quarta-feira, 12 de maio de 2010

Pra não dizer que não falei de... Perth (A Cruzada Jazzística)

Roberta Toneto, filha da futura prefeita de Perth, sempre reclama que só falo de Sydney e, mais recentemente, de Melbourne, mas nunca de Perth. Pior! Nas poucas vezes que escrevo sobre a cidade, refiro-me como a capital mais distante de outra capital do planeta.

Para não me tornar persona non-grata por aquelas bandas, aqui vai uma dica para os perthianos (ou perthsiders, como provavelmente dizem lá).


Perth, a capital mais distante de outra capital do planeta.

Ontem à noite, iniciei a minha cruzada jazzística por Sydney. É verdade! Não me conformo com o fato da noite musical de Melbourne ser infinitamente superior a daqui. Por ora, parece ser, mas quero acreditar que não. E a melhor maneira de descobrir isso é através das casas e bandas de jazz (ou "jáixxzz" - como os entusiastas pronunciam no Brasil).

Seguindo dica do meu amigo Julio Araujo Albuquerque Figueroa Mattarazzo Diniz da Cunha, batera do Vote For Mary, fiquei sabendo da Jazzgroove Association, associação de músicos de jazz que lança álbuns, organiza shows, eventos, enfim, gente do meio espalhando a palavra. E ao me cadastrar no site, vi que realizam apresentações às terças (ainda não sei a frequência) numa casa em Surry Hills chamada 505. Fui!

A casa é simplesmente perfeita: acústica, localização (portinha pequena numa biboca) e ótima visão para o palco. A primeira banda de ontem, Jackson Jive, era formada por músicos dessa associação que estudam ou ensinam em um dos conservatórios mais renomados de Sydney. Fizeram um jazz tradicional, com sax alto, trombone, piano, contrabaixo acústico e batera. Sonzeira e já valera os $10 da porta! Mas na sequência...

Confesso que não esperava muito da segunda banda. Quando vi que era um trio de guitarra, baixo e batera que fazia um jazz bem moderno, já imaginei 3 doidos eletronicamente ensandecidos desfilando notas pra eles mesmo. De fato, foi mais ou menos isso, mas os caras, naturais da minha Perth, eram fantásticos.



O nome da banda é the grid (perthianos, quando verem esse nome, vão!). O batera era simplesmente o melhor que vi ao vivo desde que cheguei na Austrália. Na verdade, o segundo melhor, já que fui ao show do Stevie Wonder, mas o cara era um monstro. Técnico, ligeiro, alterava várias vezes a afinação dos ton-tons durante a música, tinha um estilo totalmente próprio e fazia ótimas piadinhas nos intervalos. Craque! O baixista, outro monstro. Tocava como se fosse guitarra e grande parte das músicas saíam das melodias criadas para o baixo. Já o guitarra também era grande músico mas não tão absurdo quanto os outros dois. O som partia do jazz moderno, ia na direção do Radiohead (isso mesmo), trilhando uma pegada oitentista, bem na onda daqueles beats marcados pela batida contínua da batera e dos sintetizadores que se fazia no início dos 80, e depois retornava ao modern jazz. Noite para sair com o ouvido feliz e a alma lavada.

E foi somente a primeira noite da cruzada jazzística. Melbourne, se cuida!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Os 23 do Dunga - Convocação para a Copa



Fico imaginando a ansiedade que está no Brasil por conta da convocação para a Copa do Mundo. É um misto de "quem matou Lineu Vasconcelos?" com "quem matou Odete Roitman?", mas com Ganso, Neymar, Ronaldinho e Adriano entre os protagonistas. As cenas dos próximos capítulos, na verdade, o capítulo final, vem nos primeiros minutos de amanhã (duas da manhã de terça para quarta em Sydney), com a lista dos 23 convocados para a Copa do Mundo.

Há quase 3 anos na Austrália, assisti a pouquíssimos jogos da seleção por aqui, acompanho mais via internet pós-jogo. Portanto, a visão é diferente. Hoje, por exemplo, li que um tal de Victor é um dos prováveis reservas do Julio Cesar. Juro! Nunca ouvi falar, não sei onde joga ou jogava. Algo que me diz que é do sul, mas não tenho certeza.

Bem, por ser brasileiro, ou seja, um pseudo-técnico, vou tentar arriscar o que o Dunga poderá anunciar amanhã. Aliás, durante a Copa do Mundo, toda terça-feira à noite terei um espaço no programa Vibez Brazil, na 89.7 Eastside Jazz FM para comentar sobre o Mundial. Vai ser legal! Depois passo mais detalhes.

