by Paulinho Martins
Pablo, tem muitas igrejas na Austrália? Existem bares de frente a elas? Sempre frequentei bares de frente a igrejas. Não é culpa minha! As igrejas insistem em surgir na frente dos bares. Talvez seja ao contrário, mas o fato é que eu não sou o culpado. A culpa é do bar ou da igreja.
Catedral em Ilhéus
Não que eu tenha algum problema religioso com isso. Eu não! Jesus tomou vinho na Santa Ceia. Na verdade, acredito que bebedeiras em frente a igreja me deixam com mais fé. Ou pelo menos em estado ébrio, um pouco mais aguçado.
Em Cananéia, a balada era em frente a igreja. Em São Paulo, mais especificamente em Pinheiros, tem um tradicional bar chamado Cú do Padre. Clássico atrás da igreja. Isso é brasileiro ou mundial?
Enfim, com a consciência totalmente tranquila, sou frequentador do Vesúvio, emblemático bar de Ilhéus que teve seu nome escrito na história de Jorge Amado. Isso mesmo, o Bar do Sr. Nacib e que tinha ninguém menos do que Gabriela cravo e canela como cozinheira. O bar existe até hoje. E tem duas coisas que eu realmente adoro nele: a vista da catedral e o pastel árabe.
A catedral é linda, cheia de histórias, bem cuidada. Nem parece Ilhéus. Digo isso porque Ilhéus está realmente mal cuidada, mas a igreja merece uma visita. E, ao sair de lá, passe no Vesúvio e peça um pastel árabe (R$ 4,00).
O pastel árabe é um salgado em forma de esfiha feito com uma massa folhada e recheada com uma espécie de pasta de ricota com temperos sírios. Quando perfeito, é sequinho por fora e seu recheio é cremoso e quente. E eles servem com um molhinho de cebola bem apimentado, a "pimenta da casa". Como mais de um por semana!
Infelizmente, a carta de vinho é ruim e não tem nada que mereça. Mas eu sou cara de pau, levo o meu e pago a rolha. Sem problema.
Para o Pastel, recomendo um Casa Valduga – Dueto Chardonnay/Riesling (à venda no Bataclan por R$ 45,00) bem gelado. Você não sabe o calor que faz em Ilhéus, Pablito, vinho branco a 10 graus aqui é chá. Precisa ser gelado. Ou prove com o chope escuro Xingu na Tulipa (R$ 3,90) bem tirado da casa.
Nacer, algum bar eclesiástico que mereça destaque nas terras do terceiro continente à sua escolha?
Dica
Bar Vesúvio
Praça Don Eduardo, 190
Bataclan
Praça José Marcelino S/N
***
by Pablo Nacer
Paulinho, respondendo a pergunta lá de cima, acredito que o fenômeno bar/igreja seja brasileiro e não mundial. Vejamos!
Quem viaja o Brasil sabe que em toda cidade, por menor ou mais longínqua que seja, tem sempre uma praça principal com a igreja matriz, o coreto, o bar e o Bradesco. Levando em conta que, historicamente, as cidades são fundadas em torno da igreja, e tendo conhecimento de que o sistema bancário é uma necessidade muita mais recente do que a de tomar um porre ou se exibir em praça pública, a questão passa a ser quem veio primeiro, o bar ou o coreto? A Ilhéus de Jorge Amado talvez tenha a resposta.
St Mary's Cathedral, Sydney
Por aqui, apesar de praticamente 65% da população ser cristã, sendo que 1/4 desse total é católico, igreja é muito mais para inglês ver do que para rezar (até porquê foi ele quem construiu). Lembro que nas minhas primeiras semanas de escola de inglês na Austrália, eu saía com uma colombiana que reclamava de não encontrar igreja aberta para ir à missa nas manhãs de domingo. Pobrecita! Em solidariedade, eu engrossava o coro por não encontrar bar aberto enquanto ela procurava igreja, mas isso é outra história.
O ponto é, por aqui temos igrejas maravilhosas, incluindo a e-p-e-t-a-c-u-l-a-r- St Mary's Cathedral, a maior da Austrália, construída no estilo gótico vitoriano do século XVIII, no Hyde Park, centro da cidade. Adoro ela e, coincidentemente, neste final de semana teremos a maior feira de vinho de Sydney, no mesmo parque.
