, pela primeira vez, havia agendado shows para 3 finais de semana seguidos. Eu estava muito feliz! Até que veio a notícia.

Como você descobriu o câncer? Qual foi a reação?
Eu estava com um caroço no seio, um nódulo, que foi diagnosticado como câncer de mama. Malígno. Pensei: como assim? Eu tinha 29 anos, tudo estava indo tão bem na minha vida, imaginei que os caras se enganaram, que os médicos australianos estavam errados, essas coisas. Mas era sério. Felizmente, sou muito forte por natureza, muito positiva, comunicativa, coloquei na minha cabeça que chegaria no Brasil e iria me curar.

Como foi o anúncio para a família no Brasil?
Eu simplesmente não conseguia ligar. Demorei um dia e meio para criar coragem e mesmo assim não consegui. Decidi que ligaria na manhã seguinte, por conta do fuso-horário, e quando ia pegar o telefone, minha mãe ligou. Falei que tinha algo sério para convesar, e ela já mandou: “Tá grávida!”. Quem me dera, respondi. Contei, foi muito difícil, cheguei a pedir desculpas, que é um padrão que as mulheres repetem quando descobrem que estão com câncer de mama. Aliás, os pensamentos, o que passei, as reações da família, foi tudo exatamente igual a um livro sobre o assunto que uma amiga me deu.

Como foi no Brasil?
Descobri no dia 7 de julho de 2009, no dia 16 já estava no Brasil. Aí foi aquela coisa pesada, pois a quimioterapia é muito forte, exige muito fisicamente. Quanto mais jovem é a pessoa, mais agressivo é o câncer. Fui para a primeira sessão, e a segunda só faria em 15 dias. Acontece que no décimo dia simplesmente acordei sem o nódulo. Sumiu 100%! O médico falou que nunca tinha visto aquilo na vida, ele ficou muito impressionado. A sensação que senti foi indescritível! Mas, claro, continuei o tratamento até o final, foram 6 sessões de quimio no total, fiquei totalmente careca, aquelas coisas. Depois fiz a cirurgia, foi de boa, e na sequência mais 1 mês de radioterapia. Dia 11 de fevereiro de 2010 eu já estava de volta à Austrália.

O que você tirou de toda essa experiência?
Hoje sou uma pessoa 40 mil vezes melhor. Agradeço por ter passado por tudo isso, foi uma questão de evolução minha, de valorização da vida, de mudança de valores, eu já tinha uma ligação muito boa com a minha família, depois então ficou fantástica. Posso falar que dentro do possível tirei de letra, numa boa, vivendo dia após dia. Agora, a cada 3 meses faço novos exames, pois nos dois primeiros anos há sempre o risco de voltar. Mas eu nem penso nisso, só quero viver, cantar e ser feliz.



Para mais detalhes e informações sobre a festa, ouça hoje à noite, a aprtir das 21h30, o programa Vibez Brazil na 89.7 Eastside FM. Caso tenha acabado a pilha do radinho, ouça pela internê mesmo: http://eastsidefm.org/listen-online/

*ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE COMBATE AO CANCER
Razão Social: Associação Paulista Feminina de Combate ao Câncer
R. General Jardim, 618 cj. 52
Vila Buarque - São Paulo - SP
CEP 01223-010
CNPJ 00219822/0001-68
Insc. Estadual: isenta

terça-feira, 30 de março de 2010

The Pitanga Project

A equação é simples:

Mau + Rapha + Paola + Balu = The Pitanga Project



Estão prometendo great music and good vibes. Tenho certeza de que vai rolar!

Mau e Rapha é a dupla que apresenta a Vibez Brazil, ótimo programa de música brasileira na ótima Eastside Jazz FM.

Paola é a relações públicas oficial dos eventos brasileiros em Sydney.

Balu, da Baluart 03 Productions e da Barbiecrew, é o cara que há poucas semanas fez o maior carnaval da história de Coogee.

Juntos, eles criaram The Pitanga Project, festa que acontece hoje à noite, a partir das 20h, no M'Ocean, bar literalmente underground na Campbell Pde, em Bondi Beach.

Foto roubada de Guilherme Jorge


Além de Mau e Rapha, que comandarão o som com muito Brazilian bossa-electro, samba e funky beats, também vai rolar show do Ziggy and Wild Drums, que para quem não conhece, faz um dos melhores reggaes da cidade.

A entrada é $10, a Corona $5 e shots também $5.

Importante: o lugar é pequeno e só cabem 150 pessoas. Ou seja, se você realmente quer curtir The Pitanga Project, dê uma de australiano e chegue pontualmente às 20h. Caso contrário, é provável que não entre. Aí, já sabe, quarta-feira, brasileiro... Beach Road.