Vamos aos 23 (em bold)!

Goleiros
Júlio "Suzano" César é o dono da 1. Para o banco, imagino que Gomes seja o suplente imediato e, provavelmente, Doni, que tem um dos melhores empresários do planeta, venha na sequência.

Lateral-direita
Barbada! Maicon é o jaqueta 2 e Daniel Alves vem com a 13. No início, lá pelos idos de 2003, não gostava do Maicon. Achava que era um pouco afobado, as vezes se atrapalhava com a bola e proporcionava muitos contra-ataques. Mas com anos de Europa, o homem cresceu e hoje é um tanque na lateral, tanto para defender quanto para atacar. Alves também é um jogador de muita qualidade, talvez até com mais recurso técnico do que o Maicon (aliás, que belo nome, não?), mas peca no aspecto disciplinar. O que significa: se joga demais, reclama demais e chora demais. Típico de jogador brasileiro melindroso que sente falta do feijão da mamãe.

Zaga
Lucio é o xerife do time. Titular absoluto e capitão. É outro que não me agradava antes, mas aprendi a gostar. Joga sério, dá bico para a arquibancada, se necessário, e na hora da pressão, cresce. Só tem dois defeitos: as vezes quer apitar o jogo, recebendo cartões desnecessários, e, achando-se um Beckenbauer, adora sair jogando com a bola dominada, o que em 97% dos casos resulta em bola perdida e chance de gol adversária. Juan é o seu companheiro de zaga. Também seguro, experiente e mais técnico, passa muita tranquilidade. Para o banco, vejo Luisão e Alex, que acabou de ser campeão pelo Chelsea, com vantagem, e o tal do Thiago Silva, do Milan, quase pegando a vaga do Alex. Se o São Paulo estivesse em grande fase, Miranda poderia ter 5% de chance e até o Pirulito 1.8%, mas como não é o caso e Tricolor e CBF estão em guerra, fora.

Lateral-esquerda
O principal problema. Desde que Roberto Carlos saiu, não temos um jaqueta 6. Nunca gostei dele, mas não vejo ninguém melhor. E mesmo estando ausente da seleção há anos, acho que a experiência e a folha de serviços prestados vão pesar, levando o ex-cortador de cana de Araras para a sua quarta Copa. Mais! Se bobear, rouba a posição de titular, que imagino ser, até o momento, do Gilberto, que não diz absolutamente nada. Dica para o Roberto Carlos: amarre uma fita bem forte na canela para prender o meião.

Meio-campo
Entre os defensivos, sei que Dunga adora o Felipe Melo, eleito um dos piores jogadores estrangeiros dessa temporada europeia, e Gilberto Silva, nome seguro para a cabeça-de-área. Tem o tal do Ramires, que jogou muito bem com a camisa do Cruzeiro, porém, sempre que vestiu a da seleção sentiu o peso e foi mal. Hernanes poderia conseguir uma vaga, principalmente por jogar de volante ou meia, mas com a briga entre CBF e São Paulo, vai Josué. Kaká não apenas será o jaqueta 10, como a peça fundamental para o sucesso da seleção. Se ele estiver bem, as chances do Brasil conquistar o sexto título serão grandes, mas se não estiver em ótima fase, esqueçam! Não sei quem jogará oa lado dele como titular, e é aí que começam a aparecer os pesadelos do Dunga (ou as soluções dos problemas, depende do ponto de vista). Pelo pouco que vi, de todo esse circo armado em torno do Santos, o craque mesmo é o Ganso. O cara tem uma visão de jogo descomunal e eu o levaria, na pior das hipóteses, para ganhar experiência. Acho que o Dunga vai levá-lo, pois estamos entrando na questão primordial:

E se o Kaká tiver uma disenteria?

Sim, conforme escrevi acima, o Brasil depende muito do Kaká, ele é o homem que vai ligar o meio com o ataque e, quando não o fizer, prendará, pelo menos, um marcador com ele. Mas e se o jantar da véspera cair como uma bomba e o cara não conseguir sair do banheiro? Quem vai subsitui-lo?

No mundo perfeito, Ronaldinho Gaúcho, mesmo não sendo mais o jogador que foi até a temporada 2005/06, seria o cara para estar com o grupo e ser um reserva de luxo tanto para entrar no meio quanto no ataque. Mas não creio que o Dunga vai chamá-lo, acho que irá preferir convocar o Ganso, fazendo média com a imprensa que clama pelo santista, deixando o Ronaldinho de fora. Com isso ainda faltam duas vagas, que deverão ser de Elano, jogador que nunca me enganou, mas técnico adora, e provavelmente Júlio Batista, um dos grandes enigmas do futebol.