Na Austrália, não temos bares e botecos de calçada como temos em toda esquina do Brasil, o que por um lado é bom e por outros dois é ruim. Em compensação, temos os pubs, que possuem praticamente a mesma finalidade mas são, por lei, vinculados a um hotel. Ou seja, todo pub está localizado dentro ou junto de um hotel, o que não significa que todo hotel tenha um pub (legislação provavelmente criada para a colônia não descambar).
Sendo assim, Paulo, não é tão comum tomar cerveja em bar com vista para igreja (exceto quando o pub tem beer garden), nem mesmo frequentar igreja antes de ir para o bar. Porém, o mesmo não se pode falar de Adelaide, capital de South Australia, conhecida como a cidade da igrejas.
Sim, meu amigo, Adelaide, que nada tem a ver com a anã paraguaia, mas deveria ter sido o destino australiano da minha ex-colombiana, foi erguida por protestantes ingleses e luteranos alemães para, a exemplo de toda South Australia, não ser uma colônia penal, mas uma sociedade mais justa e tolerante, com ideias bastante avançadas para a época. Não por acaso South Australia é conhecido como o estado dos fetivais e igualmente não por acaso foi o segundo lugar do planeta em que mulheres tiveram direito a voto.
E o meu apreço por este meridional estado aumenta ainda mais com o fato de ser mundialmente conhecido por abrigar algumas das melhores regiões vinícolas do país, como o Barossa Valley e o Eden Valley, de onde saem, respectivamente, os ícones Penfolds Grange e Henschke Hill of Grace, dois dos melhores Shiraz já produzidos no mundo.
Viva as igrejas, os bares e o vinho (não necessariamente nessa ordem). E vamos bebendo, Paulinho!
Dica
Sydney Cellar Door
Sábado, 26 e domingo 27 de março, das 11h às 18h
Hyde Park, Sydney
Mais de 100 vinícolas de New South Wales
Entrada grátis
http://www.nswwinefestival.com.au/
Coluna Shiraz com Vatapá anterior>>>
Essa coluna também está no blog do Paulinho Martins
sábado, 26 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
O Flagra - by 38
Fabio Morgado Romano, o popular 38 (ou thirty eight, como o chamamos aqui), amigo de mais de duas décadas, é o responsável pelo insulto abaixo (ou seria um flagra)?
A imagem é um frame do vídeo da ESPN Brasil feito pela dupla Otavio Neto e Tuca Andrade, durante o Vans Bowl-A-Rama que rolou semana passada aqui em Bondi Beach, no Almeidão. Voando no skate é o brasileiro Pedro Barros, vencedor da etapa.
Caso não consiga ler, clique na imagem!
Morgson, já acionei o meu advogado, o Luba!
A imagem é um frame do vídeo da ESPN Brasil feito pela dupla Otavio Neto e Tuca Andrade, durante o Vans Bowl-A-Rama que rolou semana passada aqui em Bondi Beach, no Almeidão. Voando no skate é o brasileiro Pedro Barros, vencedor da etapa.
Caso não consiga ler, clique na imagem!
Morgson, já acionei o meu advogado, o Luba!
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Vans Bowl-A-Rama
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Mutantes grátis, Ensaio do bloco e Planta & Raiz
A partir de hoje, quinta-feira (24/2), em Sydney, e amanhã, sexta (25/2), em Melbourne, durante uma semana vocês que ainda não compraram seus ingressos para os shows dos Mutantes poderão levar dois pelo preço de um. Isso mesmo, compra um ticket e leva outro grátis pra casa.
Os shows da maior banda brasileira de todos os tempos acontecem no dia 9 de março, no Enmore Theatre, em Sydney, e em 11 de março, no Forum Theatre, em Melba. Eu, claro, estarei nos dois!
Ingressos duplos para SYD por aqui e para MEL por aqui.
Outra coisa!
O ensaio do BlóCoogeeLoko, que seria hoje no Coogee Bay Hotel, foi transferido para este domingo, às 18h, no mesmo local. Sei que vocês vão dizer, pô, mas tem o show do Planta & Raiz no mesmo dia, como que... Sem problema!