Atacantes
Luis Fabiano é o 9, o matador. Terá a chance da vida de mostrar que realmente é um grande centroavante. Para nós, são-paulinos, sempre foi, mas sei que as outras torcidas desconfiam. Faro de gol, todos sabem que tem, mas vai precisar estar em dia com as redes, mostrar que aguenta a pressão de uma Copa do Mundo e, mais importante (no caso dele), precisará ter a cabeça no lugar. Se perdê-la, poderá por todo o trabalho a perder (sem trocadilhos). Robinho, infelizmente, é o companheiro de ataque. Vai precisar deixar as "foquices" de lado, pensar no coletivo e jogar sério, para o gol, não querendo mostrar que é habilidoso e tem uma fábrica de pedais de bicicleta. Adriano, o Imperador, se não estivesse com tantos problemas extra-campo, seria nome certo na lista. Mas como os homens da CBF tem acesso a muito mais informações sobre o que realmente acontece com o atacante do que nós, meros mortais, acho que ele não vai. Eu apostaria em Nilmar, que sempre foi bem quando chamado e não é um cara que atrapalha o grupo.

Já a última vaga estaria entre Alexandre Pato, Grafite, Diego Tardelli e Neymar. Uma pena o Fred ter sido prejudicado por tantas contusões, pois além de ser matador, já jogou uma Copa e inclusive fez gol. Eu o levaria e ele aparece correndo muuuuito por fora. Dos 4 citados acima, Tardelli para Copa do Mundo é piada, Grafite também não diz muita coisa, já Pato é mais experiente, apesar de novo, e Neymar, que todos querem, tem futebol mas ainda é muito mala, muito deslumbrado. Não sei até que ponto Dunga juntaria Robinho, Ganso e Neymar na mesma barca, pois a molecagem pode extrapolar o limite, como ocorreu quando Robinho e Diego foram convocados para o fiasco do Pré-Olímpico em 2003 (lembram? Um baixou a calça do outro, essas coisas). Maaasssssss... Por ter mão firme e contar com jogadores de nome, experientes, acho que ele pode confiar nisso e baixar a bola dos novatos fanfarrões. Portanto, amanhã tem Neymar na lista!

E para entrar de vez no clima da Copa, com a palavra, Bono Vox!



segunda-feira, 10 de maio de 2010

Sábado tem banho quente!

Agora é oficial: após quase 7 meses desde que partiu, em 18 de outubro de 2009, Jessica Watson vai tomar seu primeiro banho quente.



Muita coisa pode acontecer, é verdade, afinal estamos falando de uma adolescente de 16 anos navegando sozinha no mar, mas para quem já atravessou praticamente todos os meridianos do globo, a previsão de que chegará nas águas da Sydney Harbour neste sábado, por volta das 11h30, é totalmente viável.

As "otoridades", que esperam cerca de 50 mil pessoas, estão tratando a chegada como class one, ou seja, evento no mesmo nível do Ano Novo e Mardi Grass - porém sem tanta boiolagem. Isso significa que ruas serão fechadas e trânsito desvaviado, especialmente na City, próximo à Circular Quay, e nas baías onde ela poderá ser vista como Double Bay, Mosman e Watsons Bay. Portanto, programe-se caso tenha que se deslocar.

Eu, entusiasta da Amyr Klink de saias, estarei lá. Tentarei, se possível, tirar algumas chapas para o blog, e depois celebrarei o feito durante toda a tarde em algum pub com temática marítima, como o Lord Nelson ou o Captain Cook. Talvez até faça uma tour em homenagem, a Jess Pub Tour. Se ela navegou around the world, por que não posso fazer o mesmo around the pubs? Aliás, já fiz no final de 2008 para a Radar Magazine, que ficou conhecida como The Rocks to Bondi - A Maratona dos Pubs. Estão todos convidados.

Que Jess chegue com total segurança e protegida por Netuno!

domingo, 9 de maio de 2010

Happy Mother's Day

Eu, do bloco do Dia das Mães - Sem Mãe (no bom sentido, é claro), como bem disse Tia Elisa Toneto, deixo um breve post com o início do prefácio do meu livro, escrito pelo mestre Paulo Bomfim, em homenagem não só à minha mãe, Ana Maria Guimarães, como também à melhor avó do mundo, Maria Manucha de Carvalho, a intérprete oficial do presidente Dwight Eisenhower no Brasil, e à saudosa Bivó Maria, que fez o prato mais delicioso que já comi na vida, um singelo e inigualável macarrão com ovo!

Há vinte e sete anos, fui até a Maternidade São Paulo para conhecer meu novo amigo Pablo que acabara de nascer.

Veio ao mundo sob a fascinante constelação das Três Marias que norteariam sua existência: a mãe, Ana Maria, a avó Maria, “Manucha”, e a suave bisavó Maria.

Trazia na genealogia a marca de muitos caminhos, de várias indagações...

sábado, 8 de maio de 2010

Brazilian Triple "J" em Sydney

É verdade!

Não estou falando da rádio que cobre a Austrália inteira, mas da trinca de atrações brasileiras que teremos nos próximos 3 domingos, em Sydney. Um oferecimento da dupla que mais secou o Corinthians na última quinta (aqui foi quinta), Igor e Fernando, os caras da Fibra Entertainment.



Começando neste domingo, dia 9, no Beach Road, num dos projetos de música brasileira que mais tem atraído público por aqui, o Cultura Bondi. No palco, o primeiro dos "J", Tropical Jam, banda do glorioso Geleia (ou Jam Leia, se preferirem), que mais uma vez estará acompanhado de Marcello Maio (ele mesmo, Abuka Trio e Samba Mundi) no acordeon, Rogério Pulga no violão elétrico, Stan no baixo, Fernando na bateria e Edgee no cavaquinho. A porta abre às 18h e o show é de graça.

Foto de Guilherme... Jorge


No domingo seguinte, 16, esquentando para o show do Jorge Ben Jor, vai ter o segundo "J", Toca Jorge, a ótima banda do Fernando Aragones que faz o melhor samba-rock da cidade. O show também faz parte do Cultura Bondi, também é na faixa e aquele segurança norte-americano gigante do Beach Road também abrirá a porta às 18h.



E no domingo 23 (tinha que ser 23), Jorge Ben Jor fecha a trinca de "J's" da Fibra Entertainment com o grande show do primeiro semestre. Em entrevista para a Radar, Babulina já avisou que vai tocar o que o público quiser ouvir. Ou seja, vai ser festa! A apresentação será numa das melhores casas de Sydney, o Enmore Theatre, lá em Newtown. E os ingressos estão à venda na Ticketek.



Na boa, é difícil ter uma sequência assim. Vai ser um mix de bossa nova e mpb, passando por samba e fechando com samba-rock em seu estado bruto, afinal, é o próprio criador em pessoa que estará presente.

Não preciso dizer o que acontecerá com quem não for!


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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Risoto com redução de... (preço)

Aqui na Austrália é assim. Em certos horários, você sempre encontra produtos com preços reduzidos (e ainda frescos, claro). Isso ocorre principalmente à noite, mas é possível achar a qualquer hora.



Após uma degustação monstra de Pinot Noir na terça (pra eu falar monstra, podem ter certeza, foi), e uma excelente noite na quarta ao som do Abuka Trio, ontem, a única coisa que eu queria era ficar em casa. E, já terminado todos os textos do dia por volta das 17h47, por que não preparar um jantar um pouco mais, digamos, princeso?

Abri o armário da cozinha (o meu) para ver o que tinha. A cena não era das mais animadoras: café Pilão, pão de fôrma no final, arroz, chás, Vegemite (si, me gusta), Weet-Bix (o cereal matinal oficial dos Socceroos) e meio pacote de arroz arbório, o que foi uma luz no fim do túnel. Peguei.



Tendo um potencial risoto em mãos, a grande questão era: do quê?

Abri a geladeira e a situação também não estava nada animadora. Sendo hoje o dia de receber, ela não apresentava muita opção além do trivial do dia-a-dia. Abri o freezer. Ops, outra luz. Cinco duplas de chorizo do meu supplier oficial, a Barbiecrew. Passei a ter um potencial risoto de chorizo. Mais! Como havia feito a outra metade do arbório há uns dias, sobraram dois containers com o stock, o famoso caldo. Ou seja, praticamente o goleiro, a zaga e o centroavante. Faltava apenas o meio-cancha para dar a liga. E é aí que entra em campo o supermercado com preços reduzidos.