O show do Planta na Home só vai começar mais tarde, portanto, a ideia é justamente fazer um esquenta no Coogee Bay, curtindo um samba e aprendendo o enredo, e depois seguir para Darling Harbour para cair na regueira (bus 373) - parecido com o que já rola com o Favela pós-Coogee ou Beach Road. A entrada para o ensaio é grátis.
Para quem ainda não tem ingresso para o Planta & Raiz, passe na agência da City ou de Bondi da Ozzy Study Brazil nesta sexta-feira e garanta.
Os próximos ensaios acontecem no domingo, 6 de março, e depois na quinta, 10 de março. O CarnaCoogee é dia 12 de março!
Os shows da maior banda brasileira de todos os tempos acontecem no dia 9 de março, no Enmore Theatre, em Sydney, e em 11 de março, no Forum Theatre, em Melba. Eu, claro, estarei nos dois!
Ingressos duplos para SYD por aqui e para MEL por aqui.
Outra coisa!
O ensaio do BlóCoogeeLoko, que seria hoje no Coogee Bay Hotel, foi transferido para este domingo, às 18h, no mesmo local. Sei que vocês vão dizer, pô, mas tem o show do Planta & Raiz no mesmo dia, como que... Sem problema!
O show do Planta na Home só vai começar mais tarde, portanto, a ideia é justamente fazer um esquenta no Coogee Bay, curtindo um samba e aprendendo o enredo, e depois seguir para Darling Harbour para cair na regueira (bus 373) - parecido com o que já rola com o Favela pós-Coogee ou Beach Road. A entrada para o ensaio é grátis.
Para quem ainda não tem ingresso para o Planta & Raiz, passe na agência da City ou de Bondi da Ozzy Study Brazil nesta sexta-feira e garanta.
Os próximos ensaios acontecem no domingo, 6 de março, e depois na quinta, 10 de março. O CarnaCoogee é dia 12 de março!
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Terremoto na NZ e a força dos All Blacks
Estive os últimos dois dias na Central Coast, preparando toda papelada, documentos, certificados, comprovantes de que não matei ninguém e afins para dar entrada num novo visto, por isso não consegui escrever nada sobre a Nova Zelândia, nosso e-p-e-t-a-c-u-l-a-r vizinho de terceiro continente à sua escolha.
No pouco que pude acompanhar, o que mais me chamou a atenção foi a enorme comoção que tomou conta da Austrália, não só pela proximidade e pelos laços históricos, como também por termos cerca de 500 mil neozelandeses vivendo aqui, o segundo maior contingente de estrangeiros, atrás somente do Reino Unido.
A situação em Christchurch, a cidade mais atingida pelo terremoto de 6.4 graus de magnitude, como todos sabem, é absolutamente devastadora, já foram encontrados 75 mortos, teme-se que o número chegue a 200 e cerca de 300 pessoas estão desaparecidas. Algumas notícias recentes é o fato de que o Grand Chancellor, o hotel mais alto da cidade, pode cair a qualquer momento, e que seis picaretas desalmados foram presos no final da tarde saqueando lojas e outros estabelecimentos. De Christchurch vão direto para o inferno!
Como entusiasta da Nova Zelândia, amante das neozelandesas, fan de rugby, curioso pela cultura maori e xavante do terceiro continente à sua escolha ligado no 2012 dos maias, segue minha singela homenagem aos amigos kiwis através do tradicional Haka dos All Blacks, a manifestação mais forte que vi desde que cheguei na Austrália. Força é o que eles mais precisam neste momento!
No pouco que pude acompanhar, o que mais me chamou a atenção foi a enorme comoção que tomou conta da Austrália, não só pela proximidade e pelos laços históricos, como também por termos cerca de 500 mil neozelandeses vivendo aqui, o segundo maior contingente de estrangeiros, atrás somente do Reino Unido.
A situação em Christchurch, a cidade mais atingida pelo terremoto de 6.4 graus de magnitude, como todos sabem, é absolutamente devastadora, já foram encontrados 75 mortos, teme-se que o número chegue a 200 e cerca de 300 pessoas estão desaparecidas. Algumas notícias recentes é o fato de que o Grand Chancellor, o hotel mais alto da cidade, pode cair a qualquer momento, e que seis picaretas desalmados foram presos no final da tarde saqueando lojas e outros estabelecimentos. De Christchurch vão direto para o inferno!
Como entusiasta da Nova Zelândia, amante das neozelandesas, fan de rugby, curioso pela cultura maori e xavante do terceiro continente à sua escolha ligado no 2012 dos maias, segue minha singela homenagem aos amigos kiwis através do tradicional Haka dos All Blacks, a manifestação mais forte que vi desde que cheguei na Austrália. Força é o que eles mais precisam neste momento!
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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Direto da redação
Como está tudo acontecendo ao mesmo tempo e nos próximos dias, vamos manchetando as penúltimas que chegam à redação:
Começando pelo extremo norte da Austrália, mais precisamente em Milingimbi Island, cerca de 400km a leste de Darwin, onde um menino de 14 anos está desaparecido desde a manhã de domingo, sendo que o principal suspeito é um crocodilo, o Hebert (foto acima). Levando em consideração que os crocodilos de água salgada daquela região chegam a seis metros de comprimento, as autoridades locais não têm muita esperança de encontrá-lo vivo.
Ainda em Northern Territory, ontem, às 21:59:35, um terremoto de 4.7 de magnitude sacudiu o Outback, num ponto a 334 km a nordeste de Alice Springs. Para ser mais exato, em 21.069°S, 135.432°E.
No esporte, com o cancelamento do GP de Fórmula 1 que aconteceria em 13 de março, no Bahrein, em virtude da instabilidade política vivida pelo país, a abertura da temporada 2011 passa a ser na Austrália, com o GP em Melbourne no dia 27 de março.
A partir de hoje à noite, a Tropical Heat, reggae que a Fibra Entertainment e a Ozzy Study Brazil faziam no Cock n' Bull, toda terça-feira, passa a ser na The Eastern, também ali em Bondi Junction. A entrada continua grátis, no palco Ziggy and Wild Drums e Caribbean Soul mantêm-se revezando e cerveja custará $4 a noite inteira, a diferença é que agora a regueira vai até de madrugada.
Já que o assunto é carnaval, na sexta-feira, em Melbourne, a amiga Juliana Frantz junta o útil ao agradável começando a temporada 2011 do Samba Cine Club com a festa de carnaval mais cool de Melba. Entre as atrações, dj's, bandas ao vivo tocando marchinhas e sambas, entre outros, comes e bebes, concurso de fantasia que vai premiar o vencedor com um par de ingressos para o show dos Mutantes, além, é claro, exibição de curtas-metragem sobre carnaval. Entrada $5 para quem for fantasiado e $10 para quem for sem fantasia. Infos>>>
Também na sexta, o Costa Rae se apresenta no 505 (280 Cleveland St), em Surry Hills. Para quem não sabe, o Costa Rae, ex-Dubbly, é a banda do Fernando Aragones, também conhecido pelos trabalhos solo e com o Toca Jorge. Com uma pegada bem setentista, o Costa Rae traz uma sonoridade californiana juntando com a cultura de praia da Austrália atual. Som de primeira! Ouvir>>>
Sábado e domingo, o Hyde Park South vai receber cerca de 90 vinícolas de 14 diferentes regiões de New South Wales, em uma espécie de Walt Disney para adultos fanfarrões. Trata-se do NWS Wine Festival, o maior festival de vinho de Sydney. Entrada grátis! Infos>>>
Já o segundo ensaio do BlóCoogeeLoko, que seria na quinta, no Coogee Bay Hotel, foi transferido para o domingo, no mesmo lugar, só que a partir das 18h. A bateria ainda está sendo formada para o CarnaCoogee 2011, portanto, se você quer fazer parte, é só colar lá. A entrada é grátis! Para conhecer o samba enredo que compus juntamente com o Andrezinho, especialmente para o bloco, clique aqui! E de lá, a caravana do reggae segue para a Home, em Darling Harbour, onde acontece o primeiro show do Planta & Raiz na Austrália (vide abaixo).
Fechando esta semana e abrindo a próxima, a banda paulistana de reggae Planta & Raiz faz duas apresentações na Austrália. Domingo, dia 27, na Home Nightclub, em Sydney, e na segunda, dia 28, no Coolangatta Hotel, na Gold Coast (este com show de abertura do Ziggy and Wild Drums). Ingressos à venda na Ozzy Study Brazil.