Subi para Bondi Junction como um franco atirador. A ideia era simples: achar alguma delicinha que desse liga gastando o menos possível. Afinal, na volta para casa teria uma parada estratégica em um bottle shop.

Tendo o chorizo como atacante, arisco, nervoso, precisava de um meio-cancha mais técnico, classudo, que cadencie o jogo, desses jaquetas 10 que não se têm mais atualmente. Bem, o Corinthians tem, o Danilo, mas o Mano não sabe usá-lo. Enfim, fui direto para os queijos, pois estava com a sensação de que era ali que eu acharia a peça que faltava. E não deu outra!

Na Austrália, temos o gorgonzola, mas é muito mais comum encontrarmos o blue cheese. É ele que usamos para subtituir o gorgô. Já o brie é o brie. Eu não misturaria um gorgonzola com um chorizo, principalmente tratando-se de um risoto, mas quando vi um blue brie, achei interessante. O brie por si só seria perfeito, daria aquela liga para o chorizo, bem ao estilo Danilo, mas o brie puxado para o blue, que eu nunca tinha visto, me pareceu uma espécie de Zidane, que além de distribuir o jogo, chega com tudo no ataque e ainda faz golaços. Levei!



No caminho, comprei o Shiraz/Grenache Art Series 2008 do nosso amigo Peter Lehmann, ícone do vinho australiano, especialmente na região do Barossa. O Shiraz pensando no chorizo e a Granache pra harmonizar com o queijo. Essa linha, a $11.60, é uma das mais em conta, mas sabia que era boa pois, sendo um ótimo produtor, a chance de errar é bem pequena.



O risoto não teve mistério. Apesar da foto horrorosa, fiz do jeito de sempre, a combinação do chorizo com o blue brie ficou perfeita, o vinho estava redondo enquanto eu cozinhava, mas depois ficou um pouco abaixo, pois faltou estrutura para segurar o chorizo e, principalmente, o cayenne pepper.



Sim, meus amigos, o meu armário estava vazio, porém, o armário coletivo aqui do Château Elle Macpherson mais parecia a Ilha das Molucas, de tanta especiaria. A princípio eu queria usar um açafrão-da-terra, mas na falta, sapequei o tal do cayanne, que nem sei o equivalente em português, mas levantou ainda mais o sabor da comida, sobrecarregando o vinho.

Sem problema! A botella já estava quase no fim, pois também havia usado para redução do arbório. Porém, a grande redução da noite foi mesmo a do blue brie, no caso, redução de 33% do valor, custando apenas $2.94 (e ainda bem fresco).



E tudo ao som da minha amiga Carlotta Centanni, gata italiana de voz potente e entusiasta da música brasileira que me presenteou com seu belo CD, Respiro. Salute!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Aos amigos corintianos da Austrália

A primeira torcida oficial de um time de futebol nos Eastern Suburbs - exclusiva para jogos da Libertadores da América - nasceu em 22 de maio de 2008, no Coogee Bay Hotel. Nome? Setanta Tricolor. Na ocasião, fomos eliminados pelo Fluminense com um gol do Washington no último lance do jogo. Nossa esperança de gol naquela partida? Adriano.



Hoje de manhã, houve uma tentativa semelhante. Alguns corintianos tentaram formar a Gaviões da Fiel Eastern Suburbs. Fizeram um estardalhaço na véspera, falaram que invadiriam os principais local pubs da área, mas não foi o que aconteceu. Como um entusiasta da Libertadores, juntei-me aos 4 corintianos para acompanhar a partida. Isso mesmo, invasão de 4! A maior esperança de gols contra o Corinthians? Adriano, mais uma vez.

Obviamente não ficarei aqui fazendo chacota e pilherices com a desgraça alheia, mas vendo o sofrimento dos amigos, imaginando a dor de tantos outros corintianos que vivem na Austrália como, por exemplo, o ícone maior Roberto Banana, figuras como Alexandre Rubial, Balu e Gustavo Durasi, entre tantos outros bravos torcedores, fica aqui o meu apoio e uma dica.

Não percam amanhã o tradicional VB Test Match de Rugby League, envolvendo Austrália x Nova Zelândia, ao vivo, a partir das 20h, no Channel 9. Vai ser um jogaço! O escrete aussie entrará com craques como Billy Slater, Brett Morris, Greg Inglis, Jarryd Hayne Winger, Darren Lockyer e Cameron Smith. Já os kiwis vêm com niguém menos do que Benji Marshall, Adam Blair, Kieran Foran, Issac Luke, Sika Manu e Steve Matai. Imperdível!