Começando pelo extremo norte da Austrália, mais precisamente em Milingimbi Island, cerca de 400km a leste de Darwin, onde um menino de 14 anos está desaparecido desde a manhã de domingo, sendo que o principal suspeito é um crocodilo, o Hebert (foto acima). Levando em consideração que os crocodilos de água salgada daquela região chegam a seis metros de comprimento, as autoridades locais não têm muita esperança de encontrá-lo vivo.
Ainda em Northern Territory, ontem, às 21:59:35, um terremoto de 4.7 de magnitude sacudiu o Outback, num ponto a 334 km a nordeste de Alice Springs. Para ser mais exato, em 21.069°S, 135.432°E.
No esporte, com o cancelamento do GP de Fórmula 1 que aconteceria em 13 de março, no Bahrein, em virtude da instabilidade política vivida pelo país, a abertura da temporada 2011 passa a ser na Austrália, com o GP em Melbourne no dia 27 de março.
A partir de hoje à noite, a Tropical Heat, reggae que a Fibra Entertainment e a Ozzy Study Brazil faziam no Cock n' Bull, toda terça-feira, passa a ser na The Eastern, também ali em Bondi Junction. A entrada continua grátis, no palco Ziggy and Wild Drums e Caribbean Soul mantêm-se revezando e cerveja custará $4 a noite inteira, a diferença é que agora a regueira vai até de madrugada.
Já que o assunto é carnaval, na sexta-feira, em Melbourne, a amiga Juliana Frantz junta o útil ao agradável começando a temporada 2011 do Samba Cine Club com a festa de carnaval mais cool de Melba. Entre as atrações, dj's, bandas ao vivo tocando marchinhas e sambas, entre outros, comes e bebes, concurso de fantasia que vai premiar o vencedor com um par de ingressos para o show dos Mutantes, além, é claro, exibição de curtas-metragem sobre carnaval. Entrada $5 para quem for fantasiado e $10 para quem for sem fantasia. Infos>>>
Também na sexta, o Costa Rae se apresenta no 505 (280 Cleveland St), em Surry Hills. Para quem não sabe, o Costa Rae, ex-Dubbly, é a banda do Fernando Aragones, também conhecido pelos trabalhos solo e com o Toca Jorge. Com uma pegada bem setentista, o Costa Rae traz uma sonoridade californiana juntando com a cultura de praia da Austrália atual. Som de primeira! Ouvir>>>
Sábado e domingo, o Hyde Park South vai receber cerca de 90 vinícolas de 14 diferentes regiões de New South Wales, em uma espécie de Walt Disney para adultos fanfarrões. Trata-se do NWS Wine Festival, o maior festival de vinho de Sydney. Entrada grátis! Infos>>>
Já o segundo ensaio do BlóCoogeeLoko, que seria na quinta, no Coogee Bay Hotel, foi transferido para o domingo, no mesmo lugar, só que a partir das 18h. A bateria ainda está sendo formada para o CarnaCoogee 2011, portanto, se você quer fazer parte, é só colar lá. A entrada é grátis! Para conhecer o samba enredo que compus juntamente com o Andrezinho, especialmente para o bloco, clique aqui! E de lá, a caravana do reggae segue para a Home, em Darling Harbour, onde acontece o primeiro show do Planta & Raiz na Austrália (vide abaixo).
Fechando esta semana e abrindo a próxima, a banda paulistana de reggae Planta & Raiz faz duas apresentações na Austrália. Domingo, dia 27, na Home Nightclub, em Sydney, e na segunda, dia 28, no Coolangatta Hotel, na Gold Coast (este com show de abertura do Ziggy and Wild Drums). Ingressos à venda na Ozzy Study Brazil.
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Pedro Barros vence em Bondi
"Vou tentar só andar de skate, como eu sempre ando, e vamos ver no que vai dar."
Pedro Barros no Almeidão by Guilherme Infante
A frase é do Pedro Barros, skatista brasileiro de 15 anos, horas antes de entrar no bowl de Bondi Beach, no sábado.
No final do dia, ele, que já havia faturado a etapa anterior do Vans Bowl-A-Rama, na Nova Zelândia, repetiu o feito na Austrália, vencendo pelo segundo ano consecutivo e confirmando que é o grande nome do esporte surgido nos últimos anos.
O Bowl-A-Rama é parte do circuito mundial e leva os melhores profissionais e masters em atividade para as melhores pistas do planeta. E a etapa de Bondi Beach, disputada durante a Fabiana Skate Week, no "Almeidão", é uma das preferidas dos skatistas por toda a atmosfera de Bondi e por ser a mais próxima da praia - sem mencionar as festas no Beach Road, claro, que reúnem uma das maiores concentrações de gatas por metro quadrado do universo.
A competição começou com as baterias classificatórias dos masters, que tinha lendas como os norte-americanos Pat Ngoho e Steve Alba, o neozelandês Lee Ralph, e o gênio Steve "Cab" Caballero, o cara que Tony Hawk tem como ídolo. Não preciso dizer mais nada!
Cab by Guilherme Infante
Depois foi a vez dos pros entrarem no bowl, que entre os 24 competidores, teve 5 brasileiros: Fabio Ticara, 34, paulistano que mora em Sydney e também trabalha no Hugo's; Otavio Neto, 31, paulista de São José dos Campos que possui marca própria de skate e acessórios (ON Hardware) e também escreve e faz reportagens para a ESPN Brasil; Nilo Peçanha, 23, carioca que vive em Sydney; Bob Burnquist, 34, o homem, a lenda da rampa; e Pedro Barros, 15, florianopolitano que viveu na Austrália. Além deles, o também conhecido dos brasileiros de Bondi, Nathan "Jimmy" Beck, australiano que competia no "quintal de casa" (este sim pode usar o termo).
Bob no quintal da casa do Jimmy by Guilherme Infante
Entre os 8 profissionais que se classificaram para as finais, dois brasileiros, Bob e Pedro, além do Jimmy. E quem realmente levou ao delírio os espectadores que lotaram o Almeidão e as imediações foi Pedro Barros através de boa variação de manobras e giros no ar executados com extrema precisão - o cara é realmente um fenômeno e já cravou seu nome na história do skate.
Pedro Barros by Guilherme... Infante
A seguir, classificação final e entrevista exclusiva:
Masters
1. Steve Caballero
2. Mik Mulhall
3. Lester Kasai
4. Nicky Guerrero
5. Sergie Ventura
6. Pat Ngoho
7. Sasha Steinhorst
8. Steve Alba
Pro
1. Pedro Barros
2. Rune Glifberg
3. Bucky Lasek
4. Bob Burnquist
5. Renton Millar
6. Narthan Beck
7. RJ Barbaro
8. Nolan Monroe
Entrevista com Pedro Barros
Pedro Barros e o gravador comprado junto com o ar-condicionado e o rádio relógio da redação by G.I.
Você chegou a morar na Austrália?
Morei por três anos em meio na Central Coast e também em Caloundra, na Sunshine Coast.
Você começou a andar de skate na Austrália ou no Brasil?
Comecei no Brasil, mas quando cheguei na Austrália e vi todas as pistas perfeitas, foi quando comecei a aprender melhor todas as manobras.
Você começou com quantos anos?
Desde que eu estava no carrinho.
O seu pai andava de skate?
Meu pai começou junto comigo, e eu tenho um amigo até hoje, o Leo Kakinho, que é skatista profissional, e ele que apresentou tudo.
Fala sobre o bowl que o seu pai construiu na sua casa, em Floripa.
Todas as casa que a gente teve as pistas foram construídas antes da casa, então a gente tem um bowl, um half, a gente está sempre tentando construir pistas novas. Esse bowl é novo, tem dois anos, e tá liberado pra quem quiser andar.
E pra hoje, você é um dos favoritos, o que tem em mente?
Vou tentar só andar de skate, como eu sempre ando, e vamos ver no que vai dar.
Agradecimentos especiais: Fabiana Almeida, Sasha Steinhorst e Guilherme Infante.
Pedro Barros no Almeidão by Guilherme Infante
A frase é do Pedro Barros, skatista brasileiro de 15 anos, horas antes de entrar no bowl de Bondi Beach, no sábado.
No final do dia, ele, que já havia faturado a etapa anterior do Vans Bowl-A-Rama, na Nova Zelândia, repetiu o feito na Austrália, vencendo pelo segundo ano consecutivo e confirmando que é o grande nome do esporte surgido nos últimos anos.
O Bowl-A-Rama é parte do circuito mundial e leva os melhores profissionais e masters em atividade para as melhores pistas do planeta. E a etapa de Bondi Beach, disputada durante a Fabiana Skate Week, no "Almeidão", é uma das preferidas dos skatistas por toda a atmosfera de Bondi e por ser a mais próxima da praia - sem mencionar as festas no Beach Road, claro, que reúnem uma das maiores concentrações de gatas por metro quadrado do universo.
A competição começou com as baterias classificatórias dos masters, que tinha lendas como os norte-americanos Pat Ngoho e Steve Alba, o neozelandês Lee Ralph, e o gênio Steve "Cab" Caballero, o cara que Tony Hawk tem como ídolo. Não preciso dizer mais nada!
Cab by Guilherme Infante
Depois foi a vez dos pros entrarem no bowl, que entre os 24 competidores, teve 5 brasileiros: Fabio Ticara, 34, paulistano que mora em Sydney e também trabalha no Hugo's; Otavio Neto, 31, paulista de São José dos Campos que possui marca própria de skate e acessórios (ON Hardware) e também escreve e faz reportagens para a ESPN Brasil; Nilo Peçanha, 23, carioca que vive em Sydney; Bob Burnquist, 34, o homem, a lenda da rampa; e Pedro Barros, 15, florianopolitano que viveu na Austrália. Além deles, o também conhecido dos brasileiros de Bondi, Nathan "Jimmy" Beck, australiano que competia no "quintal de casa" (este sim pode usar o termo).
Bob no quintal da casa do Jimmy by Guilherme Infante
Entre os 8 profissionais que se classificaram para as finais, dois brasileiros, Bob e Pedro, além do Jimmy. E quem realmente levou ao delírio os espectadores que lotaram o Almeidão e as imediações foi Pedro Barros através de boa variação de manobras e giros no ar executados com extrema precisão - o cara é realmente um fenômeno e já cravou seu nome na história do skate.
Pedro Barros by Guilherme... Infante
A seguir, classificação final e entrevista exclusiva:
Masters
1. Steve Caballero
2. Mik Mulhall
3. Lester Kasai
4. Nicky Guerrero
5. Sergie Ventura
6. Pat Ngoho
7. Sasha Steinhorst
8. Steve Alba
Pro
1. Pedro Barros
2. Rune Glifberg
3. Bucky Lasek
4. Bob Burnquist
5. Renton Millar
6. Narthan Beck
7. RJ Barbaro
8. Nolan Monroe
Entrevista com Pedro Barros
Pedro Barros e o gravador comprado junto com o ar-condicionado e o rádio relógio da redação by G.I.
Você chegou a morar na Austrália?
Morei por três anos em meio na Central Coast e também em Caloundra, na Sunshine Coast.
Você começou a andar de skate na Austrália ou no Brasil?
Comecei no Brasil, mas quando cheguei na Austrália e vi todas as pistas perfeitas, foi quando comecei a aprender melhor todas as manobras.
Você começou com quantos anos?
Desde que eu estava no carrinho.
O seu pai andava de skate?
Meu pai começou junto comigo, e eu tenho um amigo até hoje, o Leo Kakinho, que é skatista profissional, e ele que apresentou tudo.
Fala sobre o bowl que o seu pai construiu na sua casa, em Floripa.
Todas as casa que a gente teve as pistas foram construídas antes da casa, então a gente tem um bowl, um half, a gente está sempre tentando construir pistas novas. Esse bowl é novo, tem dois anos, e tá liberado pra quem quiser andar.
E pra hoje, você é um dos favoritos, o que tem em mente?
Vou tentar só andar de skate, como eu sempre ando, e vamos ver no que vai dar.
Agradecimentos especiais: Fabiana Almeida, Sasha Steinhorst e Guilherme Infante.
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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Adéu, Barcelona!
Em meio a tanta desgraça acontecendo em diferentes níveis e escalas, segue um dos vídeos mais bacanas que vi nos últimos tempos, feito por um brasileiro que acaba de desembarcar na Austrália após três anos vivendo em Barcelona. Foi justamente a gratidão à cidade que levou o diretor de arte Lucas Jatobá, irmão do nosso glorioso Fernando Jatobá, da Fibra, a fazer este emocionante filme. A seguir, entrevista com ele e, claro, link pra película.
Como e quando surgiu a ideia dos balões?
Depois que saí da agência de publicidade que eu trabalhava em Barcelona, eu queria um tempo para descansar e pensar na vida, antes de vir morar em Sydney. E pensei: como criativo, sempre tive que pensar ideias para os outros. Mas por que não pensar uma ideia criativa pra mim, pra agradecer os 3 anos que fui feliz em Barcelona?
Fale sobre o filme.
Primeiro fiz só com 7 balões, distribuindo 7 entradas de teatro. Isso foi em dezembro e paguei tudo do meu bolso. Só que usei uma música do Eddie Vedder que eu não tinha os direitos e me fizeram tirar o vídeo do ar no terceiro dia, quando já tinha conseguido 50 mil views. Daí, um website espanhol, atrapalo.com, que tinha visto e adorado, me ligou pra falar que queriam me doar 250 entradas para o teatro pra eu fazer tudo de novo. E então eu fiz esse novo vídeo, igual ao primeiro, mas com muito mais balões.
Como tem sido a repercussão do vídeo?
Só no primeiro dia tive 25.000 views e mais de 1.000 comentários super bonitos e emocionantes no Facebook! Muita gente se emocionou, chorou ao ver o vídeo e até uma menina me pediu em casamento (risos)!
Chegou a passar na sua cabeça que alguém poderia reclamar por estar, digamos, "sujando" a cidade?
Sim, poderia acontecer, mas acho que a atitude, a mensagem que os balões levam são mais importantes. Além disso, nenhum balão vai ficar no chão, porque sempre tem alguém querendo um balão pra levar pra casa. Quando a gente soltou os balões na Sagrada Família, as pessoas corriam e competiam pra ver quem ia pegar. Com certeza nenhum balão ficou perdido pela cidade.
O que você fazia na Espanha?
Eu trabalhava como criativo e diretor de arte numa agência de publicidade.
Quais são seus planos para a Austrália?
Conseguir trabalho em alguma boa agência de publicidade em Sydney.
Link pro vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=zEpo4gExLT8
Mais informações em www.lucasjatoba.com
Como e quando surgiu a ideia dos balões?
Depois que saí da agência de publicidade que eu trabalhava em Barcelona, eu queria um tempo para descansar e pensar na vida, antes de vir morar em Sydney. E pensei: como criativo, sempre tive que pensar ideias para os outros. Mas por que não pensar uma ideia criativa pra mim, pra agradecer os 3 anos que fui feliz em Barcelona?
Fale sobre o filme.
Primeiro fiz só com 7 balões, distribuindo 7 entradas de teatro. Isso foi em dezembro e paguei tudo do meu bolso. Só que usei uma música do Eddie Vedder que eu não tinha os direitos e me fizeram tirar o vídeo do ar no terceiro dia, quando já tinha conseguido 50 mil views. Daí, um website espanhol, atrapalo.com, que tinha visto e adorado, me ligou pra falar que queriam me doar 250 entradas para o teatro pra eu fazer tudo de novo. E então eu fiz esse novo vídeo, igual ao primeiro, mas com muito mais balões.
Como tem sido a repercussão do vídeo?
Só no primeiro dia tive 25.000 views e mais de 1.000 comentários super bonitos e emocionantes no Facebook! Muita gente se emocionou, chorou ao ver o vídeo e até uma menina me pediu em casamento (risos)!
Chegou a passar na sua cabeça que alguém poderia reclamar por estar, digamos, "sujando" a cidade?
Sim, poderia acontecer, mas acho que a atitude, a mensagem que os balões levam são mais importantes. Além disso, nenhum balão vai ficar no chão, porque sempre tem alguém querendo um balão pra levar pra casa. Quando a gente soltou os balões na Sagrada Família, as pessoas corriam e competiam pra ver quem ia pegar. Com certeza nenhum balão ficou perdido pela cidade.
O que você fazia na Espanha?
Eu trabalhava como criativo e diretor de arte numa agência de publicidade.
Quais são seus planos para a Austrália?
Conseguir trabalho em alguma boa agência de publicidade em Sydney.
Link pro vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=zEpo4gExLT8
Mais informações em www.lucasjatoba.com
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